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FUNDAMENTAIS.
HABEAS DATA.
MANDADO DE
INJUNÇÃO
Prof. Noemia Porto
Habeas Data
iv) Embora possam ter pontos de contato, não se confundem o habeas data com o
direito à obtenção de certidões em repartições públicas. No primeiro caso, basta o
simples desejo de conhecer as informações relativas à pessoa, independentemente
da demonstração de que elas se prestarão à defesa de direitos. No segundo, há se
demonstrar a necessidade de defesa de direitos e/ou esclarecimentos de situações
de interesse pessoal. v) Em relação ao direito de retificação, a Constituição faculta
o impetrante o processo sigiloso, judicial ou administrativo.
Habeas Data
vi) O direito ao controle da circulação de dados pessoais de forma inédita pode ser
assegurado através de um remédio constitucional, em se considerando as
construções normativas do direito comparado. O direito americano conhece
instituto similar, mas não tão específico, em razão do Freedom of Information Act
de 1974 e do Freedom of Information Reform de 1978. O ineditismo da fórmula
brasileira inspirou outros textos constitucionais da América Latina (Colômbia,
Paraguai e Peru). vii) Antes da previsão específica pela Constituição de 1988 a
proteção do direito à informação poderia ser alcançado pelo mandado de
segurança, mas em regimes autoritários há prática disseminada de arquivos
governamentais sigilosos contendo dados referentes a convicção filosófica, política,
etc.
Habeas Data
xiii) O mandado de injunção coletivo pode ser promovido pelo Ministério Público,
quando a tutela requerida for especialmente relevante para a defesa da ordem
jurídica, do regime democrático ou dos interesses sociais ou individuais
indisponíveis; por partido político com representação no Congresso Nacional, para
assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas de seus integrantes ou
relacionados com a finalidade partidária; por organização sindical, entidade de
classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1
(um) ano, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas em
favor da totalidade ou de parte de seus membros ou associados, na forma de seus
estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades, dispensada, para tanto,
autorização especial; pela Defensoria Pública, quando a tutela requerida for
especialmente relevante para a promoção dos direitos humanos e a defesa dos
direitos individuais e coletivos dos necessitados (art. 12).