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INTRODUÇÃO
“O Direito é universal no sentido de que existe em todas as sociedades do
globo, quer no presente, quer no passado, tanto quanto a história nos permite
conhecer.
CONCEITO DE DIREITO
O Direito regula quase tudo na nossa vida desde que nascemos até que
morremos. Regula as relações entre pais e filhos, entre os cônjuges, entre
patrões e empregados…”
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“unus homo, nullhus homo”, ou seja, o homem que viva absolutamente isolado,
sem uma comunidade social mais ou menos extensa, não é homem: é um
nada.
ORDEM
Ordem Natural:
Ordem Social:
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dos pais.
Ordens Normativas:
entre a sociedade;
Ordem Religiosa:
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Ordem Moral:
conjunto de indivíduos;
Moral Individual:
Moral Social:
exemplo;
Moral Particular:
Ex: advogados
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Ordem Jurídica:
Direito ≠ Moral
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CARATERIZAÇÃO DO DIREITO:
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FINS DO DIREITO:
O Direito, geralmente, tem fins e propósitos.
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2. Segurança Jurídica
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“Prestações sociais”
RAMOS DO DIREITO
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Por isso, existem 3 critérios para distinguir o direito publico do privado, ainda
que sejam bastante “criticados”.
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LEI- a lei produz diretamente sem depender do que quer que seja,
normas jurídicas.
A lei é uma salvaguarda do Direito.
A lei produz imediata e diretamente normas jurídicas.
Exemplos:
o Assentos- são as decisões do Supremo Tribunal de Justiça com
obrigatoriedade, ou seja, decisões que para serem adotadas, tinham de
ser seguidas por todos os tribunais com uma vinculatividade como se
da lei se tratasse.
O que resultava dos assentos tinha efetivamente uma obrigatoriedade
para a generalidade do tribunal e, portanto, nesse sentido, estávamos
perante uma decisão do tribunal que é uma forma de revelação e
produção de normas jurídicas para toda a comunidade.
Atualmente, estes já não vigoram em Portugal, sendo apenas uma
referência histórica que fazemos.
o Usos- são práticas sociais reiteradas (hábitos), às quais o direito
reconhece o valor.
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É, talvez, a única que garante que nós temos uma tentativa, uma procura, de
uma sociedade em que se aplica regras para toda a comunidade (gerais).
- Direito
Lei - Fonte de Direito
- Ato da AR
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Também o Governo pode fazer atos legislativos, atos com força de lei.
Decretos-Lei
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Quando estamos perante um ato jurídico praticado por 2 pessoas, caso haja
uma conjugação de vontades, podemos estar perante a formação de um
Negócio Jurídico.
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O ato ilícito não fica indiferente na ordem jurídica, perante uma circunstância
de ilicitude haverão consequências*.
*Invalidade- quando a lei considera que um determinado ato não tem valor.
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A lei portuguesa estabelece algumas regras para que a mesma tenha a sua
vigência, vida e eficácia.
Uma lei aprovada não significa que tenha sido publicada, logo, tem de ser
aprovada, ir para o PR para que seja promulgada e depois é que é
publicada.
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Esquema Mental
PR, aprova determinado ato, depois esse ato vai para os serviços da AR,
depois será revisto, vai para o PR e por fim é publicado.
Uma vez publicado ganha caraterísticas, obrigatoriedade e eficácia, vai ter
de ser efetivamente aplicado quando entra em vigor.
Entra em vigor após a vacatio legis.
Se uma lei não tem vigência temporária, a lei só deixa de vigorar se for
revogada por outra lei.
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Revogação Simples- limito-me a dizer que a lei em vigor está revogada, mas
não se aprova o novo regime (não interessa).
Art.7º, nº3
Revogação Revogação
o O facto de a lei 3 revogar a lei 2, não significa que a lei 1 volte a vigorar.
o A circunstância de eu “eliminar” a lei 2 do ordenamento jurídico, não
significa que a lei 1 renasça, isto é, a revogação da lei revogatória (lei 2
pela lei 3) não implica o renascimento da lei que está a revogar (lei 1).
o Ou seja, salvo se for expressamente a intenção do legislador, o facto da
lei 3 revogar a lei 2 não significa que a lei 1 renasce (lei 1 não
ressuscita).
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Caraterizam-se pela:
SANÇÕES
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Critérios:
Natureza da Infração:
o Sanções Criminais- crime
o Sanções Disciplinares- regra disciplinar
o Sanções Administrativos- procedimentos administrativos
o Sanções Civis- direito civil
TIPOS DE SANÇÕES
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TIPOS DE DANOS
Exemplo: atropelar
Art.564º, nº1 um taxista, vão-se
Art.564º, nº1 pagar as despesas hospitalares e o
“Prejuízo
tempo causado”
que esteve “Benefícios que o lesado
sem trabalhar.
deixou de obter”
Danos Emergentes
Lucros Cessantes
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Art.337º CC
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Legítima Defesa- ato que afasta uma agressão ou um ato ilícito contra a
pessoa ou o seu património (pode ser pessoal ou de terceiros).
Exemplo, dar um murro a alguém que está a roubar uma velhota.
Requisitos:
Art.337º, nº2
Art.338º
Pensar que o individuo me vai bater, mas não vai. Eu dou-lhe um murro. É um
erro. Desculpável ou Indesculpável (leva a indemnização).
Requisitos:
Requisitos:
o A ação direta pode consistir na realização desse direito, como por exemplo,
se obtiver a restituição de uma determinada coisa que me pertence a ação
direta pode consistir em segurar o exercício do direito (exemplo, devedor vai
fugir com uma mala de dinheiro para o estrangeiro, eu vejo e tiro-lhe a mala.
o A ação direta pode ter por base a atuação quanto a uma pessoa, que
apresenta uma resistência ao exercício do direito.
Exemplo, uma mãe que está a tentar fugir com o filho sem dizer nada ao pai; o
pai vê-os e como não tem tempo de chamar uma autoridade pública puxa o
filho para não entrar no avião.
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Requisitos:
o Uma coisa estar na posse do credor, não enquanto proprietário, mas apenas
ter uma coisa de outrem em sua posse.
o Tem de existir uma relação entre o crédito e a coisa detida, ou seja, eu não
posso dizer que alguém me deve dinheiro há 20 anos e eu agora tenho o
telemóvel da pessoa na mão e já não o entrego.
QUEM DETÉM A COISA É O CREDOR!
O DEVEDOR TEM DE SER AQUELE A QUEM EU TENHO DE
RESTITUIR A COISA!
05.01.21
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Critérios:
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Discutiu-se muito ao longo dos séculos qual é que era o objetivo, o propósito e
a finalidade quando estamos a interpretar.
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ultrapassam a letra da lei, mas que nos ajudam a perceber o seu sentido;
são eles:
o Elemento Histórico- tem a ver com a evolução histórica e temporal da
feitura da lei. Contexto histórico em torno da feitura da lei.
Quando estamos a interpretar uma lei vou tentar perceber aquele
enquadramento olhando para documentos, por exemplo os chamados
trabalhos preparatórios (todo o conjunto de elementos que existem a
propósito de soluções que acabaram por ser publicadas). Às vezes para
interpretar uma lei no que diz respeito ao elemento histórico é importante
o precedente normativo.
Occasio Legis (ocasião da lei), contexto político, jurídico e histórico em
que foi feita a lei; que é fundamental para sabermos a razão das coisas.
Exemplo, se um extraterrestre caísse na terra e visse estas leis que nos
obrigam a andar de máscara na rua, occasio legis é fundamental para
perceber o porquê de andarmos todos com máscara na rua, contexto da
pandemia.
o Elemento Sistemático- a interpretação nunca pode olhar para a regra
jurídica como se fosse uma ilha. A leitura que eu faça do art.100º do CC
nunca pode ser uma leitura exata, não posso ler o artigo e achar que
está lá a resposta para todos os meus males, tenho de atender à
unidade do sistema jurídico. Quando estou a ler o artigo da matéria do
casamento tenho de perceber o regime do casamento em Portugal;
quando estou a tratar de um divórcio eu tenho de perceber as regras em
torno do divórcio, as regras em torno do casamento porque só se
divorcia quem casa, tenho no fundo de perceber tudo, não posso olhar
para as coisas isoladamente tenho sempre de ter em conta o conjunto
das restantes normas. Todas as normas se interligam.
o Elemento Teleológico- aquele que deve estar sempre presente com a
seguinte pergunta: “Qual é o fim/necessidade/serve d(esta) lei?”.
Quando olhamos para uma lei e não sabemos como a devemos ler ou
aplicá-la, a pergunta que devemos fazer é “Qual foi o propósito ou a
necessidade de fazer esta lei?”.
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08.01
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12.01
Integração de lacunas
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Espécies/tipos de lacunas
Lacunas Iniciais- surgem quando aparece a nova lei, surge no momento que
o legislador legisla; há qualquer coisa em falta, não está correta; legislação
sai e imediatamente se constata que algo não está bem.
VS
Lacunas Posteriores- surgem por motivo de uma evolução técnica ou
tecnológica, tenhamos de concluir que a legislação não está atualizada.
Ex: contratos compra e venda por internet, regulamento de um contrato de
compra e venda e verificamos que o contrato de compra e venda não
pensava no caso da venda por internet, mas atualmente isso é uma
realidade, não estava regulada especificamente esta situação, está
desatualizada, não prevê uma nova situação.
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Ex: privacidade nas redes sociais, hoje discutimos isto, mas há 10 anos não.
Há uma imprevisibilidade que leva o surgimento de lacunas.
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LIMITES:
Art.11º;
Normas do Direito Penal, não há crimes por analogia; só é crime aquilo que
está tipificado na lei;
Matéria de impostos, não se cria impostos por analogia; só pagamos
impostos relativamente às situações que estão identificadas na lei;
Restrição de Direitos, Liberdades e Garantias, os militares em Portugal têm
algumas restrições, por exemplo, não podem participar em manifestações,
não podemos dizer que os professores também não podem participar nestes
atos
Art.3º CC- Norma que o intérprete criaria: neste caso a resolução faz-se
através do espírito geral do sistema; criação de norma jurídica para o caso
concreto.
De acordo com o Art.10º nº3, quem está a integrar a lacuna deve agir como se
fosse legislador e criar uma norma tomando em consideração o sistema
jurídico, ou seja, as regras, os princípios jurídicos, os interesses envolvidos.
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