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Projeto de Psicodiagnóstico infantil

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Entrevista familiar
diagnóstica e o uso do
genograma.
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Fundamentos:

 A criança como o sintoma de um sistema adoecido;

 Como o homem não é um ser isolado, ele não pode ser considerado fora de seu
ambiente familiar (CUNHA, 2003);

 A partir dos resultados da entrevista familiar diagnóstica se confrontam os dados da hora


do jogo diagnóstica e a entrevista com o casal;

 Quanto menor a criança, mais importante será a entrevista familiar diagnóstica;

 Os pais são modelos que a criança está incorporando durante uma etapa decisiva;

 Quanto mais grave for a hipótese diagnóstica, mais necessária será a entrevista familiar;
Fundamentos:
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• Muitas vezes o conflito é evidente apenas ao profissional, a entrevista familiar


diagnóstica poderá contribuir para a devolutiva e compreensão dos demais
membros da família sobre a dinâmica que estão inseridos;
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• A partir disso, se torna mais fácil o planejamento da devolução das
informações;

• Auxilia na decisão das estratégias terapêuticas recomendadas na entrevista


de devolução de informação final;
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Aspectos técnicos:

 Ligação Entrevista com os pais, diagnóstico inicial, entrevista


individual com a criança (com os pais, com toda a família);

 O número de entrevista vai depender da clareza com que seja possível


extrair material significativo;

 Orientações simples quanto regras do consultório e explicação sobre o


uso da Caixa e o papel do psicólogo durante a atividade;

 Cuidados com anotações e interferências ao longo da atividade;

 Local adequado;

 Observar os lugares que cada membro da família ocupa;


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O que observar durante a entrevista familiar
diagnóstica:
 Papéis bem definidos;

 Papéis fixos ou se são intercambiáveis;

 Determinar quem exerce a liderança


executiva no cargo familiar;

 O nível do desenvolvimento do líder para


permitir que o filho consiga um
desenvolvimento completo ou refreá-lo (não
consegue crescer junto com o filho);

 Identificações que predominam: ex. o que é


ser como pai, como a mãe, ser bom, ser mal,
etc.
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O que observar durante a
entrevista familiar diagnóstica:

 Identificar quem é o paciente identificado na dinâmica


familiar e se este é resistência ou se presta
passivamente a ser o “saco de pancadas”;

 Como os pais transmitem diferentes conhecimentos


aos filhos e estabelecem limites;

 Capacidade dos pais em regredirem para


compreender o filho retornar da regressão voltando a
sua condição de adulto;

 Mitos familiares (crenças sistematizadas e


compartilhadas) mantém a homeostase (dificulta
mudanças);

 Capacidade de proceder instantaneamente durante a


entrevista e ter insight do ocorrido;
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Resultados: Contraindicações
para atendimentos individuais

 Quando não se vislumbra a possibilidade de


modificação da patologia familiar e
principalmente se esta for severa;

 Quando a melhora do filho poderá


descompensar outro membro do grupo da
família;

 Quando o filho atravessar uma crise evolutiva


que obrigue os pais a reviverem essa etapa;

 Quando os pais mantêm e reforçam


inconscientemente a sintomatologia do filho;
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Contraindicações para realização da
entrevista familiar diagnóstica:

 Pais separados (litígio);

 Resistência reiterada;

 Prejudicial à criança (aumento significativo da angústia,


sofrimento intenso);
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Genograma e seu uso
complementar na avaliação dos
aspectos familiares:

 O genograma como recurso


avaliativo e interventivo surge como
uma ferramenta bastante útil para
acessar essas interações, e sua
utilização encontra-se cada vez mais
ampla na prática psicológica nas
últimas décadas. Trata-se de um
instrumento que permite organizar,
de forma sintética e clara, inúmeras
informações quanto à dinâmica
familiar.
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Genograma:

 O genograma é a representação gráfica das relações familiares;

 Contém informações sobre a estrutura, o funcionamento e a dinâmica de, ao


menos, três gerações de um sistema familiar;

 Utiliza o suporte gráfico para proporcionar uma modalidade narrativa sobre


histórias desse sistema;

 É construído em conjunto com o(s) paciente(s) e facilita o acesso às memórias


e aos relatos do mundo relacional;

 Sua construção implica, necessariamente, o aprofundamento das histórias e


das relações estabelecidas com as famílias de origem.
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Representações da estrutura familiar


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Representações sobre informações da
família:
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Representação de relações emocionais familiares


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Aplicação:

 Sugere-se a utilização do genograma na ­etapa final do processo avaliativo;

 Complementam o diagnóstico e o prognóstico provenientes da aplicação de outros


instrumentos psicológicos;

 Acredita-se ser fundamental pelo menos dois encontros para a construção do genograma,
tendo em vista que muitas vezes é preciso “buscar informações” com outros membros da
família extensa;

 Destaca-se a relevância da técnica como recurso para conhecer a família e,


consequentemente, compreender as relações entre o motivo de encaminhamento para
avaliação e a história familiar;

 Em casos de violência e de segredo (p. ex., relações extraconjugais), sugere-se a montagem


em separado.
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Construção do genograma em 5 etapas:

 Contextualização da estrutura familiar e avaliação da utilidade de


uso do genograma;

 Investigação relacional da família de origem de um dos membros


do casal;

 Investigação relacional da família de origem do outro membro do


casal;

 Investigação relacional da família atual;

 Associações transgeracionais e conexão com a


demanda/objetivo da avaliação;
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Recadinho
importante:
 Filme de amanhã: Sete Minutos
Depois da meia-noite

 Disponível na Netflix

 Será passsado no blackboard às


19h na sala de aula

 Duração: 1h48

 Início discussão - teoria e


fenômenos observados: 21h

 Será realizado genograma da


família do Conor (quinta-feira)
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Atividade:

 Pesquisa sobre a importância


da família terapêutica no
psicodiagnóstico infantil.

 Atividade individual
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Referencial:

 ARZENO, Maria E. Psicodiagnóstico clínico – novas contribuições.


Porto Alegre: Artmed, 1995.

 CUNHA, Colaboradores, J.A. E. Psicodiagnóstico - V, 5edição


Reviisada e Ampliada. [Minha Biblioteca]. Retirado
de https://online.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536307787/

 HUTZ, Simon, C., BANDEIRA, Ruschel, D., TRENTINI, Marceli, C.,


KRUG, Silva, J. Psicodiagnóstico - Coleção Avaliação psicológica.
[Minha Biblioteca]. Retirado
de https://online.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582713129/
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Sugestão de
leitura:

 MINUCHIN, Salvador,
NICHOLS, P., LEE, Wai-
Yung. Familias e Casais:
Do Sintoma ao Sistema.
[Minha Biblioteca]. Retirado
de https://online.minhabibli
oteca.com.br/#/books/9788
536319964/

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