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ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
1. Princípios:
a. Princípio da Legalidade:
Aulas 01 e 02
b. Princípio da Impessoalidade:
Atos imorais são sinônimos de atos inconstitucionais. Existe uma espécie qualificada de imoralidade,
denominada de improbidade administrativa.
Art. 5º, XXXIII/CF: dispõe que todos possuem o direito de receber dos órgãos públicos as informações
de seu interesse particular/coletivo/geral, que serão prestadas nos prazos legais, sob pena de
responsabilidade, salvo nos casos de informações sigilosas. Vejamos:
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CARREIRAS JURÍDICAS
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serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado;
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interposição, devendo, ainda, ser-lhe indicada a autoridade
competente para sua apreciação.
§ 5o A informação armazenada em formato digital será fornecida
nesse formato, caso haja anuência do requerente.
§ 6o Caso a informação solicitada esteja disponível ao público em
formato impresso, eletrônico ou em qualquer outro meio de acesso
universal, serão informados ao requerente, por escrito, o lugar e a
forma pela qual se poderá consultar, obter ou reproduzir a referida
informação, procedimento esse que desonerará o órgão ou entidade
pública da obrigação de seu fornecimento direto, salvo se o
requerente declarar não dispor de meios para realizar por si mesmo
tais procedimentos.
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§ 2o Pelas condutas descritas no caput, poderá o militar ou agente
público responder, também, por improbidade administrativa,
conforme o disposto nas Leis nos 1.079, de 10 de abril de 1950, e
8.429, de 2 de junho de 1992.
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II - secreta: 15 (quinze) anos; e
III - reservada: 5 (cinco) anos.
§ 2o As informações que puderem colocar em risco a segurança do
Presidente e Vice-Presidente da República e respectivos cônjuges e
filhos(as) serão classificadas como reservadas e ficarão sob sigilo até
o término do mandato em exercício ou do último mandato, em caso
de reeleição.
§ 3o Alternativamente aos prazos previstos no § 1o, poderá ser
estabelecida como termo final de restrição de acesso a ocorrência de
determinado evento, desde que este ocorra antes do transcurso do
prazo máximo de classificação.
§ 4o Transcorrido o prazo de classificação ou consumado o evento
que defina o seu termo final, a informação tornar-se-á,
automaticamente, de acesso público.
§ 5o Para a classificação da informação em determinado grau de
sigilo, deverá ser observado o interesse público da informação e
utilizado o critério menos restritivo possível, considerados:
I - a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e do
Estado; e
II - o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento que defina seu
termo final.
Art. 5º, LXXII/CF: dispõe sobre a utilização de habeas data para obtenção de informações
pessoais/personalizadas negadas;
Art. 5º, LXIX/CF: para obtenção de informações de cunho coletivo ou geral negadas não se utiliza
habeas data, e sim mando de segurança.
Art. 5º (...)
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito
líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data,
quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do Poder Público;
(...)
LXXII - conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa
do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de
entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por
processo sigiloso, judicial ou administrativo;
e. Princípio da Eficiência: a Administração esta obrigada a manter/ampliar a qualidade dos serviços que
presta e das obras que executa, sob pena de responsabilidade. É exemplo do Princípio da Eficiência
na área econômica o art. 37, XI, CF, que define o teto de remuneração dos servidores – Ministros do
STF;
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1.2. Princípios implícitos: Lei 9.784/99- Lei federal que dispõe sobre processos administrativos.
b. Princípio da motivação: a cada ato que a Administração edita é obrigada a pontar as razões que
deram origem a ele. Caso contrário, o ato será invalido, pois a motivação é requisito de validade.
Teoria dos motivos determinantes: não só a Administração se obriga a motivar seus atos, como
também se obriga a ser fiel a estes motivos, que passam a determinar a conduta a ser seguida pelo
Administrador daquele momento em diante.
Se a Administração se afasta dos motivos, configura desvio de finalidade, que é uma forma de
ilegalidade, exceto para preservar interesse público.
Comissões de concursos também são obrigadas a motivar cada ato. Art. 50 da Lei 9.784/99 + Súmula
684/STF.
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com
indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção
pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou
discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de
ato administrativo.
§ 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo
consistir em declaração de concordância com fundamentos de
anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste
caso, serão parte integrante do ato.
§ 2o Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser
utilizado meio mecânico que reproduza os fundamentos das
decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos
interessados.
§ 3o A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou
de decisões orais constará da respectiva ata ou de termo escrito.
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c. Princípio da Razoabilidade: a Administração esta proibida de fazer qualquer exigência ou aplicar
qualquer sanção em medida superior aquela necessária para preservação do interesse público. Pena
desarrazoada é pena ilegal.
É exemplo de aplicação do referido princípio o art. 37, II, CF, que determina, em suma, que provas de
concursos públicos só serão razoáveis se respeitarem natureza e complexidade dos cargos.
A Súmula 683/STF dispõe que a exigência de idade em concurso público só se justifica quando
necessária em razão das atribuições do cargo.
d. Princípio da Autotutela: Administração esta legitimada a rever os seus atos quando estes forem
ilegais ou revoga-los por razões de conveniência e oportunidade. Poderá anulá-los ou revogá-los
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ANULAÇÃO REVOGAÇÃO
Conveniência e
FUNDAMENTO Ilegalidade
oportunidade
Administração Pública
LEGITIMIDADE Administração
ou Judiciário
e. Princípio da Segurança das Relações Jurídicas: art. 2º da Lei 9.784/99 – fica proibida qualquer
interpretação retroativa de lei para situações já consolidadas ao longo do tempo.
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XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor
garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada
aplicação retroativa de nova interpretação.
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