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VOTO
identificado nos autos que circulava com uma das portas aberta, bem como
que as garrafas quebradas já se encontravam sobre a calçada neste
momento.
IV – Do acidente de consumo
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia TERCEIRA TURMA, ao apreciar o
processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte
decisão:
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso
especial, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a) Relator(a).
Os Srs. Ministros Paulo de Tarso Sanseverino, Ricardo Villas
Bôas Cueva, Marco Aurélio Bellizze (Presidente) e Moura Ribeiro
votaram com a Sra. Ministra Relatora.
EMENTA
VOTO
É o voto.
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia TERCEIRA TURMA, ao apreciar o
processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte
decisão:
A Terceira Turma, por unanimidade, deu provimento ao recurso
especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Ricardo Villas Bôas Cueva, Marco Aurélio
Bellizze, Moura Ribeiro (Presidente) e Nancy Andrighi votaram com o Sr.
Ministro Relator.
EMENTA
VOTO
O SENHOR MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO (Relator):
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia QUARTA TURMA, ao apreciar o
processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a
seguinte decisão:
A Turma, por unanimidade, deu provimento ao recurso
especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Raul Araújo, Maria Isabel Gallotti, Antonio
Carlos Ferreira e Marco Buzzi votaram com o Sr. Ministro Relator.
EMENTA
RESPONSABILIDADE CIVIL. RECURSO ESPECIAL.
ATROPELAMENTO FATAL. TRAVESSIA NA FAIXA DE
PEDESTRE. RODOVIA SOB CONCESSÃO.
CONSUMIDORA POR EQUIPARAÇÃO.
CONCESSIONÁRIA RODOVIÁRIA. RESPONSABILIDADE
OBJETIVA EM RELAÇÃO A TERCEIROS USUÁRIOS E
NÃO USUÁRIOS DO SERVIÇO. ART. 37, § 6°, CF. VIA
EM MANUTENÇÃO. FALTA DE ILUMINAÇÃO E
SINALIZAÇÃO PRECÁRIA. NEXO CAUSAL
CONFIGURADO. DEFEITO NA PRESTAÇÃO DO
SERVIÇO CONFIGURADO. CULPA EXCLUSIVA DA
VÍTIMA. INOCORRÊNCIA. INDENIZAÇÃO POR DANOS
MATERIAIS E MORAIS DEVIDOS.
1. Inexiste violação do art. 535 do Código de Processo
Civil se todas as questões jurídicas relevantes para a
solução da controvérsia são apreciadas, de forma
fundamentada, sobrevindo, porém, conclusão em sentido
contrário ao almejado pela parte.
2. As concessionárias de serviços rodoviários, nas suas
relações com o usuário, subordinam-se aos preceitos do
Código de Defesa do Consumidor e respondem
objetivamente pelos defeitos na prestação do serviço.
Precedentes.
3. No caso, a autora é consumidora por equiparação em
relação ao defeito na prestação do serviço, nos termos
do art. 17 do Código consumerista. Isso porque prevê o
dispositivo que "equiparam-se aos consumidores todas as
vítimas do evento", ou seja, estende o conceito de
consumidor àqueles que, mesmo não tendo sido
consumidores diretos, acabam por sofrer as
consequências do acidente de consumo, sendo também
chamados de bystanders.
4. "A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de
direito privado prestadoras de serviço público é objetiva
relativamente a terceiros usuários e não-usuários do
serviço, segundo decorre do art. 37, § 6º, da Constituição
Federal" (RE 591874, Relator(a): Min. RICARDO
LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 26/08/2009,
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-237 DIVULG 17-
12-2009 PUBLIC 18-12-2009).
5. Na hipótese, a menor, filha da recorrente, faleceu ao
tentar atravessar na faixa de pedestre, em trecho da BR-
040 sob concessão da ré, tendo a sentença reconhecido a
responsabilização da concessionária, uma vez que "o
laudo pericial da polícia judiciária bem apontou que o local
do atropelamento é 'desprovido de iluminação pública',
'com sinalização vertical e horizontal precária devido à
manutenção da via', tendo se descurado de sua
responsabilidade na 'obrigação direta de manutenção da
rodovia'", admitindo a ré "a deficiência de seu serviço no
local, quando apressou-se depois e instalou passarela
destinada a pedestres naquele trecho", além do fato de
não haver prova da culpa exclusiva da vítima.
Caracterizado, portanto, o nexo causal, dando azo a
responsabilização civil.
6. O fato exclusivo da vítima será relevante para fins de
interrupção do nexo causal quando o comportamento dela
representar o fato decisivo do evento, for a causa única do
sinistro ou, nos dizeres de Aguiar Dias, quando "sua
intervenção no evento é tão decisiva que deixa sem
relevância outros fatos culposos porventura intervenientes
no acontecimento"(Da responsabilidade civil, vol.II, 10ª.
edição. São Paulo: Forense, 1997, p. 946). Ocorre que, ao
que se depreende dos autos, a menor, juntamente com
sua avó, atravessaram a rodovia seguindo as regras
insculpidas pelo Código de Trânsito Nacional, isto é, na
faixa destinada para tanto.
7. Não se pode olvidar que, conforme a sentença, "a
própria ré admitiu a deficiência de seu serviço no local,
quando apressou-se depois e instalou passarela destinada
a pedestres naquele trecho, como mostrado nas fotos de
fls. 299/303".
8. O direito de segurança do usuário está inserido no
serviço público concedido, havendo presunção de que a
concessionária assumiu todas as atividades e
responsabilidades inerentes ao seu mister.
9. Atento às peculiaridades do caso, em que a sentença
reconheceu a responsabilidade da concessionária, bem
como ao fato de se tratar de vítima de tenra idade,
circunstância que exaspera sobremaneira o sofrimento da
mãe, além da sólida capacidade financeira da empresa ré e
consentâneo ao escopo pedagógico que deve nortear a
condenação, considero razoável para a compensação do
sofrimento experimentado pela genitora o valor da
indenização de R$ 90.000,00 (noventa mil reais). Com
relação aos danos materiais, a pensão mensal devida
deve ser estimada em 2/3 do salário mínimo dos 14 aos 25
anos de idade da vítima e, após, reduzida para 1/3, até a
data em que a falecida completaria 65 anos.
10. Recurso especial parcialmente provido.
VOTO
É a posição da doutrina:
Nesse sentido:
RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE AÉREO.
PESSOA EM SUPERFÍCIE QUE ALEGA ABALO
MORAL EM RAZÃO DO CENÁRIO TRÁGICO. QUEDA
DE AVIÃO NAS CERCANIAS DE SUA RESIDÊNCIA.
CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO. ART. 17 DO CDC.
PRAZO PRESCRICIONAL. CÓDIGO CIVIL DE 1916.
INAPLICABILIDADE.
CONFLITO ENTRE PRAZO PREVISTO NO CÓDIGO
BRASILEIRO DE AERONÁUTICA (CBA) E NO CDC.
PREVALÊNCIA DESTE. PRESCRIÇÃO, TODAVIA,
RECONHECIDA.
1. A Segunda Seção sufragou entendimento no sentido
de descaber a aplicação do prazo prescricional geral do
Código Civil de 1916 (art.
177), em substituição ao prazo específico do Código de
Defesa do Consumidor, para danos causados por fato do
serviço ou produto (art.
27), ainda que o deste seja mais exíguo que o daquele
(Resp 489.895/SP, Rel. Ministro FERNANDO
GONÇALVES, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em
10/3/2010).
2. As vítimas de acidentes aéreos localizadas em
superfície são consumidores por equiparação
(bystanders), devendo ser a elas estendidas as
normas do Código de Defesa do Consumidor
relativas a danos por fato do serviço (art. 17, CDC).
3. O conflito entre o Código de Defesa do Consumidor e o
Código Brasileiro de Aeronáutica - que é anterior à CF/88
e, por isso mesmo, não se harmoniza em diversos
aspectos com a diretriz constitucional protetiva do
consumidor -, deve ser solucionado com prevalência
daquele (CDC), porquanto é a norma que melhor
materializa as perspectivas do constituinte no seu
desígnio de conferir especial proteção ao polo
hipossuficiente da relação consumerista. Precedente do
STF.
4. Recurso especial provido.
(REsp 1281090/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE
SALOMÃO, QUARTA
TURMA, julgado em 07/02/2012, DJe 15/03/2012)
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CERTIDÃO
Certifico que a egrégia QUARTA TURMA, ao apreciar o
processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a
seguinte decisão:
A Quarta Turma, por unanimidade, deu provimento ao
recurso especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.
Vencido o Ministro Marco Buzzi, que negava provimento ao recurso.
Os Srs. Ministros Raul Araújo (Presidente), Maria Isabel Gallotti e
Antonio Carlos
Ferreira votaram com o Sr. Ministro Relator.
VOTO
É o Relatório.
Decido.
Inicialmente, discute-se a competência para apreciar ação
indenizatória decorrente de suposto dano ambiental,
ajuizada por pescadores artesanais.
Conforme a jurisprudência desta Corte Superior, definida em
caso semelhante ao dos autos, na presente hipótese, os
autores são equiparáveis a consumidores, configurando-se o
vazamento de petróleo como acidente de consumo, o qual,
supostamente, teria prejudicado a atividade pesqueira dos
interessados. Confira-se:
'CONFLITO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO DE
REPARAÇÃO DE DANOS. DERRAMAMENTO DE
ÓLEO. PESCADORES ARTESANAIS
PREJUDICADOS. ACIDENTE DE CONSUMO.
CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO. FORO.
DOMICÍLIO DOS AUTORES.
1. Trata-se de ação ordinária ajuizada por
pescadores artesanais visando a reparação de
danos materiais e morais decorrentes de dano
ambiental.
2. Os autores foram vítimas de acidente de
consumo, visto que suas atividades pesqueiras
foram supostamente prejudicadas pelo
derramamento de óleo ocorrido no Estado do Rio de
Janeiro. Aplica-se à espécie o disposto no art. 17 do
Código de Defesa do Consumidor.
3. As regras consumeristas contidas no artigo 101,
I, da Lei n. 8.078/1990 devem incidir no caso,
sendo facultada ao consumidor a propositura da
ação no foro do seu domicílio.
4. Conflito conhecido para declarar competente o
Juízo de Direito da Vara Cível de Marataízes/(e-STJ
fl. ), o suscitado.'
(CC n. 143.204/RJ, Relator Ministro RICARDO
VILLAS BÔAS CUEVA,
SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 29/02/2016,
pendente de publicação).
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia SEGUNDA SEÇÃO, ao apreciar o processo
em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Seção, por unanimidade, negou provimento ao agravo interno,
nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Ricardo Villas Bôas Cueva, Marco Buzzi, Marco
Aurélio Bellizze, Nancy Andrighi, Luis Felipe Salomão e Paulo de Tarso
Sanseverino votaram com o Sr. Ministro Relator.
Ausentes, justificadamente, os Srs. Ministros Moura Ribeiro e Maria Isabel
Gallotti.
VOTO
Mais, é fato notório, nos dias de hoje, que as redes sociais contem
um verdadeiro inconsciente coletivo que faz com que as pessoas
escrevam mensagens, sem a necessária reflexão prévia, falando coisas
que normalmente não diriam.
É o voto.
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia QUARTA TURMA, ao apreciar o processo
em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Quarta Turma, por unanimidade, conheceu do recurso
especial e negou-lhe provimento , nos termos do voto do Sr. Ministro
Relator.
Os Srs. Ministros Maria Isabel Gallotti, Antonio Carlos Ferreira e
Marco Buzzi votaram com o Sr. Ministro Relator.
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Luis Felipe Salomão.
Banco não é responsável por cheque roubado
VOTO
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia TERCEIRA TURMA, ao apreciar o
processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte
decisão:
A Terceira Turma, por unanimidade, negou provimento ao
recurso especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Moura Ribeiro, João Otávio de Noronha
(Presidente) e Paulo de Tarso Sanseverino votaram com o Sr. Ministro
Relator.
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Ricardo
Villas Bôas Cueva. Presidiu o julgamento o Sr.
Ministro João Otávio de Noronha.
EMENTA
RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL. AÇÃO DE
INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS. DEVOLUÇÃO DE
CHEQUE. FALTA DE PROVISÃO DE FUNDOS. BANCO
SACADO. AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE.
PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. DEFEITO. INEXISTÊNCIA. ART.
17 DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.
INAPLICABILIDADE.
1. Recurso especial interposto contra acórdão publicado na
vigência do Código de Processo Civil de 2015 (Enunciados
Administrativos nºs 2 e 3/STJ).
2. Ação indenizatória promovida por beneficiário de cheque
emitido por empresa de factoring com o propósito de ver
responsabilizado civilmente apenas o banco sacado por prejuízos
materiais alegadamente suportados em virtude da devolução dos
referidos títulos por ausência de provisão de fundos.
3. Acórdão recorrido que, atribuindo ao beneficiário do cheque
devolvido a condição de consumidor por equiparação, reconheceu
a procedência do pedido inicial ao fundamento de que o banco
sacado não teria agido com suficiente cautela ao fornecer
quantidade excessiva de talonários para sua correntista.
4. O banco sacado não responde por prejuízos de ordem material
eventualmente causados a terceiros beneficiários de cheques
emitidos por seus correntistas e devolvidos por falta de provisão
de fundos.
5. O fato de existir em circulação grande número de cheques ou de
ser recente a relação havida entre o banco sacado e seu cliente,
emitente dos referidos títulos, não revela a ocorrência de defeito
na prestação dos serviços bancários e, consequentemente,
afasta a possibilidade de que, por tais motivos, seja o eventual
benefíciário das cártulas elevado à condição de consumidor por
equiparação. Inaplicáveis ao caso, portanto, as normas protetivas
do Código de Defesa do Consumidor.
6. Recurso especial provido.
VOTO
É o voto.
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia TERCEIRA TURMA, ao apreciar o
processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a
seguinte decisão:
A Terceira Turma, por unanimidade, deu provimento ao recurso
especial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator, com a ressalva da
Sra. Ministra Nancy Andrighi.
Os Srs. Ministros Marco Aurélio Bellizze, Moura Ribeiro,
Nancy Andrighi e Paulo de Tarso Sanseverino (Presidente) votaram
com o Sr. Ministro Relator.