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Cabimento
(1) Obter o acesso às informações referente à pessoa do impetrante;
(2) Promover a retificação de informações referentes à pessoa do impetrante;
(3) Proceder à anotação de informações relativas à pessoa do impetrante.
Legitimidade ativa e passiva
• O writ poderá ser impetrado por qualquer pessoa, tanto natural quanto jurídica, seja nacional ou
estrangeira, para ter acesso às informações a seu respeito.
• Ação personalíssima.
• Vale reafirmar o caráter personalíssimo da ação, que culmina na conclusão de que o habeas data sempre
será impetrado para o acesso, retificação ou anotação de informações relativas à pessoa do próprio
impetrante e não de terceiros.
• Situação dos herdeiros.
• Quanto à legitimidade passiva, tendo em vista que referido remédio tem por finalidade dar conhecimento
e/ou retificar informações constantes de registro ou de banco de dados, tanto de entidades governamentais,
como de particulares que tenham caráter público, são justamente tais entidades que podem ser sujeitos
passivos do habeas data, desde que possuam informações relativas ao impetrante.
Competência
• De forma similar ao que se passa com a fixação da competência para o julgamento do mandado de segurança, o estabelecimento
da competência para o julgamento do habeas data é definida com base na hierarquia funcional do agente público, isto é, tendo
por parâmetro a autoridade ou entidade impetradas. A competência para julgamento é explicitada tanto pela Constituição Federal
quanto pelo art. 20 da Lei n. 9.507 /1997.
II - em grau de recurso:
a) ao Supremo Tribunal Federal, quando a decisão denegatória for proferida em única instância pelos Tribunais Superiores;
b) ao Superior Tribunal de Justiça, quando a decisão for proferida em única instância pelos Tribunais Regionais Federais;
c) aos Tribunais Regionais Federais, quando a decisão for proferida por juiz federal;
d) aos Tribunais Estaduais e ao do Distrito Federal e Territórios, conforme dispuserem a respectiva Constituição e a lei que
organizar a Justiça do Distrito Federal;
III - mediante recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal, nos casos previstos na Constituição.
Procedimento
• O procedimento é delimitado pela Lei n. 9.507/1997, que prevê uma fase administrativa prévia à propositura
da ação judicial. Esta fase pré-judicial visa demonstrar a existência do "interesse de agir", requisito exigido
pela jurisprudência (súmula 02, STJ) e pela legislação (art. 8º , parágrafo único, da Lei n. 9.507 /1997).
• Fase judicial: A fase judicial inicia-se com o legitimado ativo impetrando o habeas data, acionando o órgão
judiciário competente conforme normativa constitucional e também à luz do art. 20, Lei n. 9.507/1997.
• Ao despachar a inicial, o juiz ordenará que se notifique a autoridade, sendo-lhe concedido o prazo de dez
dias para prestar informações (art. 9º , da Lei n. 9.507 /1997). O processo é encaminhado, posteriormente,
ao Ministério Público que irá atuar como custos legis, para emitir parecer no prazo de cinco dias (art. 12, da
Lei n. 9.507 /1997).
• Finalmente, o processo será concluso para o julgamento, que deverá ocorrer no prazo (impróprio) de cinco
dias (art. 12, da Lei n. 9.507 /1997).
Decisão
• A execução da sentença concessiva do habeas data será imediata e o recurso cabível - apelação - terá
somente efeito devolutivo, não havendo a possibilidade de suspensão dos efeitos da decisão por meio da
interposição de recurso.
• Ressalta-se, contudo, uma hipótese de suspensão dos efeitos da sentença: derivada de um despacho
fundamentado do Presidente do Tribunal no qual o recurso tramita.
• Se a decisão for não concessiva também caberá apelação.
• Por fim, não há reexame necessário (recurso de ofício) em habeas data.