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➢ Ordem moral
➢ Define os deveres da natureza ética através dos quais se visa o
aperfeiçoamento da pessoa.
➢ O desrespeito da regra moral tem como consequência o
surgimento de sanções internas por exemplo “pesos na consciência”.
➢ Caracteriza-se pela interioridade, absolutidade e espontaneidade.
As três grandes áreas dentro da moral:
➢ Moral de consciência individual- é a moral que faz parte da
consciência de cada ser humano e o que o leva a optar pelas condutas
que geram o bem, em detrimento das condutas que gerem o mal.
➢ Moral social ou positiva- conjunto de preceitos de carater ético
que se verificam numa época entre os membros da sociedade.
Três tipos de moral social:
• Moral social própria de cada país
• Moral social urbana e rural
• A moral social universal ou consciência moral comum que
respeita às regras morais aceitas nos vários países.
➢ Morais particulares-atendem aos preceitos de carater ético
existentes no âmbito de certas profissões
▪ Ética médica ou bioética- respeita aos princípios
éticos que devem pautar a investigação científica e
tecnológica sobre a vida humana (clonagem, o
aborto, eutanásia.)
▪ Deontologia jurídica ou jornalística- traduz o
conjunto de deveres de natureza moral a que se
encontram os sujeitos na relação com os colegas e
no desempenho da sua atividade.
➢ Ordem jurídica
➢ Ordena os aspetos mais importantes da convivência social
➢ Exprime-se através de regras jurídicas e visa a prossecução dos
valores da justiça e da segurança
As regras jurídicas ou normas jurídicas concretizam a ordem jurídica e têm a
seguinte estrutura:
➢ Previsão ou fattispecie- parte da regra que estabelece um
acontecimento. “aquele que perfizer dezoito anos de idade”
➢ Instituição ou efeito jurídico- parte da regra que fixa a consequência
jurídica. “fica habilitado a reger a sua pessoa e a dispor dos seus bens.”
➢ Imperatividade
A imperatividade tem por base uma ideia de obrigatoriedade dos atos jurídicos,
dado que a sua essência é a do dever ser.
É esta obrigatoriedade que fundamenta a função de ordenação social que
incumbe ao direito, pois caso se pudesse optar livremente entre o seu
acatamento ou não, as normas jurídicas dificilmente conseguiram assegurar a
justiça e a segurança necessárias à convivência humana.
Para a afirmação da obrigatoriedade do Direito →existência de sanções→
consequências jurídicas que ocorrem quando se respeita uma certa norma
jurídica.
Imperatividade enquanto característica do Direito
Todo o direito é imperativo no sentido de que todos os atos têm natureza
obrigatória ou impõem a adoção de uma determina conduta. A imperatividade
não tem reunido consenso enquanto característica do direito, havendo várias
teses a este respeito:
• Tese imperativista- a imperatividade é uma característica do direito→ só
existe direito quando há imperatividade
• Tese anti-imperativista- nega-se a todas as normas jurídicas uma
natureza imperativa.
• Conceções mistas- apenas reconhecem imperatividade a uma parte dos
atos jurídicos sem que aqueles que não perfilhem desta característica
percam o caracter jurídico.
Atos não imperativos
Não podem ser considerados verdadeiros imperativos→ definições legais
Entendimento da imperatividade
Imperatividade deve ser entendida como uma característica de ordem jurídica
em geral. Corresponde a toda a norma uma ideia de obrigatoriedade que
decorre do dever de respeito ao Direito enquanto garante da resolução de
conflitos na sociedade.
➢ Coercibilidade
➢ Consiste na possibilidade de um aparelho organizado usar a força
sempre que uma disposição jurídica seja violada.
➢ A coercibilidade separa-se da coação porque coercibilidade traduz
a possibilidade do uso da força, enquanto a coação é o efetivo uso da
força.
➢ Só o Estado pode exercer coação. Os meios de tutela privada (ex:
em legitima defesa) em que se autoriza a defesa a certa agressão pela
via da força.
Coercibilidade enquanto característica do Direito
Tese tradicional- a coercibilidade é uma característica do direito pois este
configura-se como um conjunto de normas que são garantidas através da
utilização da força. Em primeiro lugar o Direito e em segundo lugar a força.
Tese do direito como regulador da força- O direito é um conjunto de normas
que regula o exercício da força, por isso, temos agora em primeiro lugar a força
e em segundo lugar o direito. As normas jurídicas disciplinam o quando, o
como do exercício do poder de coação.
Tese configuradora da força como um elemento não essencial do direito- a
coação e a coercibilidade não são características do direito devido a três
fatores:
• A coação não é necessária a todo o direito porque o cumprimento das
normas jurídicas fundamenta-se em motivações psicológicas que
ultrapassam o receio do exercício da força por parte do Estado.
• A coação não existe em todo o direito dado que o respeito de normas
jurídicas não se consegue assegurar através do uso da força.
• A coação não é possível em todo o direito porque não existe proteção
coativa em relação à norma que permite o uso da coação.
A coação não é necessária, não existe e não é possível em todo o direito.
A coercibilidade é uma característica tendencial do Direito.
➢ Exterioridade
Consiste no facto de as normas jurídicas disciplinarem comportamentos que se
manifestam exteriormente, o que significa que as meras intenções sem
manifestação externa não provocam direito, embora se dê relevância à
consciência para determinar os motivos que explicam as condutas sociais. Ex:
Se alguém tem intenção de furtar uma carteira, caso não concretiza essa
vontade num ato externo, o Direito não lhe dá importância.
➢ Estatalidade
Todo o direito brota dos órgãos do Estado.
Defende que o Estado é o Direito (direito positivo) e que o Direito é o Estado
(enquanto conjunto de normas dotadas de coercibilidade e emanadas das
estruturas decisórias do poder) → a aplicação e a criação das normas jurídicas
competem sempre ao Estado.
Ramos de Direito
Critérios de distinção entre direito público e direito privado
➢ critério do interesse
As normas de direito publico visam proteger os interesses públicos do Estado e
as normas de direito privado visam proteger os interesses próprios dos
indivíduos.
A norma fiscal sobre o imposto de imoveis servem os interesses públicos →
Direito Publico.
A norma civil sobre o contrato de arrendamento entre particulares são normas
que servem os interesses privados dos indivíduos→ Direito Privado
Critica: Há normas de direito publico que têm por missão concretizar os
interesses dos particulares.
➢ critério da qualidade dos sujeitos
É direito publico aquele que regula as relações em que ambos os sujeitos ou
um deles são sujeitos públicos, isto é, o estado ou as outras pessoas coletivas
de direito publico (institutos públicos)
É direito privado aquele em que ambos os sujeitos da relação são particulares,
isto é, pessoas coletivas privadas (associações)
Critica: Muitas vezes o estado e os entes públicos intervêm na vida jurídica nas
mesmas condições em que intervêm os particulares, estando sujeitos à
aplicação de idênticas regras. Ex: Estado a celebrar um contrato de compra e
venda- normas de direito privado.
➢ critério da posição dos sujeitos
A base de distinção é a posição que nela assumem que permite a separação
entre direito publico e direito privado.
Direito publico é aquele em que o Estado e as pessoas coletivas de direito
publico intervêm na posição de supremacia.
De direito privado as relações que intervêm os particulares, ou mesmo o
Estado e as outras pessoas coletivas de direito publico atuam em posição de
igualdade
Ex: quando o Estado celebra um contrato de arrendamento com um
proprietário para instalar um novo serviço publico.
Critica: Direito privado também disciplina algumas relações em que os sujeitos
se encontram numa situação de desigualdade jurídica
Classificações dos ramos de direito
Direito Público
➢ Direito constitucional
➢ Direito administrativo, direito do urbanismo, direito do ambiente
➢ Direito financeiro, Direito tributário e fiscal
➢ Direito Processual
Direito Privado
➢ Direito privado comum ou civil: direito das obrigações, direitos
reais, direito da família.
➢ Direitos privados especiais: Direito comercial, Direito do Trabalho
Áreas do Direito com natureza mista
➢ Direito internacional privado
➢ Direito da segurança social
➢ Direito bancário
➢ Direito Agrário
Direito comercial
Conjunto de normas eu regulam os actos de comercio (atos objetivamente
comerciais- regulados na lei comercial- como os atos subjetivamente
comerciais- contratos e obrigações dos comerciantes.
Dentro do direito comercial, tendem a ganhar certa autonomia, sectores como o
Direito Bancário, Direito dos Seguros, Direito dos Transportes.
Cap. II- Fontes do Direito- pag. 69-106
Classificação das fontes de Direito
Fontes imediatas e fontes mediatas:
a) Fontes imediatas- são as fontes que produzem diretamente normas
jurídicas sem qualquer subordinação a outra fonte- lei e as normas
corporativas- Costume, Lei
b) Fontes mediatas- são aquelas que só são reconhecidas como fonte de
Direito na medida em que a lei lhes confere essa valor- jurisprudência,
doutrina.
Regulamento
É o ato unilateral do Estado, ou de outra entidade publica ou privada habilitada
a exercer o poder executivo que modifica normas jurídicas subordinadas à lei.
Estão previstos no art.112.º nº 6 e 7 da CRP.
Leis Formais Materiais
São leis que são emanadas pelos órgãos legislativos com caracter genérico e
abstrato
Leis formais Não Materiais
Leis emanadas pelos órgãos legislativos com caracter nominal e concreta. Leis
individuais→ respeita a uma só pessoa.
Leis constitucionais
São leis constitucionais, a constituição e as leis que fazem a sua alteração
Leis ordinárias
São todas as outras leis que não são constitucionais→ subordinadas à
constituição.
1.º- Constituição
2.º- Leis, Decretos-leis- atos legislativos
3.º Decretos regulamentares, 4.º- Portarias, 5.º- Regulamentos das autarquias
locais – executado pelo poder executivo)
➢ Abstração
Traduz-se no facto de a norma jurídica não se aplicar a um caso específico,
mas a um número indeterminado de situações subsumíveis à categoria
anunciada.
Situa-se no plano objetivo da situação jurídica.
➢ Imperatividade
Na sua forma fundamental, a norma contém uma estatuição ou comando.
➢ Violabilidade
A norma dirige-se a entes livres, e para estes estui; pelo que é essencialmente
violável.
Esta violabilidade desenrola-se no plano dos factos (embora esteja em vigor a
norma de não matar, há muita gente que mata.) No plano das consequências
jurídicas, a norma é inviolável (se C mata D poderá escapar à cadeia mas de
certeza que é responsável.)
➢ Coercibilidade
✓ Remissões explícitas
Quando existe uma indicação expressa para uma outra norma. 678.º, 753.º;
1794.º
✓ Normas interpretativas
Normas que visam fixar o sentido das palavras utilizadas no texto de um outro
preceito ou esclarecer as dúvidas que o seu conteúdo suscita.
✓ Normas de devolução
Normas que não disciplinam diretamente certa matéria, mas que se limitam a
remeter para uma outra norma. Ex: Art. 14.º do CC.
o Fricções legais
Consideram duas realidades diferentes como idênticas.
Ex: art. 275.º n. º2 do CC finge a verificação da condição quando esta tenha
sido impedida contra as regras da boa-fé. 224.º, n.º 2; 275.º, n.º 2; 805.º, n.º 2,
alínea c) C.C.
• São regras não autónomas porque não regulam diretamente certa matéria,
mas tem de ser combinadas com outras regras para obter o regime aplicável.
• Objetivo é aplicar a um facto diferente as consequências jurídicas de outro
facto.
o Presunções legais
Verificam-se quando o legislador, devido às dificuldades da prova de certos
factos, entende que provada a existência de um facto, também se considera
provada a existência de outro facto.
Ex: art. 1826.º do CC estabelece a presunção de paternidade- Provado que A
tem por mãe B (facto X) presume-se que o pai é marido da mãe (facto y).
349.º a 351.º C.C., p. ex. artigos 1260.º, n.º 2; 1268.º, n.º 1 (relativas); 243.º, n.º
3; 1260.º, n.º 3 C.C. (absolutas) - a segurança jurídica exige força probatória
plena de documentos autênticos ou particulares, artigos 371.º e 376.º C.C.
➢ Normas especiais
Normas que estabelecem um regime diferente para uma situação de facto
específica. Ex. art. 874 do CC porque disciplinam um dos contratos em
particular, a compra e venda,; a norma que prece o dever de pagar impostos
por parte dos agentes desportivos é uma norma especial porque se dirige uma
categoria de cidadãos que desenvolvam uma determinada modalidade de
trabalho por conta de outrem.
➢ Normas excecionais
Normas que também estabelecem um regime diferente para uma situação de
facto particular e que agora se apresenta diretamente oposto ao regime da
generalidade das situações.
Ex: art.º 875 do CC que exige escritura publica autenticado para a celebração
de certos negócios jurídicos, regime que isenta do certo imposto um sector de
cidadãos (pessoas deficientes). Art. 1143.º do CC
➢ Normas regionais
Normas que só se aplicam a determinada região
➢ Normas locais
Normas que se aplicam apenas numa autarquia local.