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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região

Ação Trabalhista - Rito Ordinário


1001487-07.2017.5.02.0003

Tramitação Preferencial
- Idoso
- Acidente de Trabalho

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 31/08/2017


Valor da causa: R$ 616.800,00

Partes:
RECLAMANTE: ROSELI FERREIRA SANTOS
ADVOGADO: NADJA GALVAO RAIMUNDO
RECLAMADO: INSTITUTO DE ASSISTENCIA MEDICA AO SERVIDOR PUBLICO
ESTADUAL
PAGINA_CAPA_PROCESSO_PJE
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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho

PROCESSO Nº TST-RR-1001487-07.2017.5.02.0003

ACÓRDÃO
(6ª Turma)
GMLBC/vam/js

AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE


REVISTA INTERPOSTO A ACÓRDÃO
PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI N.º
13.467/2017. PARCELA DENOMINADA
“SEXTA PARTE”. BASE DE CÁLCULO.
VENCIMENTOS INTEGRAIS.
GRATIFICAÇÕES E VANTAGENS
EXPRESSAMENTE EXCLUÍDAS PELAS
RESPECTIVAS LEIS INSTITUIDORAS. NÃO
INTEGRAÇÃO. TRANSCENDÊNCIA POLÍTICA
DA CAUSA RECONHECIDA. Reconhecida a
transcendência política da causa e demonstrada a
violação do artigo 37, XIV, da Constituição da
República, dá-se provimento ao Agravo de
Instrumento a fim de determinar o processamento
do Recurso de Revista.
RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO A
ACÓRDÃO PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI
N.º 13.467/2017. PARCELA DENOMINADA
“SEXTA PARTE”. BASE DE CÁLCULO.
VENCIMENTOS INTEGRAIS.
GRATIFICAÇÕES E VANTAGENS
EXPRESSAMENTE EXCLUÍDAS PELAS
RESPECTIVAS LEIS INSTITUIDORAS. NÃO
INTEGRAÇÃO. TRANSCENDÊNCIA POLÍTICA
DA CAUSA RECONHECIDA. 1. Cuida-se de
controvérsia acerca da base de cálculo da parcela
denominada “sexta parte”, prevista no artigo 129
da Constituição do Estado de São Paulo. 2. Esta
Corte superior sufragou tese no sentido de que
integra a base de cálculo da “sexta parte” o salário
integral percebido pelo empregado, à exceção das
parcelas cuja lei instituidora expressamente afasta
sua repercussão no cálculo de outras verbas.
Precedentes. 3. No caso dos autos, a Corte de
origem, ao concluir que a base de cálculo da
parcela "sexta parte" deve incidir sobre os
vencimentos integrais, à exceção do adicional por
tempo de serviço, sem ressalvar gratificações ou
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vantagens cujas leis estaduais instituidoras


determinam sua exclusão do cálculo de outras
parcelas, exarou tese dissonante da atual, iterativa
e notória jurisprudência do Tribunal Superior do
Trabalho, evidenciando-se a transcendência
política da causa, nos termos do artigo 896-A, §
1º, inciso II, da Consolidação das Leis do Trabalho,
como também vulnerou os ditames do artigo 37,
XIV, da Constituição da República. 4. Recurso de
Revista conhecido e provido.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista n°


TST-RR-1001487-07.2017.5.02.0003, em que é Recorrente INSTITUTO DE
ASSISTÊNCIA MÉDICA AO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL e é Recorridoa ROSELI
FERREIRA DE BRITO.

Trata-se de Agravo de Instrumento interposto pelo reclamado, em


face da decisão monocrática por meio da qual se denegou seguimento ao seu Recurso de
Revista.
Cumpre salientar que o referido Recurso de Revista foi interposto a
acórdão publicado na vigência da Lei n.º 13.467/2017.
Sustenta o reclamado que seu Recurso de Revista merece
processamento porque preenchidos os requisitos previstos no artigo 896 da Consolidação das
Leis do Trabalho.
Não foram apresentadas contraminuta e contrarrazões.
A douta Procuradoria-Geral do Trabalho manifestou-se pelo regular
prosseguimento do feito.
É o relatório.

VOTO

AGRAVO DE INSTRUMENTO
Observada a cláusula constitucional que resguarda o ato jurídico
(processual) perfeito (artigo 5º, XXXVI, da Constituição da República), o cabimento e a

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admissibilidade deste Agravo de Instrumento serão examinados à luz da legislação processual


vigente à época da publicação da decisão agravada.

I - CONHECIMENTO
Foram preenchidos os pressupostos de admissibilidade recursal,
motivo pelo qual conheço do Agravo de Instrumento.

II – MÉRITO
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA
INTERPOSTO A ACÓRDÃO PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI N.º 13.467/2017.
PARCELA DENOMINADA “SEXTA PARTE”. BASE DE CÁLCULO. VENCIMENTOS
INTEGRAIS. GRATIFICAÇÕES E VANTAGENS EXPRESSAMENTE EXCLUÍDAS PELAS
RESPECTIVAS LEIS INSTITUIDORAS. NÃO INTEGRAÇÃO. EXAME DA
TRANSCENDÊNCIA DA CAUSA.
O Exmo. Desembargador Vice-Presidente Judicial do Tribunal Regional
do Trabalho da 2ª Região denegou seguimento ao Recurso de Revista interposto pelo
reclamado, ante a incidência do entendimento contido na Súmula n.º 333 deste Tribunal
Superior, bem como do artigo 896, § 7º, da CLT.
Sustenta o reclamado que seu Recurso de Revista merecia
processamento. Afirma que o Tribunal Regional, ao determinar que a base de cálculo da
parcela denominada “sexta-parte”, prevista no artigo 129 da Constituição do Estado de São
Paulo, recaia sobre todas as verbas percebidas pela reclamante, afronta o disposto no artigo
37, XIV, da Constituição da República. Argumenta que deve ser excluída da “base de cálculo da
sexta-parte as verbas cujas leis instituidoras assim determinem”. Esgrime com afronta aos
artigos 115, XVI, e 129 da Constituição do Estado de São Paulo e 37, XIV, da Constituição da
República. Transcreve arestos para o confronto de teses.
Ao exame.
O Tribunal Regional negou provimento ao recurso ordinário interposto
pelo reclamado, quanto ao tema em comento, sob os seguintes fundamentos (destaques
acrescidos):

4.2. Sexta-parte
Assim como se pronunciou o representante do Ministério Público do Trabalho
(ID 2f8083f), entendo que prospera o inconformismo quanto à sexta-parte.
O art. 129[4], da Constituição do Estado, não diferencia a contratação pelo
regime celetista ou estatutário para fins de concessão da sexta-parte, tampouco
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dispõe que a sexta-parte é devida apenas aos servidores estatutários, do que se


conclui a sua aplicação a todos os servidores públicos, no sentido amplo, e alcança
o empregado público (espécie do gênero servidor público), caso da reclamante. Ao
contrário do que sustenta o apelo, se o legislador não fez tal distinção, não cabe ao
intérprete fazê-lo.
Assim, a súmula 04[5] deste E. Regional, é perfeitamente aplicável à situação
em apreço.
A título ilustrativo, transcrevem-se as seguintes ementas do C. TST a respeito
do tema:
"RECURSO DE REVISTA - SEXTA-PARTE - ART. 129 DA
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO - EMPREGADO PÚBLICO
REGIDO PELA CLT. O art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo
não estabeleceu diferenciação entre servidor público estatutário e
servidor público regido pela CLT, espécies do gênero servidor público,
devendo ambas as espécies de servidores gozar do benefício da
incorporação da sexta-parte dos vencimentos. Precedentes do TST.
Recurso de Revista nº TST-RR-129300-61.2000.5.02.0025, Relator
Ministro Vieira de Mello Filho."
"PARCELA DENOMINADA "SEXTA PARTE". ARTIGO 129 DA
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. EXTENSÃO AOS
SERVIDORES PÚBLICOS CELETISTAS. Considera-se "servidor público"
gênero do qual é espécie o empregado contratado pela administração
direta, autarquias e fundações públicas. Assim, constando do artigo
129 da Constituição do Estado de São Paulo, de forma expressa, a
concessão do adicional "sexta parte" aos servidores públicos estaduais,
é devida a parcela pleiteada igualmente aos servidores públicos regidos
pela Consolidação das Leis do Trabalho. Recurso de revista de que não
se conhece". Recurso de Revista n.º
TST-RR-752591-68.2001.5.02.0025, Ministro Relator Relator Lelio
Bentes Corrêa.
Em igual sentido, este C. Regional editou as seguintes súmulas:
"4 - Servidor Público Estadual - Sexta-parte dos vencimentos -
benefício que abrange todos os servidores e não apenas os
estatutários. (RA nº 02/05 - DJE 25/10/2005)
O art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo, ao fazer
referência a Servidor Público Estadual, não distingue o regime jurídico
para efeito de aquisição de direito".
"12 - Parcela "sexta parte". Art. 129 da Constituição do Estado de
São Paulo. (Res. nº 02/2013 - DOEletrônico 26/08/2013)
Extensão aos empregados de sociedade de economia mista e
empresa pública. Indevida. A parcela denominada "sexta parte",
instituída pelo art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo, é
devida apenas aos servidores estaduais, celetistas e estatutários da
Administração Pública direta, das fundações e das autarquias,
conforme disposição contida no art. 124 da Constituição Estadual, não
se estendendo aos empregados de sociedade de economia mista e de
empresa pública, integrantes da Administração Pública indireta,
submetidas ao regime jurídico próprio das empresas privadas, nos
termos do art. 173, § 1º, II, da Constituição Federal" (Destaquei).
A alegação de ausência de previsão orçamentária, por si só, não é óbice ao
cumprimento das obrigações trabalhistas. O direito aqui reconhecido está garantido

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pela própria Constituição Estadual e o pagamento da condenação respectiva deverá,


necessariamente, ser incluído na lei orçamentária para atender o cumprimento da
decisão judicial.
O mesmo artigo 129 dispõe que a base de cálculo da sexta-parte deve ser
composta pelo vencimento integral do servidor, isto é, o salário base acrescido
das demais vantagens pecuniárias habituais que compõem a
remuneração, com exceção dos adicionais que tenham caráter de tempo
de serviço, para evitar o efeito em cascata.
A respeito, também é oportuna a transcrição da seguinte ementa de julgado
do C. TST:
"PARCELA SEXTA-PARTE. EXTENSÃO AOS SERVIDORES
PÚBLICOS CELETISTAS. INCORPORAÇÃO AOS VENCIMENTOS
INTEGRAIS. Conforme entendimento consagrado nesta Corte, o art.
129 da Constituição do Estado de São Paulo, ao utilizar a expressão
servidor público, não fez distinção entre servidores públicos
estatutários e celetistas, devendo ambas as categorias de servidores
perceber a parcela sexta-parte incidente nos vencimentos. BASE DE
CÁLCULO. SEXTA-PARTE DOS VENCIMENTOS. ART. 129 DA
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. A base de cálculo da
sexta-parte, prevista no art. 129 da Constituição do Estado de São
Paulo, é o vencimento integral do servidor regido pela CLT. Recurso de
Revista de que não se conhece". (RR - 204700-08.2007.5.02.0067,
Relator Ministro: João Batista Brito Pereira, Data de Julgamento:
23/11/2011, 5ª Turma, Data de Publicação: 16/12/2011).
Desse modo, dou provimento ao recurso para acrescer à condenação as
diferenças salariais pelo reconhecimento ao direito da gratificação denominada
sexta-parte, que incidirá sobre os vencimentos integrais, a partir de 22/08/2014,
com reflexos nas férias acrescidas de 1/3, 13º salários, FGTS e horas extras, nos
limites da pretensão, observados os critérios de liquidação já fixados pela origem
quanto às demais parcelas deferidas.

Conforme se extrai dos presentes autos, cuida-se de controvérsia


acerca da base de cálculo da parcela denominada “sexta-parte”, prevista no artigo 129 da
Constituição do Estado de São Paulo.
Constatando que o Recurso de Revista atende aos demais requisitos
processuais de admissibilidade, passa-se ao exame do apelo sob o prisma do pressuposto de
transcendência da causa, previsto no artigo 896-A da Consolidação das Leis do Trabalho.
Consoante se extrai do excerto acima transcrito, o Tribunal Regional
registrou que a base de cálculo da parcela "sexta-parte" são os vencimentos integrais da
reclamante, à exceção do adicional por tempo de serviço.
A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que a parcela
denominada "sexta-parte" tem como base de cálculo os vencimentos integrais e não o salário
base, conforme o disposto no artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo. Porém,
excluem-se dessa integração as gratificações ou adicionais cujas leis instituidoras preveem

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expressamente a sua não incidência em outras vantagens pecuniárias. Trata-se de norma


específica, instituidora das parcelas, que prevalece sobre a norma geral.
Nesse sentido orientam-se os seguintes precedentes desta egrégia 6ª
Turma:

"AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA


SOB A ÉGIDE DA LEI 13.015/2014. SEXTA-PARTE. ART. 129
DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. BASE DE
CÁLCULO. Ante a possível violação do art. 37, XIV, da Constituição
Federal, nos termos exigidos no artigo 896 da CLT, provê-se o agravo
de instrumento para determinar o processamento do recurso de
revista. RECURSO DE REVISTA SOB A ÉGIDE DA LEI
13.015/2014. SEXTA-PARTE. ART. 129 DA CONSTITUIÇÃO
DO ESTADO DE SÃO PAULO. BASE DE CÁLCULO.
GRATIFICAÇÕES CRIADAS POR LEIS COMPLEMENTARES
VEDANDO SUA INTEGRAÇÃO PARA CÁLCULO DE QUAISQUER
VERBAS PECUNIÁRIAS. REQUISITOS DO ARTIGO 896, §
1º-A, DA CLT ATENDIDOS. O art. 129 da Constituição do Estado de
São Paulo, ao assegurar o adicional denominado sexta-parte,
estabeleceu a sua base de cálculo sobre a integralidade dos
vencimentos do servidor estadual, ou seja, sem limitação. Nesse
sentido caminhou a jurisprudência dominante do TST. No entanto, a
discussão alcançou a Subseção de Dissídios Individuais - 1 desta
Corte, a qual conferiu contornos restritivos, como, por exemplo,
excluir da base de cálculo da parcela sexta-parte aqueles benefícios
que a lei instituidora vedou expressamente a integração respectiva
para efeito de cálculo de qualquer vantagem pecuniária. Precedentes
da SBDI-1 do TST. Recurso de revista conhecido e provido"
(RR-1001987-14.2016.5.02.0034, 6ª Turma, Relator Ministro
Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 03/09/2021).

"I - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE


REVISTA. RECLAMADA. LEI Nº 13.467/2017.
TRANSCENDÊNCIA. SEXTA-PARTE. ARTIGO 129 DA
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. BASE DE
CÁLCULO. 1 - Há transcendência política quando constatado em
exame preliminar o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência
prevalecente no TST. 2 - Aconselhável o provimento do agravo de
instrumento para melhor exame do recurso de revista quanto à
alegada violação do artigo 37, inciso XIV, da Constituição da
República. 3 - Agravo de instrumento a que se dá provimento. II -
RECURSO DE REVISTA. RECLAMADA. LEI Nº 13.467/2017.
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SEXTA-PARTE. ARTIGO 129 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO


DE SÃO PAULO. BASE DE CÁLCULO. 1 - Esta Corte Superior já
consolidou o entendimento de que a parcela sexta-parte, prevista no
artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo, tem como base de
cálculo os vencimentos integrais, excluindo-se os anuênios e as
parcelas criadas por lei complementar com previsão expressa de não
integração na base de cálculo de outras vantagens pecuniárias. 2 -
Isso porque os entes públicos estão vinculados ao princípio da
legalidade administrativa (artigo 37, caput, da CF/88), pelo que não
podem incluir na base de cálculo da parcela "sexta-parte" as verbas
expressamente vedadas para esse fim em leis específicas. 3 -
Ademais, a inobservância da restrição prevista nas referidas leis
complementares importa ofensa ao artigo 37, inciso XIV, da
Constituição da República, o qual dispõe que os acréscimos
pecuniários percebidos por servidor público não serão computados
nem acumulados para fim de concessão de acréscimos ulteriores. Há
julgados da SBDI-1 e de Turmas do TST. 4 - Recurso de revista de que
se conhece e a que se dá parcial provimento"
(RR-11213-55.2018.5.15.0090, 6ª Turma, Relatora Ministra Katia
Magalhaes Arruda, DEJT 26/03/2021).

No mesmo sentido, são os seguintes precedentes deste Tribunal


Superior:

RECURSO DE EMBARGOS EM EMBARGOS DE


DECLARAÇÃO EM RECURSO DE REVISTA REGIDO PELA LEI
Nº 13.015/2014. PARCELA DENOMINADA "SEXTA-PARTE".
BASE DE CÁLCULO. INCLUSÃO DE GRATIFICAÇÕES
PREVISTAS EM LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL.
POSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO DO RECURSO DE
REVISTA POR VIOLAÇÃO DO ARTIGO 37, XIV, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Dispõe o artigo 37, XIV, da Constituição
Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 19/98,
que "os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não
serão computados nem acumulados para fins de concessão de
acréscimos ulteriores". Por sua vez, o artigo 129 da Constituição do
Estado de São Paulo assegura aos servidores públicos do Estado de
São Paulo dois benefícios distintos, a saber - adicional por tempo de
serviço e a parcela intitulada "sexta - parte" -, e estabelece, quanto a
essa última, a base de cálculo sobre os vencimentos integrais do
servidor. A norma que assegurou a concessão da vantagem também
determinou a observância do disposto no artigo 115, XVI, da
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Constituição Estadual, cujo teor é cópia quase fiel do comando


expresso no artigo 37, XIV, da Constituição Federal ( "os acréscimos
pecuniários percebidos por servidor público não serão computados
nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores sob
o mesmo título ou idêntico fundamento"). Desse modo, quanto à base
de cálculo da parcela "sexta-parte", afigura-se possível o
conhecimento do recurso de revista pela alegação de afronta ao artigo
37, XIV, da Constituição Federal. Precedentes de Turmas. Recurso de
embargos conhecido e provido" (E-ED-RR-1451-63.2013.5.15.0066,
Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Relator Ministro
Cláudio Mascarenhas Brandão, DEJT 07/12/2017).

"EMBARGOS. SEXTA-PARTE. BASE DE CÁLCULO.


VENCIMENTOS INTEGRAIS COM EXCLUSÃO DE
GRATIFICAÇÕES QUE POR EXPRESSA PREVISÃO LEGAL NÃO
INTEGRAM A REMUNERAÇÃO. A parcela ‘sexta parte’, prevista no
art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo, tem como base de
cálculo os vencimentos integrais do servidor público, mas devem ser
excluídas as gratificações instituídas por leis complementares
estaduais que expressamente vedam a sua integração à remuneração.
Embargos conhecidos e providos." (E-ED-RR -
2000-10.2009.5.02.0023, Relator Ministro: Márcio Eurico Vitral
Amaro, Data de Julgamento: 19/10/2017, Subseção I Especializada
em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT 27/10/2017.)

RECURSO DE EMBARGOS REGIDO PELA LEI Nº


13.0015/2014. PARCELA DENOMINADA ‘SEXTA PARTE’.
PREVISÃO NO ARTIGO 129 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO
DE SÃO PAULO. BASE DE CÁLCULO. EXCLUSÃO DAS
GRATIFICAÇÕES CUJAS LEIS ESTADUAIS INSTITUÍDORAS
VEDAM A INTEGRAÇÃO NO CÔMPUTO DE OUTRAS
PARCELAS. 1. Trata-se de recurso de embargos interposto pela
Fazenda Pública do Estado de São Paulo contra acórdão da Turma que
não conheceu do seu recurso de revista, quanto à base de cálculo da
parcela ‘sexta parte’, mantendo a decisão do Tribunal Regional que
determinou a inclusão, na sua base de cálculo, das gratificações e
vantagens cujas leis instituidoras as tenham expressamente excluído.
2. A parcela em exame foi instituída no artigo 129 da Constituição do
Estado de São Paulo, o qual expressamente determina para sua base
de cálculo os proventos integrais. De outra parte, é incontroversa a
existência de Leis Estaduais que determinam que algumas
gratificações não refletirão sobre outras parcelas de natureza
pecuniária. 3. Nesse caso, deve-se adotar o método de interpretação
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Tribunal Superior do Trabalho fls.9

PROCESSO Nº TST-RR-1001487-07.2017.5.02.0003

restritiva, pois a lei complementar foi editada com a finalidade de


balizar o alcance da lei maior, devendo prevalecer as Leis
Complementares Estaduais que vedam a integração de determinadas
gratificações da base de cálculo da parcela sexta parte. Neste sentido
me posicionei no julgamento do TST-ERR- 1216-23.2011.5.15.0113,
publicado no DJ de 13/05/2016, que fui designado Redator para
acórdão. Precedentes da SBDI-1/TST. Recurso de embargos
conhecido por divergência jurisprudencial e provido." (E-ED-RR -
1682-20.2012.5.15.0036, Relator Ministro: Alexandre de Souza Agra
Belmonte, Data de Julgamento: 24/08/2017, Subseção I Especializada
em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT 01/09/2017.)

"AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM


RECURSO DE REVISTA. PARCELA SEXTA-PARTE. BASE DE
CÁLCULO. EXCLUSÃO DAS GRATIFICAÇÕES PREVISTAS EM
LEIS ESTADUAIS. Constada a viabilidade de trânsito do recurso
trancado por meio de decisão monocrática, o Agravo Interno deve ser
acolhido. Agravo Interno conhecido e provido. AGRAVO DE
INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. PARCELA
SEXTA-PARTE. BASE DE CÁLCULO. EXCLUSÃO DAS
GRATIFICAÇÕES PREVISTAS EM LEIS ESTADUAIS.
Demonstrada a violação do art. 37, XIV, da Constituição Federal,
determina-se o seguimento do Recurso de Revista. Agravo de
Instrumento conhecido e provido. RECURSO DE REVISTA.
PARCELA SEXTA-PARTE. BASE DE CÁLCULO. EXCLUSÃO DAS
GRATIFICAÇÕES PREVISTAS EM LEIS ESTADUAIS. Conforme
reiterado entendimento desta Corte, o art. 129 da Constituição
Estadual de São Paulo é claro ao dispor que a base de cálculo da
"sexta-parte" é formada pelos vencimentos integrais percebidos pelo
servidor público estadual. No entanto, é também entendimento
assente nesta Justiça Especializada que a lei criadora das
gratificações, quando expressamente desautoriza a integração da
parcela no cômputo de qualquer vantagem pecuniária, deve ser
observada, em face do princípio da legalidade e da especificidade das
disposições ali contidas. Precedentes. Recurso de Revista conhecido e
provido" (RR-890-57.2014.5.02.0004, 1ª Turma, Relator Ministro
Luiz Jose Dezena da Silva, DEJT 13/09/2019).

"AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA


INTERPOSTO NA VIGÊNCIA LEI 13.015/2014. SEXTA PARTE.
BASE DE CÁLCULO. EXCLUSÃO DAS GRATIFICAÇÕES
PREVISTAS EM LEIS ESTADUAIS. Embora a parcela sexta parte
incida sobre os vencimentos integrais do trabalhador, haja vista a
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PROCESSO Nº TST-RR-1001487-07.2017.5.02.0003

previsão expressa da norma estadual nesse sentido (art. 129 da


Constituição do Estado de São Paulo), o atual entendimento da SBDI-1
desta Corte Superior é no sentido de que as gratificações instituídas
por leis que vedam expressamente a sua integração no cômputo de
qualquer vantagem pecuniária não deverão, por consequência,
integrar a base de cálculo da parcela sexta parte, em observância às
disposições específicas estabelecidas nas referidas normas
instituidoras. Precedentes. Óbice da Súmula 333 do TST e do art. 896,
§ 7°, da CLT. Agravo de instrumento a que se nega provimento."
(AIRR-1001112-26.2017.5.02.0061, 2ª Turma, Relatora Ministra
Maria Helena Mallmann, DEJT 20/08/2021).

"I - AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROVIMENTO.


PARCELA DENOMINADA "SEXTA-PARTE" PREVISTA NO ART.
129 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. BASE DE
CÁLCULO. ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO. NÃO
INTEGRAÇÃO. Diante de potencial violação do art. 37, XIV, da
Constituição Federal, merece processamento o recurso de revista, na
via do art. 896, "c", da CLT. Agravo de instrumento conhecido e
provido. II - RECURSO DE REVISTA. PARCELA DENOMINADA
"SEXTA-PARTE" PREVISTA NO ART. 129 DA CONSTITUIÇÃO
DO ESTADO DE SÃO PAULO. BASE DE CÁLCULO. ADICIONAL
POR TEMPO DE SERVIÇO. NÃO INTEGRAÇÃO. 1. A Constituição
do Estado de São Paulo, nos termos do art. 129, conferiu aos
servidores estaduais o direito à parcela "sexta parte" sobre os
vencimentos integrais. Com efeito, pela alusão à expressão
"vencimentos integrais", conclui-se que o cálculo da verba deve
incidir, em princípio, sobre todas as parcelas de natureza salarial, e
não apenas sobre o salário-base. 2. Entretanto, as parcelas instituídas
por lei complementar estadual, sem previsão expressa de que servirão
de base de cálculo para outros títulos, deverão ser excluídas do cálculo
da vantagem, em deferência ao princípio da legalidade. 3. No que
tange ao adicional por tempo de serviço, também previsto na
Constituição do Estado de São Paulo, a jurisprudência desta Corte
firmou entendimento de que tal vantagem não integra a base de
cálculo da parcela "sexta-parte", uma vez que são parcelas de mesma
natureza. Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido"
(RR-1001819-70.2019.5.02.0013, 3ª Turma, Relator Ministro Alberto
Luiz Bresciani de Fontan Pereira, DEJT 06/08/2021).

"RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA


LEI N.º 13.467/2017. TRANSCENDÊNCIA. Considerando a
possibilidade de a decisão recorrida contrariar a atual, notória e
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PROCESSO Nº TST-RR-1001487-07.2017.5.02.0003

iterativa jurisprudência deste Tribunal Superior, verifica-se a


transcendência política, nos termos do artigo 896-A, § 1º, II, da CLT.
1. SEXTA PARTE. ARTIGO 129 DA CONSTITUIÇÃO DO
ESTADO DE SÃO PAULO. BASE DE CÁLCULO. PROVIMENTO.
Cinge-se a controvérsia a saber qual a base de cálculo da parcela
denominada sexta parte. Na hipótese , o egrégio Tribunal Regional
registrou que a base de cálculo da parcela sexta parte deve incidir
sobre os vencimentos integrais, à exceção do adicional por tempo de
serviço. A SBDI-1 tem firmado entendimento no sentido de que a base
de cálculo da "sexta-parte" não incide sobre os vencimentos integrais,
considerando a existência de leis estaduais que excluem algumas
gratificações e vantagens do cômputo da referida parcela.
Precedentes. Assim, o acórdão regional deve ser reformado, para que
a parcela "sexta-parte" seja calculada com base nos vencimentos
integrais, na forma do artigo 129 da Constituição do Estado de São
Paulo, à exceção de qualquer gratificação ou vantagem que tenha sido
instituída por lei estadual que expressamente a tenha excluído.
Recurso de revista de que se conhece e a que se dá provimento.
(RR-1000054-33.2018.5.02.0067, 4ª Turma, Relator Ministro
Guilherme Augusto Caputo Bastos, DEJT 10/09/2021).

"AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE


REVISTA. ACÓRDÃO PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº
13.015/2014. BASE DE CÁLCULO DA PARCELA "SEXTA
PARTE". Agravo a que se dá provimento para examinar o agravo de
instrumento em recurso de revista. Agravo provido. AGRAVO DE
INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. ACÓRDÃO PUBLICADO NA
VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. BASE DE CÁLCULO DA PARCELA
"SEXTA PARTE". Em razão de provável caracterização de ofensa ao
art. 37, inciso XIV, da Constituição Federal, dá-se provimento ao
agravo de instrumento para determinar o prosseguimento do recurso
de revista. Agravo de instrumento provido. RECURSO DE REVISTA.
ACÓRDÃO PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº
13.015/2014. BASE DE CÁLCULO DA PARCELA "SEXTA
PARTE". A jurisprudência deste Tribunal, no julgamento do Processo
E-RR-1215.23.2011.5.15.0113, firmou o entendimento de que a
parcela "sexta parte" deve incidir sobre os vencimentos integrais do
servidor, haja vista a determinação do artigo 129 da Constituição do
Estado de São Paulo, daí excluídas, contudo, as vantagens e
gratificações instituídas por leis estaduais que expressamente vedam
sua integração na base de cálculo de outras parcelas. Precedentes da
SBDI-1. Recurso de revista conhecido e provido"

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PROCESSO Nº TST-RR-1001487-07.2017.5.02.0003

(RR-1001722-24.2017.5.02.0051, 5ª Turma, Relator Ministro Breno


Medeiros, DEJT 04/06/2021).

"AGRAVO INTERNO. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM


RECURSO DE REVISTA. ACÓRDÃO REGIONAL PUBLICADO NA
VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.467/2017. PARCELA
"SEXTA-PARTE" - BASE DE CÁLCULO - ARTIGO 129 DA
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO - EXCLUSÃO DE
GRATIFICAÇÕES E VANTAGENS EXPRESSAMENTE
RESSALVADAS PELAS NORMAS INSTITUIDORAS. Conforme se
constata do despacho agravado, foi negado provimento ao agravo de
instrumento manejado pela reclamada, sob o fundamento,
basicamente, de que não se vislumbrou violação direta e literal ao art.
37, caput e inciso XIV, porquanto o tema trazido não enseja violação
frontal a texto constitucional, senão pela via indireta, o que torna
inviável o recurso de revista, tendo sido consignado, ainda, que para o
deslinde da controvérsia seria necessário questionar a aplicação da
Constituição do Estado de São Paulo, que rege a matéria sub judice ,
como é o caso do artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo,
de modo que a hipótese dependeria da análise dos termos da
legislação estadual, o que não encontra respaldo na exigência contida
na alínea "c" do artigo 896 da Consolidação das Leis do Trabalho. No
entanto, reexaminando a questão, verifico que a jurisprudência desta
Corte Superior se consolidou no sentido de que as gratificações ou
adicionais instituídos por leis que vedam expressamente a sua
integração no cômputo de qualquer vantagem pecuniária não
integram a base de cálculo da parcela denominada "sexta-parte".
Nesse contexto, afigura-se possível a tese de que o acórdão regional,
ao entender que para o cálculo da parcela "sexta-parte" "Deve ser
considerada a totalidade das parcelas de natureza salarial, inclusive
gratificações e prêmios habitualmente pagos, exceção feita ao
adicional por tempo de serviço", acabou contrariando a jurisprudência
consolidada desta Corte Superior, conforme já acima pormenorizado.
Assim, impõe-se o provimento do agravo, a fim de que o agravo de
instrumento em recurso de revista seja regularmente processado.
Agravo interno provido. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM
RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº
13.467/2017. PARCELA "SEXTA-PARTE" - BASE DE CÁLCULO
- ARTIGO 129 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO
- EXCLUSÃO DE GRATIFICAÇÕES E VANTAGENS
EXPRESSAMENTE RESSALVADAS PELAS NORMAS
INSTITUIDORAS. TRANSCENDÊNCIA POLÍTICA
RECONHECIDA. Tratando-se de recurso de revista interposto em
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PROCESSO Nº TST-RR-1001487-07.2017.5.02.0003

face de decisão regional que se mostra contrária à jurisprudência


desta Corte, revela-se presente a transcendência política da causa
(art. 896-A, §1º, inciso II, da CLT), a justificar o prosseguimento do
exame do apelo. De outra parte, ante a provável violação do artigo 37,
XIV, da Constituição Federal, recomendável o processamento do
recurso de revista para melhor exame da matéria veiculada em suas
razões. Agravo de instrumento provido. RECURSO DE REVISTA
INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº 13.467/2017.
PARCELA "SEXTA-PARTE" - BASE DE CÁLCULO - ARTIGO 129
DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO - EXCLUSÃO
DE GRATIFICAÇÕES E VANTAGENS EXPRESSAMENTE
RESSALVADAS PELAS NORMAS INSTITUIDORAS.
TRANSCENDÊNCIA POLÍTICA RECONHECIDA. Tratando-se de
recurso de revista interposto em face de decisão regional que se
mostra contrária à jurisprudência consolidada desta Corte, revela-se
presente a transcendência política da causa, a justificar o
prosseguimento do exame do apelo. Na questão de fundo, deve-se
ressaltar que a parcela denominada "sexta-parte", prevista no artigo
129 da Constituição do Estado de São Paulo, tem como base de cálculo
os vencimentos integrais do servidor público estadual, haja vista a
disposição contida no citado dispositivo. Contudo, não se pode
desconsiderar a vedação contida no artigo 37, XIV, da Constituição
Federal, segundo a qual os acréscimos pecuniários percebidos por
servidor público não serão computados nem acumulados para fins de
concessão de acréscimos ulteriores. Assim, não se mostra possível
incluir na base de cálculo da parcela denominada "sexta-parte" as
gratificações cujas leis instituidoras excluem-nas da remuneração, sob
pena de que se contrarie o mencionado dispositivo constitucional, que
também tem aplicabilidade aos Estados, nos termos do caput daquele
dispositivo. Corroborando este entendimento, a e. SBDI-1 do TST
passou a adotar a posição segundo a qual a base de cálculo da
sexta-parte não deve incidir sobre os vencimentos integrais, na
medida em que existem Leis Estaduais que excluem algumas
gratificações e vantagens do cálculo da aludida parcela. Recurso de
revista conhecido e provido" (RR-1001641-74.2018.5.02.0040, 7ª
Turma, Relator Ministro Renato de Lacerda Paiva, DEJT 20/08/2021).

De todo o expendido, verifica-se que a Corte de origem, ao concluir


que a base de cálculo da parcela "sexta-parte" deve incidir sobre os vencimentos integrais, à
exceção do adicional por tempo de serviço, sem ressalvar gratificações ou vantagens cujas leis
estaduais instituidoras determinam sua exclusão do cálculo de outras parcelas, exarou tese
dissonante da atual, notória e iterativa jurisprudência desta Corte superior. Desse modo,
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reconhece-se a transcendência política da causa, nos termos do artigo 896-A, § 1º, inciso
II, da Consolidação das Leis do Trabalho.
Com esses fundamentos, ante a violação do artigo 37, XIV, da
Constituição da República, dou provimento ao Agravo de Instrumento.
Provido o Agravo de Instrumento, proponho, com apoio no artigo 897,
§ 7º, da Consolidação das Leis do Trabalho, o julgamento do recurso destrancado na primeira
Sessão Ordinária subsequente à publicação da Certidão de Julgamento do presente apelo,
reautuando-o como Recurso de Revista e observando-se, daí em diante, o procedimento
relativo a este último.

RECURSO DE REVISTA
I - CONHECIMENTO
Observada a cláusula constitucional que resguarda o ato jurídico
(processual) perfeito (artigo 5º, XXXVI, da Constituição da República), o cabimento e a
admissibilidade deste Recurso de Revista serão examinados à luz da legislação processual
vigente à época da publicação da decisão recorrida.

1 – PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS DE ADMISSIBILIDADE


RECURSAL.
Foram preenchidos os pressupostos extrínsecos de admissibilidade.

2 – PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS DE ADMISSIBILIDADE


RECURSAL.
RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO A ACÓRDÃO
PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI N.º 13.467/2017. PARCELA DENOMINADA
“SEXTA PARTE”. BASE DE CÁLCULO. VENCIMENTOS INTEGRAIS. GRATIFICAÇÕES
E VANTAGENS EXPRESSAMENTE EXCLUÍDAS PELAS RESPECTIVAS LEIS
INSTITUIDORAS. NÃO INTEGRAÇÃO. EXAME DA TRANSCENDÊNCIA DA CAUSA.
O Tribunal Regional negou provimento ao recurso ordinário interposto
pelo reclamado quanto ao tema em comento, sob os seguintes fundamentos:

4.2. Sexta-parte
Assim como se pronunciou o representante do Ministério Público do Trabalho
(ID 2f8083f), entendo que prospera o inconformismo quanto à sexta-parte.
O art. 129[4], da Constituição do Estado, não diferencia a contratação pelo
regime celetista ou estatutário para fins de concessão da sexta-parte, tampouco
dispõe que a sexta-parte é devida apenas aos servidores estatutários, do que se
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conclui a sua aplicação a todos os servidores públicos, no sentido amplo, e alcança


o empregado público (espécie do gênero servidor público), caso da reclamante. Ao
contrário do que sustenta o apelo, se o legislador não fez tal distinção, não cabe ao
intérprete fazê-lo.
Assim, a súmula 04[5] deste E. Regional, é perfeitamente aplicável à situação
em apreço.
A título ilustrativo, transcrevem-se as seguintes ementas do C. TST a respeito
do tema:
"RECURSO DE REVISTA - SEXTA-PARTE - ART. 129 DA
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO - EMPREGADO PÚBLICO
REGIDO PELA CLT. O art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo
não estabeleceu diferenciação entre servidor público estatutário e
servidor público regido pela CLT, espécies do gênero servidor público,
devendo ambas as espécies de servidores gozar do benefício da
incorporação da sexta-parte dos vencimentos. Precedentes do TST.
Recurso de Revista nº TST-RR-129300-61.2000.5.02.0025, Relator
Ministro Vieira de Mello Filho."
"PARCELA DENOMINADA "SEXTA PARTE". ARTIGO 129 DA
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. EXTENSÃO AOS
SERVIDORES PÚBLICOS CELETISTAS. Considera-se "servidor público"
gênero do qual é espécie o empregado contratado pela administração
direta, autarquias e fundações públicas. Assim, constando do artigo
129 da Constituição do Estado de São Paulo, de forma expressa, a
concessão do adicional "sexta parte" aos servidores públicos estaduais,
é devida a parcela pleiteada igualmente aos servidores públicos regidos
pela Consolidação das Leis do Trabalho. Recurso de revista de que não
se conhece". Recurso de Revista n.º
TST-RR-752591-68.2001.5.02.0025, Ministro Relator Relator Lelio
Bentes Corrêa.
Em igual sentido, este C. Regional editou as seguintes súmulas:
"4 - Servidor Público Estadual - Sexta-parte dos vencimentos -
benefício que abrange todos os servidores e não apenas os
estatutários. (RA nº 02/05 - DJE 25/10/2005)
O art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo, ao fazer
referência a Servidor Público Estadual, não distingue o regime jurídico
para efeito de aquisição de direito".
"12 - Parcela "sexta parte". Art. 129 da Constituição do Estado de
São Paulo. (Res. nº 02/2013 - DOEletrônico 26/08/2013)
Extensão aos empregados de sociedade de economia mista e
empresa pública. Indevida. A parcela denominada "sexta parte",
instituída pelo art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo, é
devida apenas aos servidores estaduais, celetistas e estatutários da
Administração Pública direta, das fundações e das autarquias,
conforme disposição contida no art. 124 da Constituição Estadual, não
se estendendo aos empregados de sociedade de economia mista e de
empresa pública, integrantes da Administração Pública indireta,
submetidas ao regime jurídico próprio das empresas privadas, nos
termos do art. 173, § 1º, II, da Constituição Federal" (Destaquei).
A alegação de ausência de previsão orçamentária, por si só, não é óbice ao
cumprimento das obrigações trabalhistas. O direito aqui reconhecido está garantido
pela própria Constituição Estadual e o pagamento da condenação respectiva deverá,

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necessariamente, ser incluído na lei orçamentária para atender o cumprimento da


decisão judicial.
O mesmo artigo 129 dispõe que a base de cálculo da sexta-parte deve ser
composta pelo vencimento integral do servidor, isto é, o salário base acrescido
das demais vantagens pecuniárias habituais que compõem a
remuneração, com exceção dos adicionais que tenham caráter de tempo
de serviço, para evitar o efeito em cascata.
A respeito, também é oportuna a transcrição da seguinte ementa de julgado
do C. TST:
"PARCELA SEXTA-PARTE. EXTENSÃO AOS SERVIDORES
PÚBLICOS CELETISTAS. INCORPORAÇÃO AOS VENCIMENTOS
INTEGRAIS. Conforme entendimento consagrado nesta Corte, o art.
129 da Constituição do Estado de São Paulo, ao utilizar a expressão
servidor público, não fez distinção entre servidores públicos
estatutários e celetistas, devendo ambas as categorias de servidores
perceber a parcela sexta-parte incidente nos vencimentos. BASE DE
CÁLCULO. SEXTA-PARTE DOS VENCIMENTOS. ART. 129 DA
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. A base de cálculo da
sexta-parte, prevista no art. 129 da Constituição do Estado de São
Paulo, é o vencimento integral do servidor regido pela CLT. Recurso de
Revista de que não se conhece". (RR - 204700-08.2007.5.02.0067 ,
Relator Ministro: João Batista Brito Pereira, Data de Julgamento:
23/11/2011, 5ª Turma, Data de Publicação: 16/12/2011).
Desse modo, dou provimento ao recurso para acrescer à condenação as
diferenças salariais pelo reconhecimento ao direito da gratificação denominada
sexta-parte, que incidirá sobre os vencimentos integrais, a partir de 22/08/2014,
com reflexos nas férias acrescidas de 1/3, 13º salários, FGTS e horas extras, nos
limites da pretensão, observados os critérios de liquidação já fixados pela origem
quanto às demais parcelas deferidas.

Sustenta o reclamado que seu Recurso de Revista merecia


processamento. Afirma que o Tribunal Regional ao determinar que a base de cálculo da parcela
denominada sexta-parte, prevista no artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo, recaia
sobre todas as verbas percebidas pela reclamante, afronta o disposto no artigo 37, XIV, da
Constituição da República. Argumenta que deve ser excluída da “base de cálculo da sexta-parte
as verbas cujas leis instituidoras assim determinem”. Esgrime com afronta aos artigos 115,
XVI, e 129 da Constituição do Estado de São Paulo, e 37, XIV, da Constituição da República.
Transcreve arestos para o confronto de teses.
Ao exame.
Conforme se extrai dos presentes autos, cuida-se de controvérsia
acerca da base de cálculo da parcela denominada “sexta-parte”, prevista no artigo 129 da
Constituição do Estado de São Paulo.

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Número do documento: 22081016331800000000276901011
Fls.: 18

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Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho fls.17

PROCESSO Nº TST-RR-1001487-07.2017.5.02.0003

Constatando que o Recurso de Revista atende aos demais requisitos


processuais de admissibilidade, passa-se ao exame do apelo sob o prisma do pressuposto de
transcendência da causa, previsto no artigo 896-A da Consolidação das Leis do Trabalho.
Consoante se extrai do excerto acima transcrito, o Tribunal Regional
registrou que a base de cálculo da parcela "sexta-parte" são os vencimentos integrais da
reclamante, à exceção do adicional por tempo de serviço
A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que a parcela
denominada "sexta-parte" tem como base de cálculo os vencimentos integrais e não o salário
base, conforme o disposto no artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo. Porém,
excluem-se dessa integração as gratificações ou adicionais cujas leis instituidoras preveem
expressamente a sua não incidência em outras vantagens pecuniárias. Trata-se de norma
específica, instituidora das parcelas, que prevalece sobre a norma geral.
Nesse sentido orientam-se os seguintes precedentes desta egrégia 6ª
Turma:

"AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA


SOB A ÉGIDE DA LEI 13.015/2014. SEXTA-PARTE. ART. 129
DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. BASE DE
CÁLCULO. Ante a possível violação do art. 37, XIV, da Constituição
Federal, nos termos exigidos no artigo 896 da CLT, provê-se o agravo
de instrumento para determinar o processamento do recurso de
revista. RECURSO DE REVISTA SOB A ÉGIDE DA LEI
13.015/2014. SEXTA-PARTE. ART. 129 DA CONSTITUIÇÃO
DO ESTADO DE SÃO PAULO. BASE DE CÁLCULO.
GRATIFICAÇÕES CRIADAS POR LEIS COMPLEMENTARES
VEDANDO SUA INTEGRAÇÃO PARA CÁLCULO DE QUAISQUER
VERBAS PECUNIÁRIAS. REQUISITOS DO ARTIGO 896, §
1º-A, DA CLT ATENDIDOS. O art. 129 da Constituição do Estado de
São Paulo, ao assegurar o adicional denominado sexta-parte,
estabeleceu a sua base de cálculo sobre a integralidade dos
vencimentos do servidor estadual, ou seja, sem limitação. Nesse
sentido caminhou a jurisprudência dominante do TST. No entanto, a
discussão alcançou a Subseção de Dissídios Individuais - 1 desta
Corte, a qual conferiu contornos restritivos, como, por exemplo,
excluir da base de cálculo da parcela sexta-parte aqueles benefícios
que a lei instituidora vedou expressamente a integração respectiva
para efeito de cálculo de qualquer vantagem pecuniária. Precedentes
da SBDI-1 do TST. Recurso de revista conhecido e provido"

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PROCESSO Nº TST-RR-1001487-07.2017.5.02.0003

(RR-1001987-14.2016.5.02.0034, 6ª Turma, Relator Ministro


Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 03/09/2021).

"I - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE


REVISTA. RECLAMADA. LEI Nº 13.467/2017.
TRANSCENDÊNCIA. SEXTA-PARTE. ARTIGO 129 DA
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. BASE DE
CÁLCULO. 1 - Há transcendência política quando constatado em
exame preliminar o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência
prevalecente no TST. 2 - Aconselhável o provimento do agravo de
instrumento para melhor exame do recurso de revista quanto à
alegada violação do artigo 37, inciso XIV, da Constituição da
República. 3 - Agravo de instrumento a que se dá provimento. II -
RECURSO DE REVISTA. RECLAMADA. LEI Nº 13.467/2017.
SEXTA-PARTE. ARTIGO 129 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO
DE SÃO PAULO. BASE DE CÁLCULO. 1 - Esta Corte Superior já
consolidou o entendimento de que a parcela sexta-parte, prevista no
artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo, tem como base de
cálculo os vencimentos integrais, excluindo-se os anuênios e as
parcelas criadas por lei complementar com previsão expressa de não
integração na base de cálculo de outras vantagens pecuniárias. 2 -
Isso porque os entes públicos estão vinculados ao princípio da
legalidade administrativa (artigo 37, caput, da CF/88), pelo que não
podem incluir na base de cálculo da parcela "sexta-parte" as verbas
expressamente vedadas para esse fim em leis específicas. 3 -
Ademais, a inobservância da restrição prevista nas referidas leis
complementares importa ofensa ao artigo 37, inciso XIV, da
Constituição da República, o qual dispõe que os acréscimos
pecuniários percebidos por servidor público não serão computados
nem acumulados para fim de concessão de acréscimos ulteriores. Há
julgados da SBDI-1 e de Turmas do TST. 4 - Recurso de revista de que
se conhece e a que se dá parcial provimento"
(RR-11213-55.2018.5.15.0090, 6ª Turma, Relatora Ministra Katia
Magalhaes Arruda, DEJT 26/03/2021).

No mesmo sentido, são os seguintes precedentes deste Tribunal


Superior:

RECURSO DE EMBARGOS EM EMBARGOS DE


DECLARAÇÃO EM RECURSO DE REVISTA REGIDO PELA LEI
Nº 13.015/2014. PARCELA DENOMINADA "SEXTA-PARTE".
BASE DE CÁLCULO. INCLUSÃO DE GRATIFICAÇÕES
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Justiça do Trabalho
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PROCESSO Nº TST-RR-1001487-07.2017.5.02.0003

PREVISTAS EM LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL.


POSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO DO RECURSO DE
REVISTA POR VIOLAÇÃO DO ARTIGO 37, XIV, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Dispõe o artigo 37, XIV, da Constituição
Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 19/98,
que "os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não
serão computados nem acumulados para fins de concessão de
acréscimos ulteriores". Por sua vez, o artigo 129 da Constituição do
Estado de São Paulo assegura aos servidores públicos do Estado de
São Paulo dois benefícios distintos, a saber - adicional por tempo de
serviço e a parcela intitulada "sexta - parte" -, e estabelece, quanto a
essa última, a base de cálculo sobre os vencimentos integrais do
servidor. A norma que assegurou a concessão da vantagem também
determinou a observância do disposto no artigo 115, XVI, da
Constituição Estadual, cujo teor é cópia quase fiel do comando
expresso no artigo 37, XIV, da Constituição Federal ( "os acréscimos
pecuniários percebidos por servidor público não serão computados
nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores sob
o mesmo título ou idêntico fundamento"). Desse modo, quanto à base
de cálculo da parcela "sexta-parte", afigura-se possível o
conhecimento do recurso de revista pela alegação de afronta ao artigo
37, XIV, da Constituição Federal. Precedentes de Turmas. Recurso de
embargos conhecido e provido" (E-ED-RR-1451-63.2013.5.15.0066,
Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Relator
Ministro Cláudio Mascarenhas Brandão, DEJT 07/12/2017).

"EMBARGOS. SEXTA-PARTE. BASE DE CÁLCULO.


VENCIMENTOS INTEGRAIS COM EXCLUSÃO DE
GRATIFICAÇÕES QUE POR EXPRESSA PREVISÃO LEGAL NÃO
INTEGRAM A REMUNERAÇÃO. A parcela ‘sexta parte’, prevista no
art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo, tem como base de
cálculo os vencimentos integrais do servidor público, mas devem ser
excluídas as gratificações instituídas por leis complementares
estaduais que expressamente vedam a sua integração à remuneração.
Embargos conhecidos e providos." (E-ED-RR-
2000-10.2009.5.02.0023, Relator Ministro: Márcio Eurico Vitral
Amaro, Data de Julgamento: 19/10/2017, Subseção I
Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação:
DEJT 27/10/2017.)

RECURSO DE EMBARGOS REGIDO PELA LEI Nº


13.0015/2014. PARCELA DENOMINADA ‘SEXTA PARTE’.
PREVISÃO NO ARTIGO 129 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO
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PROCESSO Nº TST-RR-1001487-07.2017.5.02.0003

DE SÃO PAULO. BASE DE CÁLCULO. EXCLUSÃO DAS


GRATIFICAÇÕES CUJAS LEIS ESTADUAIS INSTITUÍDORAS
VEDAM A INTEGRAÇÃO NO CÔMPUTO DE OUTRAS
PARCELAS. 1. Trata-se de recurso de embargos interposto pela
Fazenda Pública do Estado de São Paulo contra acórdão da Turma que
não conheceu do seu recurso de revista, quanto à base de cálculo da
parcela ‘sexta parte’, mantendo a decisão do Tribunal Regional que
determinou a inclusão, na sua base de cálculo, das gratificações e
vantagens cujas leis instituidoras as tenham expressamente excluído.
2. A parcela em exame foi instituída no artigo 129 da Constituição do
Estado de São Paulo, o qual expressamente determina para sua base
de cálculo os proventos integrais. De outra parte, é incontroversa a
existência de Leis Estaduais que determinam que algumas
gratificações não refletirão sobre outras parcelas de natureza
pecuniária. 3. Nesse caso, deve-se adotar o método de interpretação
restritiva, pois a lei complementar foi editada com a finalidade de
balizar o alcance da lei maior, devendo prevalecer as Leis
Complementares Estaduais que vedam a integração de determinadas
gratificações da base de cálculo da parcela sexta parte. Neste sentido
me posicionei no julgamento do TST-ERR- 1216-23.2011.5.15.0113,
publicado no DJ de 13/05/2016, que fui designado Redator para
acórdão. Precedentes da SBDI-1/TST. Recurso de embargos
conhecido por divergência jurisprudencial e provido"
(E-ED-RR-1682-20.2012.5.15.0036, Relator Ministro: Alexandre de
Souza Agra Belmonte, Data de Julgamento: 24/08/2017, Subseção I
Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação:
DEJT 01/09/2017.)

"AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM


RECURSO DE REVISTA. PARCELA SEXTA-PARTE. BASE DE
CÁLCULO. EXCLUSÃO DAS GRATIFICAÇÕES PREVISTAS EM
LEIS ESTADUAIS. Constada a viabilidade de trânsito do recurso
trancado por meio de decisão monocrática, o Agravo Interno deve ser
acolhido. Agravo Interno conhecido e provido. AGRAVO DE
INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. PARCELA
SEXTA-PARTE. BASE DE CÁLCULO. EXCLUSÃO DAS
GRATIFICAÇÕES PREVISTAS EM LEIS ESTADUAIS.
Demonstrada a violação do art. 37, XIV, da Constituição Federal,
determina-se o seguimento do Recurso de Revista. Agravo de
Instrumento conhecido e provido. RECURSO DE REVISTA.
PARCELA SEXTA-PARTE. BASE DE CÁLCULO. EXCLUSÃO DAS
GRATIFICAÇÕES PREVISTAS EM LEIS ESTADUAIS. Conforme
reiterado entendimento desta Corte, o art. 129 da Constituição
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Tribunal Superior do Trabalho fls.21

PROCESSO Nº TST-RR-1001487-07.2017.5.02.0003

Estadual de São Paulo é claro ao dispor que a base de cálculo da


"sexta-parte" é formada pelos vencimentos integrais percebidos pelo
servidor público estadual. No entanto, é também entendimento
assente nesta Justiça Especializada que a lei criadora das
gratificações, quando expressamente desautoriza a integração da
parcela no cômputo de qualquer vantagem pecuniária, deve ser
observada, em face do princípio da legalidade e da especificidade das
disposições ali contidas. Precedentes. Recurso de Revista conhecido e
provido" (RR-890-57.2014.5.02.0004, 1ª Turma, Relator Ministro
Luiz Jose Dezena da Silva, DEJT 13/09/2019).

"AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA


INTERPOSTO NA VIGÊNCIA LEI 13.015/2014. SEXTA PARTE.
BASE DE CÁLCULO. EXCLUSÃO DAS GRATIFICAÇÕES
PREVISTAS EM LEIS ESTADUAIS. Embora a parcela sexta parte
incida sobre os vencimentos integrais do trabalhador, haja vista a
previsão expressa da norma estadual nesse sentido (art. 129 da
Constituição do Estado de São Paulo), o atual entendimento da SBDI-1
desta Corte Superior é no sentido de que as gratificações instituídas
por leis que vedam expressamente a sua integração no cômputo de
qualquer vantagem pecuniária não deverão, por consequência,
integrar a base de cálculo da parcela sexta parte, em observância às
disposições específicas estabelecidas nas referidas normas
instituidoras. Precedentes. Óbice da Súmula 333 do TST e do art. 896,
§ 7°, da CLT. Agravo de instrumento a que se nega provimento"
(AIRR-1001112-26.2017.5.02.0061, 2ª Turma, Relatora Ministra
Maria Helena Mallmann, DEJT 20/08/2021).

"I - AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROVIMENTO.


PARCELA DENOMINADA "SEXTA-PARTE" PREVISTA NO ART.
129 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. BASE DE
CÁLCULO. ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO. NÃO
INTEGRAÇÃO. Diante de potencial violação do art. 37, XIV, da
Constituição Federal, merece processamento o recurso de revista, na
via do art. 896, "c", da CLT. Agravo de instrumento conhecido e
provido. II - RECURSO DE REVISTA. PARCELA DENOMINADA
"SEXTA-PARTE" PREVISTA NO ART. 129 DA CONSTITUIÇÃO
DO ESTADO DE SÃO PAULO. BASE DE CÁLCULO. ADICIONAL
POR TEMPO DE SERVIÇO. NÃO INTEGRAÇÃO. 1. A Constituição
do Estado de São Paulo, nos termos do art. 129, conferiu aos
servidores estaduais o direito à parcela "sexta parte" sobre os
vencimentos integrais. Com efeito, pela alusão à expressão
"vencimentos integrais", conclui-se que o cálculo da verba deve
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Poder Judiciário
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Tribunal Superior do Trabalho fls.22

PROCESSO Nº TST-RR-1001487-07.2017.5.02.0003

incidir, em princípio, sobre todas as parcelas de natureza salarial, e


não apenas sobre o salário-base. 2. Entretanto, as parcelas instituídas
por lei complementar estadual, sem previsão expressa de que servirão
de base de cálculo para outros títulos, deverão ser excluídas do cálculo
da vantagem, em deferência ao princípio da legalidade. 3. No que
tange ao adicional por tempo de serviço, também previsto na
Constituição do Estado de São Paulo, a jurisprudência desta Corte
firmou entendimento de que tal vantagem não integra a base de
cálculo da parcela "sexta-parte", uma vez que são parcelas de mesma
natureza. Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido"
(RR-1001819-70.2019.5.02.0013, 3ª Turma, Relator Ministro Alberto
Luiz Bresciani de Fontan Pereira, DEJT 06/08/2021).

"RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA


LEI N.º 13.467/2017. TRANSCENDÊNCIA. Considerando a
possibilidade de a decisão recorrida contrariar a atual, notória e
iterativa jurisprudência deste Tribunal Superior, verifica-se a
transcendência política, nos termos do artigo 896-A, § 1º, II, da CLT.
1. SEXTA PARTE. ARTIGO 129 DA CONSTITUIÇÃO DO
ESTADO DE SÃO PAULO. BASE DE CÁLCULO. PROVIMENTO.
Cinge-se a controvérsia a saber qual a base de cálculo da parcela
denominada sexta parte. Na hipótese , o egrégio Tribunal Regional
registrou que a base de cálculo da parcela sexta parte deve incidir
sobre os vencimentos integrais, à exceção do adicional por tempo de
serviço. A SBDI-1 tem firmado entendimento no sentido de que a base
de cálculo da "sexta-parte" não incide sobre os vencimentos integrais,
considerando a existência de leis estaduais que excluem algumas
gratificações e vantagens do cômputo da referida parcela.
Precedentes. Assim, o acórdão regional deve ser reformado, para que
a parcela "sexta-parte" seja calculada com base nos vencimentos
integrais, na forma do artigo 129 da Constituição do Estado de São
Paulo, à exceção de qualquer gratificação ou vantagem que tenha sido
instituída por lei estadual que expressamente a tenha excluído.
Recurso de revista de que se conhece e a que se dá provimento.
(RR-1000054-33.2018.5.02.0067, 4ª Turma, Relator Ministro
Guilherme Augusto Caputo Bastos, DEJT 10/09/2021).

"AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE


REVISTA. ACÓRDÃO PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº
13.015/2014. BASE DE CÁLCULO DA PARCELA "SEXTA
PARTE". Agravo a que se dá provimento para examinar o agravo de
instrumento em recurso de revista. Agravo provido. AGRAVO DE
INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. ACÓRDÃO PUBLICADO NA
Firmado por assinatura digital em 10/08/2022 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a
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Número do processo: 1001487-07.2017.5.02.0003 ID. 6d68cdc - Pág. 22
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Poder Judiciário
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Tribunal Superior do Trabalho fls.23

PROCESSO Nº TST-RR-1001487-07.2017.5.02.0003

VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. BASE DE CÁLCULO DA PARCELA


"SEXTA PARTE". Em razão de provável caracterização de ofensa ao
art. 37, inciso XIV, da Constituição Federal, dá-se provimento ao
agravo de instrumento para determinar o prosseguimento do recurso
de revista. Agravo de instrumento provido. RECURSO DE REVISTA.
ACÓRDÃO PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº
13.015/2014. BASE DE CÁLCULO DA PARCELA "SEXTA
PARTE". A jurisprudência deste Tribunal, no julgamento do Processo
E-RR-1215.23.2011.5.15.0113, firmou o entendimento de que a
parcela "sexta parte" deve incidir sobre os vencimentos integrais do
servidor, haja vista a determinação do artigo 129 da Constituição do
Estado de São Paulo, daí excluídas, contudo, as vantagens e
gratificações instituídas por leis estaduais que expressamente vedam
sua integração na base de cálculo de outras parcelas. Precedentes da
SBDI-1. Recurso de revista conhecido e provido"
(RR-1001722-24.2017.5.02.0051, 5ª Turma, Relator Ministro Breno
Medeiros, DEJT 04/06/2021).

"AGRAVO INTERNO. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM


RECURSO DE REVISTA. ACÓRDÃO REGIONAL PUBLICADO NA
VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.467/2017. PARCELA
"SEXTA-PARTE" - BASE DE CÁLCULO - ARTIGO 129 DA
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO - EXCLUSÃO DE
GRATIFICAÇÕES E VANTAGENS EXPRESSAMENTE
RESSALVADAS PELAS NORMAS INSTITUIDORAS. Conforme se
constata do despacho agravado, foi negado provimento ao agravo de
instrumento manejado pela reclamada, sob o fundamento,
basicamente, de que não se vislumbrou violação direta e literal ao art.
37, caput e inciso XIV, porquanto o tema trazido não enseja violação
frontal a texto constitucional, senão pela via indireta, o que torna
inviável o recurso de revista, tendo sido consignado, ainda, que para o
deslinde da controvérsia seria necessário questionar a aplicação da
Constituição do Estado de São Paulo, que rege a matéria sub judice,
como é o caso do artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo,
de modo que a hipótese dependeria da análise dos termos da
legislação estadual, o que não encontra respaldo na exigência contida
na alínea "c" do artigo 896 da Consolidação das Leis do Trabalho. No
entanto, reexaminando a questão, verifico que a jurisprudência desta
Corte Superior se consolidou no sentido de que as gratificações ou
adicionais instituídos por leis que vedam expressamente a sua
integração no cômputo de qualquer vantagem pecuniária não
integram a base de cálculo da parcela denominada "sexta-parte".
Nesse contexto, afigura-se possível a tese de que o acórdão regional,
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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho fls.24

PROCESSO Nº TST-RR-1001487-07.2017.5.02.0003

ao entender que para o cálculo da parcela "sexta-parte" "Deve ser


considerada a totalidade das parcelas de natureza salarial, inclusive
gratificações e prêmios habitualmente pagos, exceção feita ao
adicional por tempo de serviço", acabou contrariando a jurisprudência
consolidada desta Corte Superior, conforme já acima pormenorizado.
Assim, impõe-se o provimento do agravo, a fim de que o agravo de
instrumento em recurso de revista seja regularmente processado.
Agravo interno provido. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM
RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº
13.467/2017. PARCELA "SEXTA-PARTE" - BASE DE CÁLCULO
- ARTIGO 129 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO
- EXCLUSÃO DE GRATIFICAÇÕES E VANTAGENS
EXPRESSAMENTE RESSALVADAS PELAS NORMAS
INSTITUIDORAS. TRANSCENDÊNCIA POLÍTICA
RECONHECIDA. Tratando-se de recurso de revista interposto em
face de decisão regional que se mostra contrária à jurisprudência
desta Corte, revela-se presente a transcendência política da causa
(art. 896-A, §1º, inciso II, da CLT), a justificar o prosseguimento do
exame do apelo. De outra parte, ante a provável violação do artigo 37,
XIV, da Constituição Federal, recomendável o processamento do
recurso de revista para melhor exame da matéria veiculada em suas
razões. Agravo de instrumento provido. RECURSO DE REVISTA
INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº 13.467/2017.
PARCELA "SEXTA-PARTE" - BASE DE CÁLCULO - ARTIGO 129
DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO - EXCLUSÃO
DE GRATIFICAÇÕES E VANTAGENS EXPRESSAMENTE
RESSALVADAS PELAS NORMAS INSTITUIDORAS.
TRANSCENDÊNCIA POLÍTICA RECONHECIDA. Tratando-se de
recurso de revista interposto em face de decisão regional que se
mostra contrária à jurisprudência consolidada desta Corte, revela-se
presente a transcendência política da causa, a justificar o
prosseguimento do exame do apelo. Na questão de fundo, deve-se
ressaltar que a parcela denominada "sexta-parte", prevista no artigo
129 da Constituição do Estado de São Paulo, tem como base de cálculo
os vencimentos integrais do servidor público estadual, haja vista a
disposição contida no citado dispositivo. Contudo, não se pode
desconsiderar a vedação contida no artigo 37, XIV, da Constituição
Federal, segundo a qual os acréscimos pecuniários percebidos por
servidor público não serão computados nem acumulados para fins de
concessão de acréscimos ulteriores. Assim, não se mostra possível
incluir na base de cálculo da parcela denominada "sexta-parte" as
gratificações cujas leis instituidoras excluem-nas da remuneração, sob
pena de que se contrarie o mencionado dispositivo constitucional, que
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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho fls.25

PROCESSO Nº TST-RR-1001487-07.2017.5.02.0003

também tem aplicabilidade aos Estados, nos termos do caput daquele


dispositivo. Corroborando este entendimento, a e. SBDI-1 do TST
passou a adotar a posição segundo a qual a base de cálculo da
sexta-parte não deve incidir sobre os vencimentos integrais, na
medida em que existem Leis Estaduais que excluem algumas
gratificações e vantagens do cálculo da aludida parcela. Recurso de
revista conhecido e provido (RR-1001641-74.2018.5.02.0040, 7ª
Turma, Relator Ministro Renato de Lacerda Paiva, DEJT 20/08/2021).

De todo o expendido, verifica-se que a Corte de origem, ao concluir


que a base de cálculo da parcela "sexta-parte" deve incidir sobre os vencimentos integrais, à
exceção do adicional por tempo de serviço, sem ressalvar gratificações ou vantagens cujas leis
estaduais instituidoras determinam sua exclusão do cálculo de outras parcelas, exarou tese
dissonante da atual, notória e iterativa jurisprudência desta Corte superior. Desse modo,
reconhece-se a transcendência política da causa, nos termos do artigo 896-A, § 1º, inciso
II, da Consolidação das Leis do Trabalho.
Viabiliza-se, de outro lado, o conhecimento do Recurso de Revista por
violação do artigo 37, XIV, da Constituição da República.
Conheço do Recurso de Revista com fundamento no artigo 896, c, da
CLT.

II – MÉRITO
RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO A ACÓRDÃO
PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI N.º 13.467/2017. PARCELA DENOMINADA
“SEXTA PARTE”. BASE DE CÁLCULO. VENCIMENTOS INTEGRAIS. GRATIFICAÇÕES
E VANTAGENS EXPRESSAMENTE EXCLUÍDAS PELAS RESPECTIVAS LEIS
INSTITUIDORAS. NÃO INTEGRAÇÃO. TRANSCENDÊNCIA POLÍTICA DA CAUSA
RECONHECIDA.
Conhecido o Recurso de Revista por violação do artigo 37, XIV, da
Constituição da República, o seu provimento é corolário.
Assim sendo, dou provimento ao Recurso de Revista, para,
reformando o acórdão prolatado pelo Tribunal Regional, determinar que sejam excluídas da
base de cálculo da parcela "sexta parte" as gratificações e vantagens cujas leis estaduais
instituidoras determinam sua exclusão do cálculo de outras parcelas.

ISTO POSTO
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Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho fls.26

PROCESSO Nº TST-RR-1001487-07.2017.5.02.0003

ACORDAM os Ministros da Sexta Turma do Tribunal Superior do


Trabalho, por unanimidade, reconhecendo a transcendência política da causa, dar provimento
ao Agravo de Instrumento para determinar o processamento do Recurso de Revista. Acordam
ainda, por unanimidade, julgando o Recurso de Revista, nos termos do artigo 897, § 7º, da
Consolidação das Leis do Trabalho, reconhecer a transcendência política da causa, conhecer do
Recurso de Revista, por violação do artigo 37, XIV, da Constituição da República, e, no mérito,
dar-lhe provimento, a fim de, reformando o acórdão prolatado pelo Tribunal Regional,
determinar que sejam excluídas da base de cálculo da parcela "sexta parte" as gratificações e
vantagens cujas leis estaduais instituidoras determinam sua exclusão do cálculo de outras
parcelas.
Brasília, 10 de agosto de 2022.

Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)


LELIO BENTES CORRÊA
Ministro Relator

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