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LEI Nº 12.

527, DE 18 DE NOVEMBRO no caput refere-se à parcela dos recursos


DE 2011. públicos recebidos e à sua destinação, sem
prejuízo das prestações de contas a que
Regula o acesso a estejam legalmente obrigadas.
informações previsto no
inciso XXXIII do art. 5º , no Art. 3º Os procedimentos previstos nesta
inciso II do § 3º do art. 37 e Lei destinam-se a assegurar o direito
Mensagem de veto no § 2º do art. 216 da fundamental de acesso à informação e devem
Constituição Federal; altera ser executados em conformidade com os
Vigência a Lei nº 8.112, de 11 de princípios básicos da administração pública e
dezembro de 1990; revoga a
Lei nº 11.111, de 5 de maio com as seguintes diretrizes:
Regulamento
de 2005, e dispositivos da I - observância da publicidade como
Lei nº 8.159, de 8 de janeiro
preceito geral e do sigilo como exceção;
de 1991; e dá outras
providências. II - divulgação de informações de
interesse público, independentemente de
solicitações;
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço III - utilização de meios de comunicação
saber que o Congresso Nacional decreta e eu viabilizados pela tecnologia da informação;
sanciono a seguinte Lei:
IV - fomento ao desenvolvimento da
CAPÍTULO I cultura de transparência na administração
pública;
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre os V - desenvolvimento do controle social da
procedimentos a serem observados pela União, administração pública.
Estados, Distrito Federal e Municípios, com o Art. 4º Para os efeitos desta Lei,
fim de garantir o acesso a informações previsto considera-se:
no inciso XXXIII do art. 5º , no inciso II do § 3º
do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição I - informação: dados, processados ou
Federal. não, que podem ser utilizados para produção e
transmissão de conhecimento, contidos em
Parágrafo único. Subordinam-se ao qualquer meio, suporte ou formato;
regime desta Lei:
II - documento: unidade de registro de
I - os órgãos públicos integrantes da informações, qualquer que seja o suporte ou
administração direta dos Poderes Executivo, formato;
Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e
Judiciário e do Ministério Público; III - informação sigilosa: aquela
submetida temporariamente à restrição de
II - as autarquias, as fundações públicas, acesso público em razão de sua
as empresas públicas, as sociedades de imprescindibilidade para a segurança da
economia mista e demais entidades controladas sociedade e do Estado;
direta ou indiretamente pela União, Estados,
Distrito Federal e Municípios. IV - informação pessoal: aquela
relacionada à pessoa natural identificada ou
Art. 2º Aplicam-se as disposições desta identificável;
Lei, no que couber, às entidades privadas sem
fins lucrativos que recebam, para realização de V - tratamento da informação: conjunto
ações de interesse público, recursos públicos de ações referentes à produção, recepção,
diretamente do orçamento ou mediante classificação, utilização, acesso, reprodução,
subvenções sociais, contrato de gestão, termo transporte, transmissão, distribuição,
de parceria, convênios, acordo, ajustes ou arquivamento, armazenamento, eliminação,
outros instrumentos congêneres. avaliação, destinação ou controle da
informação;
Parágrafo único. A publicidade a que
estão submetidas as entidades citadas
VI - disponibilidade: qualidade da III - informação produzida ou custodiada
informação que pode ser conhecida e utilizada por pessoa física ou entidade privada
por indivíduos, equipamentos ou sistemas decorrente de qualquer vínculo com seus
autorizados; órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo
já tenha cessado;
VII - autenticidade: qualidade da
informação que tenha sido produzida, expedida, IV - informação primária, íntegra,
recebida ou modificada por determinado autêntica e atualizada;
indivíduo, equipamento ou sistema;
V - informação sobre atividades
VIII - integridade: qualidade da exercidas pelos órgãos e entidades, inclusive
informação não modificada, inclusive quanto à as relativas à sua política, organização e
origem, trânsito e destino; serviços;

IX - primariedade: qualidade da VI - informação pertinente à


informação coletada na fonte, com o máximo de administração do patrimônio público, utilização
detalhamento possível, sem modificações. de recursos públicos, licitação, contratos
administrativos; e
Art. 5º É dever do Estado garantir o
direito de acesso à informação, que será VII - informação relativa:
franqueada, mediante procedimentos objetivos
a) à implementação, acompanhamento e
e ágeis, de forma transparente, clara e em
resultados dos programas, projetos e ações dos
linguagem de fácil compreensão.
órgãos e entidades públicas, bem como metas
CAPÍTULO II e indicadores propostos;

DO ACESSO A INFORMAÇÕES E DA SUA b) ao resultado de inspeções, auditorias,


DIVULGAÇÃO prestações e tomadas de contas realizadas
pelos órgãos de controle interno e externo,
Art. 6º Cabe aos órgãos e entidades do
incluindo prestações de contas relativas a
poder público, observadas as normas e
exercícios anteriores.
procedimentos específicos aplicáveis,
assegurar a: § 1º O acesso à informação previsto
no caput não compreende as informações
I - gestão transparente da informação,
referentes a projetos de pesquisa e
propiciando amplo acesso a ela e sua
desenvolvimento científicos ou tecnológicos
divulgação;
cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
II - proteção da informação, garantindo- sociedade e do Estado.
se sua disponibilidade, autenticidade e
§ 2º Quando não for autorizado acesso
integridade; e
integral à informação por ser ela parcialmente
III - proteção da informação sigilosa e da sigilosa, é assegurado o acesso à parte não
informação pessoal, observada a sua sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia
disponibilidade, autenticidade, integridade e com ocultação da parte sob sigilo.
eventual restrição de acesso.
§ 3º O direito de acesso aos documentos
Art. 7º O acesso à informação de que ou às informações neles contidas utilizados
trata esta Lei compreende, entre outros, os como fundamento da tomada de decisão e do
direitos de obter: ato administrativo será assegurado com a
edição do ato decisório respectivo.
I - orientação sobre os procedimentos
para a consecução de acesso, bem como sobre § 4º A negativa de acesso às informações
o local onde poderá ser encontrada ou obtida a objeto de pedido formulado aos órgãos e
informação almejada; entidades referidas no art. 1º , quando não
fundamentada, sujeitará o responsável a
II - informação contida em registros ou
medidas disciplinares, nos termos do art. 32
documentos, produzidos ou acumulados por
desta Lei.
seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a
arquivos públicos;
§ 5º Informado do extravio da informação forma objetiva, transparente, clara e em
solicitada, poderá o interessado requerer à linguagem de fácil compreensão;
autoridade competente a imediata abertura de
II - possibilitar a gravação de relatórios
sindicância para apurar o desaparecimento da
em diversos formatos eletrônicos, inclusive
respectiva documentação.
abertos e não proprietários, tais como planilhas
§ 6º Verificada a hipótese prevista no § 5º e texto, de modo a facilitar a análise das
deste artigo, o responsável pela guarda da informações;
informação extraviada deverá, no prazo de 10
III - possibilitar o acesso automatizado
(dez) dias, justificar o fato e indicar
por sistemas externos em formatos abertos,
testemunhas que comprovem sua alegação.
estruturados e legíveis por máquina;
Art. 8º É dever dos órgãos e entidades
IV - divulgar em detalhes os formatos
públicas promover, independentemente de
utilizados para estruturação da informação;
requerimentos, a divulgação em local de fácil
acesso, no âmbito de suas competências, de V - garantir a autenticidade e a
informações de interesse coletivo ou geral por integridade das informações disponíveis para
eles produzidas ou custodiadas. acesso;
§ 1º Na divulgação das informações a VI - manter atualizadas as informações
que se refere o caput, deverão constar, no disponíveis para acesso;
mínimo:
VII - indicar local e instruções que
I - registro das competências e estrutura permitam ao interessado comunicar-se, por via
organizacional, endereços e telefones das eletrônica ou telefônica, com o órgão ou
respectivas unidades e horários de atendimento entidade detentora do sítio; e
ao público;
VIII - adotar as medidas necessárias para
II - registros de quaisquer repasses ou garantir a acessibilidade de conteúdo para
transferências de recursos financeiros; pessoas com deficiência, nos termos do art. 17
da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de
III - registros das despesas;
2000, e do art. 9º da Convenção sobre os
IV - informações concernentes a Direitos das Pessoas com Deficiência,
procedimentos licitatórios, inclusive os aprovada pelo Decreto Legislativo nº 186, de 9
respectivos editais e resultados, bem como a de julho de 2008.
todos os contratos celebrados;
§ 4º Os Municípios com população de até
V - dados gerais para o 10.000 (dez mil) habitantes ficam dispensados
acompanhamento de programas, ações, da divulgação obrigatória na internet a que se
projetos e obras de órgãos e entidades; e refere o § 2º , mantida a obrigatoriedade de
divulgação, em tempo real, de informações
VI - respostas a perguntas mais
relativas à execução orçamentária e financeira,
frequentes da sociedade.
nos critérios e prazos previstos no art. 73-B da
§ 2º Para cumprimento do disposto Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de
no caput, os órgãos e entidades públicas 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).
deverão utilizar todos os meios e instrumentos
Art. 9º O acesso a informações públicas
legítimos de que dispuserem, sendo obrigatória
será assegurado mediante:
a divulgação em sítios oficiais da rede mundial
de computadores (internet). I - criação de serviço de informações ao
cidadão, nos órgãos e entidades do poder
§ 3º Os sítios de que trata o § 2º deverão,
público, em local com condições apropriadas
na forma de regulamento, atender, entre outros,
para:
aos seguintes requisitos:
a) atender e orientar o público quanto ao
I - conter ferramenta de pesquisa de
acesso a informações;
conteúdo que permita o acesso à informação de
b) informar sobre a tramitação de esse órgão ou entidade, cientificando o
documentos nas suas respectivas unidades; interessado da remessa de seu pedido de
informação.
c) protocolizar documentos e
requerimentos de acesso a informações; e § 2º O prazo referido no § 1º poderá ser
prorrogado por mais 10 (dez) dias, mediante
II - realização de audiências ou consultas
justificativa expressa, da qual será cientificado o
públicas, incentivo à participação popular ou a
requerente.
outras formas de divulgação.
§ 3º Sem prejuízo da segurança e da
CAPÍTULO III proteção das informações e do cumprimento da
DO PROCEDIMENTO DE ACESSO À legislação aplicável, o órgão ou entidade
INFORMAÇÃO poderá oferecer meios para que o próprio
requerente possa pesquisar a informação de
Seção I
que necessitar.
Do Pedido de Acesso § 4º Quando não for autorizado o acesso
Art. 10. Qualquer interessado poderá por se tratar de informação total ou
apresentar pedido de acesso a informações aos parcialmente sigilosa, o requerente deverá ser
órgãos e entidades referidos no art. 1º desta informado sobre a possibilidade de recurso,
Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o prazos e condições para sua interposição,
pedido conter a identificação do requerente e a devendo, ainda, ser-lhe indicada a autoridade
especificação da informação requerida. competente para sua apreciação.

§ 1º Para o acesso a informações de § 5º A informação armazenada em


interesse público, a identificação do requerente formato digital será fornecida nesse formato,
não pode conter exigências que inviabilizem a caso haja anuência do requerente.
solicitação.
§ 6º Caso a informação solicitada esteja
§ 2º Os órgãos e entidades do poder disponível ao público em formato impresso,
público devem viabilizar alternativa de eletrônico ou em qualquer outro meio de acesso
encaminhamento de pedidos de acesso por universal, serão informados ao requerente, por
meio de seus sítios oficiais na internet. escrito, o lugar e a forma pela qual se poderá
consultar, obter ou reproduzir a referida
§ 3º São vedadas quaisquer exigências
informação, procedimento esse que desonerará
relativas aos motivos determinantes da
o órgão ou entidade pública da obrigação de
solicitação de informações de interesse público.
seu fornecimento direto, salvo se o requerente
Art. 11. O órgão ou entidade pública declarar não dispor de meios para realizar por
deverá autorizar ou conceder o acesso imediato si mesmo tais procedimentos.
à informação disponível.
Art. 12. O serviço de busca e
§ 1º Não sendo possível conceder o fornecimento da informação é gratuito, salvo
acesso imediato, na forma disposta no caput, o nas hipóteses de reprodução de documentos
órgão ou entidade que receber o pedido deverá, pelo órgão ou entidade pública consultada,
em prazo não superior a 20 (vinte) dias: situação em que poderá ser cobrado
exclusivamente o valor necessário ao
I - comunicar a data, local e modo para
ressarcimento do custo dos serviços e dos
se realizar a consulta, efetuar a reprodução ou
materiais utilizados.
obter a certidão;
Parágrafo único. Estará isento de
II - indicar as razões de fato ou de direito
ressarcir os custos previstos no caput todo
da recusa, total ou parcial, do acesso
aquele cuja situação econômica não lhe permita
pretendido; ou
fazê-lo sem prejuízo do sustento próprio ou da
III - comunicar que não possui a família, declarada nos termos da Lei nº 7.115,
informação, indicar, se for do seu de 29 de agosto de 1983.
conhecimento, o órgão ou a entidade que a
Art. 13. Quando se tratar de acesso à
detém, ou, ainda, remeter o requerimento a
informação contida em documento cuja
manipulação possa prejudicar sua integridade, decisão impugnada, que deliberará no prazo de
deverá ser oferecida a consulta de cópia, com 5 (cinco) dias.
certificação de que esta confere com o original.
§ 2º Verificada a procedência das razões
Parágrafo único. Na impossibilidade de do recurso, a Controladoria-Geral da União
obtenção de cópias, o interessado poderá determinará ao órgão ou entidade que adote as
solicitar que, a suas expensas e sob supervisão providências necessárias para dar cumprimento
de servidor público, a reprodução seja feita por ao disposto nesta Lei.
outro meio que não ponha em risco a
§ 3º Negado o acesso à informação pela
conservação do documento original.
Controladoria-Geral da União, poderá ser
Art. 14. É direito do requerente obter o interposto recurso à Comissão Mista de
inteiro teor de decisão de negativa de acesso, Reavaliação de Informações, a que se refere o
por certidão ou cópia. art. 35.

Seção II Art. 17. No caso de indeferimento de


pedido de desclassificação de informação
Dos Recursos protocolado em órgão da administração pública
Art. 15. No caso de indeferimento de federal, poderá o requerente recorrer ao
acesso a informações ou às razões da negativa Ministro de Estado da área, sem prejuízo das
do acesso, poderá o interessado interpor competências da Comissão Mista de
recurso contra a decisão no prazo de 10 (dez) Reavaliação de Informações, previstas no art.
dias a contar da sua ciência. 35, e do disposto no art. 16.

Parágrafo único. O recurso será dirigido à § 1º O recurso previsto neste artigo


autoridade hierarquicamente superior à que somente poderá ser dirigido às autoridades
exarou a decisão impugnada, que deverá se mencionadas depois de submetido à
manifestar no prazo de 5 (cinco) dias. apreciação de pelo menos uma autoridade
hierarquicamente superior à autoridade que
Art. 16. Negado o acesso a informação exarou a decisão impugnada e, no caso das
pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Forças Armadas, ao respectivo Comando.
Federal, o requerente poderá recorrer à
Controladoria-Geral da União, que deliberará no § 2º Indeferido o recurso previsto
prazo de 5 (cinco) dias se: no caput que tenha como objeto a
desclassificação de informação secreta ou
I - o acesso à informação não ultrassecreta, caberá recurso à Comissão Mista
classificada como sigilosa for negado; de Reavaliação de Informações prevista no art.
II - a decisão de negativa de acesso à 35.
informação total ou parcialmente classificada Art. 18. Os procedimentos de revisão de
como sigilosa não indicar a autoridade decisões denegatórias proferidas no recurso
classificadora ou a hierarquicamente superior a previsto no art. 15 e de revisão de classificação
quem possa ser dirigido pedido de acesso ou de documentos sigilosos serão objeto de
desclassificação; regulamentação própria dos Poderes
III - os procedimentos de classificação de Legislativo e Judiciário e do Ministério Público,
informação sigilosa estabelecidos nesta Lei não em seus respectivos âmbitos, assegurado ao
tiverem sido observados; e solicitante, em qualquer caso, o direito de ser
informado sobre o andamento de seu pedido.
IV - estiverem sendo descumpridos
prazos ou outros procedimentos previstos nesta Art. 19. (VETADO).
Lei. § 1º (VETADO).
§ 1º O recurso previsto neste artigo
somente poderá ser dirigido à Controladoria-
Geral da União depois de submetido à
apreciação de pelo menos uma autoridade
hierarquicamente superior àquela que exarou a
§ 2º Os órgãos do Poder Judiciário e do III - pôr em risco a vida, a segurança ou a
Ministério Público informarão ao Conselho saúde da população;
Nacional de Justiça e ao Conselho Nacional do
IV - oferecer elevado risco à estabilidade
Ministério Público, respectivamente, as
financeira, econômica ou monetária do País;
decisões que, em grau de recurso, negarem
acesso a informações de interesse público. V - prejudicar ou causar risco a planos ou
operações estratégicos das Forças Armadas;
Art. 20. Aplica-se subsidiariamente, no
que couber, a Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de VI - prejudicar ou causar risco a projetos
1999, ao procedimento de que trata este de pesquisa e desenvolvimento científico ou
Capítulo. tecnológico, assim como a sistemas, bens,
instalações ou áreas de interesse estratégico
CAPÍTULO IV nacional;
DAS RESTRIÇÕES DE ACESSO À VII - pôr em risco a segurança de
INFORMAÇÃO instituições ou de altas autoridades nacionais
Seção I ou estrangeiras e seus familiares; ou

Disposições Gerais VIII - comprometer atividades de


inteligência, bem como de investigação ou
Art. 21. Não poderá ser negado acesso à fiscalização em andamento, relacionadas com a
informação necessária à tutela judicial ou prevenção ou repressão de infrações.
administrativa de direitos fundamentais.
Art. 24. A informação em poder dos
Parágrafo único. As informações ou órgãos e entidades públicas, observado o seu
documentos que versem sobre condutas que teor e em razão de sua imprescindibilidade à
impliquem violação dos direitos humanos segurança da sociedade ou do Estado, poderá
praticada por agentes públicos ou a mando de ser classificada como ultrassecreta, secreta ou
autoridades públicas não poderão ser objeto de reservada.
restrição de acesso.
§ 1º Os prazos máximos de restrição de
Art. 22. O disposto nesta Lei não exclui acesso à informação, conforme a classificação
as demais hipóteses legais de sigilo e de prevista no caput, vigoram a partir da data de
segredo de justiça nem as hipóteses de sua produção e são os seguintes:
segredo industrial decorrentes da exploração
direta de atividade econômica pelo Estado ou I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos;
por pessoa física ou entidade privada que tenha II - secreta: 15 (quinze) anos; e
qualquer vínculo com o poder público.
III - reservada: 5 (cinco) anos.
Seção II
§ 2º As informações que puderem colocar
Da Classificação da Informação quanto ao em risco a segurança do Presidente e Vice-
Grau e Prazos de Sigilo Presidente da República e respectivos cônjuges
Art. 23. São consideradas e filhos(as) serão classificadas como
imprescindíveis à segurança da sociedade ou reservadas e ficarão sob sigilo até o término do
do Estado e, portanto, passíveis de mandato em exercício ou do último mandato,
classificação as informações cuja divulgação ou em caso de reeleição.
acesso irrestrito possam: § 3º Alternativamente aos prazos
I - pôr em risco a defesa e a soberania previstos no § 1º , poderá ser estabelecida
nacionais ou a integridade do território nacional; como termo final de restrição de acesso a
ocorrência de determinado evento, desde que
II - prejudicar ou pôr em risco a condução este ocorra antes do transcurso do prazo
de negociações ou as relações internacionais máximo de classificação.
do País, ou as que tenham sido fornecidas em
caráter sigiloso por outros Estados e
organismos internacionais;
§ 4º Transcorrido o prazo de classificação representantes observem as medidas e
ou consumado o evento que defina o seu termo procedimentos de segurança das informações
final, a informação tornar-se-á, resultantes da aplicação desta Lei.
automaticamente, de acesso público.
Seção IV
§ 5º Para a classificação da informação
Dos Procedimentos de Classificação,
em determinado grau de sigilo, deverá ser
Reclassificação e Desclassificação
observado o interesse público da informação e
utilizado o critério menos restritivo possível, Art. 27. A classificação do sigilo de
considerados: informações no âmbito da administração
pública federal é de
I - a gravidade do risco ou dano à
competência: (Regulamento)
segurança da sociedade e do Estado; e
I - no grau de ultrassecreto, das
II - o prazo máximo de restrição de
seguintes autoridades:
acesso ou o evento que defina seu termo final.
a) Presidente da República;
Seção III
b) Vice-Presidente da República;
Da Proteção e do Controle de Informações
Sigilosas c) Ministros de Estado e autoridades com
as mesmas prerrogativas;
Art. 25. É dever do Estado controlar o
acesso e a divulgação de informações sigilosas d) Comandantes da Marinha, do Exército
produzidas por seus órgãos e entidades, e da Aeronáutica; e
assegurando a sua proteção. (Regulamento)
e) Chefes de Missões Diplomáticas e
§ 1º O acesso, a divulgação e o Consulares permanentes no exterior;
tratamento de informação classificada como
II - no grau de secreto, das autoridades
sigilosa ficarão restritos a pessoas que tenham
referidas no inciso I, dos titulares de autarquias,
necessidade de conhecê-la e que sejam
fundações ou empresas públicas e sociedades
devidamente credenciadas na forma do
de economia mista; e
regulamento, sem prejuízo das atribuições dos
agentes públicos autorizados por lei. III - no grau de reservado, das
autoridades referidas nos incisos I e II e das
§ 2º O acesso à informação classificada
que exerçam funções de direção, comando ou
como sigilosa cria a obrigação para aquele que
chefia, nível DAS 101.5, ou superior, do Grupo-
a obteve de resguardar o sigilo.
Direção e Assessoramento Superiores, ou de
§ 3º Regulamento disporá sobre hierarquia equivalente, de acordo com
procedimentos e medidas a serem adotados regulamentação específica de cada órgão ou
para o tratamento de informação sigilosa, de entidade, observado o disposto nesta Lei.
modo a protegê-la contra perda, alteração
§ 1º A competência prevista nos incisos I
indevida, acesso, transmissão e divulgação não
e II, no que se refere à classificação como
autorizados.
ultrassecreta e secreta, poderá ser delegada
Art. 26. As autoridades públicas adotarão pela autoridade responsável a agente público,
as providências necessárias para que o pessoal inclusive em missão no exterior, vedada a
a elas subordinado hierarquicamente conheça subdelegação.
as normas e observe as medidas e
§ 2º A classificação de informação no
procedimentos de segurança para tratamento
grau de sigilo ultrassecreto pelas autoridades
de informações sigilosas.
previstas nas alíneas “d” e “e” do inciso I deverá
Parágrafo único. A pessoa física ou ser ratificada pelos respectivos Ministros de
entidade privada que, em razão de qualquer Estado, no prazo previsto em regulamento.
vínculo com o poder público, executar
§ 3º A autoridade ou outro agente público
atividades de tratamento de informações
que classificar informação como ultrassecreta
sigilosas adotará as providências necessárias
deverá encaminhar a decisão de que trata o art.
para que seus empregados, prepostos ou
28 à Comissão Mista de Reavaliação de I - rol das informações que tenham sido
Informações, a que se refere o art. 35, no prazo desclassificadas nos últimos 12 (doze) meses;
previsto em regulamento.
II - rol de documentos classificados em
Art. 28. A classificação de informação em cada grau de sigilo, com identificação para
qualquer grau de sigilo deverá ser formalizada referência futura;
em decisão que conterá, no mínimo, os
III - relatório estatístico contendo a
seguintes elementos:
quantidade de pedidos de informação
I - assunto sobre o qual versa a recebidos, atendidos e indeferidos, bem como
informação; informações genéricas sobre os solicitantes.

II - fundamento da classificação, § 1º Os órgãos e entidades deverão


observados os critérios estabelecidos no art. manter exemplar da publicação prevista
24; no caput para consulta pública em suas sedes.

III - indicação do prazo de sigilo, contado § 2º Os órgãos e entidades manterão


em anos, meses ou dias, ou do evento que extrato com a lista de informações
defina o seu termo final, conforme limites classificadas, acompanhadas da data, do grau
previstos no art. 24; e de sigilo e dos fundamentos da classificação.

IV - identificação da autoridade que a Seção V


classificou.
Das Informações Pessoais
Parágrafo único. A decisão referida
Art. 31. O tratamento das informações
no caput será mantida no mesmo grau de sigilo
pessoais deve ser feito de forma transparente e
da informação classificada.
com respeito à intimidade, vida privada, honra e
Art. 29. A classificação das informações imagem das pessoas, bem como às liberdades
será reavaliada pela autoridade classificadora e garantias individuais.
ou por autoridade hierarquicamente superior,
§ 1º As informações pessoais, a que se
mediante provocação ou de ofício, nos termos e
refere este artigo, relativas à intimidade, vida
prazos previstos em regulamento, com vistas à
privada, honra e imagem:
sua desclassificação ou à redução do prazo de
sigilo, observado o disposto no art. I - terão seu acesso restrito,
24. (Regulamento) independentemente de classificação de sigilo e
pelo prazo máximo de 100 (cem) anos a contar
§ 1º O regulamento a que se refere
da sua data de produção, a agentes públicos
o caput deverá considerar as peculiaridades
legalmente autorizados e à pessoa a que elas
das informações produzidas no exterior por
se referirem; e
autoridades ou agentes públicos.
II - poderão ter autorizada sua divulgação
§ 2º Na reavaliação a que se refere
ou acesso por terceiros diante de previsão legal
o caput, deverão ser examinadas a
ou consentimento expresso da pessoa a que
permanência dos motivos do sigilo e a
elas se referirem.
possibilidade de danos decorrentes do acesso
ou da divulgação da informação. § 2º Aquele que obtiver acesso às
informações de que trata este artigo será
§ 3º Na hipótese de redução do prazo de
responsabilizado por seu uso indevido.
sigilo da informação, o novo prazo de restrição
manterá como termo inicial a data da sua § 3º O consentimento referido no inciso II
produção. do § 1º não será exigido quando as
informações forem necessárias:
Art. 30. A autoridade máxima de cada
órgão ou entidade publicará, anualmente, em I - à prevenção e diagnóstico médico,
sítio à disposição na internet e destinado à quando a pessoa estiver física ou legalmente
veiculação de dados e informações incapaz, e para utilização única e
administrativas, nos termos de regulamento: exclusivamente para o tratamento médico;
II - à realização de estatísticas e VI - ocultar da revisão de autoridade
pesquisas científicas de evidente interesse superior competente informação sigilosa para
público ou geral, previstos em lei, sendo vedada beneficiar a si ou a outrem, ou em prejuízo de
a identificação da pessoa a que as informações terceiros; e
se referirem;
VII - destruir ou subtrair, por qualquer
III - ao cumprimento de ordem judicial; meio, documentos concernentes a possíveis
violações de direitos humanos por parte de
IV - à defesa de direitos humanos; ou
agentes do Estado.
V - à proteção do interesse público e
§ 1º Atendido o princípio do contraditório,
geral preponderante.
da ampla defesa e do devido processo legal, as
§ 4º A restrição de acesso à informação condutas descritas no caput serão
relativa à vida privada, honra e imagem de consideradas:
pessoa não poderá ser invocada com o intuito
I - para fins dos regulamentos
de prejudicar processo de apuração de
disciplinares das Forças Armadas,
irregularidades em que o titular das informações
transgressões militares médias ou graves,
estiver envolvido, bem como em ações voltadas
segundo os critérios neles estabelecidos, desde
para a recuperação de fatos históricos de maior
que não tipificadas em lei como crime ou
relevância.
contravenção penal; ou
§ 5º Regulamento disporá sobre os
II - para fins do disposto na Lei nº 8.112,
procedimentos para tratamento de informação
de 11 de dezembro de 1990,  e suas alterações,
pessoal.
infrações administrativas, que deverão ser
CAPÍTULO V apenadas, no mínimo, com suspensão,
segundo os critérios nela estabelecidos.
DAS RESPONSABILIDADES
§ 2º Pelas condutas descritas
Art. 32. Constituem condutas ilícitas que
no caput, poderá o militar ou agente público
ensejam responsabilidade do agente público ou
responder, também, por improbidade
militar:
administrativa, conforme o disposto nas Leis
I - recusar-se a fornecer informação nºs 1.079, de 10 de abril de 1950, e 8.429, de 2
requerida nos termos desta Lei, retardar de junho de 1992.
deliberadamente o seu fornecimento ou
Art. 33. A pessoa física ou entidade
fornecê-la intencionalmente de forma incorreta,
privada que detiver informações em virtude de
incompleta ou imprecisa;
vínculo de qualquer natureza com o poder
II - utilizar indevidamente, bem como público e deixar de observar o disposto nesta
subtrair, destruir, inutilizar, desfigurar, alterar ou Lei estará sujeita às seguintes sanções:
ocultar, total ou parcialmente, informação que
I - advertência;
se encontre sob sua guarda ou a que tenha
acesso ou conhecimento em razão do exercício II - multa;
das atribuições de cargo, emprego ou função
III - rescisão do vínculo com o poder
pública;
público;
III - agir com dolo ou má-fé na análise
IV - suspensão temporária de participar
das solicitações de acesso à informação;
em licitação e impedimento de contratar com a
IV - divulgar ou permitir a divulgação ou administração pública por prazo não superior a
acessar ou permitir acesso indevido à 2 (dois) anos; e
informação sigilosa ou informação pessoal;
V - declaração de inidoneidade para
V - impor sigilo à informação para obter licitar ou contratar com a administração pública,
proveito pessoal ou de terceiro, ou para fins de até que seja promovida a reabilitação perante a
ocultação de ato ilegal cometido por si ou por própria autoridade que aplicou a penalidade.
outrem;
§ 1º As sanções previstas nos incisos I, III - prorrogar o prazo de sigilo de
III e IV poderão ser aplicadas juntamente com a informação classificada como ultrassecreta,
do inciso II, assegurado o direito de defesa do sempre por prazo determinado, enquanto o seu
interessado, no respectivo processo, no prazo acesso ou divulgação puder ocasionar ameaça
de 10 (dez) dias. externa à soberania nacional ou à integridade
do território nacional ou grave risco às relações
§ 2º A reabilitação referida no inciso V
internacionais do País, observado o prazo
será autorizada somente quando o interessado
previsto no § 1º do art. 24.
efetivar o ressarcimento ao órgão ou entidade
dos prejuízos resultantes e após decorrido o § 2º O prazo referido no inciso III é
prazo da sanção aplicada com base no inciso limitado a uma única renovação.
IV.
§ 3º A revisão de ofício a que se refere o
§ 3º A aplicação da sanção prevista no inciso II do § 1º deverá ocorrer, no máximo, a
inciso V é de competência exclusiva da cada 4 (quatro) anos, após a reavaliação
autoridade máxima do órgão ou entidade prevista no art. 39, quando se tratar de
pública, facultada a defesa do interessado, no documentos ultrassecretos ou secretos.
respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias
§ 4º A não deliberação sobre a revisão
da abertura de vista.
pela Comissão Mista de Reavaliação de
Art. 34. Os órgãos e entidades públicas Informações nos prazos previstos no § 3º
respondem diretamente pelos danos causados implicará a desclassificação automática das
em decorrência da divulgação não autorizada informações.
ou utilização indevida de informações sigilosas
§ 5º Regulamento disporá sobre a
ou informações pessoais, cabendo a apuração
composição, organização e funcionamento da
de responsabilidade funcional nos casos de
Comissão Mista de Reavaliação de
dolo ou culpa, assegurado o respectivo direito
Informações, observado o mandato de 2 (dois)
de regresso.
anos para seus integrantes e demais
Parágrafo único. O disposto neste artigo disposições desta Lei. (Regulamento)
aplica-se à pessoa física ou entidade privada
Art. 36. O tratamento de informação
que, em virtude de vínculo de qualquer
sigilosa resultante de tratados, acordos ou atos
natureza com órgãos ou entidades, tenha
internacionais atenderá às normas e
acesso a informação sigilosa ou pessoal e a
recomendações constantes desses
submeta a tratamento indevido.
instrumentos.
CAPÍTULO VI
Art. 37. É instituído, no âmbito do
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Gabinete de Segurança Institucional da
Presidência da República, o Núcleo de
Art. 35. (VETADO).
Segurança e Credenciamento (NSC), que tem
§ 1º É instituída a Comissão Mista de por objetivos: (Regulamento)
Reavaliação de Informações, que decidirá, no
I - promover e propor a regulamentação
âmbito da administração pública federal, sobre
do credenciamento de segurança de pessoas
o tratamento e a classificação de informações
físicas, empresas, órgãos e entidades para
sigilosas e terá competência para:
tratamento de informações sigilosas; e
I - requisitar da autoridade que classificar
II - garantir a segurança de informações
informação como ultrassecreta e secreta
sigilosas, inclusive aquelas provenientes de
esclarecimento ou conteúdo, parcial ou integral
países ou organizações internacionais com os
da informação;
quais a República Federativa do Brasil tenha
II - rever a classificação de informações firmado tratado, acordo, contrato ou qualquer
ultrassecretas ou secretas, de ofício ou outro ato internacional, sem prejuízo das
mediante provocação de pessoa interessada, atribuições do Ministério das Relações
observado o disposto no art. 7º e demais Exteriores e dos demais órgãos competentes.
dispositivos desta Lei; e
Parágrafo único. Regulamento disporá necessários ao correto cumprimento do
sobre a composição, organização e disposto nesta Lei; e
funcionamento do NSC.
IV - orientar as respectivas unidades no
Art. 38. Aplica-se, no que couber, a Lei nº que se refere ao cumprimento do disposto
9.507, de 12 de novembro de 1997, em relação nesta Lei e seus regulamentos.
à informação de pessoa, física ou jurídica,
Art. 41. O Poder Executivo Federal
constante de registro ou banco de dados de
designará órgão da administração pública
entidades governamentais ou de caráter
federal responsável:
público.
I - pela promoção de campanha de
Art. 39. Os órgãos e entidades públicas
abrangência nacional de fomento à cultura da
deverão proceder à reavaliação das
transparência na administração pública e
informações classificadas como ultrassecretas
conscientização do direito fundamental de
e secretas no prazo máximo de 2 (dois) anos,
acesso à informação;
contado do termo inicial de vigência desta Lei.
II - pelo treinamento de agentes públicos
§ 1º A restrição de acesso a informações,
no que se refere ao desenvolvimento de
em razão da reavaliação prevista
práticas relacionadas à transparência na
no caput, deverá observar os prazos e
administração pública;
condições previstos nesta Lei.
III - pelo monitoramento da aplicação da
§ 2º No âmbito da administração pública
lei no âmbito da administração pública federal,
federal, a reavaliação prevista no caput poderá
concentrando e consolidando a publicação de
ser revista, a qualquer tempo, pela Comissão
informações estatísticas relacionadas no art.
Mista de Reavaliação de Informações,
30;
observados os termos desta Lei.
IV - pelo encaminhamento ao Congresso
§ 3º Enquanto não transcorrido o prazo
Nacional de relatório anual com informações
de reavaliação previsto no caput, será mantida
atinentes à implementação desta Lei.
a classificação da informação nos termos da
legislação precedente. Art. 42. O Poder Executivo regulamentará
o disposto nesta Lei no prazo de 180 (cento e
§ 4º As informações classificadas como
oitenta) dias a contar da data de sua
secretas e ultrassecretas não reavaliadas no
publicação.
prazo previsto no caput serão consideradas,
automaticamente, de acesso público. Art. 43. O inciso VI do art. 116 da Lei no
8.112, de 11 de dezembro de 1990,  passa a
Art. 40. No prazo de 60 (sessenta) dias, a
vigorar com a seguinte redação:
contar da vigência desta Lei, o dirigente
máximo de cada órgão ou entidade da “Art.
administração pública federal direta e indireta 116. ............................
designará autoridade que lhe seja diretamente ....................................
subordinada para, no âmbito do respectivo ...
órgão ou entidade, exercer as seguintes
atribuições: ....................................
....................................
I - assegurar o cumprimento das normas ....................
relativas ao acesso a informação, de forma
eficiente e adequada aos objetivos desta Lei; VI - levar as
irregularidades de que
II - monitorar a implementação do tiver ciência em razão
disposto nesta Lei e apresentar relatórios do cargo ao
periódicos sobre o seu cumprimento; conhecimento da
III - recomendar as medidas autoridade superior
indispensáveis à implementação e ao ou, quando houver
aperfeiçoamento das normas e procedimentos suspeita de
envolvimento desta,
ao conhecimento de da Independência e 123º da República.
outra autoridade
DILMA ROUSSEFF
competente para
José Eduardo Cardoso
apuração;
Celso Luiz Nunes Amorim
.................................... Antonio de Aguiar Patriota
.................................... Miriam Belchior
.........” (NR) Paulo Bernardo Silva
Gleisi Hoffmann
Art. 44. O Capítulo IV do Título IV da Lei
José Elito Carvalho Siqueira
nº 8.112, de 1990, passa a vigorar acrescido do
Helena Chagas
seguinte art. 126-A:
Luís Inácio Lucena Adams
“Art. 126-A. Nenhum Jorge Hage Sobrinho
servidor poderá ser Maria do Rosário Nunes
responsabilizado civil, Este texto não substitui o publicado no DOU de
penal ou 18.11.2011 - Edição extra
administrativamente *
por dar ciência à
autoridade superior
ou, quando houver
suspeita de
envolvimento desta, a
outra autoridade
competente para
apuração de
informação
concernente à prática
de crimes ou
improbidade de que
tenha conhecimento,
ainda que em
decorrência do
exercício de cargo,
emprego ou função
pública.”

Art. 45. Cabe aos Estados, ao Distrito


Federal e aos Municípios, em legislação
própria, obedecidas as normas gerais
estabelecidas nesta Lei, definir regras
específicas, especialmente quanto ao disposto
no art. 9º e na Seção II do Capítulo III.

Art. 46. Revogam-se:

I - a Lei nº 11.111, de 5 de maio de


2005 ; e

II - os arts. 22 a 24 da Lei nº 8.159, de 8


de janeiro de 1991.

Art. 47. Esta Lei entra em vigor 180


(cento e oitenta) dias após a data de sua
publicação.

Brasília, 18 de novembro de 2011; 190º

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