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"Art. 5º [...].
[...];
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe
der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
[...]." (Constituição Federal) (Grifei)
"No Tribunal do Júri, busca-se garantir ao réu não somente uma defesa
ampla, mas plena, completa, a mais próxima possível da perfeição
profissional (art. 5.º, XXXVIII, a, CF). [...]. Vale ressaltar que o texto
constitucional mencionou, além da plenitude de defesa, o princípio da ampla
defesa, voltado aos acusados em geral (art. 5.º, LV, CF), razão pela qual é
preciso evidenciar a natural diversidade existente entre ambos. A lei, de um
modo geral, não contém palavras inúteis, muito menos a Constituição
Federal. Portanto, inexiste superfetação na dupla previsão dos referidos
princípios, destinando-se cada qual a uma finalidade específica. Enquanto aos
réus em processos criminais comuns assegura-se a ampla defesa, aos
acusados e julgados pelo Tribunal do Júri garante-se a plenitude de defesa."
(NUCCI, 2020) (Grifei e sublinhei)
"Os vocábulos são diversos e também o seu sentido. Amplo quer dizer vasto, largo, muito
grande, rico, abundante, copioso; pleno significa repleto, completo, absoluto, cabal,
perfeito. O segundo é, evidentemente, mais forte que o primeiro. Assim, no processo
criminal, perante o juiz togado, tem o acusado assegurada a ampla defesa, isto é, vasta
possibilidade de se defender, propondo provas, questionando dados, contestando
alegações, enfim, oferecendo os dados técnicos suficientes para que o magistrado possa
considerar equilibrada a demanda, estando de um lado o órgão acusador e de outro uma
defesa eficiente. Por outro lado, no Tribunal do Júri, onde as decisões são tomadas pela
íntima convicção dos jurados, sem qualquer fundamentação, onde prevalece a oralidade
dos atos e a concentração da produção de provas, bem como a identidade física do juiz,
torna-se indispensável que a defesa atue de modo completo e perfeito – logicamente
dentro das limitações impostas pela natureza humana. A intenção do constituinte foi aplicar
ao Tribunal Popular um método que privilegie a defesa, em caso de confronto inafastável
com a acusação, homenageando a sua plenitude." (NUCCI, 2020) (Grifei)
“Art. 497. São atribuições do juiz presidente do Tribunal do Júri, além
de outras expressamente referidas neste Código:
[...];
V – nomear defensor ao acusado, quando considerá-lo indefeso,
podendo, neste caso, dissolver o Conselho e designar novo dia para o
julgamento, com a nomeação ou a constituição de novo defensor;
[...].” (Código de Processo Penal) (Grifei e sublinhei)
Referências