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TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do
Trabalho, dos Tribunais Regionais do
Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
Maria Rafaela
Sumário
Apresentação...............................................................................................................................................................................3
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho e
do Tribunal Superior do Trabalho...................................................................................................................................5
1. Da Justiça do Trabalho: Organização e Competência.....................................................................................5
1.1. A Competência Material da Justiça do Trabalho...........................................................................................7
1.2. Competência Territorial da Justiça do Trabalho........................................................................................22
1.3. Competência Funcional da Justiça do Trabalho.........................................................................................26
1.4. Prevenção...........................................................................................................................................................................27
1.5. Modificação e Prorrogação de Competência................................................................................................27
1.6. Conflito de Competência............................................................................................................................................29
2. Das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho e do Tribunal Superior
do Trabalho.................................................................................................................................................................................32
3. Dos Serviços Auxiliares da Justiça do Trabalho: das Secretarias das Varas do
Trabalho; dos Distribuidores; dos Oficiais de Justiça e Oficiais de Justiça Avaliadores.........42
Resumo..........................................................................................................................................................................................46
Mapas Mentais.........................................................................................................................................................................48
Exercícios.....................................................................................................................................................................................54
Gabarito........................................................................................................................................................................................63
Gabarito Comentado.............................................................................................................................................................64
Referências.................................................................................................................................................................................86
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
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Maria Rafaela
Apresentação
Olá, futuro(a) concursado(a)! Tudo bem? Estudando firme e forte? Eu vou me apresentar.
Meu nome é Maria Rafaela de Castro. Atualmente, sou Juíza do Trabalho Substituta no TRT da
7ª Região, doutoranda em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito do Porto em Portugal
e professora de preparatórios e faculdades aqui no Ceará, “a Terra do Sol”. Além disso, faço
parte do time do GRAN CURSOS e gostaria de deixar registrado que estou muito feliz em estar
aqui escrevendo esse livro digital para você atingir o sucesso na carreira que sonha.
Eu já fui Juíza no TRT 14, Promotora de Justiça do Estado de Rondônia, analista judiciária,
professora universitária concursada etc. Em suma, essa apresentação foi para te dizer que fui
“concurseira raiz” e que é possível (SIM!) passar em concurso.
O mais importante da minha apresentação é para te dizer que eu entendo sua dor e pressa
para ser aprovado em concurso. Também entendo que você quer o máximo de informações de
forma objetiva e clara, sem rodeios e que quer gabaritar a prova, bem como entender as nuan-
ces da legislação. Veio ao lugar certo. Eu fiz exatamente o material que eu gostaria que meus
professores tivessem feito quando estava me preparando para as provas.
Eu e todo a equipe do GRAN estamos aqui para te dar o máximo de dicas, teorias, exer-
cícios, respondendo questões de provas anteriores e criando questões inéditas para que
você surpreenda a Banca examinadora e não, o contrário. Nesse ponto, esse material vai
te ajudar a chegar à posse.
Sendo assim, estude a matéria de direito do trabalho num formato diferente
E acredite: saber direito do trabalho é imprescindível para a sua aprovação. Não é possível
ir para as provas sem ler esse material. Então, aproveite!
As referências bibliográficas estarão presentes ao final do livro digital. Diante disso, você terá
um suporte caso queira um aprofundamento para as próximas fases do seu concurso, caso exista.
Para não ficar um material com transcrição de letra de lei, evitarei usar literalidade e dispositi-
vos legais, destacando, na verdade, aquilo que for importante em cada tema de direito do trabalho.
E é justamente por isso que usarei a sequência mais didática e fácil de estudar a legisla-
ção, sem adentrar ou comentar artigo por artigo, mas sim apontar os pontos que são alvos da
prova. O tempo é precioso. A objetividade é essencial para o sucesso.
No fim do nosso material, existe toda a jurisprudência atualizada sobre o tema exatamen-
te para que você esteja apto para as provas. Não basta saber a legislação! Para o seu tipo de
prova, o conhecimento jurisprudencial é essencial!
Então, teremos um conjunto de aulas para esgotar o seu edital de Direito Processual
do Trabalho, buscando a sua sonhada aprovação. Colocarei questões de bancas de con-
cursos anteriores, bem como criarei questões inéditas para que você fique preparado para
surpresas do examinador.
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
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Maria Rafaela
No final de cada material, haverá os anexos com a jurisprudência utilizada utilizei durante
as exposições, para facilitar a sua memorização e, consequentemente, a compreensão de
todo o conteúdo.
Elaborei um material extenso para que você possa ter acesso, de forma objetiva e clara, a
todos os assuntos importantes de direito do trabalho e com o alto risco de probabilidade de se-
rem cobrados nas provas que tenham esta disciplina. Sendo assim, prepare-se para começar
a estudar em um formato diferente.
Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. Por favor: material
obrigatório! Então, pegue a sua xícara de café (ou melhor, uma garrafa térmica gigante), o
marca-texto, a caneta e se programe para ler tudo que preparei para você e ficar ligado no
curso GRAN.
Vamos começar?
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
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Alguns conceitos inerentes ao tema devem ser de conhecimento para as provas, principal-
mente, para interpretar a legislação em estudo. É preciso compreender, preliminarmente, os
conceitos abaixo quando o assunto é competência da Justiça do Trabalho:
• Foro competente: é a vara do trabalho específica que deve receber o processo para instruir
e julgar. Se a vara for única, a distribuição vai diretamente para ela. Geralmente, como ocor-
re com as varas de trabalho localizadas em municípios mais afastados. Havendo mais de
uma vara, existirá o sistema de distribuição, para fins de garantir a distribuição igualitária
a todos os juízos. Com o processo eletrônico, a interposição da demanda já é automática,
com a fixação do juízo e até a designação da data da 1ª audiência.
• Perpetuação da jurisdição: significa que, se houver supervenientemente, situação que
altere a competência, vale a competência que foi fixada quando do momento da inter-
posição da demanda. Isso é uma regra importante em nosso sistema processual, mas
não é absoluta, admitindo exceção. A exceção só existirá se for o caso de alteração da
competência absoluta que é a relacionada à matéria e à pessoa. Nesse caso, os autos
devem ser remetidos ao juízo competente.
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EXEMPLO
Por exemplo, a regra básica de interposição de demanda no Brasil é que seja o juízo do local da
prestação do serviço. Vamos imaginar que Daniel trabalhou durante todo o contrato na cidade
de Sobral, interior do Ceará e, depois, foi morar na capital, Fortaleza, ajuizando nesta cidade a
sua demanda. Ora, o juízo competente seria o de Sobral, mas se a empresa demandada não
arguir essa incompetência, o juízo de Fortaleza se torna competente.
Não existem mais as juntas de conciliação e julgamento. Além disso, as Comissões de Con-
ciliação Prévia, apesar de previstas na CLT, não fazem parte do judiciário trabalhista. Chamo a
atenção de vocês nisso, pois ainda é cobrado em provas.
DICA
A competência de cada órgão desse é cobrado nas provas
de concurso. Destaca-se, ainda, a importância de conhecer
o art. 114 da CF/1988 que trata das matérias que devem ser
julgadas pela Justiça do Trabalho, tema bastante explorado
nas provas objetivas.
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Sobre a situação da territorialidade, existe importante previsão trazida pela Reforma Traba-
lhista, que é a possibilidade de interposição da exceção de incompetência antes mesmo da 1ª
audiência, evitando, muitas vezes, gastos econômicos de empregadores para localidade distante.
Por isso, a matéria de competência é analisada pelo juiz como PRELIMINAR, ou seja, antes
de apreciar o mérito da demanda, deliberando sobre a procedência ou não do pedido do autor.
Assim, quando o juízo reconhece a sua incompetência (no sentido jurídico) para processar e
julgar determinada causa, deve fazer a devida remessa dos autos para o juízo competente. Exis-
te, assim, implícito o poder da competência – competência essa entendida como a possibilidade
do juízo que se entende incompetente, assim o declarar e determinar a remessa dos autos.
EXEMPLO
Daniel, servidor estatutário da União, regido pela Lei n. 8.112/19991 ajuíza ação na Justiça do
Trabalho em uma das Varas de Fortaleza. Nesse caso, o juízo trabalhista verifica a sua incom-
petência pelo vínculo jurídico estatutário (a JT só julga os celetistas) e remete os autos a uma
das Varas da Justiça Federal da capital. Assim, existe a análise da própria incompetência e
posterior remessa dos autos.
O PULO DO GATO
A doutrina entende (cito aqui a referência ao livro do meu colega Felipe Bernardes) que:
Ao receber os autos, o juízo competente pode referendar as decisões exaradas pelo juízo incompe-
tente (mesmo que absolutamente incompetente) ou revê-las. Nessa avaliação, o juiz competente
deve ser pautar pelo princípio da economia processual, evitando a repetição de atos desnecessá-
rios. Por exemplo, não há razão, em princípio, para invalidar os atos instrutórios praticados pelo juízo
incompetente (2021, p. 159).
Um último esclarecimento: a CLT não regula todo o processo do trabalho. Por isso, por
expressa autorização legislativa, usa-se o CPC (Código de Processo Civil) brasileiro como
medida subsidiária ou supletiva quando não existe norma expressa na CLT. E, assim, em to-
dos os nossos materiais, vamos fazer menção ao CPC sempre que se mostrar necessário.
Assinalarei os artigos mais importantes para que você possa ler com calma posteriormente
e facilitar a fixação do material.
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O PULO DO GATO
Após a EC 45/2004 (conhecida como Emenda da Reforma do Judiciário), houve um alarga-
mento da competência da Justiça do Trabalho, pois passou-se a estipular no art. 114, I, a
expressão “relação de trabalho” que tem um sentido lato, abrangente, para fazer valer toda e
qualquer relação de trabalho, incluindo a relação de emprego que é uma das espécies. Assim,
aumentou-se a extensão da competência material da Justiça do Trabalho.
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EXEMPLO
Por exemplo, o contrato de empreitada – operário ou artífice – nos termos do art. 652, a, III,
estabelece a competência da justiça do trabalho para fins de julgar os dissídios envolvendo
essa matéria.
DICA
Por isso, muito cuidado nas provas em não confundir o gênero
com a espécie.
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O PULO DO GATO
A competência da Justiça do Trabalho engloba o gênero.
As relações de consumo regidas pelo CDC também podem ser processadas e julgadas
pelo judiciário trabalhista, professora?
JURISPRUDÊNCIA
STJ, Súmula 363. Compete à Justiça Estadual processar e julgar a ação de cobrança ajui-
zada por profissional liberal e seu cliente.
EXEMPLO
Então, vamos ver o seguinte: Daniel é pediatra e atende um paciente que não paga. Os hono-
rários devem ser cobrados na Justiça Estadual, por ser uma relação consumerista. Daniel é
advogado e seu cliente, em um processo trabalhista, não pagou os seus honorários descritos
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em contrato. Caso ele queira ajuizar demanda de cobrança, deve ir para a Justiça Estadual,
pois, pela Súmula do STJ, a competência é da Justiça Comum quando se trata de relação con-
sumerista.
Gosto muito de um exemplo do professor Felipe Bernardes (2021, p. 164) acerca dessa distin-
ção do que seja relação de consumo e relação de trabalho, a qual explico no mapa mental abaixo:
EXEMPLO
Daniel é servidor do INSS (estatutário de uma autarquia federal) ou você é servidor(a) do TRT
X. Nos dois casos, qualquer pleito de natureza funcional deve ser feito na Justiça Federal.
EXEMPLO
Funcionários das empresas Petrobras, Correios, CEF, Banco do Brasil etc. A competência é da
Justiça do Trabalho, pois o regime jurídico deles é a CLT.
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O PULO DO GATO
O STF fixou em repercussão geral que:
JURISPRUDÊNCIA
A Justiça comum federal ou estadual é competente para julgar a abusividade da greve
dos servidores públicos celetistas da Administração Direta, autarquias e das fundações
de direito público.
A Justiça comum federal ou estadual é competente para julgar a abusividade da greve dos
servidores públicos celetistas da Administração Direta, autarquias e das fundações de direito
público. Porém, no que se refere às estatais, a competência é da Justiça do Trabalho. Daniel
é estatutário, logo, a Justiça competente é a estadual comum. Reinaldo é empregado público
regido pela CLT na Justiça do Trabalho.
Letra c.
São aqueles contratados para uma situação excepcional, sem vínculo permanente com a
Administração Pública.
EXEMPLO
Exemplo clássico: os concursos para temporários do IBGE para fins de realizar o censo.
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
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Esses servidores estão previstos no artigo 37, IX, da CF/1988. Nos temporários, nem sem-
pre será necessário realizar concurso público. Eles não são submetidos nem a estatuto próprio
de servidores públicos e nem à CLT, mas sim a uma lei que regulamenta a situação.
O STF, reiteradamente, está entendendo que se trata de uma situação a ser apreciada e
julgada pela Justiça Comum, seja ela federal ou estadual. O STF entende que se trata de uma
relação de direito público que extrapola a ideia de CLT. Logo, para o STF, apesar da OJ 205 da
SDI-1 do TST, a competência não seria da Justiça do Trabalho.
Nesse azo, veja o mapa mental:
O PULO DO GATO
Se for o caso de servidor cedido de uma autarquia estatutário para uma estatal, qual a Justiça
competente? Depende do que ele pleitear. Se o pleito dele for de verbas inerentes ao seu esta-
tuto – Justiça comum. Se não for, mas estiver relacionada às relações na estatal – Justiça do
Trabalho. Então, tem que prestar atenção no enunciado da questão de prova.
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PROCESSO DO TRABALHO
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EXEMPLO
Daniel assumiu o cargo X sem concurso público numa determinada entidade que adota o sis-
tema celetista. Logo, seu contrato é nulo, pois ele burlou a regra de concurso. Aplica-se aqui o
processo na Justiça do Trabalho com a súmula 363 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso
público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao
pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, res-
peitado o valor da hora do salário-mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS.
Veja que nesse caso não se trata de relação de temporário, mas de servidor que adentrou
aos quadros da Administração sem o devido concurso público.
O STF tem um entendimento muito importante que é o relacionado ao MEIO AMBIENTE
DE TRABALHO SADIO E EQUILIBRADO. Para o STF, aqui, independente do regime jurídico, será
competente a Justiça do Trabalho.
EXEMPLO
É o caso, por exemplo, de pedidos de obrigação de fornecer EPI ou, até mesmo, o pagamento
de insalubridade.
Entendo que a matéria parece ser um pouco confusa e cheia de informações, mas é porque
temos muito impacto na jurisprudência para tratar da competência.
Assim, é importante conhecer o entendimento do STF e do TST para acertar as questões
objetivas. Estou tentando seguir uma linha lógica para ver se consigo passar o máximo de in-
formações para você se sair bem na prova.
Leve para a prova o entendimento da Súmula Vinculante do STF:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 22. A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações
de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propos-
tas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença
de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional n. 45/04.
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O PULO DO GATO
A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos
morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra
empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau
quando da promulgação da Emenda Constitucional n. 45/04.
EXEMPLO
Exemplificado seriam aqueles danos ocasionados no momento da seleção de emprego
(pré-contratuais) e aqueles que se verificam após o fim da relação, como incluir o nome do
empregado em lista suja num grupo de rede social para outros empregadores após a dispen-
sa dele (pós-contratuais). Obviamente, a Justiça do Trabalho é competente para os danos
morais, materiais e estéticos que ocorrem durante o contrato de emprego.
O descumprimento dos deveres anexos configura violação positiva do contrato. Observe-se que, no
contrato de trabalho, a prestação principal do empregado é trabalhar, enquanto a do empregador é
pagar salários. Portanto, quando se fala em violação positiva do contrato de trabalho, não se está fa-
lando do descumprimento da prestação principal, mas de uma prestação anexa. Como exemplo de
obrigação pré-contratual, figure-se a hipótese da empresa que entabula tratativa para contratação
de futuro empregado, mas as rompe abrupta e injustificadamente, violando a legítima expectativa da
contraparte. Destaque-se que o dever de indenizar somente surge, nessas hipóteses, quando o com-
portamento do empregador gerar a legítima expectativa do empregado quanto à futura contratação.
Outro ponto importante para as provas de concurso: ENTES DE DIREITO PÚBLICO EXTERNO. P
Nos termos do art. 114, I, da CF/1988, a Justiça do Trabalho possui competência para jul-
gar conflitos entre entes de direito público externo e cidadãos brasileiros ou estrangeiros que
lhes prestem serviços, seja com vínculo empregatício ou não.
Existe, no entanto, somente a possibilidade de processar e julgar o feito, na fase de conhecimen-
to, até a prolatação da sentença, mas não existe a competência da JT executar o que for decidido.
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Parece estranho, não é mesmo? É que se estabeleceu que o ente externo (seja um país ou
uma embaixada, consulado etc.) somente pode ser processado e julgado, mas não executado.
Também se destaca aqui que se o ente público tiver com seu funcionário um regime esta-
tutário (relação jurídico-administrativo), não haveria competência da justiça do Trabalho. Isso
porque no regime estatutário existe a ideia de ato de império.
Então, a JT brasileira somente aprecia na fase de conhecimento os funcionários relacio-
nados aos entes públicos externos quando se trata de regime público celetista (excluem-se
os de natureza estatutária). Não há possibilidade de execução, salvo se o próprio ente público
renunciar e aceitar ser executado.
Vamos ilustrar com dois exemplos para lhe ajudar a entender?
EXEMPLO
1º) Daniel tem vínculo jurídico estatutário com a embaixada americana em Recife. Ele não está
recebendo seus salários e quer ajuizar demanda. Nesse caso, a JT não é a competente nem
qualquer outro ramo da Justiça brasileira.
2º) Alisson é celetista do consulado português em Fortaleza. Ela não está recebendo seus
salários e quer ajuizar demanda. Nesse caso, sendo sistema celetista, a JT é competente até
a fase de sentença. Na hora de executar, o consulado português tem que dizer claramente que
renuncia a sua imunidade para fins de prosseguir na execução. Caso o consulado não queira,
não há como a JT iniciar a execução.
Destaca-se, ainda, a competência da Justiça do Trabalho para apreciar e julgar as AÇÕES POS-
SESSÓRIAS, vinculadas à relação de trabalho ou ao exercício do direito de greve, tal como ocorre
no interdito proibitório, comum nas Varas do trabalho. Nessas ações possessórias, podemos citar:
ações inibitórias, interditos, reintegração de posse, manutenção de posse etc.
Nesse ponto, o STF tratou da temática pela Súmula Vinculante que é recorrente em provas,
destacando-se:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 23. A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação
possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores
da iniciativa privada.
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O PULO DO GATO
A Justiça do Trabalho não tem competência para ações de sindicatos contra terceiros, bem
como não tem competência quando se trata de servidores públicos estatutários que passa a
ser da Justiça Comum. Esse é o entendimento do STJ.
DICA
Nas questões de provas objetivas, sempre questionam a pos-
sibilidade do HC em causas trabalhistas. Quando isso ocorrer,
responda que sim: o HC é remédio constitucional cabível.
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DICA
Muito recorrente em provas é a competência da JT para EXE-
CUÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS, a requerimento ou de
ofício (sem necessidade de requerimento prévio). A Justiça do
Trabalho é competente para determinar o recolhimento das
contribuições fiscais.
Art. 832. Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa, a aprecia-
ção das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão.
§ 1º Quando a decisão concluir pela procedência do pedido, determinará o prazo e as condições
para o seu cumprimento.
§ 2º A decisão mencionará sempre as custas que devam ser pagas pela parte vencida.
§ 3º As decisões cognitivas ou homologatórias deverão sempre indicar a natureza jurídica das par-
celas constantes da condenação ou do acordo homologado, inclusive o limite de responsabilidade
de cada parte pelo recolhimento da contribuição previdenciária, se for o caso.
§ 3º-A Para os fins do § 3º deste artigo, salvo na hipótese de o pedido da ação limitar-se expressa-
mente ao reconhecimento de verbas de natureza exclusivamente indenizatória, a parcela referente
às verbas de natureza remuneratória não poderá ter como base de cálculo valor inferior: I ao salário-
-mínimo, para as competências que integram o vínculo empregatício reconhecido na decisão cogni-
tiva ou homologatória; ou II à diferença entre a remuneração reconhecida como devida na decisão
cognitiva ou homologatória e a efetivamente paga pelo empregador, cujo valor total referente a cada
competência não será inferior ao salário-mínimo.
§ 3º-B Caso haja piso salarial da categoria definido por acordo ou convenção coletiva de trabalho, o
seu valor deverá ser utilizado como base de cálculo para os fins do § 3º-A deste artigo.
§ 4º A União será intimada das decisões homologatórias de acordos que contenham par-
cela indenizatória, na forma do art. 20 da Lei no 11.033, de 21 de dezembro de 2004, facultada
a interposição de recurso relativo aos tributos que lhe forem devidos.
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Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
Maria Rafaela
O PULO DO GATO
SAT – COMPETENTE A JT e SISTEMA S – INCOMPETENTE A JT
Essa execução das contribuições sociais está tratada na Súmula 368 do TST.
DICA
Sugiro a memorização da súmula a seguir, visto a recorrência
com a qual é cobrada nas provas de concurso.
JURISPRUDÊNCIA
TST, Súmula 368. DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS. IMPOSTO DE RENDA. COMPETÊN-
CIA. RESPONSABILIDADE PELO RECOLHIMENTO. FORMA DE CÁLCULO. FATO GERADOR
(aglutinada a parte final da Orientação Jurisprudencial n. 363 da SBDI-I à redação do item
II e incluídos os itens IV, V e VI em sessão do Tribunal Pleno realizada em 26.06.2017)
I – A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições
fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições pre-
videnciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores,
objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição.
II – É do empregador a responsabilidade pelo recolhimento das contribuições previden-
ciárias e fiscais, resultantes de crédito do empregado oriundo de condenação judicial.
A culpa do empregador pelo inadimplemento das verbas remuneratórias, contudo, não
exime a responsabilidade do empregado pelos pagamentos do imposto de renda devido
e da contribuição previdenciária que recaia sobre sua quota-parte.
III – Os descontos previdenciários relativos à contribuição do empregado, no caso de
ações trabalhistas, devem ser calculados mês a mês, de conformidade com o art. 276, §
4º, do Decreto n. 3.048/1999 que regulamentou a Lei n. 8.212/1991, aplicando-se as alí-
quotas previstas no art. 198, observado o limite máximo do salário de contribuição.
IV – Considera-se fato gerador das contribuições previdenciárias decorrentes de crédi-
tos trabalhistas reconhecidos ou homologados em juízo, para os serviços prestados até
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JURISPRUDÊNCIA
DOS PROVENTOS DA APOSENTADORIA.
I – A complementação dos proventos de aposentadoria, instituída, regulamentada e paga
diretamente pelo empregador, sem vínculo com as entidades de previdência privada
fechada, é regida pelas normas em vigor na data de admissão do empregado, ressalva-
das as alterações que forem mais benéficas (art. 468 da CLT);
II – Na hipótese de coexistência de dois regulamentos de planos de previdência comple-
mentar, instituídos pelo empregador ou por entidade de previdência privada, a opção do
beneficiário por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do outro;
III – Após a entrada em vigor das Leis Complementares n. 108 e 109 de 29/5/2001, reger-se-á
a complementação dos proventos de aposentadoria pelas normas vigentes na data da imple-
mentação dos requisitos para obtenção do benefício, ressalvados o direito adquirido do parti-
cipante que anteriormente implementara os requisitos para o benefício e o direito acumulado
do empregado que até então não preenchera tais requisitos.
IV – O entendimento da primeira parte do item III aplica-se aos processos em curso no
Tribunal Superior do Trabalho em que, em 12/4/2016, ainda não haja sido proferida deci-
são de mérito por suas Turmas e Seções.
Por sua vez, não existe competência criminal, muito embora seja possível a interposição de
HC na JT, bem como MS (individual e coletivo) e HD Habeas Data).
DICA
Então, não assinale questões que digam que a JT tem alguma
relação com crimes ou apuração destes. Mas lembre-se de
que existe a possibilidade de HC na JT. Por exemplo: crimes
contra a organização do trabalho, previstos no Código Penal,
não são da competência da Justiça do Trabalho.
EXEMPLO
Um exemplo de interposição de HC na JT é quando o juízo, na execução, apreende passaporte
e CNH dos sócios de determinada empresa. Então, estes entram com HC alegando que houve
cerceamento do seu direito constitucional de locomoção.
Em situação de trabalhador brasileiro que labora no exterior, observa-se que pode sim existir a
competência da JT desde que o empregado seja brasileiro e que não haja convenção internacio-
nal dispondo o contrário. Por isso, importante conhecer para as provas o teor do art. 651 da CLT:
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Art. 651. A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento (DEVE-SE LER A VARA DO TRABA-
LHO) é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços
ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.
§ 1º Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da
localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e,
na falta, será competente a Junta da localização (DEVE-SE LER A VARA DO TRABALHO) em que o
empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.
§ 2º A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento (DEVE-SE LER A VARA DO TRABALHO),
estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro,
desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário.
§ 3º Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato
de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato
ou no da prestação dos respectivos serviços.
São essas as regras de direito material mais importantes para as provas e sempre é inte-
ressante analisar os julgamentos mais recentes no site oficial do TST.
EXEMPLO
Se não alegou até a apresentação da contestação, houve a preclusão lógica e consumativa.
Assuntos que vamos estudar em outras aulas.
Exemplo prático: Daniel foi contratado em São Paulo (capital) e foi trabalhar em Osasco, Cam-
pinas e, por último, Ribeirão Preto. No entanto, ele ajuíza a demanda em São José dos Campos.
Se a empresa não alegar a exceção de incompetência territorial, compreender-se-á que o juízo
de São José dos Campos se torna competente. No exemplo, o juízo competente seria Ribeirão
Preto ou São Paulo (capital).
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São Paulo capital, pois foi a cidade da contratação, e São José dos Campos, última cidade em
que houve a devida prestação de serviço.
Quando se tratar de agente ou representante comercial, bem como vendedor externo, a
sede competente é o do lugar da agência ou da filial. Porém, temos que ter o devido cuidado no
seguinte: não havendo agência ou filial a que se subordine o empregado, a competência será
do foro do domicílio do reclamante ou a localidade mais próxima.
Quando os serviços forem prestados no exterior, é competente a Justiça do Trabalho desde
que o empregado seja BRASILEIRO (veja que é o empregado e não o empregador que precisa,
necessariamente, ser brasileiro). Também não pode existir convenção internacional dispondo
em contrário da competência da Justiça brasileira de forma expressa.
Por isso, é essencial tratarmos com muito cuidado do art. 651 da CLT, o qual encontra-se
transcrito abaixo para que você possa ter acesso à literalidade das regras. Lembre-se, quando
a CLT menciona Juntas de Conciliação e Julgamento, ela está se referindo às Varas do Traba-
lho, pois as Juntas foram extintas e o texto da CLT não foi atualizado. Já falei desse artigo, mas
repito porque é frequente a sua cobrança:
Art. 651. A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade
onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido
contratado noutro local ou no estrangeiro.
§ 1º Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da locali-
dade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será
competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.
§ 2º A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se
aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e
não haja convenção internacional dispondo em contrário.
§ 3º Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato
de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato
ou no da prestação dos respectivos serviços.
EXEMPLO
Veja o seguinte caso: Daniel saiu de Fortaleza e foi trabalhar em São Paulo numa indústria de
calçados. Demitido, retornou para Fortaleza. Ele pode ajuizar com a ação trabalhista em Forta-
leza, visto que só foi a SP para laborar e que não tem nenhum vínculo para ficar em SP? Sendo
pobre na forma da lei, seria exigir muito que o referido tivesse que pagar passagens para voltar
a SP para fins de ajuizar a demanda?
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002. (INÉDITA/2022) Daniel mora em Fortaleza-CE, mas passa a trabalhar em Natal-RN por
2 anos numa empresa de castanhas. É dispensado e volta para Fortaleza-CE. No caso, pelo
princípio do acesso à justiça, independentemente da situação do empregador, ele pode sempre
ajuizar demanda em seu domicílio.
Nem sempre, mas somente em situações específicas. O TST utiliza-se do seguinte argumento:
JURISPRUDÊNCIA
A reclamação trabalhista somente pode ser ajuizada no domicílio do empregado, quando
o local for diverso, se a empresa tiver atuação em âmbito nacional (Processo: RR-554-
81.2018.5.19.0055, DJET de 01/06/2020)
Errado.
O PULO DO GATO
A reclamação trabalhista somente pode ser ajuizada no domicílio do empregado, quando o
local for diverso, se a empresa tiver atuação em âmbito nacional. Prevalecem os critérios ob-
jetivos na fixação da competência territorial, conforme o art. 651, caput e § 3º, da CLT, sendo
admitido o ajuizamento da reclamação trabalhista no domicílio do reclamante apenas se este
coincidir com o local da prestação de serviços, da contratação ou da arregimentação, ou se a
reclamada possuir atuação em âmbito nacional.
003. (INÉDITA/2022) Daniel é funcionário de uma empresa X, de pequeno porte, com atuação
apenas no estado do Rio de Janeiro. Daniel foi laborar no RJ, mas, na verdade, passou a residir
em Campinas após a sua demissão sem justa causa. Ele pode ajuizar a demanda em Campi-
nas, por ser uma pessoa pobre na forma da lei.
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Não prospera, pois, no caso da questão, tem-se que a empresa não é nacional, limitando-se ao
âmbito do estado do Rio de Janeiro. Logo, não pode o trabalhador ajuizar a demanda no foro do
seu domicílio, mas sim na regra em que prestou serviços. O TST utiliza-se do seguinte argumento:
JURISPRUDÊNCIA
A reclamação trabalhista somente pode ser ajuizada no domicílio do empregado, quando
o local for diverso, se a empresa tiver atuação em âmbito nacional (Processo: RR-554-
81.2018.5.19.0055, DJET de 01/06/2020)
Errado.
A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu que o foro correto para ajuizamento
de reclamações trabalhistas é o do local da prestação do serviço. Para o TST, a reclamação traba-
lhista somente pode ser ajuizada no domicílio do empregado, quando o local for diverso, se a empre-
sa tiver atuação em âmbito nacional (Processo: RR-554-81.2018.5.19.0055, DJET de 01/06/2020).
O caso é originário do Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região (TRT-19 AL), e foi ajuizada por
uma trabalhadora que trabalhou como recepcionista em um hotel em Niterói/RJ. O TRT-19 entendeu
que a ação deveria ser ajuizada no local que mais beneficiasse o trabalhador.
Reformando esse entendimento, a 8ª Turma do TST frisou que o ajuizamento da ação em juízo di-
verso do local da contratação ou da prestação de serviços vai contra as regras de fixação de compe-
tência da CLT. Ressaltou, ainda, que o TST consagrou entendimento de que prevalecem os critérios
objetivos na fixação da competência territorial, nos termos do artigo 651 da CLT, segundo o qual a
competência é determinada pela localidade onde o empregado prestar serviços ao empregador,
ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. Assim, a reclamação trabalhista
somente poderia ser ajuizada no domicílio do empregado, quando o local for diverso, se a empresa
tiver atuação em âmbito nacional.
Nos termos do voto da relatora, Ministra Dora Maria da Costa, o TST, “por meio de diversos julgados,
inclusive da SDI-1, consagrou o entendimento de que prevalecem os critérios objetivos na fixação da
competência territorial, conforme o artigo 651, caput e § 3º, da CLT, sendo admitido o ajuizamento da
reclamação trabalhista no domicílio do reclamante apenas se este coincidir com o local da prestação de
serviços, da contratação ou da arregimentação, ou se a reclamada possuir atuação em âmbito nacional”.
DICA
Muito cuidado com o enunciado das questões de prova. As
pegadinhas são muitas no tema de competência.
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EXEMPLO
Por exemplo, a relação entre as decisões entre dois juízes do trabalho.
Por isso, a regra GERAL é que os processos se iniciem, no 1º grau, nas Varas do Trabalho.
Veja que colocamos como REGRA GERAL, pois pode ocorrer que nasça no TRT ou no TST a
competência originária, mas isso como exceção.
EXEMPLO
Por exemplo, no TRT, existe competência originária para dissídios coletivos.
Então, podemos ter competência funcional delineada pelo grau de jurisdição. Mas também
pode ser pela fase do procedimento, ocasião em que o juízo em que se encontrem os bens
pode ser diferente do juízo da fase de conhecimento.
Sendo assim, pode ocorrer a expedição de cartas precatórias, de ordem e rogatórias. No
primeiro caso, trata-se de cumprimento de ordens entre juízos de localidade diferente.
EXEMPLO
Por exemplo, todo o processo correu em Foz do Iguaçu, mas os bens localizados dos sócios
estão em Curitiba. Expede-se precatória ao juízo de Curitiba. O Juízo de Foz é deprecante e o
de Curitiba é deprecado.
EXEMPLO
Por exemplo, ouvir determinada testemunha.
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EXEMPLO
Por exemplo, todo o processo correu em Foz do Iguaçu, mas os bens dos sócios estão no Para-
guai. Sendo países distintos, não se trata mais de carta precatória, mas sim de carta rogatória.
1.4. Prevenção
No caso de prevenção, tem-se a fixação da competência em órgão jurisdicional específico
quando houver mais de um competente para apreciar a causa. Nos termos do art. 59 do CPC,
considera-se competente aquele juízo em que se distribui a petição inicial, pois, em tese, ele
conheceu a causa em primeiro lugar.
Logo, quando estamos diante de uma ação principal, envolvendo determinado ponto de
questão da relação de trabalho, as ações acessórias são consideradas preventas, devendo ser
distribuídas/encaminhadas ao mesmo juízo.
EXEMPLO
Então, por exemplo, se existe um óbito do obreiro Daniel, a empresa empregadora ajuizará
demanda de ação de consignação em pagamento distribuída para a 1ª Vara do Trabalho de
Fortaleza. Se o espólio de Daniel ajuizar reclamação trabalhista após a interposição da ação de
consignação, a 1ª Vara do Trabalho de Fortaleza se considera preventa para processo e julga-
mento da matéria. Então, o juízo reunirá os processos para julgar as duas demandas. É assim
que funciona a prevenção.
EXEMPLO
Se Daniel tem demanda trabalhista contra a empresa GRAN CURSOS e a ação é ajuizada na
1ª Vara do Trabalho de Fortaleza, mas não comparece no dia da 1ª audiência e o processo
é arquivado, tem-se que, se o advogado de Daniel interpuser nova demanda no dia seguinte,
tem-se que nova distribuição deve ocorrer para a 1ª Vara do Trabalho de Fortaleza, conforme
se configura a prevenção.
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são: foro de eleição (quando as partes convencionam que determinado juízo será competente para
processar e julgar as causas relativas àquela relação de trabalho) e incompetência relativa do réu.
Aliás, sobre essa incompetência relativa, que é a territorial, a Reforma Trabalhista trouxe
importante informação que é recorrente nos concursos de processo do trabalho no que tange
à forma de alegação da exceção de incompetência. Nesse esteio, destaca-se:
Art. 800. Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a contar da noti-
ficação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção, seguir-se-á o proce-
dimento estabelecido neste artigo.
§ 1º Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a audiência a que se refere
o art. 843 desta Consolidação até que se decida a exceção.”
§ 2º Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e, se existentes, os
litisconsortes, para manifestação no prazo comum de cinco dias.
§ 3º Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará audiência, garantindo o
direito de o excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta precatória, no juízo que este
houver indicado como competente.”
§ 4º Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo retomará seu curso, com a desig-
nação de audiência, a apresentação de defesa e a instrução processual perante o juízo competente.
EXEMPLO
Ele apreciou o pedido de tutela provisória e ficou vinculado para o processo e julgamento
daquele feito.
EXEMPLO
Outro exemplo: o juízo que recebe a defesa se prorroga (estende a competência) para receber
a reconvenção.
Desse tema, surgem assuntos importantes, como a CONEXÃO, prevista no art. 55 do CPC,
em que se mostra necessário reunir os processos para realização de julgamento em conjunto
e evitar decisões contraditórias.
Na conexão existe relação entre dois ou mais processos pela identidade do pedido ou da
causa de pedir.
Outro tema relacionado é a CONTINÊNCIA, prevista no art. 56 do CPC, em que se configura
quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser
mais amplo, abrange o das demais. Em suma, é uma conexão qualificada.
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A solução aqui não é a reunião de processos, mas a extinção do processo menos amplo e
o prosseguimento da lide no processo mais abrangente.
Vamos ver um caso interessante trazido por Bernardes (2021, p. 200):
Na continência, a solução de um dos pedidos está contida na solução de outro. Um exemplo, no âm-
bito trabalhista, seria o do empregado vítima de acidente do trabalho que tenha adquirido incapaci-
dade laborativa definitiva. Suponha-se que este empregado ajuíze uma ação na qual postula pensão
mensal até a data em que completar 70 anos; e, outra, em que pede pensão vitalícia. Esta segunda
abrange a primeira, pois, para saber se o reclamante tem direito a receber a pensão até o fim da vida,
deve-se perquirir se o teria até os 70 anos.
Por isso, vamos montar uma tabela para ficar mais fácil:
CONEXÃO CONTINÊNCIA
Processos relacionados Processos em que um abrange o outro
Reunião deles para julgamento único ou Extinção do processo menos amplo
concomitante Prosseguimento do processo mais amplo
Evitar decisões contraditórias Evitar decisões contraditórias
EXEMPLO
Exemplo 1: O Juízo da 1ª Vara do Trabalho de Fortaleza-Ce se diz competente para processar uma
situação de um servidor cedido para uma empresa pública. Mas o juízo da 1ª Vara da Fazenda
Pública de Fortaleza também se considera. Ambos se julgam competentes. CONFLITO POSITIVO.
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
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Mediante a atuação de uma esfera superior – Tribunal – que passa a analisar a matéria sob
o prisma da competência. O Tribunal declarará qual o juízo competente, conforme se extrai do
entendimento do art. 957 do CPC.
DICA
Que tribunal poderá apreciar o conflito? Isso é muito cobrado
em provas e, por isso, vamos fazer uma tabela TOP para você
memorizar e ir sem medo para as provas:
Conflito entre juízes do
Quem decide é o TRT
trabalho do mesmo regional.
respectivo. No caso,
Juiz da 1ª VT de Fortaleza com
o TRT 7–CE.
o juiz da 1ª VT de Sobral.
Conflito entre juízes de TRT
diferente ou entre TRT diferentes.
Quem decide é o TST.
Juiz da 1ª VT de Fortaleza com o
Juiz da 1ª VT de Natal
Conflito entre juiz de direito e juiz
do trabalho. Exemplo: Juiz da 1ª VT
Quem decide é o STJ
de Fortaleza e Juiz da 1ª Vara da
Fazenda Pública
Conflito entre TST e qualquer
Quem decide é o STF
órgão jurisdicional
Obs.: Observe que pode haver conflito entre os juízes do mesmo tribunal tanto positivo
quanto negativo. Assim, pode existir conflito, por exemplo, entre o Juízo da 1ª Vara do
Trabalho de Fortaleza-CE e o da 1a Vara do Trabalho de Sobral-CE.
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Aplica-se aqui uma regra importante: não se admitem recursos de decisões interlocutórias,
mas, quando se decide exceção de incompetência e o processo for remetido para um outro
TRT, admite-se o recurso ordinário. Então, se existe conflito entre o Juízo da 1ª VT de Fortaleza
(que primeiro recebeu o processo) e o juízo da 1ª VT de Natal, e houve remessa dos autos para
o TRT – RN, cabe desde logo recurso ordinário (RO).
EXEMPLO
No entanto, se o conflito for entre a 1ª Vara do Trabalho de Fortaleza-CE e a 1ª Vara do Trabalho
de Sobral-CE, por exemplo, ficando no mesmo Regional – TRT 7, não há possibilidade de inter-
por RO para discutir remessa de autos, pois o processo ficará na sede do mesmo TRT.
JURISPRUDÊNCIA
SÚMULA N. 214. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias
não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão:
a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do
Tribunal Superior do Trabalho;
b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal;
c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribu-
nal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto
no art. 799, § 2º, da CLT.
Também pode ocorrer conflito de competência quando dois ou mais juízes tiverem contro-
vérsias sobre reunião ou separação de processos.
O PULO DO GATO
O conflito não pode ser suscitado pela parte que arguiu a incompetência relativa (preclusão
lógica e consumativa).
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Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
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A sede do TST é em Brasília, mas sua jurisdição não é somente em Brasília, como cobrado em
muitas provas, MAS EM TODO O TERRITÓRIO NACIONAL, pois é um tribunal superior.
Além disso, é o órgão de cúpula da Justiça do Trabalho, nos termos do art. 111, inciso I, da
CF/1988, cuja função precípua consiste em uniformizar a jurisprudência trabalhista brasileira.
Possui competência originária e recursal.
O Tribunal Superior do Trabalho, nos processos de sua competência, será dividido em turmas
e seções especializadas para a conciliação e julgamento de dissídios coletivos de natureza eco-
nômica ou jurídica e de dissídios individuais, respeitada a paridade da representação classista.
O Regimento Interno do TST disporá sobre a constituição e o funcionamento de cada uma
das seções especializadas do Tribunal Superior do Trabalho, bem como sobre o número, a
composição e funcionamento das respectivas Turmas do Tribunal.
Caberá ao Presidente do Tribunal Superior do Trabalho presidir os atos de julgamento das
seções especializadas, delas participando o Vice-Presidente e o Corregedor-Geral, este quan-
do não estiver ausente em função corregedora.
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
Maria Rafaela
O PULO DO GATO
A composição dos Ministros do TST deve ocorrer através de juízes do TRT, oriundos de magis-
tratura de carreira (os concursados), indicadas pelo próprio TST. Não é possível que as vagas
destinadas à magistratura de carreira sejam preenchidas por desembargadores que tenham
tomado posse nos TRTs pelo quinto constitucional.
Nesse azo, é importante memorizar os dispositivos constitucionais que versam sobre a matéria:
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
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DICA
Guarde esse número mínimo: SETE! Veja que não existe núme-
ro máximo. Isso é demasiadamente cobrado nas provas das
diferentes bancas de concurso.
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
Maria Rafaela
Todas essas garantias não são exclusivas da pessoa do magistrado ou sua qualidade pro-
fissional, mas representam uma defesa da sociedade que se reputará justa e ética na medida
em que garante a independência funcional dos membros da Magistratura. Destaca-se aqui a
LOMAN (Lei Orgânica da Magistratura Nacional), que trata do tema nos arts. 40 e 41.
Destaque-se o disposto na CF/1988 para as provas objetivas:
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados os seguintes princípios:
I – ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de pro-
vas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se
do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações,
à ordem de classificação;
II – promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e merecimento, atendi-
das as seguintes normas:
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em
lista de merecimento;
b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar
o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos
quem aceite o lugar vago;
c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e
presteza no exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em cursos oficiais ou reco-
nhecidos de aperfeiçoamento;
d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fun-
damentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla
defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal,
não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;
III – o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antiguidade e merecimento, alternadamen-
te, apurados na última ou única entrância;
IV – previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados, cons-
tituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou reconhe-
cido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados;
V – o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento do
subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos demais
magistrados serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respec-
tivas categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e outra ser
superior a dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco por cento do
subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o disposto
nos arts. 37, XI, e 39, § 4º;
VI – a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o disposto no art. 40;
VII – o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal;
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
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VIII – o ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em
decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça,
assegurada ampla defesa;
VIII – A remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual entrância atenderá, no
que couber, ao disposto nas alíneas a, b, c e e do inciso II;
IX – todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas
as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às pró-
prias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito
à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;
X – as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disci-
plinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros;
XI – nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão
especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atri-
buições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se
metade das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno;
XII – a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais
de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em
plantão permanente;
XIII – o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à
respectiva população;
XIV – os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero
expediente sem caráter decisório;
XV – a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição.
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do
Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez
anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez
anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação
das respectivas classes.
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Exe-
cutivo, que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
I – vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo
a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos de-
mais casos, de sentença judicial transitada em julgado;
II – inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
III – irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III,
e 153, § 2º, I.
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
I – exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
II – receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
III – dedicar-se à atividade político-partidária.
IV – receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades
públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
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V – exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do
afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
Art. 96. Compete privativamente:
I – aos tribunais:
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas
de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funciona-
mento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;
b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velan-
do pelo exercício da atividade correicional respectiva;
c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição;
d) propor a criação de novas varas judiciárias;
e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto no art. 169,
parágrafo único, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança assim
definidos em lei;
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes
forem imediatamente vinculados;
II – ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Po-
der Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169:
a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que
lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos
tribunais inferiores, onde houver;
c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;
d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;
III – aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como
os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a compe-
tência da Justiça Eleitoral.
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
Maria Rafaela
Estudaremos, em uma próxima aula, os recursos trabalhistas. Porém, já adianto aqui os dis-
positivos da CLT que se tornam relevantes para fins de resolução das provas objetivas quanto ao
manejo, seja do Recurso Ordinário ou do Recurso de Revista.
Sendo assim, disponibilizo aqui as possibilidades de interposição desses dois recursos
para que você já as conheça e possa responder com mais facilidade às questões de concurso
que coloquei para você na sequência do seu material. Percebe que são cobradas as literalida-
des da CLT. Acompanhe aí:
Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias:
I – de decisão não unânime de julgamento que: a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dis-
sídios coletivos que excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e esten-
der ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei;
II – das decisões das Turmas que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela Seção de
Dissídios Individuais, ou contrárias a súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do
Trabalho ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal.
§ 2º A divergência apta a ensejar os embargos deve ser atual, não se considerando tal a ultrapas-
sada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou superada por
iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho.
§ 3º O Ministro Relator denegará seguimento aos embargos:
I – se a decisão recorrida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do Tribunal Supe-
rior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou com iterativa, notória e atual jurisprudência do
Tribunal Superior do Trabalho, cumprindo-lhe indicá-la;
II – nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de representação ou de ausência de
qualquer outro pressuposto extrínseco de admissibilidade.
§ 4º Da decisão denegatória dos embargos caberá agravo, no prazo de 8 (oito) dias.
Art. 895. Cabe recurso ordinário para a instância superior:
I – das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e
II – das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua compe-
tência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos.
§ 1º Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário: II será imediatamente
distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias, e a
Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para julgamento, sem revisor;
III – terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se
este entender necessário o parecer, com registro na certidão;
IV – terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente do
processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada
pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão.
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
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Art. 896. Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das deci-
sões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais
do Trabalho, quando:
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado
outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individu-
ais do Tribunal Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa
Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal;
b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo
Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área
territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpre-
tação divergente, na forma da alínea a;
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à
Constituição Federal.
§ 1º O recurso de revista, dotado de efeito apenas devolutivo, será interposto perante o
Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, que, por decisão fundamentada, poderá recebê-lo
ou denegá-lo.
§ 1º-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte:
I – indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da con-
trovérsia objeto do recurso de revista;
II – indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei, súmula ou
orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional;
III – expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos jurídicos
da decisão recorrida, inclusive mediante demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da
Constituição Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade aponte.
IV – transcrever na peça recursal, no caso de suscitar preliminar de nulidade de julgado por
negativa de prestação jurisdicional, o trecho dos embargos declaratórios em que foi pedido o
pronunciamento do tribunal sobre questão veiculada no recurso ordinário e o trecho da deci-
são regional que rejeitou os embargos quanto ao pedido, para cotejo e verificação, de plano, da
ocorrência da omissão.
§ 2º Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas Turmas, em
execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de terceiro, não caberá
Recurso de Revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal.
§ 7º A divergência apta a ensejar o recurso de revista deve ser atual, não se considerando
como tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal
Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho.
§ 8º Quando o recurso fundar-se em dissenso de julgados, incumbe ao recorrente o ônus
de produzir prova da divergência jurisprudencial, mediante certidão, cópia ou citação do repo-
sitório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
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sido publicada a decisão divergente, ou ainda pela reprodução de julgado disponível na inter-
net, com indicação da respectiva fonte, mencionando, em qualquer caso, as circunstâncias
que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.
§ 9º Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso de
revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho
ou a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da Constituição Federal.
§ 10. Cabe recurso de revista por violação a lei federal, por divergência jurisprudencial e por
ofensa à Constituição Federal nas execuções fiscais e nas controvérsias da fase de execução
que envolvam a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), criada pela Lei n. 12.440,
de 7 de julho de 2011.
§ 11. Quando o recurso tempestivo contiver defeito formal que não se repute grave, o Tri-
bunal Superior do Trabalho poderá desconsiderar o vício ou mandar saná-lo, julgando o mérito.
§ 12. Da decisão denegatória caberá agravo, no prazo de 8 (oito) dias.
§ 13. Dada a relevância da matéria, por iniciativa de um dos membros da Seção Especia-
lizada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, aprovada pela maioria dos
integrantes da Seção, o julgamento a que se refere o § 3º poderá ser afeto ao Tribunal Pleno.
§ 14. O relator do recurso de revista poderá denegar-lhe seguimento, em decisão mono-
crática, nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de representação ou de
ausência de qualquer outro pressuposto extrínseco ou intrínseco de admissibilidade.
Art. 896-A O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará previamente
se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica,
política, social ou jurídica.
§ 1º São indicadores de transcendência, entre outros:
I – econômica, o elevado valor da causa;
II – política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência sumulada do Tribunal
Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal;
III – social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social constitucional-
mente assegurado;
IV – jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação da legislação
trabalhista.
§ 2º Poderá o relator, monocraticamente, denegar seguimento ao recurso de revista que
não demonstrar transcendência, cabendo agravo desta decisão para o colegiado.
§ 3º Em relação ao recurso que o relator considerou não ter transcendência, o recorrente
poderá realizar sustentação oral sobre a questão da transcendência, durante cinco minutos
em sessão.
§ 4º Mantido o voto do relator quanto à não transcendência do recurso, será lavrado acórdão
com fundamentação sucinta, que constituirá decisão irrecorrível no âmbito do tribunal.
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
Maria Rafaela
Cada Vara do Trabalho terá 1 (uma) secretaria, sob a direção de funcionário que o juiz de-
signar, para exercer a função de secretário, e que receberá, além dos vencimentos correspon-
dentes ao seu padrão, a gratificação de função fixada em lei.
Compete à secretaria das Varas do Trabalho:
a) o recebimento, a autuação, o andamento, a guarda e a conservação dos processos e
outros papéis que lhe forem encaminhados;
b) a manutenção do protocolo de entrada e saída dos processos e demais papéis;
c) o registro das decisões;
d) a informação, às partes interessadas e seus procuradores, do andamento dos respecti-
vos processos, cuja consulta lhes facilitará;
e) a abertura de vista dos processos às partes, na própria secretaria;
f) a contagem das custas devidas pelas partes, nos respectivos processos;
g) o fornecimento de certidões sobre o que constar dos livros ou do arquivamento da secretaria;
h) a realização das penhoras e demais diligências processuais;
i) o desempenho dos demais trabalhos que lhe forem cometidos pelo Juiz do Trabalho,
para melhor execução dos serviços que lhe estão afetos.
Ressalte-se que, atualmente, temos os processos digitais (PJE) e que, em livro próprio,
trataremos das regras principais do processo judicial eletrônico. Por isso, muitas das funções
estabelecidas na CLT estão desatualizadas e estão sendo cobradas menos em provas, apesar
da previsão no edital.
Compete especialmente aos secretários das Varas do Trabalho:
a) superintender os trabalhos da secretaria, velando pela boa ordem do serviço;
b) cumprir e fazer cumprir as ordens emanadas do Juiz do Trabalho e das autoridades
superiores;
c) submeter a despacho e assinatura do Juiz o expediente e os papéis que devam ser por
ele despachados e assinados;
d) abrir a correspondência oficial dirigida à Vara e ao Juiz, a cuja deliberação será submetida;
e) tomar por termo as reclamações verbais nos casos de dissídios individuais;
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
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Obs.: Quando fizerem a leitura da CLT, onde se lê Juntas de Conciliação e Julgamento, devem
compreender que se trata do juiz do trabalho.
O PULO DO GATO
É muito cobrado nas provas esse aspecto: Os distribuidores são designados pelo Presidente
do Tribunal Regional dentre os funcionários das Juntas e do Tribunal Regional, existentes na
mesma localidade, e ao mesmo Presidente diretamente subordinados.
Acerca dos TRTs, cada Tribunal Regional tem 1 (uma) secretaria, sob a direção do funcioná-
rio designado para exercer a função de secretário, com a gratificação de função fixada em lei.
Competem à Secretaria dos Conselhos, além das atribuições estabelecidas no art. 711 da
CLT, para a secretaria das Varas, mais as seguintes:
a) a conclusão dos processos ao Presidente e sua remessa, depois de despachados, aos
respectivos relatores;
b) a organização e a manutenção de um fichário de jurisprudência do Conselho, para con-
sulta dos interessados.
No regimento interno dos Tribunais Regionais serão estabelecidas as demais atribuições,
o funcionamento e a ordem dos trabalhos de suas secretarias.
Competem aos secretários dos Tribunais Regionais as mesmas atribuições conferidas no
art. 712 da CLT aos secretários das Varas do. Trabalho, além das que lhes forem fixadas no
regimento interno dos Conselhos
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
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Art. 715. Os distribuidores são designados pelo Presidente do Tribunal Regional dentre os funcio-
nários das Juntas e do Tribunal Regional, existentes na mesma localidade, e ao mesmo Presidente
diretamente subordinados.
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
Maria Rafaela
RESUMO
Os órgãos da Justiça do Trabalho, conforme o art. 111 da CF/1988, são: TST, TRT e juízes
do trabalho.
O Tribunal Superior do Trabalho é composto por 27 (vinte e sete) Ministros, escolhidos en-
tre brasileiros com mais de 35 (trinta e cinco) e menos de 70 (setenta) anos de idade, de notá-
vel saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação
pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo:
I – um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros
do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício; I
I – os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carrei-
ra, indicados pelo próprio Tribunal Superior.
Os Tribunais Regionais do Trabalho são compostos de, no mínimo, 7 (sete) juízes. Os Tri-
bunais se dividem em seções e turmas. Tudo é considerado órgão. Os Tribunais Regionais do
Trabalho possuem a competência originária e recursal para fins de julgar os recursos ordiná-
rios das decisões dos juízes de primeiro grau.
As varas do Trabalho são órgãos de primeiro grau. Não há mais a situação de juntas de
conciliação. As varas do trabalho são ocupadas por um juiz do trabalho titular, podendo tam-
bém ter um juiz substituto.
A competência absoluta, justamente por atender ao interesse público, não pode ser derro-
gada por iniciativa das partes, tal como ocorre com a competência quanto à matéria e à pes-
soa. Logo, nesse azo, admite-se tanto a competência absoluta quanto a relativa na Justiça do
Trabalho. No segundo caso, tem-se a situação de territorialidade.
Após a EC 45/2004 (conhecida como Emenda da Reforma do Judiciário) houve um alar-
gamento da competência da Justiça do Trabalho, pois passou-se a estipular no art. 114, I, a
expressão “relação de trabalho”, que tem um sentido lato, abrangente, para fazer valer toda e
qualquer relação de trabalho, incluindo, a relação de emprego que é uma das espécies. Assim,
houve esse aumento na extensão da competência material da Justiça do Trabalho.
A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por
danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado
contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro
grau quando da promulgação da Emenda Constitucional n. 45/04.
A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em
decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.
Sobre a situação da territorialidade, existe importante previsão trazida pela Reforma Tra-
balhista que é a possibilidade de interposição da exceção de incompetência. Além disso, a
competência relativa pode ser alterada por consenso das partes, prorrogando-se.
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
Maria Rafaela
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MAPAS MENTAIS
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
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EXERCÍCIOS
001. (FCC/ANALISTA/TRT24/2006) Com relação ao Processo Judiciário do Trabalho, consi-
dere as seguintes assertivas:
I – É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao processo, ainda mesmo depois de
encerrado o juízo conciliatório. Certo.
II – A compensação poderá ser arguida em qualquer fase do processo, por expressa deter-
minação legal, sendo uma faculdade da parte alegá-la em contestação. Errado, tem que ser
alegado na contestação.
III – Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo
andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclareci-
mento delas. Certo
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I e II.
b) I e III.
c) II.
d) II e III.
e) III.
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Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
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c) Goiânia.
d) Belo Horizonte.
e) Campo Grande ou Belo Horizonte.
004. (INÉDITA/2022) A composição dos Ministros do TST deve ocorrer através de juízes do
TRT, oriundos de magistratura de carreira, indicadas pelo próprio TST.
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Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
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022. (FCC/TRT23/2015) o Tribunal Superior do Trabalho será composto por juízes dos Tribu-
nais Regionais, oriundos da magistratura, indicados pelo colégio de Presidentes e Corregedores dos
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
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Tribunais Regionais, além de 1/5 oriundo da advocacia e Ministério Público do Trabalho e 1/5
indicados pelas confederações sindicais.
026. (FCC/TRT23/2015) Empresa privada ajuizou ação possessória perante a Justiça Comum,
objetivando a obtenção de decisão judicial que determinasse que seus trabalhadores desocupas-
sem o edifício sede da empresa, utilizado pelos empregados durante movimento grevista. O Juiz
de primeiro grau entendeu ser competente para a causa, julgando o pedido procedente. Conside-
rando o texto constitucional e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a ação possessória
a) poderia ter sido julgada pela Justiça Comum, uma vez que a relação jurídica que ensejou a
ação judicial é de direito civil e não de direito do trabalho.
b) poderia ter sido julgada pela Justiça Comum, uma vez que a ação possessória, ainda que
ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve, não se insere no âmbito de compe-
tência da Justiça do Trabalho.
c) não poderia ter sido julgada pela Justiça Comum, podendo a sentença ser impugnada ape-
nas mediante a interposição do recurso cabível, mas não por reclamação constitucional.
d) não poderia ter sido julgada pela Justiça Comum, podendo a sentença ser impugnada me-
diante reclamação constitucional perante o Supremo Tribunal Federal, sem prejuízo da inter-
posição do recurso cabível.
e) não poderia ter sido julgada pela Justiça Comum, podendo a sentença ser impugnada me-
diante reclamação ao Tribunal ao qual está vinculado o Juiz de primeiro grau, sem prejuízo da
interposição do recurso cabível.
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Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
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Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
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Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
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Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
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GABARITO
1. a 37. E
2. a 38. b
3. c 39. C
4. C 40. E
5. E 41. E
6. C 42. C
7. C 43. C
8. E 44. C
9. E 45. C
10. a 46. E
11. C 47. E
12. E 48. E
13. E 49. C
14. C 50. E
15. E
16. E
17. E
18. C
19. E
20. a
21. a
22. E
23. E
24. c
25. C
26. d
27. E
28. E
29. C
30. E
31. d
32. C
33. E
34. C
35. C
36. C
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
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GABARITO COMENTADO
001. (FCC/ANALISTA/TRT24/2006) Com relação ao Processo Judiciário do Trabalho, consi-
dere as seguintes assertivas:
I – É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao processo, ainda mesmo depois de
encerrado o juízo conciliatório. Certo.
II – A compensação poderá ser arguida em qualquer fase do processo, por expressa deter-
minação legal, sendo uma faculdade da parte alegá-la em contestação. Errado, tem que ser
alegado na contestação.
III – Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão
pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao es-
clarecimento delas. Certo
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I e II.
b) I e III.
c) II.
d) II e III.
e) III.
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
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Destaca-se a posição do TST, extraída a notícia do site oficial, ressalvados os direitos autorais do TST:
JURISPRUDÊNCIA
Turma declara incompetência da JT para executar contribuições para Sistema “S”. A Pri-
meira Turma do Tribunal Superior do Trabalho decidiu que a Justiça do Trabalho não tem
competência para executar contribuições sociais devidas a terceiros, previstas no art.
149 da Constituição Federal, destinada às entidades que constituem o chamado sistema
“S”. A decisão reformou entendimento do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região
(PA/AP) que havia declarado a competência desta Justiça. A ação teve origem em recla-
mação trabalhista movida por um supervisor da JBS S.A, que pleiteava o recebimento
de diferenças de horas extras e intrajornadas. A 2ª Vara do Trabalho de Marabá (PA), ao
julgar procedentes os pedidos ao trabalhador, declarou a competência da Justiça do Tra-
balho para apurar e cobrar as contribuições previdenciárias de terceiros. O TRT manteve
a sentença, com o fundamento de que a da Emenda Constitucional 45/2004 registrou a
competência material da Justiça do Trabalho para executar, de ofício, as contribuições
previdenciárias decorrentes de suas decisões e acordos. A Turma, entretanto, seguiu por
unanimidade o voto do relator, ministro Hugo Carlos Scheuermann, para declarar a incom-
petência da Justiça do Trabalho para a execução de contribuições sociais de terceiros. O
ministro salientou que a jurisprudência do TST é firme neste sentido, e citou precedentes
que firmaram o entendimento de que o artigo 240 da Constituição da República ressalva
expressamente que as contribuições compulsórias dos empregados sobre a folha de
salários destinadas às entidades de serviço social e de formação profissional vinculadas
ao sistema sindical não se enquadram na previsão do artigo 195 – que trata do custeio
da seguridade social. Na mesma decisão, a Turma reafirmou entendimento de que a Jus-
tiça do Trabalho tem competência para a execução da contribuição referente ao Seguro
de Acidente de Trabalho (SAT), atualmente denominado Riscos Ambientais de Trabalho
(RAT), conforme disposto na Orientação Jurisprudencial 414 da Subseção 1 Especiali-
zada em Dissídios Individuais (SDI-1) do TST, por ter natureza de contribuição para a
seguridade social. (Dirceu Arcoverde/CF) Processo: RR-1758-58.2010.5.08.0117
Letra a.
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
Maria Rafaela
a) São Paulo.
b) Campo Grande.
c) Goiânia.
d) Belo Horizonte.
e) Campo Grande ou Belo Horizonte.
A resposta correta está de acordo com o teor do art. 651 da CLT, o qual dispõe que, em regra
geral, há de ser observado o local da prestação de serviços. Na hipótese, a cidade de Goiânia,
para onde a laborista foi transferida definitivamente.
Letra c.
004. (INÉDITA/2022) A composição dos Ministros do TST deve ocorrer através de juízes do
TRT, oriundos de magistratura de carreira, indicadas pelo próprio TST.
Não é possível que as vagas destinadas à magistratura de carreira serem preenchidas por de-
sembargadores que tenham tomado a posse aos TRTs pelo quinto constitucional.
Certo.
JURISPRUDÊNCIA
MANDADO DE SEGURANÇA. DECISÃO DE TRT. INCOMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO TRI-
BUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (DJ 17.03.2004) Ao Tribunal Superior do Trabalho não
compete apreciar, originariamente, mandado de segurança impetrado em face de deci-
são de TRT.
Errado.
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
Maria Rafaela
Quando um Tribunal Regional do Trabalho julga um processo de forma originária, cabe recurso
ordinário da decisão, consoante art. 895, II, da CLT:
A competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade que o empregado, recla-
mante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro
local ou no estrangeiro.
Errado.
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
Maria Rafaela
Art. 800. Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a contar da notifica-
ção, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção, seguir-se-á o procedimento
estabelecido neste artigo.
§ 1º Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a audiência a que se refere
o art. 843 desta Consolidação até que se decida a exceção. § 2º Os autos serão imediatamente
conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para manifestação
no prazo comum de cinco dias.
§ 3º Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará audiência, garantindo o
direito de o excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta precatória, no juízo que este
houver indicado como competente.
§ 4º Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo retomará seu curso, com a designação de
audiência, a apresentação de defesa e a instrução processual perante o juízo competente.
Errado.
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
Maria Rafaela
Dispõe a CLT:
Art. 894, § 3º O Ministro Relator denegará seguimento aos embargos: I se a decisão recorrida esti-
ver em consonância com súmula da jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo
Tribunal Federal, ou com iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho,
cumprindo-lhe indicá-la (…)
Certo.
A assertiva está errada, pois, nos termos do art. 894 da CLT, os embargos ocorrerão em deci-
são NÃO UNÂNIME. Dispõe a CLT:
Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias:
I – de decisão não unânime de julgamento que:
a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência ter-
ritorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal
Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei; e
II – das decisões das Turmas que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela Seção de
Dissídios Individuais, ou contrárias a súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do
Trabalho ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal.
Errado.
A assertiva está errada, na medida em que o procedimento é o sumaríssimo, conforme o teor da CLT:
Art. 895, § 2º Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o julga-
mento dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao
procedimento sumaríssimo.
Errado.
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
Maria Rafaela
Dispõe a CLT:
Art. 896. Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas
em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando:
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tri-
bunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal
Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula
vinculante do Supremo Tribunal Federal;
b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo,
sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que
exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na
forma da alínea a;
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição
Federal.
Certo.
Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compõe-se de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre
brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade, de notável saber jurídico
e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta
do Senado Federal, sendo:
I – um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e mem-
bros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o
disposto no art. 94;
II – os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da car-
reira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.
Errado.
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
Maria Rafaela
Destaca-se a CF/1988:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 23. Ações possessórias A Justiça do Trabalho é competente para
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
Maria Rafaela
Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compõe-se de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre
brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade, de notável saber jurídico
e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta
do Senado Federal, sendo:
I – um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros
do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto
no art. 94;
II – os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da car-
reira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
Maria Rafaela
Art. 625-A. As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Conciliação Prévia, de com-
posição paritária, com representantes dos empregados e dos empregadores, com a atribuição de
tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho.
022. (FCC/TRT23/2015) o Tribunal Superior do Trabalho será composto por juízes dos Tribu-
nais Regionais, oriundos da magistratura, indicados pelo colégio de Presidentes e Corregedo-
res dos Tribunais Regionais, além de 1/5 oriundo da advocacia e Ministério Público do Traba-
lho e 1/5 indicados pelas confederações sindicais.
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
Maria Rafaela
A assertiva está errada, pois o quinto constitucional só abrange advogados e membros do MPT.
Não existe nenhuma referência no texto constitucional ou da CLT sobre as confederações.
Errado.
A assertiva não prospera, na medida em que as Comissões de Conciliação Prévia não fazem
parte dos órgãos da Justiça do Trabalho, nos termos do art. 111 da CF/1988.
Errado.
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
Maria Rafaela
VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos
de fiscalização das relações de trabalho;
VIII – a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acrésci-
mos legais, decorrentes das sentenças que proferir; IX outras controvérsias decorrentes da relação
de trabalho, na forma da lei.
Letra c.
A assertiva está correta, pois as ações acidentárias, que continuam a ser da competência da
justiça comum.
Certo.
026. (FCC/TRT23/2015) Empresa privada ajuizou ação possessória perante a Justiça Co-
mum, objetivando a obtenção de decisão judicial que determinasse que seus trabalhadores
desocupassem o edifício sede da empresa, utilizado pelos empregados durante movimento
grevista. O Juiz de primeiro grau entendeu ser competente para a causa, julgando o pedido pro-
cedente. Considerando o texto constitucional e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,
a ação possessória
a) poderia ter sido julgada pela Justiça Comum, uma vez que a relação jurídica que ensejou a
ação judicial é de direito civil e não de direito do trabalho.
b) poderia ter sido julgada pela Justiça Comum, uma vez que a ação possessória, ainda que
ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve, não se insere no âmbito de compe-
tência da Justiça do Trabalho.
c) não poderia ter sido julgada pela Justiça Comum, podendo a sentença ser impugnada ape-
nas mediante a interposição do recurso cabível, mas não por reclamação constitucional.
d) não poderia ter sido julgada pela Justiça Comum, podendo a sentença ser impugnada me-
diante reclamação constitucional perante o Supremo Tribunal Federal, sem prejuízo da inter-
posição do recurso cabível.
e) não poderia ter sido julgada pela Justiça Comum, podendo a sentença ser impugnada me-
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
Maria Rafaela
Art. 114. A competência é da Justiça do Trabalho para os aludidos fins, principalmente, sobre a in-
denização por dano moral decorrente de acidente de trabalho desde que entre as partes da relação
de emprego.
Errado.
A depender do regime jurídico, existe competência para determinado ramo do Poder Judiciá-
rio. Tudo isso foi explicado na ADI – MC 2135, estabelecendo-se o seguinte:
a) SERVIDOR ESTATUTÁRIO – a competência para processar e julgar é da Justiça Comum, seja
estadual ou federal, a depender do ente que o servidor esteja vinculado.
b) SERVIDOR CELETISTA – aqui incluímos os empregados públicos, como aqueles existentes
nas estatais (empresas públicas e sociedades de economia mista), como, por exemplo, da
Petrobras, CEF, Banco do Brasil etc.
Portanto, a competência é da Justiça do Trabalho, pois o regime jurídico deles é a CLT.
Errado.
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PROCESSO DO TRABALHO
Da Justiça do Trabalho, das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho
e do Tribunal Superior do Trabalho
Maria Rafaela
O contrato de empreitada – operário ou artífice – nos termos do art. 652, a, III, estabelece a
competência da justiça do trabalho para fins de julgar os dissídios envolvendo essa matéria.
Certo.
Nos termos do ar. 114 da CF/1988, a JT é competente para processar ações envolvendo os
pleitos sindicais sem as restrições de ACT, CCT ou sentenças normativas.
Errado.
Para compor o TRT, tem que ter a idade de mais de 30 anos a 70 anos, e ser juiz de carreira
ou pelo quinto, através de advogados e do MPT. Assim, Marta pode ser; Soraya não pode, pela
idade; Camila pode; Doralice não pode, pois não é membro do MPT, mas de outro ramo. Logo,
só Marta e Camila. Dispõe a CF/1988 no artigo:
Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados,
quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros
com mais de trinta e menos de setenta anos de idade, sendo:
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Maria Rafaela
I – um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do
Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;
II – os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento, alter-
nadamente.
Letra d.
O STF e o TST entendem que a execução somente pode abarcar as contribuições previdenciá-
rias decorrentes de sentenças trabalhistas condenatórias ou de acordos homologados. Nesse
sentido, é a Súmula 368, I do TST.
Certo.
JURISPRUDÊNCIA
4. MANDADO DE SEGURANÇA. DECISÃO DE TRT. INCOMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO TRI-
BUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (DJ 17.03.2004)
Ao Tribunal Superior do Trabalho não compete apreciar, originariamente, mandado de
segurança impetrado em face de decisão de TRT.
Errado.
JURISPRUDÊNCIA
TST, Súmula n. 201. Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho em mandado de segu-
rança cabe recurso ordinário, no prazo de 8 (oito) dias, para o Tribunal Superior do Trabalho,
e igual dilação para o recorrido e interessados apresentarem razões de contrariedade.
Certo.
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JURISPRUDÊNCIA
TST, Súmula 454. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. EXECUÇÃO DE OFÍCIO.
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL REFERENTE AO SEGURO DE ACIDENTE DE TRABALHO (SAT).
ARTS. 114, VIII, E 195, I, “A”, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. (conversão da Orienta-
ção Jurisprudencial n. 414 da SBDI: Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício,
da contribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de
contribuição para a seguridade social (arts.114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), pois se destina
ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do empregado decorrente de
infortúnio no trabalho (arts. 11 e 22 da Lei n. 8.212/1991).
Certo.
Art. 896. Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas
em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando:
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tri-
bunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal
Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula
vinculante do Supremo Tribunal Federal;
b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo,
sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que
exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na
forma da alínea a;
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição
Federal.
Certo.
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Art. 896, § 9º Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso
de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho
ou a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da Constituição Federal.
Errado.
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– SAT, que tem natureza de contribuição para a seguridade social (arts. 114, VIH e 195, 1, “a”,
da CF), pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do empregado
decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e 22 da Lei n. 8.212/1991).
A Justiça do Trabalho é competente, nos termos do art. 114 da CF/1988, a julgar danos morais
referentes às relações de trabalho. A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar
ações de indenização por dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive
as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos
dependentes ou sucessores do de cujus que era obreiro.
Errado.
Para o STF, a competência é da Justiça comum. O STF, reiteradamente, está entendendo que se
trata de uma situação a ser apreciada e julgada pela Justiça Comum, seja ela federal ou estadual.
O STF entende que se trata de uma relação de direito público que extrapola a ideia de CLT. Logo,
para o STF, apesar da OJ 205 da SDI-1 do TST, a competência não seria da Justiça do Trabalho.
Errado.
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Art. 896. Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas
em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando:
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tri-
bunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal
Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula
vinculante do Supremo Tribunal Federal;
b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo,
sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que
exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na
forma da alínea a;
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição
Federal.
Certo.
Art. 896-A. O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará previamente se a causa ofe-
rece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica.
§ 1º São indicadores de transcendência, entre outros:
I – econômica, o elevado valor da causa;
II – política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do
Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal;
III – social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social constitucionalmente assegurado;
IV – jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação da legislação trabalhista.
Certo.
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A assertiva não prospera, na medida em que os TRTs, nos termos do texto constitucional de-
vem ter, no mínimo, 7 juízes sem previsão do limite máximo de juízes. É uma pegadinha de pro-
va muito comum. Importante que você esteja sempre atento (a) ao formato da composição.
Errado.
Art. 672. Os Tribunais Regionais, em sua composição plena, deliberarão com a presença, além do
Presidente, da metade e mais um, do número de seus juízes, dos quais, no mínimo, um representan-
te dos empregados e outro dos empregadores.
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§ 1º As Turmas somente poderão deliberar presentes, pelo menos, três dos seus juízes, entre eles
os dois classistas. Para a integração desse quorum, poderá o Presidente de uma Turma convocar
juízes de outra, da classe a que pertencer o ausente ou impedido.
§ 2º Nos Tribunais Regionais, as decisões tomar-se-ão pelo voto da maioria dos juízes presentes,
ressalvada, no Tribunal Pleno, a hipótese de declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato do
poder público (art. 111 da Constituição).
§ 3º O Presidente do Tribunal Regional, excetuada a hipótese de declaração de inconstitucionalida-
de de lei ou ato do poder público, somente terá voto de desempate. Nas sessões administrativas, o
Presidente votará como os demais juízes, cabendo-lhe, ainda, o voto de qualidade.
Errado.
Art. 877. É competente para a execução das decisões o Juiz ou Presidente do Tribunal que tiver
conciliado ou julgado originariamente o dissídio.
Art. 877-A. É competente para a execução de título executivo extrajudicial o juiz que teria competên-
cia para o processo de conhecimento relativo à matéria.
Certo.
A assertiva só está errada nas últimas informações no que tange ao advogado comum. Os ad-
vogados de cada parte, apesar de acordo extrajudicial, devem ser diferentes para cada parte.
Errado.
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REFERÊNCIAS
BERNARDES, Felipe. Manual de Processo do Trabalho. Volume Único. 3. ed. Salvador: Editora
JusPodium, 2021.
______. Supremo Tribunal Federal. Disponível em: https://portal.stf.jus.br/. Acesso em: 20 abr.
2021.
SHIAVI, Mauro. Manual de direito processual do trabalho. 17. ed. Salvador: Editora JusPodium, 2021.
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