O documento resume uma aula sobre geologia, discutindo processos de diferenciação magmática, formação de cristais, tipos de minerais em rochas magmáticas e suas classificações de acordo com cor e textura.
O documento resume uma aula sobre geologia, discutindo processos de diferenciação magmática, formação de cristais, tipos de minerais em rochas magmáticas e suas classificações de acordo com cor e textura.
O documento resume uma aula sobre geologia, discutindo processos de diferenciação magmática, formação de cristais, tipos de minerais em rochas magmáticas e suas classificações de acordo com cor e textura.
Na última aula começamos por falar sobre fatores que provocam a
diferenciação magmática. Foram descritos 3 processos distintos: Assimilação do encaixante, Imiscibilidade de líquidos magmáticos e Mistura de magmas. ● Na assimilação do encaixante, durante a ascensão do magma para zonas mais superficiais pode surgir a assimilação de rochas do encaixante, o que implica uma variação na composição do magma original. ● A imiscibilidade de líquidos magmáticos consiste na separação de um líquido magmático inicialmente homogéneo em duas fases líquidas imiscíveis e distintas composicionalmente. Cada um deles vai dar origem a rochas de composições diferentes. ● Por último, a mistura de magmas ocorre principalmente quando o magma que está armazenado numa câmara magmática sofre injeções de magmas de composição diferente, que variam a composição do magma acumulado.
De seguida falamos sobre os cristais. Um cristal é um sólido
homogéneo de matéria mineral que, nas condições favoráveis de formação pode apresentar superfícies planas e lisas, assumindo formas geométricas regulares. Num cristal os átomos/iões/moléculas dispõem-se de forma regular numa estrutura cristalina. Na formação de cristais existem vários fatores que condicionam este processo, sendo eles: o tempo, a agitação do meio, o espaço disponível e a temperatura. Quanto mais calmo estiver o meio, quanto mais lento for o processo e quanto maior for o espaço disponível, mais desenvolvidos e perfeitos são os cristais formados. Em condições de formação ideias, a organização interna do cristal manifesta-se na sua forma exterior, formando minerais delimitados por superfícies planas. No entanto, na situação oposta formam-se minerais uniformes, isto é, sem superfícies planas. Assim, definem-se 3 tipos de cristais: ● Cristal euédrico, quando o mineral é totalmente delimitado por faces bem desenvolvidas; ● Cristal subédrico, se o mineral apresenta faces parcialmente bem desenvolvidas; ● Cristal anédrico, se o mineral não apresenta qualquer tipo de faces. As propriedades físicas de um cristal são condicionadas pela organização espacial das suas partículas, a natureza química destas, as proporções em que se encontram no mineral e as forças de ligação entre as partículas. Estes fatores permitem classificar os minerais, como por exemplo, em isomorfos e polimorfos. Os minerais isomorfos possuem igual estrutura cristalina e diferente composição química. Já os minerais polimorfos apresentam estrutura cristalina diferente mas igual composição química.
Sobre os silicatos, os silicatos são os minerais mais abundantes da
crusta terrestre e das rochas magmáticas. A ortoclasse, a hornblenda e o quartzo são alguns exemplos presentes nas rochas magmáticas destes minerais.
Os minerais constituintes das rochas magmáticas podem também ser
classificados de acordo com a cor. Minerais de cor clara, como o quartzo e feldspato, ricos em sílica, designam-se minerais félsicos. Os minerais de cor escura, como a biotite e piroxenas, ricos em ferro e magnésio, designam-se minerais máficos.
Consequentemente, as rochas magmáticas formadas por estes
minerais terão também cores diferentes. ● Rochas leucocratas: apresentam cor clara, devido à predominância de minerais claros, ou seja, minerais félsicos. ● Rochas melanocratas: apresentam cor escura, devido à predominância de minerais escuros, ou seja, minerais máficos. ● Rochas mesocratas: apresentam cor intermédia, sem predominância de qualquer um dos tipos de minerais.
Normalmente, as rochas mais ácidas são mais claras e as rochas mais
básicas são mais escuras. As rochas ácidas possuem uma percentagem de sílica superior a 65%, as rochas intermédias uma percentagem compreendida entre 65% e 52%, as rochas básicas entre 52% e 43% e as rochas ultrabásicas possuem uma percentagem de sílica menor do que 43%. Por fim, as rochas magmáticas apresentam diferentes tipos de textura, dependendo da velocidade de arrefecimento do magma. Existem 3 tipos diferentes de textura. Uma rocha possui textura afanítica ou agranular quando é constituída por minerais muito pequenos, que não se distinguem à vista desarmada. Estas rochas são características de arrefecimentos do magma relativamente rápidos. Na textura fanerítica ou granular, os minerais distinguem-se uns dos outros, e são muitas vezes visíveis à vista desarmada, como acontece no caso do granito. Neste caso, o arrefecimento do magma trata-se de um processo bastante lento e demorado, permitindo o desenvolvimento e crescimento dos minerais. Por fim, as rochas com textura vítrea são constituídas por matéria amorfa, ou seja, não cristalizada. Neste caso, o arrefecimento e solidificação do magma é quase instantâneo, incapacitando o desenvolvimento de minerais.