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ACÓRDÃO
Documento: 1003924 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 19/11/2010 Página 1 de 12
Superior Tribunal de Justiça
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Superior Tribunal de Justiça
AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.251.998 - SP (2009/0220086-7)
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Superior Tribunal de Justiça
AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.251.998 - SP (2009/0220086-7)
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Superior Tribunal de Justiça
VOTO
Logo, em que pese ter sido extraído de sítio eletrônico da Justiça, o documento
apresentado pela agravante (fl. 1.151), conforme o entendimento atual dessa Corte, não é
dotado de caráter oficial amparado por lei.
6. Contudo, o Superior Tribunal de Justiça, órgão do Poder Judiciário,
reconhecido pela vanguarda de suas ações, parece sensível ao avanço tecnológico e
utiliza-se do meio eletrônico para comunicação de atos e transmissão de peças processuais,
respaldado pelas devidas cautelas legalmente estabelecidas.
Neste momento, o Tribunal da Cidadania depara-se com importantes
discussões acerca do direito da tecnologia, cujos maiores desafios assentam no combate às
inseguranças inerentes ao meio virtual e na conferência de eficácia probatória às operações
realizadas eletronicamente, motivo pelo qual parece deva ser revista a posição da Corte
quanto ao ponto.
7. O conceito de documento no Dicionário Aurélio é: "1.Qualquer base de
conhecimento, fixada materialmente e disposta de maneira que se possa utilizar para
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consulta, estudo, prova, etc;"
Para a doutrina: “conceitua-se documento como todo objeto capaz de
'cristalizar' um fato transeunte, tornando-o, sob certo aspecto, permanente ” (WAMBIER, Luiz
Rodrigues. Curso avançado de processo civil. 5. ed. rev. atual. e ampl. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2002. 704 p. v. 1.).
Assim, documento não é somente o papel escrito e assinado, ou ainda a cópia
de determinado regulamento com a devida assinatura de servidor do Tribunal a quo,
considera-se documento todo aquele objeto que representa, por meio de alguma linguagem,
de forma permanente ou temporária, um fato da vida real, uma manifestação de pensamento.
O documento eletrônico, por sua vez, é, segundo Gandini, Salomão e Jacob
aquele “que se encontra memorizado em forma digital, não perceptível para os seres
humanos senão mediante intermediação de um computador. Nada mais é do que seqüência
de bits, que, por meio de um programa computacional, mostrar-nos-á um fato" (GANDINI,
João Agnaldo Donizete; SALOMÃO, Diana Paola da Silva; JACOB, Cristiane. A Validade
jurídica dos documentos digitais. Revista dos tribunais. Ano 91, v. 85, Nov. 2002.)
A fim de conferir credibilidade a tais documentos, a Medida Provisória nº
2.200/01 instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira- ICP-Brasil, assim como
regulou a utilização da certificação digital no Brasil, determinando, em seu artigo 10, § 1°,
que “as declarações constantes dos documentos em forma eletrônica produzidos com a
utilização de certificação disponibilizado pela ICP-Brasil presumem-se verdadeiros em
relação aos signatários ”.
A Medida Provisória tratou também dos documentos eletrônicos criados sem o
“atributo” da certificação digital.
O artigo 10, § 2º da MP nº 2.200/01 determina que :
Art. 10. Consideram-se documentos públicos ou particulares, para todos os
fins legais, os documentos eletrônicos de que trata esta Medida Provisória.
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Superior Tribunal de Justiça
-EMBARGOS - AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO -
INTEMPESTIVIDADE DO RECURSO DE REVISTA DECLARADA
ORIGINARIAMENTE PELA TURMA DO TST - FERIADO LOCAL -
COMPROVAÇÃO - DOCUMENTO RETIRADO DE SÍTIO DA INTERNET. Para
fins de comprovação de feriado local, é válida a juntada de documento
extraído de sítio de TRT na internet, mormente quando não impugnado pela
parte contrária. Precedentes. Embargos conhecidos e providos.-
(TST-E-A-AIRR-1170/2002-025-04-40.0, Relatora Ministra Maria Cristina
Irigoyen Peduzzi, DEJT 30.4.2009)
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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
CORTE ESPECIAL
AgRg no
Número Registro: 2009/0220086-7 PROCESSO ELETRÔNICO Ag 1.251.998 / SP
Relator
Exmo. Sr. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro ARI PARGENDLER
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. EDINALDO DE HOLANDA BORGES
Secretária
Bela. VANIA MARIA SOARES ROCHA
AUTUAÇÃO
AGRAVANTE : ROSÂNGELA NISTAL LYRA VASCONCELLOS
ADVOGADOS : ANTÔNIO AUGUSTO ALCKMIN NOGUEIRA E OUTRO(S)
MARIA FERNANDA VAIANO DOS SANTOS E OUTRO(S)
AGRAVADO : JAYME CUSCHNIR E OUTROS
ADVOGADO : DINA DARC FERREIRA LIMA CARDOSO E OUTRO(S)
AGRAVADO : ORBIS ASSESSORIA FINANCEIRA E ADMINISTRATIVA LTDA
ADVOGADO : SILVANA ROSA ROMANO AZZI E OUTRO(S)
AGRAVADO : CB PARTICIPAÇÕES LTDA
ADVOGADO : JOSE LUIZ BAYEUX FILHO E OUTRO(S)
AGRAVADO : TAMANDUÁ EMPREENDIMENTOS LTDA
ADVOGADO : FÁBIO TEIXEIRA OZI E OUTRO(S)
AGRAVO REGIMENTAL
AGRAVANTE : ROSÂNGELA NISTAL LYRA VASCONCELLOS
ADVOGADOS : ANTÔNIO AUGUSTO ALCKMIN NOGUEIRA E OUTRO(S)
MARIA FERNANDA VAIANO DOS SANTOS E OUTRO(S)
AGRAVADO : JAYME CUSCHNIR E OUTROS
ADVOGADO : DINA DARC FERREIRA LIMA CARDOSO E OUTRO(S)
AGRAVADO : ORBIS ASSESSORIA FINANCEIRA E ADMINISTRATIVA LTDA
ADVOGADO : SILVANA ROSA ROMANO AZZI E OUTRO(S)
AGRAVADO : CB PARTICIPAÇÕES LTDA
ADVOGADO : JOSE LUIZ BAYEUX FILHO E OUTRO(S)
AGRAVADO : TAMANDUÁ EMPREENDIMENTOS LTDA
ADVOGADO : FÁBIO TEIXEIRA OZI E OUTRO(S)
CERTIDÃO
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Certifico que a egrégia CORTE ESPECIAL, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Corte Especial, por unanimidade, deu provimento ao agravo regimental, nos termos do
voto do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Felix Fischer, Aldir Passarinho Junior, Gilson Dipp, Hamilton
Carvalhido, Eliana Calmon, Francisco Falcão, Nancy Andrighi, Laurita Vaz, João Otávio de
Noronha, Teori Albino Zavascki, Castro Meira e Arnaldo Esteves Lima votaram com o Sr.
Ministro Relator.
Ausentes, justificadamente, o Sr. Ministro Cesar Asfor Rocha e, ocasionalmente, o Sr.
Ministro Luiz Fux.
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