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TRABALHO
Origem e Evolução do Direito do Trabalho
no Brasil e no Mundo, Direito do Trabalho
e a CF/88, Reforma Trabalhista
Livro Eletrônico
DIREITO DO TRABALHO
Origem e Evolução do Direito do Trabalho no Brasil e no Mundo,
Direito do Trabalho e a CF/88. Reforma Trabalhista
Sumário
Maria Rafaela
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Origem e Evolução do Direito do Trabalho no Brasil e no Mundo, Direito do Trabalho
e a CF/88, Reforma Trabalhista.................................................................................................... 4
1. Introdução ao Tema..................................................................................................................... 4
2. Origem e Desenvolvimento do Direito do Trabalho no Mundo.......................................... 6
3. Origem e Desenvolvimento do Direito do Trabalho no Brasil.......................................... 10
4. Modelos das Ordens Jurídico Trabalhista.............................................................................15
5. Os Direitos Trabalhistas Previstos na CF/88. . ......................................................................19
6. Principais Alterações na Reforma Trabalhista de 2017. . ................................................... 36
7. As Medidas Provisórias do Ano de 2021 sobre os Direitos Trabalhistas....................... 50
8. A Atualização da CLT pela Lei n. 14.557/2022. . .................................................................... 56
Resumo............................................................................................................................................. 65
Questões de Concurso.................................................................................................................. 67
Gabarito............................................................................................................................................ 81
Gabarito Comentado..................................................................................................................... 82
Referências..................................................................................................................................... 110
Anexo................................................................................................................................................111
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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DIREITO DO TRABALHO
Origem e Evolução do Direito do Trabalho no Brasil e no Mundo,
Direito do Trabalho e a CF/88. Reforma Trabalhista
Maria Rafaela
Apresentação
Olá, futuro(a) concursado(a)!
Tudo bem? E os estudos? Para quem ainda não me conhece, meu nome é Maria Rafaela de
Castro. Atualmente sou Juíza do Trabalho no TRT 7a Região, doutorando em Ciências Jurídicas
pela Faculdade de Direito do Porto em Portugal, professora de preparatórios e faculdades no
Ceará e faço parte do GRAN CURSOS e registro que estou muito feliz em estar aqui escrevendo
esse livro digital para você atingir o sucesso na carreira que sonha.
Eu já fui Juíza no TRT 14, Promotora de Justiça do Estado de Rondônia, analista judiciária,
professora universitária concursada etc. Em suma, essa apresentação foi para te dizer que fui
“concurseira raiz” e que é possível (SIM!) passar em concurso.
Eu e todo a equipe do GRAN estamos aqui para te dar o máximo de dicas, teorias, exercí-
cios, respondendo questões de provas anteriores e criando questões inéditas para que você
surpreenda a Banca examinadora e não, o contrário.
Nesse ponto, esse material vai te ajudar a chegar à posse.
Sendo assim, estude a matéria de direito do trabalho num formato diferente. E acredite: sa-
ber direito do trabalho é imprescindível para a sua aprovação. Não é possível ir para as provas
sem ler esse material. Então, aproveite!
As referências bibliográficas estarão presentes ao final do livro digital. Diante disso, você
terá um suporte caso queira um aprofundamento para as próximas fases do seu concurso,
caso exista.
Para não ficar um material com transcrição de letra de lei, evitarei usar literalidade e dis-
positivos legais, destacando, na verdade, aquilo que for importante em cada tema de direito
do trabalho. E é justamente por isso que usarei a sequência mais didática e fácil de estudar a
legislação, sem adentrar ou comentar artigo por artigo, mas sim apontar os pontos que são
alvos da prova. O tempo é precioso. A objetividade é essencial para o sucesso.
No fim do nosso material, existe toda a jurisprudência atualizada sobre o tema exatamente
para que você esteja apto para as provas. Não basta saber a legislação, para o seu tipo de pro-
va o conhecimento jurisprudencial é essencial!
Então, teremos um conjunto de aulas para esgotar o seu edital de Direito do Trabalho, bus-
cando sua sonhada aprovação. Colocarei questões de bancas de concursos anteriores, bem
como criarei questões inéditas para que você fique preparado para surpresas do examinador.
Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. Por favor: material
obrigatório! Então, fica ligado no curso GRAN. Estou esperando as dúvidas no Fórum do aluno!
Vamos começar?
Maria Rafaela de Castro
@mrafaela_castro
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DIREITO DO TRABALHO
Origem e Evolução do Direito do Trabalho no Brasil e no Mundo,
Direito do Trabalho e a CF/88. Reforma Trabalhista
Maria Rafaela
O Direito do Trabalho é produto do capitalismo, atado à evolução histórica desse sistema, retifican-
do-lhe distorções econômico – sociais e civilizando a importante relação de poder que sua dimen-
são econômica cria no âmbito da sociedade civil, em especial no estabelecimento da empresa. A
existência de tal ramo especializado do Direito supõe a presença de elementos socioeconômicos,
políticos e culturais que somente despontaram, de forma significativa e conjugada, com o advento
e evolução capitalistas.
Entende-se que o direito do trabalho é fruto do capitalismo e serve para humanizá-lo, haja
vista a necessidade de garantir os direitos mínimos aos trabalhadores em determinado con-
texto social. A CF/88, principalmente, nos artigos 7 ao 11 que versam sobre os direitos traba-
lhistas mais importantes, frutos de conquistas históricas e que garantem o mínimo existencial
trabalhista. É o que GODINHO denomina de patamar civilizatório mínimo.
Por isso, é importante para as provas começar o estudo de direito do trabalho mediante
a leitura do texto constitucional, pois, aliás, é o assunto preferido das conhecidas bancas de
concurso no país.
O direito do trabalho, dessa forma, é um ramo jurídico humanizante e democrático além da
perspectiva do recebimento de salário.
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Origem e Evolução do Direito do Trabalho no Brasil e no Mundo,
Direito do Trabalho e a CF/88. Reforma Trabalhista
Maria Rafaela
A resposta está correta, na medida em que o Direito do Trabalho surgiu, basicamente, após a
Revolução Industrial e os seus efeitos nefastos de superexploração do trabalho de homens,
mulheres e crianças. Nesse ponto, o Direito do Trabalho é fruto do capitalismo que nasceu
exatamente para frear o sistema.
Certo.
Hoje se entende que as formas de trabalho estão evoluindo de acordo com as tecnologias
de informação.
Daí porque alguns denominam Revolução 4.0 o conjunto de relações trabalhistas que se
formam com a tecnologia, e que já estão sendo discutidos no âmbito do TST (Tribunal Superior
do Trabalho), bem como a discussão sobre o fenômeno da uberização, “walmartização”, “pejo-
tização”, que explicarei na aula sobre relação de emprego.
Uberização é o fenômeno das prestações de serviços (ou relações de emprego?) dos tra-
balhadores das plataformas digitais.
“Walmartização” é o fenômeno referente à sistemática de trabalho das lojas da Walmart
em que a mão de obra se torna mais barata e o lucro maior. Veremos isso em aula própria.
Pejotização é quando existe uma fraude trabalhista para descaracterizar uma relação de
emprego em que o empregador exige que o trabalhador “crie/forme uma pessoa jurídica” para
continuar desempenhando os mesmos serviços. Isso para fins de evitar a caracterização da
relação de emprego.
O direito do trabalho ainda enfrenta o dilema das flexibilizações e desregulamentações
trabalhistas. São fenômenos em que, sob o argumento de criar mais postos de trabalho, dimi-
nuem os direitos trabalhistas ou dão ampla liberdade de negociação em relação a estes.
Por isso, a flexibilização trabalhista, a terceirização, a uberização, a desregulamentação
das normas trabalhistas são temas que enfrentarei com vocês quando discutirmos os direitos
trabalhistas na Constituição e também quando aprofundar a ideia da relação de emprego.
É imperioso que você, concurseiro, fique atento a esses detalhes de origem e história.
Quando você tem essa noção geral, já fica na frente do concorrente, pois já se prepara com os
temas bases e, com isso, consegue êxito nas respostas.
Então, é importante ter o conhecimento das relações trabalhistas tradicionais, mas tam-
bém das relações jurídicas que estão se formando e ganhando visibilidade no cenário mundial
e, no caso de nossos concursos, na legislação brasileira.
Sendo assim, é importante conhecer a origem e todo o arcabouço histórico do Direito do
Trabalho, pois isso é cobrado em provas. Quanto mais complexo o concurso, com mais profun-
didade é cobrado o tema. Então fica esperto!
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Origem e Evolução do Direito do Trabalho no Brasil e no Mundo,
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História do
Direito do Trabalho – freio do capitalismo Direito do Superexploração do trabalho humano x
pressão operária
Trabalho
O Estado precisou controlar essa exploração
O Estado precisou legislar
Historicamente, o trabalho começou a ser livre a partir da Idade Moderna, com a saída das
pessoas dos feudos da Idade Média se encaminhando para as cidades.
Foi com esse “boom” populacional que surgiu a Revolução Industrial nos séculos XVII e
XVIII em que as pessoas foram conectadas ao sistema produtivo.
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Os segmentos sociais dos trabalhadores, a contar da segunda metade do século XIX, descobriram
a ação coletiva, por meio do qual compreenderam, no transcorrer do processo, que seus dramas,
necessidades e interesses não se explicavam a partir da perspectiva exclusivamente civilista, con-
tratualista e apenas individual.
Os trabalhadores perceberam que unidos eram mais fortes. Com isso, o Estado é chamado
a intervir diante desse contingente explorado. E, com isso, passam a surgir algumas legisla-
ções. Começou uma pressão operária.
Além disso, não surgiu de uma vez só a proteção trabalhista como entendemos hoje em
dia, mas através de legislações esparsas (“espalhadas”) que tratavam de assuntos específicos.
Por exemplo: em 1802, cita-se a lei que protegia os menores na Inglaterra (Peel’s Act). Não
existiu de um momento para outro uma “CLT” mas sim legislações que foram sendo criadas.
Na sequência, há uma movimentação constitucional. Percebeu-se que, além das leis espar-
sas, tornou-se importante ter uma previsão na Constituição de cada país. Com isso, os direitos
trabalhistas passaram a ser constitucionalizados.
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Foi a Revolução Industrial e, principalmente, na segunda parte do Século XIX que surgiu a ne-
cessidade de um direito do trabalho mais forte, pois os trabalhadores estavam completamente
sem qualquer lei protetiva. Primeiro as leis foram esparsas, e, depois, entraram nas Constitui-
ções dos países. México foi o primeiro no ano de 1917.
O PULO DO GATO
Primeira Constituição no mundo a prever os direitos trabalhistas foi a do México, em 1917! A
segunda Constituição foi a de 1919, Alemã, chamada de Carta de Weimar. No Brasil, somente
em 1934, na época Vargas. A OIT surgiu em 1917.
Ainda se destaca, principalmente, que a ideia do Direito do Trabalho foi exatamente propi-
ciar um modelo de garantias de proteção da parte mais vulnerável. Não veio para incentivar a
competição entre as empresas, mas sim para proteger a parte mais vulnerável.
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Maria Rafaela
Esse cronograma vai te ajudar muito para você lembrar e acertar na prova e, ainda, coloquei
um mapa mental para facilitar seu estudo:
Manifesto Comunista – Obra de Karl Marx e Engels que trata, entre outros,
da situação da exploração do trabalho pelo capital. Essa obra foi muito usada
1848 nos movimentos operários na época, espalhando-se por todo o mundo.
Nesse mesmo ano, é importante registrar uma Revolução na França de 1848
que também lutou pelos direitos sociais
Carta Del Lavoro, na Itália. Conteúdo fascista, mas que tratou da questão
1927 sindical e trabalhista, com influência na Constituição Brasileira, anos depois,
a de 1934.
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Ressalte-se que não se trata de sustentar que inexistisse no Brasil, antes de 1888, qualquer experi-
ência de relação de emprego, qualquer experiência de indústria ou qualquer traço de regras jurídicas
que pudessem ter vínculo, ainda que tênue, com a matéria que, futuramente, seria objeto do Direito
do Trabalho. Trata-se, apenas, de reconhecer que, nesse período anterior, marcado estruturalmente
por uma economia do tipo rural e por relações de produção escravista, não restava espaço significa-
tivo para o florescimento das condições viabilizadoras do ramo justrabalhista.
Com base nisso, a partir da década de 30, é que o Brasil começa a conhecer a ideia mais
formalizada de direitos trabalhistas, principalmente, com a Constituição de 1934 (era Vargas).
Com o operariado crescendo no Brasil e com a incorporação das ideias europeias come-
çaram as “questões sociais”, na medida em que os direitos trabalhistas passaram ser conside-
rados como necessários para a manutenção da máquina produtiva. O Estado brasileiro estava
vivenciando um momento liberal, de não intervenção na economia e nas relações privadas.
Nesse ponto, houve uma alteração dos rumos da História brasileira e, na década de 30,
pensou-se num viés mais protecionista, iniciando-se, ano de 1930, a criação, na época, do Mi-
nistério do Trabalho, Indústria e Comércio, culminando com a Constituição de 1934.
Em 1931, foi criado o Departamento Nacional do Trabalho. Também nesse período, tive-
mos a ideia de um sindicato único, submetido ao reconhecimento do Estado.
Então, no Brasil, havia um controle do sindicato pelo Estado. Os sindicatos precisavam ser
oficiais, sob pena de ilegalidade.
Em 1932, passou a ser tratado no Brasil o trabalho feminino, bem como das atividades de
comerciário e bancário etc.
Nesse mesmo período, começou a evoluir o direito previdenciário no Brasil, o que impactou
também no direito do trabalho.
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Maria Rafaela
A CLT é do ano de 1943. Não existe nenhuma opção quanto ao ano nas alternativas. No entanto,
o momento em que a CLT surgiu foi na época do Estado Novo. Logo, a alternativa correta é a A.
Letra a.
A alternativa está errada, pois não se incluiu um sindicalismo forte e independente do Estado.
Na verdade, existia sim a intervenção do Estado na época do Estado Novo. A CLT é do momen-
to histórico do Estado Novo, da era Vargas.
Errado.
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O PULO DO GATO
As normas trabalhistas existiram no Brasil antes de 1934, de forma esparsa. Foram regulamen-
tadas normas como trabalho feminino, comerciário e bancário, por exemplo. Desde 1888 em
diante foram criadas legislações para proteção de determinadas classes sociais. Nesse ponto,
há o aspecto protetivo. Então, não foi em 1934 que passou a se regulamentar direito do traba-
lho no Brasil. Muito antes, já havia regulamentação.
A alternativa acima está equivocada, na medida em que a unicidade sindical compulsória es-
teve presente no Brasil desde o Estado novo como forma do Estado controlar os sindicatos.
Além disso, não é verdade que toda a organização sindical foi inaugurada na CF/1988. Como já
vimos, pelo histórico das Constituições brasileiras, já se fazia menção à organização sindical
e contribuição, por exemplo.
Errado.
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Para as provas, é importante ter essa noção, fazendo toda a diferença quando o candidato
conhece as origens do direito do trabalho.
Além disso, fica evidente que o Brasil, no seu desenrolar histórico do direito do trabalho,
teve influências tanto da Europa, mas por fatos históricos e políticos, como o Estado novo, o
surgimento do operariado brasileiro, as dificuldades do sindicalismo etc. Claro que as influên-
cias europeias foram significativas, mas também existiu a influência interna.
A alternativa está equivocada, na medida em que fica evidente que o Brasil, no seu desenrolar
histórico do direito do trabalho, teve influências tanto da Europa, mas por fatos históricos e
políticos, como o Estado novo, o surgimento do operariado brasileiro, as dificuldades do sin-
dicalismo etc. Claro que as influências europeias foram significativas, mas também existiu a
influência interna.
Errado.
Não podemos deixar de mencionar que a Constituição Federal de 1988 foi um marco signi-
ficativo nos direitos trabalhistas, alçando-os na categoria de direitos fundamentais.
A Constituição Federal de 1988 estampa o maior progresso dos direitos sociais no Brasil.
Foi uma vitória, de fato, aos direitos sociais.
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O PULO DO GATO
As bancas apreciam muito a literalidade dos artigos 7 a 11 da CF/88, podendo cobrar tanto em
direito constitucional como em direito do trabalho.
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O PULO DO GATO
Para os concursos, você tem que saber a posição da Constituição Brasileira em cada contexto
histórico para subdividir em Democrática ou Autoritária. O modelo democrático possui duas
classificações: OU PREPONDERA O NEGOCIADO OU O LEGISLADO. A CF/88 adotou o MODELO
DEMOCRÁTICO DE OPÇÃO “LEGISLADO”. Mas nem todas as Constituições brasileiras são as-
sim. No mapa mental, você vai ver exatamente isso.
Continuando nosso raciocínio, temos que MODELO AUTORITÁRIO é aquele em que o Esta-
do sozinho se posiciona.
É aquele que dita todas as normas e regras, sem deixar qualquer espaço para livre discus-
são entre particulares.
Exemplo clássico são os governos nazistas e os fascistas que, por sua vez, reproduziram
suas regras em outros países, como ocorreu em Brasil e em Portugal, por exemplo, sob a influ-
ência Italiana (CARTA DEL LAVORO de 1927).
Então, no modelo autoritário, existe uma submissão imediata e somente ao Estado. Os par-
ticipantes da relação jurídica (empregado e empregador) não possuem margem de liberdade
para pactuarem. Além disso, o sindicato é controlado pelo Estado.
Em sentido oposto, é o modelo DEMOCRÁTICO que, por sua vez, permitem a liberdade de
negociação entre as partes. Além disso, a depender da amplitude dessa liberdade, pode va-
riar o modelo.
Por exemplo: um modelo democrático pode decidir que as partes possam negociar sobre
tudo, sem nenhum amparo ou intromissão do Estado. É A MODALIDADE DEMOCRÁTICA DE
NORMATIZAÇÃO AUTÔNOMA E PRIVATÍSTICA.
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Isso porque é uma modalidade de livre participação das partes e independente do Estado.
Valoriza-se, em excesso, as negociações coletivas (acordos e convenções coletivas).
A segunda modalidade DEMOCRÁTICA é a PRIVATÍSTICA SUBORDINADA.
Em razão disso, as pessoas podem negociar as relações de trabalho, mas há uma intromis-
são protetiva do Estado. Essa foi a opção da CF/88, conforme artigo 7, por exemplo.
Veja o mapa mental a seguir:
Democráticos
Privatística subordinada: existe margem de atuação privada – as
pessoas podem negociar entre si, mas há uma subordinação ao
Estado e às normas estatais protetivas MODELO LEGISLADO.
CF/1967 e AI 5 – Autoritário.
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007. (INÉDITA/2020) Com a Reforma Trabalhista no Brasil em novembro de 2017, houve mu-
dança do modelo relacionado ao Democrático privatístico subordinado para o modelo demo-
crático autônomo privatístico, pois o negociado hoje prevalece sobre o legislado.
Houve apenas uma certa flexibilização com a Reforma Trabalhista em 2017. O modelo no Bra-
sil continua o privatístico subordinado, na medida em que o Estado ainda tem intervenção nas
relações privadas. Também não é absolutamente verdadeira a premissa de que, após a Refor-
ma Trabalhista, o negociado prevalece sobre o legislado. Sendo assim, o modelo se manteve,
apesar de uma certa flexibilização nos termos dos artigos 611-A e 611-B da CLT. Aconselho a
leitura dos dispositivos para as provas.
Errado.
Por serem artigos relevantes, deixarei aqui para que você já se habitue a lê-los, pois caem
com frequência nas provas e você pode ter uma compreensão melhor da explicação:
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando,
entre outros, dispuserem sobre:
I – pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais;
II – banco de horas anual;
III – intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a
seis horas;
IV – adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei no 13.189, de 19 de novembro
de 2015;
V – plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem
como identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança;
VI – regulamento empresarial;
VII – representante dos trabalhadores no local de trabalho;
VIII – teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente;
IX – remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado, e remunera-
ção por desempenho individual;
X – modalidade de registro de jornada de trabalho;
XI – troca do dia de feriado;
XII – enquadramento do grau de insalubridade;
(...)
XIII – prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades compe-
tentes do Ministério do Trabalho;
XIV – prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos em programas de in-
centivo;
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Maria Rafaela
XV – participação nos lucros ou resultados da empresa.
§ 1º No exame da convenção coletiva ou do acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho ob-
servará o disposto no § 3º do art. 8º desta Consolidação.
§ 2º A inexistência de expressa indicação de contrapartidas recíprocas em convenção coletiva ou acor-
do coletivo de trabalho não ensejará sua nulidade por não caracterizar um vício do negócio jurídico.
§ 3º Se for pactuada cláusula que reduza o salário ou a jornada, a convenção coletiva ou o acordo
coletivo de trabalho deverão prever a proteção dos empregados contra dispensa imotivada durante
o prazo de vigência do instrumento coletivo.
§ 4º Na hipótese de procedência de ação anulatória de cláusula de convenção coletiva ou de acordo
coletivo de trabalho, quando houver a cláusula compensatória, esta deverá ser igualmente anulada,
sem repetição do indébito.
§ 5º Os sindicatos subscritores de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho deverão
participar, como litisconsortes necessários, em ação individual ou coletiva, que tenha como objeto
a anulação de cláusulas desses instrumentos.
Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, exclu-
sivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos:
I – normas de identificação profissional, inclusive as anotações na Carteira de Trabalho e Previdên-
cia Social;
II – seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III – valor dos depósitos mensais e da indenização rescisória do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS);
IV – salário mínimo;
V – valor nominal do décimo terceiro salário;
VI – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
VII – proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
VIII – salário-família;
IX – repouso semanal remunerado;
X – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% (cinquenta por cento) à do
normal;
XI – número de dias de férias devidas ao empregado;
XII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
XIII – licença-maternidade com a duração mínima de cento e vinte dias;
XIV – licença-paternidade nos termos fixados em lei;
XV – proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
XVI – aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
XVII – normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou em normas regulamen-
tadoras do Ministério do Trabalho; XVIII – adicional de remuneração para as atividades penosas,
insalubres ou perigosas;
XIX – aposentadoria;
XX – seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador; XXI – ação, quanto aos créditos
resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores
urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;
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XXII – proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalha-
dor com deficiência;
XXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito anos e de qualquer
trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
XXIV – medidas de proteção legal de crianças e adolescentes;
XXV – igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalha-
dor avulso;
XXVI – liberdade de associação profissional ou sindical do trabalhador, inclusive o direito de não
sofrer, sem sua expressa e prévia anuência, qualquer cobrança ou desconto salarial estabelecidos
em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho;
XXVII – direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e
sobre os interesses que devam por meio dele defender;
XXVIII – definição legal sobre os serviços ou atividades essenciais e disposições legais sobre o
atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade em caso de greve;
XXIX – tributos e outros créditos de terceiros;
XXX – as disposições previstas nos arts. 373-A, 390, 392, 392-A, 394, 394-A, 395, 396 e 400 desta
Consolidação. Parágrafo único. Regras sobre duração do trabalho e intervalos não são considera-
das como normas de saúde, higiene e segurança do trabalho para os fins do disposto neste artigo.
008. (INÉDITA/2020) O Brasil sempre vivenciou o modelo democrático das normas justra-
balhistas. O modelo adotado é democrático privatístico subordinado. Na verdade, a CF/88 só
repetiu o modelo anterior.
A assertiva está errada, na medida em que o Brasil nem sempre vivenciou o modelo demo-
crático. A História do Brasil e suas Constituições e ordens econômicas nem sempre foram
baseadas na democracia. É por isso que não podemos dizer que a CF/88 reproduziu modelos
democráticos que estiveram sempre presentes. Por exemplo, a CF/1937 foi autoritária.
Errado.
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Para agilizar seus estudos, deixarei um mapa mental do artigo 8º, na medida em que é
cobrado também em provas.
Meus comentários estão abaixo de cada inciso, bem como eventual jurisprudência.
E justifico: cada inciso será tema de estudo em livro próprio, ocasião em que explicarei com
mais detalhes a jurisprudência e as regras da CLT. Confie em mim na escolha dessa didática!
O PULO DO GATO
Os incisos que mais caem em prova são: o próprio caput, incisos VI, VII, XVIII, XIV, XV, XVIII, XXV,
XXIX, XXXII, XXXIII, XXXIV e XXXV, além do parágrafo único. Fica de olho nisso aí!
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
Aqui a CF/1988 prestigia a isonomia, a igualdade entre os trabalhadores. Por muito tempo,
os trabalhadores rurais ficaram numa situação que tinham menos direitos que os urbanos. O
legislador constituinte busca equilibrar os trabalhadores. Muito cuidado que, muito embora,
seja mencionado direitos iguais, por uma questão de equidade, os direitos mais favoráveis aos
trabalhadores rurais são mantidos, como, por exemplo, o percentual do valor do adicional a ser
pago. Por exemplo: o trabalho noturno é mais fácil de ser caracterizado para os rurais, bem
como os horários são menores. Sendo assim, embora a CF/88 esteja falando em igualdade,
os direitos mais favoráveis previstos na CF estão mantidos. Como já dito, houve equiparação
dos prazos prescricionais de ações entre trabalhadores urbanos e rurais, como também os
direitos consagrados no rol do artigo 7. Mas como eu já disse, aquilo que for previsto, ante-
riormente, mais favorável ao rural, mantém-se. Por exemplo, o adicional noturno do rural é de
25% e o período noturno da pecuária é das 20h de um dia às 4h do dia seguinte. É diferente
do adicional noturno no meio urbano que é de 20% e o horário noturno estipulado é de 22h de
um dia até 5h do dia seguinte. Por isso, que além de conhecer o texto constitucional, torna-se
imperioso conhecer as normas mais protetivas da CLT, mas isso você conhecerá na medida
em que for aprofundando o assunto comigo nos nossos livros ou se antecipando nos estudos
e lendo a CLT.
O PULO DO GATO
Os direitos previstos no artigo 7 da CF/88 são exemplificativos. Ou seja, podem surgir outros
direitos além dos que estão previstos.
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A alternativa é incorreta, contrária ao texto constitucional, nos termos do artigo 7º. Há um tra-
tamento isonômico aos trabalhadores urbanos e rurais. Com base nisso, aplicam-se os mes-
mos direitos, sendo os trabalhadores urbanos e rurais são tratados pela CF/88.
Errado.
I – relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei
complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
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receberá esse benefício quem não deu causa à rescisão do contrato de trabalho. Os trabalha-
dores urbanos, rurais, avulsos e domésticos possuem direito ao seguro-desemprego. Quem é
demitido por culpa recíproca, pede demissão, é dispensado por justa causa ou faz o acordo
trabalhista tratado no artigo 484-A da CLT não faz jus a este benefício. Então, muito cuidado
com quem pode ou não receber o seguro-desemprego no país, pois é pegadinha comum de
muitas bancas. Para adiantar seus estudos, registro este artigo 484-A da CLT, pois ele é uma
das perspectivas prováveis de cobrança: Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto
por acordo entre empregado e empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas
trabalhistas: I – por metade: a) o aviso prévio, se indenizado; e b) a indenização sobre o saldo
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, prevista no § 1o do art. 18 da Lei no 8.036, de 11
de maio de 1990; II – na integralidade, as demais verbas trabalhistas.
No caso aqui temos o FGTS em situação de dispensa do trabalhador sem justa causa ou
se constatado no processo trabalhista a rescisão indireta que é quando o empregador des-
cumpre suas obrigações contratuais. Também é devido o FGTS na situação do “acordo” entre
as partes conforme o artigo 484-A da CLT. O FGTS é regulamentado na LEI N. 8.036, DE 11 DE
MAIO DE 1990. No caso de doméstico, observa-se os termos da LC 150 de 2015. Com isso,
conclui-se que todos os empregados brasileiros possuem o direito ao recolhimento do FGTS
pelo empregador que é uma espécie de “poupança forçada”. O que a rescisão do contrato de
trabalho interfere é sobre se o obreiro, no fim do contrato, poderá sacar ou não o FGTS. Então,
se Daniel pede demissão no emprego após 2 anos, ele tem direito ao recolhimento de FGTS,
mas não pode sacar quando rescindir o contrato. No entanto, se Daniel for demitido sem justa
causa após 2 anos, ele tem direito ao recolhimento do FGTS de todo o período, além da multa
de 40% sobre o recolhimento já efetuado e poderá sacar o valor. Lembre-se novamente da pe-
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culiaridade do artigo 484-A da CLT. Por isso, eu repetirei o artigo para você memorizar nem que
seja pelo cansaço e persistência:
Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador,
caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas:
I – por metade:
a) o aviso prévio, se indenizado; e
b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, prevista no § 1º do art.
18 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990;
II – na integralidade, as demais verbas trabalhistas.
IV – salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higie-
ne, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo,
sendo vedada sua vinculação para qualquer fim.
Esse piso salarial é o mínimo que determinada categoria deve receber, tanto pode ser pre-
visto em lei ou em negociação coletiva. No primeiro caso, pode-se citar, como exemplo, os
engenheiros. No segundo caso, percebo muito, na prática, nos trabalhadores da construção
civil, por exemplo.
O salário é irredutível e esse inciso cai muito em provas e, também, na prática, esse inciso
é muito usado, principalmente, nas discussões relacionadas com perdas de gratificação, co-
missões, adicionais etc. O importante nesse momento é que não se trata de direito absoluto,
sendo passível de negociação coletiva. Nessa situação de pandemia com a COVID 19, foi mui-
to utilizado e, por isso, fique atento a ele. Mais uma coisa: essa redução deve ter temporária
e respeitar o salário mínimo. É o que se chama na doutrina de “acordo japonês”. Cuidado: É
POSSÍVEL REDUZIR SALÁRIO MEDIANTE ACORDO OU CONVENÇÃO COLETIVA.
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VII – garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
Exemplo: Ovinda trabalha como vendedora de uma loja do shopping Iguatemi. Ela ganha por
comissão (remuneração variável). No mês de novembro, ela ganhou R$5.000,00; no mês de
dezembro: R$5.000,00, porém em janeiro, ela vendeu muito mal e só ganhou R$800,00. A dona
da loja, sua empregadora, não pode dizer simplesmente: você ganhou bem nos meses anterio-
res e vamos esperar se o mês de fevereiro melhora. Nesse caso, a dona da loja tem que com-
plementar a remuneração dela até chegar ao valor do salário mínimo vigente.
VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
Nesse caso, o trabalhador tem direito a receber mais um salário integral no fim do ano.
Esse valor pode ser dividido em dois momentos do ano. Esse direito está regulamentado na
LEI N. 4.749, DE 12 DE AGOSTO DE 1965. E também na LC 150/2015, que trata do doméstico.
Aqui deve ser analisada a diferença entre o trabalho urbano e rural. Vamos trabalhar com
isso aqui, pois é muito cobrado nas provas: Compare o artigo 73, §§ 1º e 2º, da CLT com o ar-
tigo 7º da Lei n. 5.889 de 08 de junho de 1973 (trabalhador rural):
Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remunera-
ção superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por
cento), pelo menos, sobre a hora diurna.
§ 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos.
§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 horas de
um dia e as 5 horas do dia seguinte.
Art. 7º Para os efeitos desta Lei, considera-se trabalho noturno o executado entre as vinte e uma
horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte, na lavoura, e entre as vinte horas de um dia e as
quatro horas do dia seguinte, na atividade pecuária. Parágrafo único. Todo trabalho noturno será
acrescido de 25% (vinte e cinco por cento) sobre a remuneração normal.
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O empregador não pode reter o salário do empregado, sob pena de cometimento de crime.
O texto é auto explicativo. Já vi questões de provas que falam apenas em contravenção penal
ou ilícito civil/administrativo. Ora, é crime!
A PLR é uma verba de natureza indenizatória. Isso significa que não integra o salário para
nenhum fim. Logo, o indivíduo/trabalhador recebe, mas tem uma natureza indenizatória. Nesse
sentido, deve ser previsto em acordo ou convenção coletiva. O direito é regulamentado pela LEI
N. 10.101, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000. Segundo a lei, dispõe:
Art. 2º A participação nos lucros ou resultados será objeto de negociação entre a empresa e seus
empregados, mediante um dos procedimentos a seguir descritos, escolhidos pelas partes de co-
mum acordo:
I – comissão paritária escolhida pelas partes, integrada, também, por um representante indicado
pelo sindicato da respectiva categoria;
II – convenção ou acordo coletivo.
§ 1º Dos instrumentos decorrentes da negociação deverão constar regras claras e objetivas quanto
à fixação dos direitos substantivos da participação e das regras adjetivas, inclusive mecanismos de
aferição das informações pertinentes ao cumprimento do acordado, periodicidade da distribuição,
período de vigência e prazos para revisão do acordo, podendo ser considerados, entre outros, os
seguintes critérios e condições:
I – índices de produtividade, qualidade ou lucratividade da empresa;
II – programas de metas, resultados e prazos, pactuados previamente.
§ 2º O instrumento de acordo celebrado será arquivado na entidade sindical dos trabalhadores.
O PULO DO GATO
PLR - PARTICIPAÇÃO DE LUCROS E RESULTADOS - natureza indenizatória que não se integra
definitivamente nos salários, devendo ser objeto de negociação coletiva. Excepcionalmente,
também permite a participação na gestão da empresa. Cuidado com esses detalhes, principal-
mente, nas provas da FCC.
XII – salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
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Art. 65. O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, inclusive o doméstico,
e ao segurado trabalhador avulso, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados nos
termos do § 2º do art. 16 desta Lei, observado o disposto no art. 66.
Parágrafo único. O aposentado por invalidez ou por idade e os demais aposentados com 65 (ses-
senta e cinco) anos ou mais de idade, se do sexo masculino, ou 60 (sessenta) anos ou mais, se do
feminino, terão direito ao salário-família, pago juntamente com a aposentadoria.
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção cole-
tiva de trabalho;
Essa é a jornada máxima permitida pelo legislador. Ultrapassando essa jornada, o empre-
gado tem direito às horas extras, com percentual mínimo de 50% sobre a hora normal. O em-
pregador pode se utilizar da técnica do banco de horas sobre isso, mas deve ser previsto em
negociação coletiva. Exemplo: Tiago trabalhou 9 horas por dia hoje, porém, se a empresa tiver
banco de horas ou compensação, ele pode sair mais cedo no fim do mês, se for de comum
acordo entre as partes. Sobre o banco de horas, existe súmula do TST muito cobrada em pro-
vas, que deixarei transcrita aqui.
Súmula n. 85 do TST
COMPENSAÇÃO DE JORNADA
I – A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito,
acordo coletivo ou convenção coletiva.
II – O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma cole-
tiva em sentido contrário.
III – O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclu-
sive quando encetada mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das
horas excedentes à jornada normal diária, se não dilatada a jornada máxima semanal,
sendo devido apenas o respectivo adicional.
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XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva;
Turnos de revezamento são aquelas situações em que o trabalhador não tem horário fixo
de ingresso e saída, havendo escalas com alteração de acordo com a necessidade do em-
pregador. Quando ocorre isso, há um “choque” no relógio biológico do indivíduo que um dia
trabalha de madrugada; depois, começa no fim da tarde etc. Com isso, por uma questão de
saúde do trabalhador, a jornada dele não pode ultrapassar 6 horas. No entanto, você observa
que a regra não é absoluta, admitindo alteração por negociação coletiva. Exemplo disso: são
os trabalhadores das plataformas da Petrobras.
Veja que esse percentual de 50% é cobrado em provas e o mínimo que deve ser pago. Na
verdade, as negociações coletivas podem prever percentual maior. Os controles de ponto da
jornada são essenciais para que o empregador se resguarde de ter que fazer os pagamentos
de horas extras.
As horas extras são regulamentadas quanto às espécies: a) horas extras pelo excesso da
jornada de 44 horas e 8 horas semanais; b) horas extras pela supressão do intervalo de intra-
jornada (do almoço, do descanso, “da janta”, por exemplo); c) horas extras pela supressão do
intervalo de interjornada (entre as jornadas que é de 11 horas entre uma jornada e outra). Des-
taco uma súmula muito importante para os concursos e relacionado ao tema:
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Mera literalidade do dispositivo. Lembre-se que é o valor mínimo, podendo ser majorada por
negociação coletiva.
Letra c.
XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário nor-
mal;
Todo empregado tem direito às férias no prazo de 30 dias, inclusive, aqueles que trabalham
em regime de tempo parcial. A matéria das férias é regulamentada na CLT, do qual destaco os
seguintes artigos para você melhorar seus estudos:
Art. 129. Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da
remuneração.
Art. 130. Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado
terá direito a férias, na seguinte proporção
I – 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes;
II – 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas;
III – 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas;
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IV – 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas.
§ 1º É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço.
§ 2º O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço.
XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte
dias;
Trata-se de uma das garantias provisórias no emprego. Aqui não se trata de salário mater-
nidade, que é benefício de natureza previdenciária. Porém, essa garantia não impede a demis-
são da trabalhadora se ela cometer justa causa.
O STF já se debruçou sobre essa questão, afirmando que se trata de uma proteção ao
nascituro. Assim, a empregada doméstica desde a concepção até 5 meses após o parto tem
direito a essa estabilidade. Veja essa importante súmula do TST:
Cuidado que existe recente entendimento do ano de 2020 do TST negando essa garantia
para a empregada temporária. Acompanhe aí o que eu extraí do site do TST:
Muitos alunos questionam no Fórum dos Alunos sobre a situação da mulher gestante no
contrato por prazo determinado confundido com a temporária. Cuidado, pois são situações
distintas. Para o TST, até o momento da elaboração de nosso material, a empregada de contra-
to por prazo determinado tem direito à garantia provisória no emprego, tal como a de contrato
por prazo indeterminado. Exemplo: são aquelas das situações previstas na CLT, especialmen-
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te, no §2º do art. 443, elas são: Quando o serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique
a predeterminação do prazo; Quando as atividades empresariais forem de caráter transitório;
Contrato de experiência. Então, se a Joana é contratada, a título de experiência, para laborar
90 dias na loja do Shopping Rio Mar Fortaleza, e ela engravida, terá garantia provisória no
emprego. No entanto, se Joana foi contratada pelo regime específico do temporário, ela não
terá a garantia provisória. Para o TST, é importante analisar se é temporária ou não para fins
de conceder a garantia provisória no emprego. Na sua prova, fique atento (a) ao enunciado da
questão e ao tipo de vínculo jurídico que for mencionado.
Inciso XIX do art. 7º da CF/1988:
A CF/88 prevê licença de cinco dias, período que se inicia no primeiro dia útil após o nasci-
mento da criança. Se a empresa estiver cadastrada no programa Empresa Cidadã, o prazo será
estendido para 20 dias.
Diante de tantas discriminações sofridas pelas mulheres no ambiente laboral, a CF/88 ten-
ta criar incentivos para que as mulheres possam ocupar os postos de trabalho, com a digni-
dade de receberem os mesmos salários que o do sexo masculino. Além disso, já existe uma
restrição dos empregadores no que se refere ao fato das mulheres engravidarem e, com isso, a
ausência dos postos de trabalho, exigindo contratações temporárias. Então, esses incentivos
devem ser feitos por lei para esses fins protetivos. Cuidado que aqui não se trata de norma
auto - aplicável, pois depende de futura regulamentação.
XXI – aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
Importante saber que o aviso prévio tanto pode ser dado pelo empregado quanto pelo
empregador, dependendo de quem tem a iniciativa romper a relação. Se o empregador não
quiser mais continuar tendo o Daniel, por exemplo, como empregado, deve informá-lo previa-
mente (aviso prévio) com, pelo menos, 30 dias de antecedência. Caso não o faça, deve pagar
pelo valor do aviso prévio. Dessa feita, pode-se classificar o aviso prévio como trabalhado ou
indenizado. Pode ocorrer também do empregado não ter interesse em continuar trabalhando
e, assim, pede demissão. Nesse caso, ele tem que dar o aviso prévio ao seu empregador. Isso
porque o empregador também tem o direito de providenciar um substituto ao seu lugar, treinar
etc. Assim, o TST só dispensa o empregado, quando pede demissão, de cumprir o aviso quan-
do ele consegue outro emprego comprovadamente. Se não for isso, pode existir desconto no
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momento da rescisão do contrato. É uma via de mão dupla. Além disso, houve regulamentação
melhor do inciso com a LEI N. 12.506, DE 11 DE OUTUBRO DE 2011 que dispõe:
Art. 1º O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho -
CLT, aprovada pelo Decreto-Lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943, será concedido na proporção de 30
(trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa.
Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de ser-
viço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até
90 (noventa) dias.
XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
Aqui temos a relevâncias das Instruções Normativas expedidas pelo antigo Ministério do
Trabalho, que enfrenta incertezas se existirá ou não, bem como se voltará a ser ou não Secre-
taria de algum Ministério. Esse inciso é específico no edital.
XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
São os adicionais. A penosidade, na iniciativa privada, não foi regulamentada. Mas pode
ser tratada mediante acordo ou convenção coletiva. No caso de atividades insalubres, a depen-
der do nível e do grau de exposição e do agente, pode ser de 10% (grau leve), 20% (grau médio)
e 40% (grau máximo). No caso da periculosidade, o adicional é de 30% (grau fixo). A insalubri-
dade está ligada ao risco de adoecimento. A periculosidade está ligada ao risco de óbito. O adi-
cional de insalubre incide sobre o salário mínimo. O adicional de periculosidade incide sobre o
salário contratual. Cuidado porque muda a base de cálculo. O TST, recentemente, afirmou que
não se poderia cumular o recebimento do adicional de insalubridade e periculosidade.
XXIV – aposentadoria;
XXV – assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade
em creches e pré-escolas;
Autoexplicativo esse inciso. A relevância dele está em alteração relativamente recente que,
antes, mencionava 06 anos. Agora, crianças ATÉ 05 anos.
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É o que a gente chama de negociações coletivas. Aqui se verifica a presença forte dos
sindicatos. Essas Convenções e Acordos, antes da Reforma Trabalhista não tinham hierarquia,
prevalecendo a norma mais favorável ao trabalhador. Atualmente, com a Reforma Trabalhista,
prevalece sempre o acordo coletivo mesmo tratando de um direito de forma mais prejudicial
ao trabalho que o da convenção coletiva. Exemplo: Deuzimar trabalha numa fábrica. Existe um
ACT que prevê adicional de horas extras de 55% e uma CCT que prevê 60%. Ora, antes da Re-
forma Trabalhista, Deuzimar aplicaria o percentual da CCT – convenção coletiva de trabalho.
Depois da Reforma, ela vai aplicar a regra do ACT, mesmo sendo mais prejudicial. Essa é uma
mudança importante da Reforma Trabalhista. Aprofundaremos isso na aula própria.
Significa que o Estado deve ter políticas públicas, por exemplo de profissionalização da
mão de obra, para enfrentar o mercado moderno que faz uso da tecnologia e da robotização.
XXVIII – seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a
que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
Aqui temos a competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar ações de da-
nos morais e materiais decorrentes de acidente do trabalho contra o empregador. Ações do
empregado contra o INSS em relação aos benefícios previdenciários devem ser na justiça co-
mum, discutindo-se concessões de benefícios e suas respectivas naturezas jurídicas. Na Jus-
tiça do trabalho prospera somente a competência das ações acidentárias relacionadas entre
empregado e empregador, bem como discussões sobre a extensão da garantia provisória no
emprego e as ações em razão de dano moral, material e estético, inclusive, no que se refere
aos pedidos dos sucessores representando o espólio caso haja óbito do empregador. Houve
ampliação da competência da JT após e EC 45/2004.
XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional
de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho;
Aqui é uma regra mista de direito material e direito do trabalho. Significa que quando você
encerra o contrato de trabalho, o indivíduo tem até 02 anos para o ajuizamento da ação, podendo
pleitear as verbas condenatórias dos últimos cinco anos. Isso também vale para o FGTS, por
decisão do STF em 2013. Então, vamos imaginar que o Eduardo encerre seu contrato hoje na
empresa. Ele trabalha desde 2010. Ele quer reclamar 13º salário não pago durante 10 anos. Ora,
Eduardo precisa “correr” porque ele só tem 02 anos para ajuizar a ação e só pode cobrar os cin-
co últimos anos contados da interposição da demanda. Vou usar datas para explicar ainda me-
lhor: Eduardo começou a laborar em 01.01.2010 e terminou o trabalho em 05.10.2019. Eduardo
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tem até 05.10.2021 para ajuizar a demanda. Se Eduardo ajuizou a demanda em 01.01.2020,
ele só pode cobrar durante os últimos cinco anos contados de 01.01.2020. Entende? São dois
prazos de prescrição que Eduardo (e você!) devem observar. Por isso se fala em prescrição
bienal (2 anos) e prescrição quinquenal (5 anos).
XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por mo-
tivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXII – proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais
respectivos;
Todos são iguais perante a lei. Com isso, não é possível discriminar as pessoas, muito
menos, pelo seu labor.
Observe que é proibido qualquer trabalho hostil aos menores de 18 anos, por uma questão
de saúde do indivíduo. Não pode existir nenhum entrave ao desenvolvimento regular da saúde
do trabalhador. Com isso, menos de 18 anos não pode existir trabalho à noite (início às 22h
para o empregado urbano, por exemplo) e nem perigoso ou insalubre. A idade mínima para
trabalhar no Brasil é 16 anos. Sendo que se for na condição de aprendiz, pode, com 14 anos,
começar. É o chamado contrato de aprendizagem.
Pela LC 150/2015, para ser empregada doméstica, no Brasil, é preciso ter 18 anos.
Importante que você saiba que, apesar de alguém descumprir essas regras, o menor de
18 anos receberá todos os direitos, não podendo ser penalizado duplamente. Por exemplo:
Emanuela tem 13 anos e trabalha à noite (das 22h às 5h da manhã) numa fábrica de sapatos
com produtos insalubres. Ora, ela está em labor hostil: a idade é abaixo da constitucionalmente
permitida, bem como trabalha à noite e em ambiente insalubre. Nesse caso, para fins previden-
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XXXIV – igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o traba-
lhador avulso
Esse inciso é muito cobrado em provas. Tenha muita cautela. Além disso, o trabalhador
avulso não é empregado. Importante é entender que é aquele em que o trabalhador presta
serviços de curta duração para distintos beneficiários, com intermediação de terceira entidade
com quem mantém vínculo de emprego nos termos da CLT. Tudo que foi dito nos incisos acima
aplica-se integralmente ao trabalhador avulso.
O PULO DO GATO
De todos os incisos acima do artigo 7, na minha experiência de resolver provas, o inciso XXXIV
é o mais comum.
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos
nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII
e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das
obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiari-
dades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência
social.
Por ora, vamos ler os incisos correlatos no parágrafo único, mas vamos tratar com mais
especificidade na aula de empregado e empregador doméstico.
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Sobre o artigo 8º, muito embora não seja objeto desse livro, tecerei algumas considerações
e colocarei para você um mapa mental para adiantar seu estudo antes de abordar os direitos
coletivos.
1) O Estado não poderá exigir autorização para a fundação de sindicato, ressalvado o re-
gistro no órgão competente que é na Secretaria do Trabalho e registro também no Cartório de
Pessoas Jurídicas.
2) É proibido ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;
3) É vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representa-
tiva de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos
trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;
4) Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da catego-
ria, inclusive em questões judiciais ou administrativas, tipo ação coletiva, ação civil pública etc.;
5) Ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato, principalmente, por-
que o STF declarou constitucional acabar com a contribuição sindical obrigatória após a Re-
forma Trabalhista;
6) É obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho, ou
seja, nos acordos e convenções coletivas;
7) O aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais.
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O PULO DO GATO
Esses sete pontos acima são muito cobrados em prova. Fica esperto com o seguinte: o apo-
sentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais.
Art. 4º Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do
empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consig-
nada.
§ 1º Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e estabilidade,
os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar e por motivo
de acidente do trabalho.
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§ 2º Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período
extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previs-
to no § 1º do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção
pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como aden-
trar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras:
I – práticas religiosas;
II – descanso;
III – lazer;
IV – estudo;
V – alimentação;
VI – atividades de relacionamento social;
VII – higiene pessoal;
VIII – troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa.
O PULO DO GATO
Apesar das horas in itinere serem suprimidas, o acidente de trabalho de trajeto não foi. Existe
uma confusão sobre esses dois assuntos. Mas são distintas situações.
Exemplo: Alessandra trabalha em local distante, sem acesso a transporte público e gasta mais
ou menos 1h30min de sua casa para a fábrica em que trabalha. Usa veículo fornecido pela
empresa. Nesse caso, depois da Reforma, ela não terá direito às horas in itinere. No entanto,
se ela se encaixar nas condições do artigo 59 da CLT que foi revogado, ela tem direito a cobrar
pelas horas in intinere antes da Reforma, respeitado o prazo prescricional. Ela não pode mais
cobrar horas extras por essas horas após a Reforma. Agora, independentemente da Reforma
Trabalhista, se ela sofre um acidente no trajeto (batida do ônibus com um poste, por exemplo)
e ela tem lesões, há um acidente de trabalho da modalidade acidente de trajeto. Isso não foi
alterado com a Reforma Trabalhista.
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Art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especi-
ficamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo
ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em
contrato intermitente ou não.
§ 1º O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de servi-
ços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência.
§ 2º Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado,
presumindo-se, no silêncio, a recusa.
§ 3º A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho inter-
mitente.
§ 4º Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo,
pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração
que seria devida, permitida a compensação em igual prazo.
§ 5º O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador, podendo o
trabalhador prestar serviços a outros contratantes.
§ 6º Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento imediato
das seguintes parcelas:
I – remuneração;
II – férias proporcionais com acréscimo de um terço;
III – décimo terceiro salário proporcional;
IV – repouso semanal remunerado; e
V – adicionais legais.
§ 7º O recibo de pagamento deverá conter a discriminação dos valores pagos relativos a cada uma
das parcelas referidas no § 6º deste artigo
§ 8º O empregador efetuará o recolhimento da contribuição previdenciária e o depósito do Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço, na forma da lei, com base nos valores pagos no período mensal e
fornecerá ao empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações.
§ 9º A cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subsequentes,
um mês de férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo
empregador.
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Art. 223-A. Aplicam-se à reparação de danos de natureza extrapatrimonial decorrentes da relação
de trabalho apenas os dispositivos deste Título.
Art. 223-B. Causa dano de natureza extrapatrimonial a ação ou omissão que ofenda a esfera moral
ou existencial da pessoa física ou jurídica, as quais são as titulares exclusivas do direito à reparação.
Art. 223-C. A honra, a imagem, a intimidade, a liberdade de ação, a autoestima, a sexualidade, a
saúde, o lazer e a integridade física são os bens juridicamente tutelados inerentes à pessoa física.
Art. 223-D. A imagem, a marca, o nome, o segredo empresarial e o sigilo da correspondência são
bens juridicamente tutelados inerentes à pessoa jurídica.
Art. 223-E. São responsáveis pelo dano extrapatrimonial todos os que tenham colaborado para a
ofensa ao bem jurídico tutelado, na proporção da ação ou da omissão.
Art. 223-F. A reparação por danos extrapatrimoniais pode ser pedida cumulativamente com a inde-
nização por danos materiais decorrentes do mesmo ato lesivo.
§ 1º Se houver cumulação de pedidos, o juízo, ao proferir a decisão, discriminará os valores das in-
denizações a título de danos patrimoniais e das reparações por danos de natureza extrapatrimonial.
§ 2º A composição das perdas e danos, assim compreendidos os lucros cessantes e os danos
emergentes, não interfere na avaliação dos danos extrapatrimoniais.
Art. 223-G. Ao apreciar o pedido, o juízo considerará:
I – a natureza do bem jurídico tutelado;
II – a intensidade do sofrimento ou da humilhação;
III – a possibilidade de superação física ou psicológica;
IV – os reflexos pessoais e sociais da ação ou da omissão;
V – a extensão e a duração dos efeitos da ofensa;
VI – as condições em que ocorreu a ofensa ou o prejuízo moral;
VII – o grau de dolo ou culpa;
VIII – a ocorrência de retratação espontânea;
IX – o esforço efetivo para minimizar a ofensa;
X – o perdão, tácito ou expresso;
XI – a situação social e econômica das partes envolvidas;
XII – o grau de publicidade da ofensa.
Dano moral corresponde a toda dor psicológica ou física injustamente provocada em uma pessoa
humana. Ou, na clássica conceituação de Saravatier, é todo sofrimento humano que não é causado
por uma perda pecuniária. (…) Dano à imagem é todo prejuízo ao conceito, valoração e juízo genéri-
cos que se tem ou se pode ter em certa comunidade (…) O dano moral decorrente da violação da inti-
midade, vida privada, honra e imagem das pessoas – e sua respectiva indenização reparadora – são
situações claramente passíveis de ocorrência no âmbito empregatício (por exemplo, procedimento
discriminatório, falsa acusação de cometimento de crime, tratamento fiscalizatório ou disciplinar
degradante ou vexatório, etc).
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O PULO DO GATO
Cabe a acumulação de ambos quando, ainda que decorrentes do mesmo fato, é possível a
identificação separada de cada um deles.
Destaca-se, ainda, a independência de danos morais, materiais e estéticos que podem ser pe-
didos cumulativamente. Nesse ponto, há súmula do STJ sobre a matéria, aplicável ao direito do
trabalho, referente ao número 387. É possível a acumulação das indenizações de dano estético
e moral. Esse é o teor da Súmula 387, aprovada pela 2ª Seção do Superior Tribunal de Justiça.
De acordo com o entendimento firmado, cabe a acumulação de ambos quando, ainda que de-
correntes do mesmo fato, é possível a identificação separada de cada um deles.
Errado.
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ocorre esse dano patrimonial, é preciso demonstrar todo o prejuízo econômico sofrido, como
a prova documental, para demonstrar as perdas materiais sofridas, as despesas feitas etc.
Com base nisso, o dano por ser causado por uma conduta dolosa ou culposa do emprega-
dor ou mediante seus prepostos, gerando, dessa feita, uma responsabilidade do empregador.
O dolo pode ser por um intuito/motivo do empregador relacionado à omissão ou à ação.
Exemplo: o empregador xinga o trabalhador de “burro”. Ou simplesmente, permite que o geren-
te aja dessa forma, ciente disso, mas não o impede ou adota posturas para fins de que não se
repitam as situações.
O poder diretivo do empregador, principalmente, em relação ao poder disciplinar não po-
dem se confundir como o direito de agir de qualquer forma com o empregado.
Na verdade, existe sim limitação relacionada às formas de conduta do empregador, pois
não se trata de poder absoluto. Há limites do que o empregador pode fazer no ambiente labo-
ral. Qualquer excesso é considerado passível de indenização por dano moral.
O dolo é o animus, é a intenção. A culpa está norteada pelas situações de imprudência,
negligência e imperícia. Nos dois casos, pode incidir a responsabilidade do empregador.
Em suma, nota-se que o empregador pode ser responsabilizado e pode, inclusive, respon-
der pelos seus agentes e prepostos, como a atuação dos seus gestores, gerentes.
Um dos danos mais comuns é o causado pelo assédio moral. Entenda: danos morais são
gêneros, dos quais o assédio moral, sexual, lesões acidentárias são espécies. Nesse azo, é
preciso abrir um espaço para comentar sobre o assédio moral, na medida em que é MUITO
cobrado nas suas provas.
Quando o assédio moral ocorre na relação entre superior e subalterno, tem-se a situação de
ASSÉDIO MORAL VERTICAL. Nesse ponto, a responsabilização do empregador é mais evidente.
Mas há situações em que o assédio do trabalhador ocorre com os próprios colegas de tra-
balho. Nesse caso, o empregador é ciente do comportamento de todos no ambiente empresa-
rial, mas nada faz para impedir a situação constrangedora. É o ASSÉDIO MORAL HORIZONTAL.
O ASSÉDIO MORAL SUBJETIVO é quando a relação de assédio é direcionada também à
pessoa do trabalhador. Ou seja, é uma relação do gerente com o trabalhador, por exemplo. O
gerente X persegue o trabalhador Y. Há uma relação subjetiva, pessoal com alguém. Temos a
situação de ASSÉDIO MORAL INTERSUBJETIVO.
O ASSÉDIO MORAL OBJETIVO é quando a própria estrutura da empresa assedia. É o caso
da empresa X que faz revistas íntimas em todos os trabalhadores. Ou que é comum aplicar
penalidades humilhantes relacionadas ao trabalhador, por exemplo, quem não cumpre metas
da empresa se submeterá a usar uma camisa com dizeres “sou o pior funcionário da empresa”.
Aqui temos o ASSÉDIO MORAL INSTITUCIONAL OU ESTRUTURAL. Esse exemplo não é inven-
ção da professora. Infelizmente, é um fato. Então, são situações de assédio moral que temos
na doutrina e na jurisprudência.
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Também é possível se configurar o dano moral pelo assédio moral quando é provocado
por um cliente em potencial do empregador que maltrata o funcionário e, mesmo assim, o em-
pregador não adota nenhuma providência. Logo, percebe-se a situação ampla do dano moral
ocasionado pelo assédio moral.
O PULO DO GATO
A configuração de dano moral pelo assédio moral pode ensejar, inclusive, situação de rescisão
indireta por ser um ambiente de trabalho insustentável.
Esclareça-se, por fim, com respeito a esse terceiro requisito – culpa empresarial – que, configurada
a presença do dano e do nexo causal em situações de acidente de trabalho, doenças ocupacionais
ou profissionais, a culpa do empregador deve até mesmo ser presumida. É que tem o empresário a
direção da estrutura e da dinâmica do ambiente laborativo, atuando diretamente sobre a forma de
prestação de serviços que se realiza no estabelecimento e na empresa; nesse quadro, presume-se
sua negligência, imprudência ou imperícia nos casos de disfunções surgidas no ambiente sob suas
ordens.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos espe-
cificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por
sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I – os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
II – o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;
III – o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do traba-
lho que lhes competir, ou em razão dele;
IV – os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro,
mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;
V – os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de
sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.
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Pela leitura dos dispositivos do Código Civil, tem-se claramente que está expressa a res-
ponsabilização do empregador, inclusive, se não houver culpa de sua parte. No caso de ati-
vidade empresarial ou de dinâmica laborativa, fixadoras de risco dos envolvidos, é objetiva a
responsabilidade do empregador. Isso significa que não depende de demonstração de prova
de dolo ou culpa do empregador.
A regra mantém pela responsabilidade subjetiva e, no caso, o empregado deve provar o
dolo ou culpa do seu empregador na conduta ofensiva. Em exceção, pelo risco do empreen-
dimento, a responsabilidade é do tipo objetiva para fins de responsabilização pelos eventuais
danos morais, materiais e estéticos. Esse risco do empreendimento se refere à atividade nor-
malmente desenvolvida pelo autor do dano que implica risco.
Observa-se que essa responsabilização não é integral, seja se apurarmos ser subjetiva ou
objetiva. Isso porque admite excludentes e atenuantes por parte do empregador que pode, inclu-
sive, alegar culpa exclusiva do empregado na situação, bem como caso fortuito ou força maior.
Ainda sobre a responsabilização por danos, destaca-se importante e recente julgado do
Supremo Tribunal Federal. Em março de 2020, destacou o STF a seguinte tese para você usar
no concurso:
O artigo 927, parágrafo único, do Código Civil é compatível com o artigo 7º, XXVIII, da Constituição
Federal, sendo constitucional a responsabilização objetiva do empregador por danos decorrentes de
acidentes de trabalho nos casos especificados em lei ou quando a atividade normalmente desenvol-
vida, por sua natureza, apresentar exposição habitual a risco especial, com potencialidade lesiva, e
implicar ao trabalhador ônus maior do que aos demais membros da coletividade.
O PULO DO GATO
O artigo 927, parágrafo único, do Código Civil é compatível com o artigo 7º, XXVIII, da Cons-
tituição Federal, sendo constitucional a responsabilização objetiva do empregador por danos
decorrentes de acidentes de trabalho nos casos especificados em lei ou quando a atividade
normalmente desenvolvida, por sua natureza, apresentar exposição habitual a risco especial,
com potencialidade lesiva, e implicar ao trabalhador ônus maior do que aos demais membros
da coletividade.
Há o critério de aferição do dano moral adotado após a promulgação da CF/88 pelo juízo
da equidade. Há outros critérios previstos na doutrina, mas o juízo de equidade se mostrou
majoritariamente o escolhido para fins trabalhistas.
Quanto à aferição do dano material, em razão dos lucros cessantes e danos emergentes,
aqui não se usa mais o critério de equidade. No caso de danos materiais, deve o empregado
demonstrar os prejuízos sofridos de forma objetiva. Nesse sentido, está o artigo 949 do Có-
digo Civil.
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Ressalte-se que a competência é da Justiça do Trabalho, nos termos do artigo 114, inciso
VI, da Constituição Federal de 1988. Os artigos transcritos acima são relevantes para os con-
cursos públicos, principalmente, quanto ao tema de danos morais, estéticos e materiais.
No que tange o prazo prescricional para pleitear a indenização dos danos morais, devemos
nos ater a duas observações relevantes: 1) sendo relação de emprego, aplica-se aquele prazo
prescricional regra das relações, nos termos do artigo 7, inciso XXIX, da CF/88, ou seja, dois
anos após o fim do contrato; 2) sendo relação de trabalho, aplicam-se as regras do CC que, no
caso, prevê 3 anos. Então, na prova, fica atento ao enunciado da prova para fins de analisar a
situação de prescrição no prazo de dois anos ou três anos.
Por fim, no caso de falecimento do trabalhador, permanece o prazo de dois anos.
Quanto ao valor do dano moral, importante trazer à baila as normatizações da Reforma
Trabalhista, principalmente, com o artigo 222-A e seguintes da CLT. Estes dispositivos são
alvos de Ação Declaratória de Inconstitucionalidade (ADI 5870)no STF, mas, por ora, continua
valendo os dispositivos abaixo.
Nas palavras de LEITE (2022;69) aduziu que o legislador da reforma trabalhista pretendeu
afastar a incidência de normas constitucionais e do Código Civil que tratam do tema. Houve
uma tarifação do dano moral que leva em consideração a remuneração do empregador, e, não
propriamente a extensão e consequência da lesão sofrida. Continua o doutrinador (2022;71):
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De outro giro, o art. 223-G, criado pela Lei 13467/2017, estabelece odiosa discriminação entre os
trabalhadores pelos salários percebidos no tocante aos valores que devem ser fixados a título de da-
nos morais, o que também revela sua inconstitucionalidade por violação ao princípio da igualdade,
inexistindo qualquer justificativa movida pelo interesse público para tal discriminação.
Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador,
no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia,
nacionalidade ou idade.
§ 1º Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade
e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo
empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a
dois anos.
§ 2º Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado
em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva,
plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão pú-
blico.
§ 3º No caso do § 2º deste artigo, as promoções poderão ser feitas por merecimento e por antigui-
dade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria profissional.
§ 4º O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada
pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação
salarial.
§ 5º A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na
função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneo
tenha obtido a vantagem em ação judicial própria.
§ 6º No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo determinará, além
do pagamento das diferenças salariais devidas, multa, em favor do empregado discriminado, no
valor de 50% (cinquenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência
Social.
Em sétimo, podemos citar a situação da insalubridade da grávida que foi declarado incons-
titucional pelo Supremo Tribunal Federal.
Com base nisso, a Reforma Trabalhista permitiu, como regra, o trabalho de grávidas em
ambientes insalubres.
Porém, a decisão foi questionada pelo Supremo Tribunal Federal, sendo que na decisão
final o STF declarou inconstitucional a “regra” de labor em ambientes insalubres.
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Assim, o ambiente insalubre não pode mais ser regra para o labor das empregadas gestan-
tes. Diretamente do site do STF, foi mencionado:
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria de votos, julgou procedente a Ação Di-
reta de Inconstitucionalidade (ADI) 5938 para declarar inconstitucionais trechos de dispositivos da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) inseridos pela Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017) que
admitiam a possibilidade de trabalhadoras grávidas e lactantes desempenharem atividades insalu-
bres em algumas hipóteses. Para a corrente majoritária, a expressão “quando apresentar atestado
de saúde, emitido por médico de confiança da mulher”, contida nos incisos II e III do artigo 394-A da
CLT, afronta a proteção constitucional à maternidade e à criança.
A ação foi ajuizada no Supremo pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos. A
norma questionada admitia que gestantes exercessem atividades consideradas insalubres em grau
médio ou mínimo e que lactantes desempenhassem atividades insalubres em qualquer grau, ex-
ceto quando apresentassem atestado de saúde que recomende o afastamento. Tal previsão legal,
segundo a entidade autora, afronta a proteção que a Constituição Federal atribui à maternidade, à
gestação, à saúde, à mulher, ao nascituro, aos recém-nascidos, ao trabalho e ao meio ambiente de
trabalho equilibrado. A eficácia dos dispositivos estava suspensa desde o fim do mês passado por
liminar deferida pelo relator, ministro Alexandre de Moraes.
Aliás, alguns dispositivos da Reforma Trabalhista estão sendo questionada no STF por ADIs
e, com isso, vamos atualizando vocês nos nossos materiais de aula sobre as decisões do STF.
Com a Reforma Trabalhista, também houve aumento das situações lícitas de terceirização
trabalhista, bem como a possibilidade de rescindir o contrato trabalhista por mútuo acordo com
algumas concessões mútuas e, ainda, temos a dispensa da obrigatoriedade de o sindicato ho-
mologar as rescisões trabalhistas e, principalmente, a situação do trabalho por tempo parcial.
Como se percebe a crítica à Reforma Trabalhista ocorreu pela flexibilização dos direitos
trabalhistas, com supressões e limitações de direitos trabalhistas.
O texto constitucional ficou incólume, mas, de fato, houve um prestígio para que as nego-
ciações coletivas tratassem de limitações de direitos trabalhistas.
Trouxe uma questão geral com maior probabilidade de cobrança pelas provas, sendo as-
sim, fica esperto! No decorrer das aulas, sempre que houver mudança pela Reforma Traba-
lhista tratarei com mais detalhes, principalmente, se houver manifestação do STF quanto à
constitucionalidade.
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Esse foram os pontos principais para as suas provas no que se refere aos direitos individuais.
Colocarei agora os aspectos importantes de alterações quanto ao direito coletivo.
O negociado passou a ter um destaque maior que o legislado, nos termos dos artigos 611-
A e 611-B da CLT. Isso não significa que o Estado deixou de intervir.
O que existiu, basicamente, foi que o legislador reformista tratou das situações que podem
ser negociadas mediante acordo e convenção coletiva.
Com base nisso, também houve supressão das contribuições sindicais de formato obriga-
tório. Inclusive, o STF passou a tratar do assunto, declarando constitucional a facultatividade
de contribuições sindicais pelo sindicato. Veja o extrato do julgamento da página oficial do STF
que transcrevo aqui:
Por 6 votos a 3, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na manhã desta sexta-feira (29), declarar
a constitucionalidade do ponto da Reforma Trabalhista que extinguiu a obrigatoriedade da contribui-
ção sindical. O dispositivo foi questionado na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5794, em
outras 18 ADIs ajuizadas contra a nova regra e na Ação Declaratória de constitucionalidade (ADC)
55, que buscava o reconhecimento da validade da mudança na legislação. Como as ações tramita-
ram de forma conjunta, a decisão de hoje aplica-se a todos os processos.
Prevaleceu o entendimento do ministro Luiz Fux, apresentado ontem (28), quando o julgamento foi
iniciado. Entre os argumentos expostos por ele e pelos ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto
Barroso, Gilmar Mendes, Marco Aurélio e Cármen Lúcia, está o de não se poder admitir que a con-
tribuição sindical seja imposta a trabalhadores e empregadores quando a Constituição determina
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que ninguém é obrigado a se filiar ou a se manter filiado a uma entidade sindical. Além disso, eles
concordaram que o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical não ofende a Constituição.
Também temos nas mudanças da Reforma Trabalhista o fim da ultratividade das normas
convencionais.
Explico: antes da Reforma Trabalhista, os direitos e obrigações previstos nos acordos e
negociações coletivas de trabalho passavam a integrar os contratos de trabalho de forma per-
manente. Por isso, usa-se a expressão “ULTRATIVIDADE”, no sentido de que fariam parte do
patrimônio jurídico do trabalhador.
O Supremo Tribunal Federal tinha entendimento contrário ao TST, inclusive, existia liminar
do STF para fins de não aplicar a súmula do TST que previa essa ideia de ultratividade.
Com a Reforma Trabalhista, a polêmica da jurisprudência do STF e do TST caiu por terra, ou
seja, foi abandonada, pois a Reforma textualmente, no artigo § 3º, art. 614: “Não será permitido
estipular duração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho superior a dois anos,
sendo vedada a ultratividade”.
Isso terá um efeito na prática em milhares de processos trabalhistas.
Para finalizar essa análise da Reforma, também trouxe a figura do REPRESENTANTE DOS
EMPREGADOS. Interessante sob muitos aspectos, principalmente, porque pode gozar dos be-
nefícios da garantia provisória no emprego. Conheça o dispositivo abaixo:
Art. 510-A. Nas empresas com mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de uma
comissão para representá-los, com a finalidade de promover-lhes o entendimento direto com os
empregadores.
§ 1º A comissão será composta:
I – nas empresas com mais de duzentos e até três mil empregados, por três membros;
II – nas empresas com mais de três mil e até cinco mil empregados, por cinco membros;
III – nas empresas com mais de cinco mil empregados, por sete membros.
§ 2º No caso de a empresa possuir empregados em vários Estados da Federação e no Distrito Fede-
ral, será assegurada a eleição de uma comissão de representantes dos empregados por Estado ou
no Distrito Federal, na mesma forma estabelecida no § 1º deste artigo.
Art. 510-B. A comissão de representantes dos empregados terá as seguintes atribuições:
I – representar os empregados perante a administração da empresa;
II – aprimorar o relacionamento entre a empresa e seus empregados com base nos princípios da
boa-fé e do respeito mútuo;
III – promover o diálogo e o entendimento no ambiente de trabalho com o fim de prevenir conflitos;
IV – buscar soluções para os conflitos decorrentes da relação de trabalho, de forma rápida e eficaz,
visando à efetiva aplicação das normas legais e contratuais;
V – assegurar tratamento justo e imparcial aos empregados, impedindo qualquer forma de discrimi-
nação por motivo de sexo, idade, religião, opinião política ou atuação sindical;
VI – encaminhar reivindicações específicas dos empregados de seu âmbito de representação;
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VII – acompanhar o cumprimento das leis trabalhistas, previdenciárias e das convenções coletivas
e acordos coletivos de trabalho.
§ 1º As decisões da comissão de representantes dos empregados serão sempre colegiadas, obser-
vada a maioria simples.
§ 2º A comissão organizará sua atuação de forma independente.
Art. 510-C. A eleição será convocada, com antecedência mínima de trinta dias, contados do término
do mandato anterior, por meio de edital que deverá ser fixado na empresa, com ampla publicidade,
para inscrição de candidatura.
§ 1º Será formada comissão eleitoral, integrada por cinco empregados, não candidatos, para a or-
ganização e o acompanhamento do processo eleitoral, vedada a interferência da empresa e do sin-
dicato da categoria.
§ 2º Os empregados da empresa poderão candidatar-se, exceto aqueles com contrato de trabalho
por prazo determinado, com contrato suspenso ou que estejam em período de aviso prévio, ainda
que indenizado.
§ 3º Serão eleitos membros da comissão de representantes dos empregados os candidatos mais
votados, em votação secreta, vedado o voto por representação.
§ 4º A comissão tomará posse no primeiro dia útil seguinte à eleição ou ao término do mandato
anterior.
§ 5º Se não houver candidatos suficientes, a comissão de representantes dos empregados poderá
ser formada com número de membros inferior ao previsto no art. 510-A desta Consolidação.
§ 6º Se não houver registro de candidatura, será lavrada ata e convocada nova eleição no prazo de
um ano.
Art. 510-D. O mandato dos membros da comissão de representantes dos empregados será de um
ano.
§ 1º O membro que houver exercido a função de representante dos empregados na comissão não
poderá ser candidato nos dois períodos subsequentes.
§ 2º O mandato de membro de comissão de representantes dos empregados não implica suspen-
são ou interrupção do contrato de trabalho, devendo o empregado permanecer no exercício de suas
funções.
§ 3º Desde o registro da candidatura até um ano após o fim do mandato, o membro da comissão de
representantes dos empregados não poderá sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a
que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.
§ 4º Os documentos referentes ao processo eleitoral devem ser emitidos em duas vias, as quais
permanecerão sob a guarda dos empregados e da empresa pelo prazo de cinco anos, à disposição
para consulta de qualquer trabalhador interessado, do Ministério Público do Trabalho e do Ministério
do Trabalho.
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No ano de 2020, diante da pandemia que assolou o Brasil e o mundo, o Presidente da Re-
pública de 1988 editou medidas provisórias, destacando-se as de número 927 e 936. A MP 927
tratou sobre o teletrabalho, bem como a antecipação de férias individuais, coletivas, feriados,
banco de horas etc. Esta MP não foi convertida em lei, perdendo os seus efeitos.
A MP 936/2020 foi convertida em lei. Trata-se da seguinte legislação que já pode ser cobra-
da nas suas provas de concurso: Lei n. 14.020/2020, publicada em 07 de julho de 2020 e insti-
tui o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, bem como traz medidas
complementares para o enfrentamento do estado de calamidade pública.
Recentemente, passamos a ter mais duas medidas provisórias, no ano de 2021, dos quais
destacamos: 1045 e 1046.
No caso da MP 1045, tem-se a importante tratativa relacionada que institui o Novo Pro-
grama Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e dispõe sobre medidas comple-
mentares para o enfrentamento das consequências da emergência de saúde pública de impor-
tância internacional decorrente do coronavírus (covid-19) no âmbito das relações de trabalho.
Por essa MP 1045/2021, entre outros, com os objetivos de: I - preservar o emprego e a ren-
da; II - garantir a continuidade das atividades laborais e empresariais; e III - reduzir o impacto
social decorrente das consequências da emergência de saúde pública de importância interna-
cional decorrente do coronavírus (covid-19).
Além disso, destaca-se na MP 1045/2021 que são medidas do Novo Programa Emergen-
cial de Manutenção do Emprego e da Renda:
I – o pagamento do Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda;
II – a redução proporcional de jornada de trabalho e de salários; e I
II – a suspensão temporária do contrato de trabalho.
Tais regras explicitadas e regulamentadas não são previstas no âmbito da União, dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos Municípios, aos órgãos da administração pública direta e indireta;
e às empresas públicas e sociedades de economia mista, inclusive às suas subsidiárias; e,
ainda, não se aplicam aos organismos internacionais.
O PULO DO GATO
O Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda será custeado com recursos
da União. O Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda será de prestação
mensal e devido a partir da data do início da redução da jornada de trabalho e do salário ou da
suspensão temporária do contrato de trabalho.
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Para fins de concurso, é importante destacar que o empregador, durante o prazo previsto
no art. 2º, poderá acordar a redução proporcional de jornada de trabalho e de salário de seus
empregados, de forma setorial, departamental, parcial ou na totalidade dos postos de trabalho,
por até cento e vinte dias, observados os seguintes requisitos:
I – preservação do valor do salário-hora de trabalho;
II – pactuação, conforme o disposto nos art. 11 e art. 12 da MP 1045/2021, por convenção
coletiva de trabalho, acordo coletivo de trabalho ou acordo individual escrito entre empregador
e empregado; e
III – na hipótese de pactuação por acordo individual escrito, o encaminhamento da propos-
ta de acordo ao empregado deverá ser feito com antecedência de, no mínimo, dois dias corri-
dos, e a redução da jornada de trabalho e do salário somente poderá ser feita com os seguintes
percentuais: a) vinte e cinco por cento; b) cinquenta por cento; ou c) setenta por cento.
Após a análise sucinta dessa MP 1045, esclarece-se a existência da MP 1046/2021, em
que, por sua vez, disporão sobre as medidas trabalhistas que poderão ser adotadas pelos em-
pregadores, durante o prazo de cento e vinte dias, contado da data de sua publicação, para a
preservação do emprego, a sustentabilidade do mercado de trabalho e o enfrentamento das
consequências da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do
coronavírus (covid-19) relacionadas a trabalho e emprego.
Para o enfrentamento dos efeitos econômicos decorrentes da emergência de saúde pú-
blica de importância internacional decorrente do coronavírus (covid-19) e a preservação do
emprego e da renda, poderão ser adotadas pelos empregadores, entre outras, as seguintes
medidas: I - o teletrabalho; II - a antecipação de férias individuais; III - a concessão de férias
coletivas; IV - o aproveitamento e a antecipação de feriados; V - o banco de horas; VI - a sus-
pensão de exigências administrativas em segurança e saúde no trabalho; e VII - o diferimento
do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS.
Nessa MP 1046/2021, houve importante destaque para os profissionais de saúde. Com
isso, fica permitido aos estabelecimentos de saúde, durante o prazo definido na MP, por meio
de acordo individual escrito, inclusive para as atividades insalubres e para a jornada de doze
horas de trabalho por trinta e seis horas de descanso: I - prorrogar a jornada de trabalho, nos
termos do disposto no art. 61 da Consolidação das Leis do Trabalho e II - adotar escalas de
horas suplementares entre a décima terceira e a vigésima quarta hora do intervalo interjornada,
sem que haja penalidade administrativa, garantido o repouso semanal remunerado nos termos
do disposto no art. 67 da Consolidação das Leis do Trabalho.
Portanto, temos que a MP 1045/2021 regulamentou no ano de 2021, com detalhes mais
específicos, o que fora regulamentado na MP 936 e, por sua vez, a MP 1046/2021 fez as vezes,
no ano presente, do que era regulamentado pela MP 927. Mas, vamos ter muita calma. Não se
tratam de meras repetições. No decorrer dos livros vamos tratar com mais riqueza de detalhes
sobre as referidas.
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Institui o Programa Emprega + Mulheres e Jovens e altera a Lei nº 11.770, de 9 de setembro de 2008,
e a Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943.
Cumprindo nosso dever de atualizar os nossos alunos e alunas de todo o país em relação
às mudanças, estamos fazendo um livro extra para vocês ficarem sempre à frente.
Como se trata de uma MP recente, eu própria criei questões inéditas para você exercitar
seu conhecimento. Vamos lá?
No dia 23/09/2022, a MP foi convertida em Lei, do qual vamos estudar agora!
Com essas mudanças foram efetivados o seguinte:
1) Às mulheres empregadas é garantido igual salário em relação aos empregados que exer-
çam idêntica função prestada ao mesmo empregador, nos termos dos arts. 373-A e 461 da CLT.
2) O Sistema Nacional de Emprego (Sine) implementará iniciativas com vistas à melhoria
da empregabilidade de mulheres, especialmente daquelas: que tenham filho, enteado ou guar-
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da judicial de crianças de até 5 (cinco) anos de idade; que sejam chefe de família monoparen-
tal; ou com deficiência ou com filho com deficiência. ALERTA: PRIORIDADE PARA AS PESSOAS
COM DEFICIÊNCIA!
3) MUDANÇA NA CLT: “Art. 163. Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes e de Assédio (Cipa), em conformidade com instruções expedidas pelo
Ministério do Trabalho e Previdência, nos estabelecimentos ou nos locais de obra nelas es-
pecificadas.
4) MUDANÇA NA CLT: INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO - ART. 473, III: III por 5
(cinco) dias consecutivos, em caso de nascimento de filho, de adoção ou de guarda comparti-
lhada; X pelo tempo necessário para acompanhar sua esposa ou companheira em até 6 (seis)
consultas médicas, ou em exames complementares, durante o período de gravidez. Parágrafo
único. O prazo a que se refere o inciso III do caput deste artigo será contado a partir da data de
nascimento do filho.
CUIDADO COM O QUE MUDOU NA CLT! GUARDE NO CORAÇÃO OS ARTIGOS ACIMA!
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O PULO DO GATO
Para os efeitos da Lei, parentalidade é o vínculo socioafetivo maternal, paternal ou qualquer
outro que resulte na assunção legal do papel de realizar as atividades parentais, de forma com-
partilhada entre os responsáveis pelo cuidado e pela educação das crianças e dos adolescen-
tes, nos termos do parágrafo único artigo 22 do ECA. Independente do gênero do responsável.
015. (INÉDITA/2022) Foi instituído por lei o Programa Emprega + Mulheres, destinado à in-
serção e à manutenção de mulheres no mercado de trabalho por meio da implementação das
seguintes medidas, como, por exemplo para apoio à parentalidade na primeira infância.
A assertiva está em conformidade com o teor do artigo 1 da Lei 14457/2022: art. 1. Fica insti-
tuído o Programa Emprega + Mulheres, destinado à inserção e à manutenção de mulheres no
mercado de trabalho por meio da implementação das seguintes medidas: I para apoio à paren-
talidade na primeira infância (…)
Certo.
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A assertiva está em conformidade com o teor do artigo 1 da Lei 14457/2022: art. 1. Fica ins-
tituído o Programa Emprega + Mulheres, destinado à inserção e à manutenção de mulheres
no mercado de trabalho por meio da implementação das seguintes medidas: I para apoio à
parentalidade na primeira infância: a) pagamento de reembolso creche; e b) manutenção ou
subvenção de instituições de educação infantil pelos serviços sociais autônomos.
Certo.
017. (INÉDITA/2022) No Programa Emprega + Mulheres, para apoio à parentalidade por meio
da flexibilização do regime de trabalho; teletrabalho; regime de tempo parcial; regime especial
de compensação de jornada de trabalho por meio de banco de horas; jornada de 12 (doze)
horas trabalhadas por 36 (trinta e seis) horas ininterruptas de descanso, quando a ativida-
de permitir.
A assertiva está em conformidade com o teor do artigo 1 da Lei 14457/2022: art. 1. Fica ins-
tituído o Programa Emprega + Mulheres, destinado à inserção e à manutenção de mulheres
no mercado de trabalho por meio da implementação das seguintes medidas: II para apoio à
parentalidade por meio da flexibilização do regime de trabalho: a) teletrabalho; b) regime de
tempo parcial; c) regime especial de compensação de jornada de trabalho por meio de banco
de horas; d) jornada de 12 (doze) horas trabalhadas por 36 (trinta e seis) horas ininterruptas
de descanso, quando a atividade permitir; e) antecipação de férias individuais; e f) horários de
entrada e de saída flexíveis;
Certo.
A assertiva está em conformidade com o teor do artigo 1, parágrafo único da Lei 14457/2022:
Para os efeitos desta Lei, parentalidade é o vínculo socioafetivo maternal, paternal ou qualquer
outro que resulte na assunção legal do papel de realizar as atividades parentais, de forma com-
partilhada entre os responsáveis pelo cuidado e pela educação das crianças e dos adolescen-
tes, nos termos do parágrafo único do art. 22 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto
da Criança e do Adolescente).
Certo.
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DIREITO DO TRABALHO
Origem e Evolução do Direito do Trabalho no Brasil e no Mundo,
Direito do Trabalho e a CF/88. Reforma Trabalhista
Maria Rafaela
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as atividades que possam ser efetuadas por meio de teletrabalho, trabalho remoto ou trabalho
a distância, nos termos do Capítulo II-A do Título II da CLT os empregadores deverão conferir
prioridade:
I – às empregadas e aos empregados com filho, enteado ou criança sob guarda judicial
com até 6 (seis) anos de idade; e
II – às empregadas e aos empregados com filho, enteado ou pessoa sob guarda judicial
com deficiência, sem limite de idade.
A lei também fez menção às normas acerca da Flexibilização do Regime de Trabalho e
das Férias.
Assim, no âmbito dos poderes diretivo e gerencial dos empregadores, e considerada a von-
tade expressa dos empregados e das empregadas, haverá priorização na concessão de uma
ou mais das seguintes medidas de flexibilização da jornada de trabalho aos empregados e às
empregadas que tenham filho, enteado ou pessoa sob sua guarda com até 6 (seis) anos de ida-
de ou com deficiência, com vistas a promover a conciliação entre o trabalho e a parentalidade:
(GUARDE A IDADE AQUI – com até seis anos de idade ou com deficiência).
I – regime de tempo parcial, nos termos do art. 58-A da CLT;
II – regime especial de compensação de jornada de trabalho por meio de banco de horas,
nos termos do artigo 59 da CLT;
III – jornada de 12 (doze) horas trabalhadas por 36 (trinta e seis) horas ininterruptas de
descanso, nos termos do artigo 59- A da CLT;
IV – antecipação de férias individuais; e
V – horários de entrada e de saída flexíveis.
Ainda há o Regime Especial de Compensação de Jornada de Trabalho por meio de Banco
de Horas. Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho de empregado ou empregada em
regime de compensação de jornada por meio de banco de horas, as horas acumuladas ainda
não compensadas serão: I - descontadas das verbas rescisórias devidas ao empregado ou à
empregada, na hipótese de banco de horas em favor do empregador, quando a demissão for
a pedido e o empregado ou empregada não tiver interesse ou não puder compensar a jornada
devida durante o prazo do aviso prévio; ou II - pagas juntamente com as verbas rescisórias, na
hipótese de banco de horas em favor do empregado ou da empregada.
Para as provas, é importante conhecer as MEDIDAS PARA QUALIFICAÇÃO DE MULHERES
dos quais destacam-se: Suspensão do Contrato de Trabalho para Qualificação Profissional e
Estímulo à Ocupação das Vagas de Gratuidade dos Serviços Sociais Autônomos.
No caso da suspensão do contrato: Mediante requisição formal da empregada interessa-
da, para estimular a qualificação de mulheres e o desenvolvimento de habilidades e de com-
petências em áreas estratégicas ou com menor participação feminina, o empregador poderá
suspender o contrato de trabalho para participação em curso ou em programa de qualificação
profissional oferecido pelo empregador.
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O PULO DO GATO
Se ocorrer a dispensa da empregada no transcurso do período de suspensão ou nos 6 (seis)
meses subsequentes ao seu retorno ao trabalho, o empregador pagará à empregada, além das
parcelas indenizatórias previstas na legislação, multa a ser estabelecida em convenção ou em
acordo coletivo, que será de, no mínimo, 100% (cem por cento) sobre o valor da última remune-
ração mensal anterior à suspensão do contrato de trabalho.
Sobre o caso do Estímulo à Ocupação das Vagas de Gratuidade dos Serviços Sociais Au-
tônomos, ficou estipulado legalmente que as entidades dos serviços nacionais de aprendiza-
gem, observadas suas leis de regência e regulamentos, mediante a celebração de ajustes e de
parcerias com a União, poderão implementar medidas que estimulem a matrícula de mulheres
em cursos de qualificação, em todos os níveis e áreas de conhecimento. Serão priorizadas as
mulheres hipossuficientes vítimas de violência doméstica e familiar com registro de ocorrên-
cia policial.
Destaca-se, ainda, a possibilidade legal de que, mediante requisição formal do empregado
interessado, o empregador poderá suspender o contrato de trabalho do empregado com filho
cuja mãe tenha encerrado o período da licença-maternidade para: I - prestar cuidados e esta-
belecer vínculos com os filhos; II - acompanhar o desenvolvimento dos filhos; e III - apoiar o
retorno ao trabalho de sua esposa ou companheira.
Essa suspensão do contrato de trabalho acima será efetuada após o término da licença-
-maternidade da esposa ou companheira do empregado. O curso ou o programa de qualifica-
ção profissional deverá ser oferecido pelo empregador, terá carga horária máxima de 20 (vinte)
horas semanais e será realizado exclusivamente na modalidade não presencial, preferencial-
mente, de forma assíncrona. CUIDADO! Exclusivamente na modalidade não presencial. OLHA
QUE É EXCLUSIVAMENTE!
Além da bolsa de qualificação profissional, durante o período de suspensão do contrato
de trabalho, o empregador poderá conceder ao empregado ajuda compensatória mensal, sem
natureza salarial.
Se ocorrer a dispensa do empregado no transcurso do período de suspensão ou nos 6
(seis) meses subsequentes ao seu retorno ao trabalho, o empregador pagará ao empregado,
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além das parcelas indenizatórias previstas na legislação em vigor, multa a ser estabelecida em
convenção ou em acordo coletivo, que será de, no mínimo, 100% (cem por cento) sobre o valor
da última remuneração mensal anterior à suspensão do contrato.
São deveres do empregador: I – dar ampla divulgação aos seus empregados sobre a possi-
bilidade de apoiar o retorno ao trabalho de suas esposas ou companheiras após o término do
período da licença-maternidade; II – orientar sobre os procedimentos necessários para firmar
acordo individual para suspensão do contrato de trabalho com qualificação; e III – promover
ações periódicas de conscientização sobre parentalidade responsiva e igualitária para impul-
sionar a adoção da medida pelos seus empregados.
Houve, ainda, as alterações no Programa Empresa Cidadã, em que: A prorrogação dos pra-
zos poderá ser compartilhada entre a empregada e o empregado requerente, desde que ambos
sejam empregados de pessoa jurídica aderente ao Programa e que a decisão seja adotada
conjuntamente, na forma estabelecida em regulamento. Além disso, a prorrogação poderá ser
usufruída pelo empregado da pessoa jurídica que aderir ao Programa somente após o término
da licença-maternidade, desde que seja requerida com 30 (trinta) dias de antecedência.
O PULO DO GATO
Relembre o que é o Programa Empresa Cidadã: É um programa que o empregador pode aderir
em que a empresa participante do Programa Empresa Cidadã autorizada a substituir o período
de prorrogação da licença-maternidade para 180 dias pela redução de jornada de trabalho em
50% (cinquenta por cento) pelo período de 120 (cento e vinte) dias. § 1º São requisitos para
efetuar a substituição: I - pagamento integral do salário à empregada ou ao empregado pelo
período de 120 (cento e vinte) dias; e II - acordo individual firmado entre o empregador e a em-
pregada ou o empregado interessados em adotar a medida.
A lei de 2022 também previu regras muito importantes como as MEDIDAS DE PREVEN-
ÇÃO E DE COMBATE AO ASSÉDIO SEXUAL E A OUTRAS FORMAS DE VIOLÊNCIA NO ÂMBITO
DO TRABALHO.
Segundo a lei em estudo, para a promoção de um ambiente laboral sadio e seguro e que
favoreça a inserção e a manutenção de mulheres no mercado de trabalho, as empresas com
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio (Cipa) deverão adotar as seguintes
medidas, além de outras que entenderem necessárias, com vistas à prevenção e ao combate
ao assédio sexual e às demais formas de violência no âmbito do trabalho:
I – inclusão de regras de conduta a respeito do assédio sexual e de outras formas de vio-
lência nas normas internas da empresa, com ampla divulgação do seu conteúdo aos emprega-
dos e às empregadas;
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RESUMO
Nesta aula, você deve fixar os seguintes pontos...
1) O Direito do Trabalho deve ser considerado produto cultural do século XIX e das transfor-
mações e condições sociais, econômicas e políticas que colocam a relação de trabalho subor-
dinada como núcleo do processo produtivo característico daquela sociedade e que tornaram
possível o aparecimento deste ramo novo da ciência jurídica, com características próprias e
autonomia doutrinária.
2) É no ponto central da relação de emprego, bem como na questão da subordinação ju-
rídica que foram criados todos os princípios e regras que nortearam o direito do trabalho. E,
obviamente, como já cobrado em provas, é importante você ter a concepção que o direito do
trabalho é dinâmico (não é estático), pois acompanha as exigências da sociedade de natureza
social, econômica, filosófica etc.
3) Destacam-se: 1917 (Constituição do México) e 1919 (Constituição de Weimar de 1919,
da Alemanha). Em 1919, surgiu a OIT – Organização Internacional do Trabalho. O Brasil só pas-
sou a constitucionalizar na época de Vargas, na Constituição de 1934
4) Primeira Constituição no mundo a prever os direitos trabalhistas foi a do México, em
1917! A segunda Constituição foi a de 1919, Alemã, chamada de Carta de Weimar. No Brasil,
somente em 1934, na época Vargas. A OIT surgiu em 1917. Ainda se destaca, principalmente,
que a ideia do Direito do Trabalho foi exatamente propiciar um modelo de garantias de prote-
ção da parte mais vulnerável. Não veio para incentivar a competição entre as empresas, mas
sim para proteger a parte mais vulnerável.
5) A partir da década de 30, é que o Brasil começa a conhecer a ideia mais formalizada
de direitos trabalhistas, principalmente, com a Constituição de 1934 (era Vargas). Com o ope-
rariado crescendo no Brasil e às ideias europeias, timidamente, começou a surgir as “ques-
tões sociais”.
6) O Estado brasileiro estava vivenciando um momento liberal, de não intervenção na eco-
nomia e nas relações privadas. Nesse ponto, houve uma alteração dos rumos da História bra-
sileira e, na década de 30, pensou-se num viés mais protecionista, iniciando-se, ano de 1930,
a criação, na época, do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, culminando com a Cons-
tituição de 1934.
7) A Constituição Federal de 1988 estampa o maior progresso dos direitos sociais no Bra-
sil. Foi uma vitória, de fato, aos direitos sociais. O trabalho passou a integrar um dos fundamen-
tos da República. Os direitos previstos passam a integrar o que a doutrina chama de patamar
civilizatório mínimo do trabalhador.
8) Isso significa que todos os direitos previstos na CF/88 são os direitos mínimos e neces-
sários para que o trabalhador possa ter dignidade. Com base nisso, legislação infraconstitu-
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cional só pode melhorar o que ali está escrito, não podendo suprimir ou piorar a situação do
trabalhador. É a regra da vedação do retrocesso social.
9) Não pode existir uma “erosão dos direitos fundamentais”. Isso porque caso se “volte
atrás nesse mínimo” haverá um retrocesso social. Por isso, é importante conhecer os artigos
7 ao 11 da CF/88.
10) Não será permitido estipular duração de convenção coletiva ou acordo coletivo de tra-
balho superior a dois anos, sendo vedada a ultratividade”.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FUMARC/AL-MG/PROCURADOR/2023) Por comando constitucional, ao sindicato le-
galmente constituído cabe a defesa dos direitos coletivos ou individuais da categoria, inclusive
em questões judiciais ou administrativas, o que lhe confere legitimidade ordinária para atuar
perante a Justiça do Trabalho na condição de substituto processual.
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paralisaram a região metropolitana de São Paulo, em 1979, fizeram dos metalúrgicos a grande
expressão de um novo sindicalismo, que, entre outras conquistas que ampliaram os benefícios
trabalhistas, garantiram a participação dos trabalhadores nos lucros das empresas. Em 2001,
após duas décadas seguidas de crise econômica, que fizeram avançar o trabalho informal e a
terceirização nas empresas, o governo propõe ao Congresso Nacional profunda alteração na
legislação trabalhista brasileira. Com o auxílio das informações do texto acima, julgue o item
seguinte. Surgida no Estado Novo, a CLT simbolizava a diretriz estabelecida por Vargas para o
trato das questões relativas às relações trabalhistas, nas quais se incluiriam um sindicalismo
forte e livre da dependência do Estado, algo que somente sofreu abalos com a atuação pelega
da Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), à época de Goulart (1961-1964), e com o sur-
gimento do “novo sindicalismo”, por volta de 1979, com as greves na região do ABC paulista.
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educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes peri-
ódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim
II – variações no nível do salário mínimo podem ter uma multiplicidade de efeitos sobre o fun-
cionamento da economia em geral. Esses efeitos tendem a ser multifacetários, conjugando
impactos positivos em algumas dimensões e negativos em outras.
020. (AOCP/EBSERH/ADVOGADO/2017) O salário não pode ser reduzido, nem mesmo por
acordo coletivo ou convenção coletiva.
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d) respeita as normas relativas aos períodos de descanso, uma vez que é obrigatória a conces-
são de intervalo intrajornada de 15 minutos quando a duração do trabalho ultrapassar 4 horas,
mas não exceder 6 horas diárias.
e) não respeita as normas relativas aos períodos de descanso, uma vez que é obrigatória a
concessão de intervalo intrajornada de, no mínimo, 1 hora e, salvo acordo escrito ou convenção
coletiva em contrário, de, no máximo, 90 minutos, quando a duração do trabalho ultrapassar 4
horas diárias.
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a) pelo fato de a concessão das férias respeitar ao que melhor atende ao desejo da empresa,
não há restrição na lei para o dia de início das férias.
b) é lícita concessão de férias fracionadas ao empregado em um período de vinte dias e outros
dois de cinco dias, mediante concordância do empregado.
c) o empregado que faltou ao serviço cinco dias durante o período aquisitivo tem redução no
período de férias.
d) deverá gozar férias o empregado estudante sempre fazendo coincidir com o período de
férias escolares.
e) não se reputa legal o fracionamento de férias, por se tratar de norma de proteção à saúde,
ainda que com concordância do empregado.
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Desgostoso com a violência da cidade grande, pretende celebrar acordo com a sua emprega-
dora para a rescisão contratual e se mudar com a família para o campo. Seu saldo na conta
vinculada do FGTS é de R$ 1.400,00. Anuindo a empregadora com a rescisão de Netuno por
mútuo acordo, deverá a mesma pagar ao empregado R$ ..I.. de aviso prévio indenizado, R$ ..II..
de indenização sobre o saldo de FGTS, podendo Netuno levantar ..III.. a título de FGTS. Confor-
me previsão na CLT, preenchem, correta e respectivamente, as lacunas I, II e III:
a) R$ 1.000,00 − R$ 280,00 − R$ 1.120,00
b) R$ 1.600,00 − R$ 560,00 − R$ 700,00
c) R$ 2.000,00 − R$ 280,00 − R$ 1.400,00
d) R$ 1.000,00 − R$ 140,00 − R$ 1.120,00
e) R$ 1.600,00 − R$ 560,00 − R$ 1.400,00
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GABARITO
1. E 18. b 35. b
2. c 19. E 36. E, C
3. c 20. E 37. a
4. E 21. b 38. E
5. E 22. a 39. E
6. e 23. b 40. C
7. E 24. b 41. c
8. C, E 25. E 42. E
9. E 26. d 43. E
10. c 27. E 44. c
11. a 28. E 45. d
12. c 29. e 46. a
13. e 30. b 47. c
14. E 31. b 48. b
15. c 32. d 49. b
16. C, C 33. E 50. e
17. a 34. E 51. a
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GABARITO COMENTADO
001. (FUMARC/AL-MG/PROCURADOR/2023) Por comando constitucional, ao sindicato le-
galmente constituído cabe a defesa dos direitos coletivos ou individuais da categoria, inclusive
em questões judiciais ou administrativas, o que lhe confere legitimidade ordinária para atuar
perante a Justiça do Trabalho na condição de substituto processual.
A legitimidade é extraordinária, por ser substituto processual. Quanto aos demais pontos da
questão, há previsão no artigo 8 da CF/88: Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical,
observado o seguinte: III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou
individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas.
Errado.
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DIREITO DO TRABALHO
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Direito do Trabalho e a CF/88. Reforma Trabalhista
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O inciso I está errado, pois não já distinção conforme a CLT: Art. 6o Não se distingue entre o
trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do emprega-
do e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação
de emprego. Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e
supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de
comando, controle e supervisão do trabalho alheio. O inciso II está certo, pois se observa o teor
da CLT: art. 8, § 1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho.
Letra c.
A assertiva retrata uma situação que contraria o texto constitucional, pois é mister negociação
coletiva conforme: art. 7, VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou
acordo coletivo.
Errado.
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A assertiva está errada quanto às condições do FGTS, como se observa no parágrafo único do
art. 7 da CF/88: Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos
os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV,
XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a sim-
plificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da
relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII,
bem como a sua integração à previdência social.
Errado.
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São duas alternativas para serem vistas. Num primeiro momento, existe, sim, essa ideia do
direito do trabalho. Ele segue um modelo de subordinar a liberdade contratual às normas pro-
tetivas que o Estado cria, como o artigo 7º da CF/88, por exemplo. Então, existe esse limite. No
caso da segunda alternativa, é errada, na medida que nem todas as Constituições brasileiras
fizeram previsão de direitos sociais e trabalhistas. Antes de 1934, não existia previsão.
Certo/Errado.
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paralisaram a região metropolitana de São Paulo, em 1979, fizeram dos metalúrgicos a grande
expressão de um novo sindicalismo, que, entre outras conquistas que ampliaram os benefícios
trabalhistas, garantiram a participação dos trabalhadores nos lucros das empresas. Em 2001,
após duas décadas seguidas de crise econômica, que fizeram avançar o trabalho informal e a
terceirização nas empresas, o governo propõe ao Congresso Nacional profunda alteração na
legislação trabalhista brasileira. Com o auxílio das informações do texto acima, julgue o item
seguinte. Surgida no Estado Novo, a CLT simbolizava a diretriz estabelecida por Vargas para o
trato das questões relativas às relações trabalhistas, nas quais se incluiriam um sindicalismo
forte e livre da dependência do Estado, algo que somente sofreu abalos com a atuação pelega
da Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), à época de Goulart (1961-1964), e com o sur-
gimento do “novo sindicalismo”, por volta de 1979, com as greves na região do ABC paulista.
De fato, na época do Estado Novo, o sindicalismo era algo dependente e subordinado do Esta-
do. Essa é uma das maiores críticas que a doutrina brasileira faz dessa fase histórica do Brasil.
Errado.
É a literalidade do artigo 7º, XVII, da CF/88 – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo
menos, um terço a mais do que o salário normal.
Letra c.
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d) está correta, pois a redução de salário é permitida, se comprovado que o empregador está
em situação econômica difícil.
e) está correta, pois a redução de salário é permitida após o empregado completar um ano
de serviço.
Aqui é a interpretação do artigo 7º, inciso VI, da CF/88 que dispõe: irredutibilidade do salário,
salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo. No caso da questão, não houve negocia-
ção coletiva, mas apenas comunicação.
b) Errada. Impenhorabilidade não se encaixa na questão.
c) Errada. Pode ser por negociação coletiva.
d) Errada. Não existe previsão dessa hipótese.
e) Errada. Não existe previsão dessa hipótese.
Letra a.
A temática está no artigo 7º, XV, da CF/88 como direito trabalhista: repouso semanal remu-
nerado, preferencialmente aos domingos. Logo, a alternativa correta é a C. Observe que não é
exclusivamente aos domingos, mas sim preferencialmente.
a) Errada. Não é a previsão constitucional os sábados alternados.
b) Errada. É preferencialmente.
d) Errada. Não é a previsão constitucional os sábados.
e) Errada. Não é a previsão constitucional.
Letra c.
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c) 20%.
d) 40%.
e) 30%.
O percentual da periculosidade é fixo: 30%. A insalubridade pode ser leve, média e grave, res-
pectivamente, em 10%, 20% e 40%. O adicional de penosidade não foi regulamentado ainda
no Brasil.
Letra e.
XXVIII – seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a
que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa. Ora, não exclui como diz a questão, mas
sim vai ser cumulativo.
Errado.
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A resposta da primeira frase está correta, pois é a literalidade, principalmente a parte final so-
bre a vedação para qualquer fim. A segunda frase está correta, pois a variação anual do salário
mínimo depende de muitos fatores como a inflação, por exemplo.
Certo/Certo.
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c) relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos
de lei ordinária, que deve prever ressarcimento e reintegração, dentre outros direitos. ERRADO,
pois segundo o art. 7, I da CF/88 é lei complementar.
d) seguro-desemprego, em caso de desemprego voluntário. ERRADO, pois só é devido em caso
de desemprego INVOLUNTÁRIO.
A alternativa A está correta, nos exatos termos do artigo 7º, inciso XXIX, em que dispõe: ação,
quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco
anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho. As demais alternativas contrariam formalmente o artigo 7º da CF/88,
conforme fundamentei acima.
Letra a.
A resposta está na titularidade do artigo 7º, inciso XVIII, da CF/88: licença à gestante, sem pre-
juízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias.
Letra b.
É possível sim a negociação coletiva. Logo, é um direito inegociável. Destaca-se o artigo 7º, in-
ciso XIII, da CF/88 que: duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta
e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho.
Errado.
020. (AOCP/EBSERH/ADVOGADO/2017) O salário não pode ser reduzido, nem mesmo por
acordo coletivo ou convenção coletiva.
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É passível de negociação coletiva, nos termos do artigo 7, inciso VI, da CF/88: irredutibilidade
do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.
Errado.
XII – salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei.
a) Errada. A idade é de 5 anos, conforme o inciso XXV: assistência gratuita aos filhos e depen-
dentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas.
d) Errada. Nos termos do inciso XI: participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da
remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em
lei.
e) Errada. Conforme o inciso XXXIII: proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a
menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição
de aprendiz, a partir de quatorze anos.
Letra b.
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III – Gozo de férias anuais remuneradas com até um terço a mais do que o salário normal.
São direitos previstos na atual Constituição da República Federativa do Brasil:
a) I, somente.
b) I e II, somente.
c) II e III, somente.
d) todos
e) nenhum.
II – Errada. Contraria a CF/88 quando não especifica o “preferencialmente” dando ideia de que
seria todo domingo. Foi uma questão amarrada pela banca que exigia interpretação.
III – Errada. Fala ATÉ →, mas não é assim que está disposto no artigo 7º, inciso XVII: gozo de
férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal.
Letra a.
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Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
I – relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei
complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II – seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário.
a) Errada. O rol é exemplificativo.
b) Certa. Estende-se tanto ao trabalhador urbano como rural.
c) Errada. É de 20%.
d) Errada. Não se fala em salário integral.
e) Errada. Pode ser negociado.
Letra b.
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Errado.
De acordo com o artigo 7, inciso XVIII: licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salá-
rio, com a duração de cento e vinte dias.
Errado.
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Todo trabalhador urbano e rural faz jus ao adicional noturno que é de 20% sobre o salário. Nes-
se ponto, pouco importa se o labor à noite é inerente à função. Não existe na CF/88 nenhuma
distinção às categorias de trabalhadores.
Errado.
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representan-
te destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.
a) Errada. É sempre preferencialmente.
b) Errada. Não exclui.
c) Errada. Depende de regulamentação “por lei”
d) Errada. São cinco anos de idade.
e) Certa. Conforme o art. 11 da CF/88.
Letra e.
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Nesse ponto, foram analisadas acima cada alternativa. No caso das erradas, temos a do inciso
I, pois contraria o artigo 7º, inciso X: proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua
retenção dolosa. No caso do inciso IV, está errada por contrariar o artigo 7º, inciso XXI: aviso
prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei.
Letra b.
No caso das alternativas, está errada somente a do inciso IV, pois contraria o artigo 7º, inciso
XV: repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos. No caso da demais alter-
nativas, os incisos I e II são autoexplicativos. Porém, no caso do inciso III da questão, vê-se sua
cobrança frequente nas provas: PRL é desvinculada da remuneração (parcela indenizatória) e
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excepcionalmente se admite sua gestão na empresa, conforme artigo 7, inciso XI: participação
nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na
gestão da empresa, conforme definido em lei.
Letra b.
No caso das alternativas, estão corretos os incisos I, III e IV. Tudo está previsto no artigo 7, e
os seguintes incisos:
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A questão está na literalidade do artigo 8, inciso II: é vedada a criação de mais de uma orga-
nização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na
mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados,
não podendo ser inferior à área de um Município.
Errado.
O Estado não interfere na organização sindical. Dispõe o artigo 8, inciso I: a lei não poderá
exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão
competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical.
Errado.
O rol dos direitos sociais é exemplificativo. Isso significa que, conforme dispõe o caput do artigo
7º, é possível OUTROS DIREITOS serem acrescentados. No caso, por emenda constitucional.
Letra b.
a) Errada. É proibido trabalho noturno a menores de 18 anos. Nesse sentido, destaca-se o art.
7º, inciso XXXIII: proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e
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As alternativas acima estão na literalidade dos artigos 7º e 8º da CF/88. No artigo 7º, inciso
XXVII: proteção em face da automação, na forma da lei. Ao mesmo tempo, a CF/88 proíbe
discriminações no trabalho, bem como existe equiparação de tratamento dos avulsos com os
empregados, nos termos do artigo 7º, inciso XXXIV: igualdade de direitos entre o trabalhador
com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.
a) Certa. É a literalidade do artigo 7º, inciso XXVII: proteção em face da automação, na forma
da lei.
b) Errada. Não é possível distinguir.
c) Errada. Possuem tratamento isonômico
d) Errada. Não existe essa previsão na CF/88.
e) Errada. É proibido para menores de 18 anos.
Letra a.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
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Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos
nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII
e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das
obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiari-
dades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência
social.
Errado.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
XII – salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
XV – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos.
Certo.
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VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte
dias.
O adicional de insalubridade é de 10%, 20% ou 40%. O de periculosidade é 30%. A alternativa C
está certa, tendo em vista o art. 7, inciso XXVIII:
XXVIII – seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a
que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
a) Errada. A base é a remuneração integral
b) Errada. Só em caso de desemprego involuntário.
d) Errada. São 120 dias.
e) Errada. Não existe previsão de penosidade e a questão fala em insalubridade. Além disso, o
percentual é de periculosidade.
Letra c.
Não existe condicionamento ao adicional noturno. Basta laborar nos horários previstos na le-
gislação. Estar em revezamento ou não pouco importa para o direito ao recebimento do adi-
cional noturno.
Errado.
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Salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais
básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene,
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sen-
do vedada sua vinculação para qualquer fim.
Isso porque não é necessário lei complementar federal, mas tão somente lei ordinária. Quando
a CF/88 quer lei complementar, expressamente o diz. Não é o caso.
Errado.
A questão trata de aviso prévio pelo empregador na dispensa sem justa causa. Com base nis-
so, a questão se resolve pela literalidade da CLT nos artigos:
Art. 487, § 1º A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos sa-
lários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu
tempo de serviço.
§ 2º A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar os
salários correspondentes ao prazo respectivo.
§ 3º Em se tratando de salário pago na base de tarefa, o cálculo, para os efeitos dos parágrafos
anteriores, será feito de acordo com a média dos últimos 12 (doze) meses de serviço.
§ 4º É devido o aviso prévio na despedida indireta.
§ 5º O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio indenizado.
§ 6º O reajustamento salarial coletivo, determinado no curso do aviso prévio, beneficia o emprega-
do pré-avisado da despedida, mesmo que tenha recebido antecipadamente os salários correspon-
dentes ao período do aviso, que integra seu tempo de serviço para todos os efeitos legais.
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a) Errada. Somente existirá esse intervalo de ultrapassar as seis horas, conforme a CLT.
b) Errada. A previsão da lei é de 15 minutos, mas não de 30 minutos.
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Art. 71. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a
concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora
e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
§ 1º Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15
(quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
§ 2º Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.
§ 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro
do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social,
se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organiza-
ção dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho
prorrogado a horas suplementares.
§ 4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e ali-
mentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas
do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração
da hora normal de trabalho. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
§ 5º O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, e aquele estabelecido no
§ 1º poderá ser fracionado, quando compreendidos entre o término da primeira hora trabalhada e o
início da última hora trabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho,
ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho a que são submetidos
estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação
de veículos rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros, mantida a
remuneração e concedidos intervalos para descanso menores ao final de cada viagem. (Redação
dada pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
Letra d.
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d) o tempo de trabalho para a mesma empresa não é excludente para a equiparação salarial,
apenas o tempo na função, o qual não pode ser superior a dois anos entre empregado e seu
paradigma.
e) o empregado que retorna por determinação do empregador ao cargo de origem após ter
ocupado função de confiança terá a gratificação de função incorporada, desde que tenha exer-
cido a função por período superior a cinco anos.
§ 4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e ali-
mentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas
do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração
da hora normal de trabalho. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência).
A alternativa B está errada, conforme o artigo da CLT:
Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448
desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empre-
gados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor.
A alternativa C está errada, tendo em vista que o auxílio-alimentação é um benefício que pode,
ou não, ser concedido ao empregado. Não se trata aqui de benesse obrigatória e que deva
ser paga pelo empregador. Porém, muitas categorias recebem o pagamento deste auxílio, ge-
rando, a partir daí uma dúvida, se ele se integra à sua remuneração, acarretando reflexos em
férias, 13º salários e fundo de garantia do tempo de serviço (FGTS), por exemplo.
A alternativa D está errada, pois conforme a CLT:
Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador,
no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia,
nacionalidade ou idade.
§ 1º Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtivi-
dade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o
mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja
superior a dois anos.
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Art. 468. Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por
mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao
empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.
§ 1º Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo
empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de
confiança.
§ 2º A alteração de que trata o § 1º deste artigo, com ou sem justo motivo, não assegura ao em-
pregado o direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será incor-
porada, independentemente do tempo de exercício da respectiva função.
Letra a.
Com a Reforma Trabalhista, já podem ter três períodos, e, com isso, eliminam-se as alternati-
vas A e D. Assim, as demais se resolvem pela literalidade da CLT:
Art. 134. As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) me-
ses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.
§ 1º Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três
períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não
poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um.
Letra c.
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a) Errada. Não pode anteceder a dois dias de feriados, conforme a CLT: art. 134, § 3o É vedado
o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal
remunerado.
b) Certa. Conforme a CLT: Art. 134 As férias serão concedidas por ato do empregador, em um
só período, nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o
direito.
§ 1º Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três
períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não
poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um.
c) Errada. Redução de férias é somente se faltar mais de cinco dias, conforme CLT: Art. 130
Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá
direito a férias, na seguinte proporção: I 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao
serviço mais de 5 (cinco) vezes.
d) Errada. Destaca-se a CLT, mas não como obrigatoriedade, mas como opção do empregado
estudante, observando-se que somente para aquele que tiver menos de 18 anos, conforme o
artigo 136:
§ 2º O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias
com as férias escolares
e) Errada. É permitido até três fracionamentos, como consta na CLT.
Letra b.
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Conforme dispõe o art. 193 da CLT são consideradas atividades ou operações perigosas, aque-
las que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de
exposição permanente do trabalhador a: Inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; Roubos
ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou
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Destaca-se aqui o teor da CLT: conforme previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
o contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, caso em
que serão devidas pela metade as seguintes verbas trabalhistas: o aviso-prévio (se for indeni-
zado) e a indenização sobre o saldo do FGTS. A extinção do contrato por entendimento mútuo
permite a movimentação da conta vinculada do trabalhador do FGTS limitada a até 80% do acu-
mulado dos depósitos. Contudo, não autoriza que o empregado acesse o seguro-desemprego.
Por mútuo acordo, considerando que o salário é de R$2.000,00. O aviso prévio será pago pela
metade: R$1.000,00; Indenização do FGTS é de 20% que é R$1.400,00, demonstrando o impor-
te de R$280,00 e levantar 80% do FGTS que é de R$1.120,00, sendo correta a alternativa A.
Letra a.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Consolidação das Leis Trabalhistas. Brasília: Senado Federal, 1943.
______ Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Senado Federal, 1988
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 18a edição, Editora Ltr, 2019
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ANEXO
Súmula n. 85 do TST
COMPENSAÇÃO DE JORNADA
I – A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito,
acordo coletivo ou convenção coletiva.
II – O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma cole-
tiva em sentido contrário.
III – O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclu-
sive quando encetada mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das
horas excedentes à jornada normal diária, se não dilatada a jornada máxima semanal,
sendo devido apenas o respectivo adicional.
Súmula n. 366 do TST
CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM E SUCE-
DEM A JORNADA DE TRABALHO.
Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de
horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo
de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a tota-
lidade do tempo que exceder a jornada normal, pois configurado tempo à disposição do
empregador, não importando as atividades desenvolvidas pelo empregado ao longo do
tempo residual (troca de uniforme, lanche, higiene pessoal, etc.).
Súmula n. 244 do TST - GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA
I – O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao
pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, “b” do ADCT).
II – A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o
período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direi-
tos correspondentes ao período de estabilidade.
III – A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso
II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de
admissão mediante contrato por tempo determinado.
OJ 358. SALÁRIO MÍNIMO E PISO SALARIAL PROPORCIONAL À JORNADA REDUZIDA.
POSSIBILIDADE. EMPREGADO SERVIDOR PÚBLICO.
I – Havendo contratação para cumprimento de jornada reduzida, inferior à previsão cons-
titucional de oito horas diárias ou quarenta e quatro semanais, é lícito o pagamento do
piso salarial ou do salário mínimo proporcional ao tempo trabalhado.
II – Na Administração Pública direta, autárquica e fundacional não é válida remuneração
de empregado público inferior ao salário mínimo, ainda que cumpra jornada de trabalho
reduzida. Precedentes do Supremo Tribunal Federal.
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