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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA 2ª VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES

DA COMARCA DE ANÁPOLIS – GOIÁS

Distribuição por dependência ao processo nº: 5702272-25.2022.8.09.0006

MIGUEL TAVARES PEREIRA, menor absolutamente impúbere, neste ato


representada por sua genitora Jackeline Paulla Tavares, brasileira, divorciada, psicóloga, inscrita
no RG sob o nº 465859-6, SSP-GO, e no CPF sob o nº 016.589.921-21, residente e domiciliada na
Rua Lasar Segal, Quadra 10, Lote 07, Condomínio Belas Artes, Anápolis-GO, email: jckeline-
tavares@hotmail.com e WhatsApp (62)985187070, por intermédio de sua advogada LARYSSA
NOGUEIRA ALVES, devidamente inscrita na OAB/GO sob o nº 33.546, mandato junto (doc. 02),
com endereço profissional na Avenida Olinda, número 960, Torre Trade, sala 612, Park Lozandes,
Goiânia – GO, CEP 74.884-120, email: lanogueiraadv@gmail.com; vem, respeitosamente à
presença de Vossa Excelência, propor a presente
AÇÃO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS
COM PEDIDO DE PRISÃO CIVIL
em face de LEANDRO PEREIRA NONATO, brasileiro, divorciado, psicólogo, inscrito no RG sob o
nº 4225644 – DGPC/GO e no CPF sob o nº 001.812.611-11, residente e domiciliado na avenida
Perimetral Norte Sul, Residencial Germini, apartamento 401, Bloco A, Jardim Europa,
Anápolis0GO CEP 75.094-705 e endereço profissional na rua 27, nº 200, Bairro JK, Nova Capital,
Anápolis-GO, CEP 75.114-460, endereço eletrônico: leandrononato@hotmail.com ,WhastApp
(62) 981407319, pelos fatos e fundamentos adiante expostos:

I- DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Amparado pelo artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal e artigos
98 e seguintes do Código de Processo Civil, o Exequente pleiteia a concessão dos benefícios da
gratuidade de justiça, vez que não possui condição financeira para arcar com as custas
processuais, sem prejuízo do próprio sustento.
Ademais, em se tratando de menor, há presunção relativa de veracidade
da declarada hipossuficiência, conforme entendimento firmado no Superior Tribunal de Justiça,
segundo o qual a gratuidade da justiça em ação de alimentos deve ser examinada sob a
perspectiva do menor, que não aufere renda e necessitada da verba executada para sua
sobrevivência., sendo irrelevante a condição financeira de seus genitores.
Portanto a fim de assegurar o direito fundamental de acesso à justiça,
direito fundamental, previsto no art. 5º, inciso LXXIV, deve ser concedido o benefício pleiteado,
independente da juntada dos documentos usualmente exigidos pelo judiciário, pois o caso em
espelho dispensa a demonstração de insuficiências de recursos e negar tal benefício a quem dele
necessita consistiria em afronta à norma constitucional suscitada.

II- DOS FATOS E FUNDAMENTOS


O Executado é genitor do Exequente, certidão de nascimento anexa
(doc.01) e desde o final do ano de 2022 não contribui com absolutamente nada para o sustento
do menor, crime previsto no artigo 244 do Código Penal, que já foi comunicado ao Ministério
Público através da denúncia nº 202300009784 para a adoção das medidas cabíveis.
Ocorre que, mesmo após a fixação dos alimentos provisórios em favor do
filho menor, o Executado se nega a prover sustento para seu filho menor e pagar a verba
alimentar nos moldes fixado na decisão da movimentação nº 21, do processo nº 5702272-
25.2022.8.09.0006, proferida em 28/02/2023 (doc.03), de um salário-mínimo e meio,
depositados na conta bancária da genitora, até o dia 10 (dez) de cada mês a partir da citação.
Deste modo, considerando que a citação do Executado ocorreu em
23/11/2022, conforme certidão da movimentação nº 09 do processo principal, em anexo
(doc.04), são devidas, até o momento, 4 prestações mensais, referentes aos meses de
dezembro/2022 a março/2023, que somam o montante de R$ 7.912,97 (sete mil, novecentos e
doze reais e noventa e sete centavos), como demonstrado na planilha de cálculos abaixo:

Assim, apesar das tentativas de solução amigável da questão, o


Executado se nega a cumprir a decisão liminar e não resta outra alternativa ao Exequente além
de buscar a tutela do Estado para através da medida coercitiva da prisão, conforme artigo 528
do Código de Processo Civil, fazer cumprir a decisão liminar que fixou os alimentos provisórios,
intimando o devedor para pagar em 3 (três) dias sob pena de ter decretada sua prisão.
Ressalta-se que que o entendimento doutrinário e jurisprudencial é no
sentido de que o débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante compreende as 03
(três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que vencerem no curso do
processo, de modo que deve se o Executado intimado para pagar o valor integral sob pena de
prisão, que corresponde ao lapso temporal que a lei autoriza a aplicação dessa medida, sem
prejuízo das prestações que vencerem no curso da ação, conforme súmula 309 do STJ.
Por fim, válido lembrar que os alimentos dizem respeito ao Direito à Vida
do menor e o descumprimento dessa obrigação legal é fato punível pelo direito penal, tamanha
sua gravidade, de modo que o cumprimento dos mandados justifica a intimação do devedor de
alimentos nos termos do Provimento nº12, por meio de aplicativo de mensagens, dando
celeridade à prestação jurisdicional que se busca.

III- DOS PEDIDOS


Ante o exposto, requer:
A) A concessão do benefício da justiça gratuita nos termos da Lei
1.060/50, artigo 98 e seguintes do Código de Processo Civil e artigo 5º, inciso LXXIV, da
Constituição Federal;
B) A citação do executado por aplicativo de mensagens, nos termo do
Provimento nº 12, para que, em três dias, efetue o pagamento das parcelas executadas, no total
de R$ 7.912,97 (sete mil, novecentos e doze reais e noventa e sete centavos), bem como as que
vencerem no curso do processo, comprove o pagamento ou justifique a impossibilidade
ABSOLUTA de efetuá-lo, para evitar a DECRETAÇÃO DA SUA PRISÃO CIVIL, PELO PRAZO DE ATÉ
TRÊS MESES, consubstanciado no artigo 528, do Código de Processo Civil;
C) A intimação do Ministério Público para atuar como fiscal da lei, nos
termos do artigo 178, inciso II do Código de Processo Civil, por envolver interesse de menor;
D) A condenação do executado ao pagamento das custas e honorários
advocatícios;
E) A produção de todos os meios de prova em direito admitidos.

Dá-se a causa o valor de R$ 7.912,97 (sete mil, novecentos e doze reais e


noventa e sete centavos).

Termos em que,
Pede deferimento.

Goiânia, 29 de março de 2023.

LARYSSA NOGUEIRA ALVES


OAB/GO 33.546

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