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4. Maior e menor coercitividade - O direito costuma ser mais coercitivo que a moral
pois as normas jurídicas geram um receio maior de punição na mente dos
agentes sociais;
5. Maior e menor coactividade – O direito costuma ser mais coativo que a moral
pois a sanção jurídica impõe um comportamento patrimonial e pessoal mais
severo que as sanções morais;
Humanos
Direitos
2. Atributos das normas jurídicas
Tipos de Revogação:
a) Total ou parcial – Em uma revogação total, como o ocorrido na Constituição
de 1988 em relação a anterior (1967), ocorre uma alteração global da norma
jurídica antecedente. Em uma revogação parcial, altera-se alguns dispositivos
da norma anterior, como por exemplo, a revogação do Código Comercial pelo
Civil;
2.3 – Vigor: Consiste na força vinculante de uma norma jurídica que regula os fatos
ocorridos durante a sua vigência, permanecendo a eles vinculados mesmo após a
sua vigência. A sistemática geral do vigor compreende três princípios – o princípio
da segurança jurídica, o princípio de que o tempo rege o ato e o princípio da
irretroatividade das leis
1. Quanto ao sistema:
Thiago Coelho (@taj_studies)
1.1 - Normas estrangeiras: São normas jurídicas que são criadas fora do território de
um Estado soberano no âmbito da comunidade jurídica internacional. Ex:
Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU – 1948);
1.2 - Normas internas: São normas jurídicas produzidas no âmbito de um dado
ordenamento jurídico nacional. Ex: A Constituição Federal Brasileira de 1988;
4.2 – Normas consolidadas: São normas que pertencem às consolidações (leis que
reúnem normas específicas de outras leis preexistentes, não apresentando a
mesma generalidade e coerência lógica que os códigos). Resumindo, são normas
jurídicas que resultam da reunião ou da justaposição de leis esparsas vigentes
sobre um mesmo assunto. Ex: A CLT – consolidação das leis do trabalho;
5. Quanto à estrutura:
6.1 – Normas de aplicabilidade plena: São normas jurídicas que produzem os seus
efeitos independentemente da criação de outras normas jurídicas. Ex: Brasília é a
capital federal (artigo 18, parágrafo primeiro da Constituição Federal de 1988);
OBS: Atualmente verifica-se uma diluição das fronteiras seja porque acontece um
processo de publicitação do direito privado seja porque ocorre,
concomitantemente, um processo de privatização do direito público. Um exemplo
pode ser percebido na aplicação do Código de Defesa do Consumidor;
Conceitos importantes:
O Monismo Jurídico entra em crise após a Segunda Guerra Mundial como decorrência da
própria crise do Positivismo. Por sua vez, o Pluralismo Jurídico defende a ideia de que o
direito não é um produto exclusivo do Estado mas, sobretudo, um produto da sociedade.
Este protagonismo social é um decorrência do reconhecimento dos direitos humanos
fundamentais, de reaproximação do direito com a moral e da necessidade da
redemocratização política (vincula-se à Teoria dos círculos éticos secantes).
Fontes materiais x fontes formais – Fontes materiais são todos aqueles elementos
econômicos, políticos e ideológicos que se referem à criação do direito. Eles
oferecem a matéria-prima para a criação do direito e, por conseguinte, das normas
jurídicas (refere-se ao conteúdo e a uma análise zetética).
5.1 – Legislação: É uma fonte formal estatal que compreende todas aquelas espécies
legislativas num dado ordenamento jurídico. Uma lei é um conjunto de normas escritas,
abstratas (porque vincula-se a questões hipotéticas e ideias do mundo dever-ser), genérica
(porque se dirige a destinatários indefinidos), de origem predominante parlamentar (porque
geralmente as leis são elaboradas pelo Poder Legislativo, com raras exceções destinadas ao
Executivo) que regulam as relações entre o Estado e os cidadãos (direito público) bem como
as relações entre os agentes privados (direito privado).
A lei se tornou a principal fonte do direito ocidental após as revoluções liberais burguesas
(Gloriosa, Americana e Francesa)
OBS: No estado brasileiro entende-se por lei a Constituição Federal de 1988, as constituições
estaduais, as leis orgânicas dos municípios, as leis complementares, as leis delegadas, as leis
No Brasil, a lei continua sendo a principal fonte do direito mas verifica-se, hoje, o aumento
da relevância da jurisprudência, fonte típica do sistema common law (origem anglo-
saxônica).
5.3 – Súmulas: são enunciados interpretativos que sintetizam a jurisprudência dos tribunais.
5.3.2 – Súmulas vinculantes: São impostas pelo Supremo Tribunal Federal – STF – com
base no art.103-A da Constituição inserido pela emenda constitucional N ° 45 de
2004. A título exemplificativo, o STF já produziu 58 súmulas vinculantes;
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante
decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria
constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá
efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração
pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à
sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei
https://www.conjur.com.br/2018-jul-12/fernanda-quintas-sumulas-vinculantes-separacao-
poderes
OBS: Tais negócios jurídicos podem ser escritos ou não escritos. Vale ressaltar que
a maioria dos contratos não estão escritos;
5.7 – Poder normativo dos grupos sociais: Consiste no poder de criar novas normas
jurídicas no plano das diversas instituições que compõem a sociedade. Trata-se de
um exemplo do Pluralismo Jurídico. Ex: Convenções condominiais, regulamentos de
empresas...;
3.2.2 – Tipologias:
3.2.2.2 – Fáticas: São as lacunas jurídicas que se verificam toda vez que a
norma jurídica vigente deixa de ser observada no âmbito dos fatos
sociais (perda de efetividade). Ex: a prática do jogo do bicho;
Thiago Coelho (@taj_studies)
3.2.2.3 – Valorativas ou axiológicas: Ocorre toda vez que a norma jurídica,
embora vigente, perde contato com a realidade social no tocante à
ideia de justiça (perda da legitimidade). Ex: A obrigatoriedade do voto,
previsto no art 14 da CF/1988;
4. Integração do direito
O uso da analogia não tem a mesma amplitude nos mais diversos ramos jurídicos.
Naqueles ramos regulados pelo princípio da legalidade estrita, a analogia é vista com
reservas, sendo utilizada de modo excepcional. Por exemplo, no direito penal, a
analogia só pode ser usada para beneficiar o réu.
4.2.2 – Costumes: São práticas sociais reiteradas que criam normas não
escritas para solucionar lacunas jurídicas. Ex: A possibilidade do uso de
costumes para o preenchimento das lacunas contratuais, conforme
estabelecido pelo Código Civil brasileiro;
5.1 – Conceito: Exige-se que o sistema jurídico não apresente contradições ou se elas
ocorrerem, o ordenamento jurídico possa solucionar tais contradições;
5.2 - Antinomias jurídicas: São conflitos normativos que se manifestam toda vez que
uma norma permite e outra proíbe uma mesma conduta, gerando uma situação
de capaz de comprometer a coerência do sistema jurídico. Ex: A abertura dos
templos religiosos e o conflito entre os direitos de liberdade religiosa, saúde e
vida;
OBS: Discute-se muito sobre a chamada antinomia de conflito: o conflito gerado entre
uma norma anterior especial e uma norma posterior geral, ambas da mesma
hierarquia. Não há aqui um meta-critério que possa ser utilizado para solucionar
eventuais conflitos normativos, cabendo ao aplicador do direito aplicar as normas
conforme a especificidade do caso concreto.
3. Elementos constitutivos:
b) O ato jurídico - É o ato que realiza uma hipótese normativa que produz efeitos
no mundo do direito. Ex: Celebração de contratos;
3.2 – Sujeitos de direito: São todos aqueles entes que integram os polos ativo e passivo
de uma relação jurídica. Como sujeito ativo, titularizando direitos subjetivos; como
sujeito passivo, obrigando-se ao cumprimento de um dever jurídico.
OBS: Não se pode confundir pessoa física e pessoa jurídica mas em situações
excepcionais em que há riscos de fraudes a credores admite-se a aplicação da teoria da
desconsideração da pessoa jurídica;
3.3 – Dever jurídico: Trata-se do conjunto de obrigações assumidas pelo sujeito passivo
da relação jurídica, contemplando três obrigações:
3.3.2 – Dever jurídico positivo x dever jurídico negativo – O dever jurídico positivo é
aquele que consagra uma obrigação de dar e/ou uma obrigação de fazer. Ex: A
prestação de um serviço. O dever jurídico negativo é aquele que corresponde a
uma obrigação de não fazer. Ex: A preservação do sigilo profissional;
3.3.4 – Dever jurídico público x dever jurídico privado – O dever jurídico público é
aquele cumprido no âmbito de uma relação em que o Estado figure como parte.
Ex: O pagamento do auxílio emergencial em tempos de pandemia. O dever
jurídico privado é aquele cumprido no âmbito de relações entre os particulares.
Ex: O pagamento do salário de um empregador a um empregado;
OBS: O objeto do direito subjetivo é nada mais nada menos que o cumprimento do dever
jurídico correlato;
3.4.2 – Direito subjetivo público x direito subjetivo privado – O direito subjetivo público
é aquele direito exercido no âmbito de uma relação em que o Estado integre um
sujeito. Ex: O direito subjetivo à segurança pública. O direito subjetivo privado é
aquele exercido no âmbito de uma relação entre particulares. Ex: O direito de
crédito trabalhista;
OBS: Vale ressaltar que a maioria dos comportamentos humanos são lícitos, sendo
somente uma minoria integrante da zona da ilicitude;
1.1 – Conceito: Trata-se da doutrina dos direitos naturais: direitos universais e imutáveis
que decorreriam da própria natureza humana;
1.3.1 – Jusnaturalismo cosmológico (Idade Antiga): para tal concepção a fonte dos
direitos naturais seria a harmonia com o universo. Ex: Os sofistas são
considerados os responsáveis por fundar as bases do Jusnaturalismo, sendo ainda
na Idade Antiga, essa doutrina desenvolvida mais precisamente por nomes como
Platão e Aristóteles;
OBS: Apesar de ter perdido força, o Jusnaturalismo ainda existe, percebendo-se nos
dogmas religiosos, por exemplo, em relação ao estigma associado ao aborto que, em
tese, fere o direito à vida;
2. Positivismo Legalista
2.1 – Conceito e origem: Trata-se de uma concepção surgida na Idade Moderna, após as
revoluções liberais burguesas dos séculos XVII e XVIII (Revolução Gloriosa,
Independência dos Estados Unidos e Revolução Francesa). Trata-se da doutrina do
direito positivo, expresso nas leis – defendendo a supremacia do direito positivo,
geralmente corporizado em leis;
3. Historicismo Jurídico
4. Sociologismo Jurídico
4.1 – Conceito e origem: Trata-se de uma corrente de oposição ao Positivismo Legalista que
surgiu na França durante o século XX como uma reação à questão social gerada pela
Thiago Coelho (@taj_studies)
Revolução Industrial. Trata-se da aplicação dos conhecimentos da Sociologia no estudo dos
fenômenos jurídico. A partir da França, o Sociologismo Jurídico se desviou para diversos
países – a exemplo pode-se citar Estados Unidos, Rússia, Noruega, Finlândia, México e Brasil.
Augusto Comte é considerado o pai da Sociologia e Émile Durkheim é considerado o pai do
Sociologismo Jurídico, sendo esse movimento considerado o mais contundente no que diz
respeito à oposição ao Positivismo Legalista.
5.1 – Conceito e origem: Trata-se da maior manifestação do Positivismo Lógico do século XX.
O seu grande mentor consistiu na figura de Hans Kelsen. A Teoria Pura do Direito foi
desenvolvida durante o período entreguerras e representou uma reação ao Jusnaturalismo,
ao Historicismo e ao Sociologismo Jurídico tendo em vista a busca por resgatar a autonomia
da ciência do direito. Além disso, é importante ressaltar que a Teoria Pura do Direito
representou a primeira fase do pensamento kelseniano.
Afirmação da ciência jurídica como uma ciência de normas, ou seja, seu objeto
seriam as normas jurídicas;
Utilização da lógica do dever-ser como a lógica para o estudo das normas jurídicas;
Exclusão dos fatos e valores sociais da experiência normativa;
Proposição de uma ciência jurídica baseada na objetividade e na exatidão;
Afirmação do direito positivo como única realidade jurídica – isto é, o direito posto
através das normas jurídicas;
Compreensão da ordem jurídica como uma pirâmide normativa;
Valorização da validade como único atributo das normas jurídicas – isto é, a
sobreposição de uma norma jurídica superior em relação a uma norma jurídica
inferior;
Defesa da separação entre direito e moral (teoria dos círculos éticos separados);
Negação da existência dos direitos naturais;
Negação da possibilidade de um tratamento racional da ideia de justiça (ceticismo
normativo);
Defesa do monismo jurídico – isto é, o Estado seria o único centro produtor e
aplicador de normas jurídicas;
Defesa da cientificidade do conhecimento jurídico;
Defesa de uma visão monodisciplinar – ou seja, da separação do direito com relação
a outros saberes e formas de conhecimento;
Teses fundamentais:
Balanço crítico:
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