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UNIVERSIDADE SÃO TOMAS DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE ECONOMIA E CIÊNCIAS EMPRESARIAIS

CURSO DE LICENCIATURA EM GESTÃO FINANCEIRA E BANCÁRIA

Disciplina: Contabilidade Financeira III Agosto


2023
Aula Prática 1
Dr. Dionex Branco
Firmino Sitoe

Exercícios de aplicação

Parte I: Resultado por acção

1. A empresa HM teve um Lucro Líquido de 2.000.000,00 MT em 31/12/X1 e tinha nessa


data 10 milhões de acções ordinárias emitidas.
Em Janeiro de X0 a empresa lançou 800.000 títulos conversíveis, com juros de 40.000,00
MT. O termo de converção determina que cada 100 títulos corresponde a 150 de acções
ordinárias.
Pede-se: Calcule LPA Básico e Diluído.

2. A HM teve um resultado operacional no valor de 8.000.000,00 MT em 31/12/N e teve


despesas financeiras na ordem de 65.000,00 MT, a empresa paga dividendos preferenciais a
taxa de 5%/lucro. A empresa HM detém 270.000 acções e a taxa de contribuição industrial é
de 32%.
Pede-se: Calcule o LPA.

3. A HM no final do ano N obteve um resultado líquido no valor de 5.000.000,00 MT e


pagava aos dividendos preferenciais um montante avaliado em 300.000,00 MT. Neste
período a HM emitiu mais 100.000 acções.

Pedido: Calcule o lucro por acções sabendo que a HM detinha 150.000 acções.

4. Suponha que a empresa HM no ano N obteve os seguintes resultados:


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 Resultado liquido de operações contínuas 270.000.000,00 MT.
 Resultado liquido de operações descontínuas de 70.000.000,00 MT.
 Número médio de acções 10.000.000 de acções.

Pedido: Calcule o RPA continuadas, descontinuadas, líquido de operações continuadas.

5. Considere uma empresa da praça, constituída a 10/01/2012, com o capital social de


10.000.000,00MT.

Os sócios subscreveram e realizaram as suas partes conforme segue:

Sócios subscrição realização

Cláudio 51% 100%

Wendy 30% 20%

Vidro 15% 80%

Calton 4% 0%

Total 100% 69.0%

Acontecimentos:

Lucro obtido no fim do primeiro exercício económico: 580,000,00 MT


Neste exercício, não houve alterações quanto às realizações do capital social
Durante o segundo exercício económico, foram registados os seguintes dados:
 Realização da parte social pelo Calton, em 100%, a 01/07/2013.
 Realização da parte social pelo Sócio Cláudio, pelo remanescente, a 01/09/2013.
 Lucro do exercício 810,000,00 MT

Pede-se:
a) O capital social da empresa, subscrito e realizado em cada exercício.
b) O resultado por acção em cada exercício
c) O Resultado apurado para cada sócio, em cada exercício.

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Parte II: Acontecimentos após a data de balanço

1. Na empresa HM, S.A., que se dedica à transformação de madeira para a construção


Civil, ocorreram as seguintes situações após 31 de Dezembro do ano N:

a) No final do ano N a entidade possuía um elevado stock de madeira Sucupira, parte da


qual já está em produtos em vias de fábrico e a outra parte do stock de produtos acabados.
Em Janeiro de N+1 deu-se um acréscimo significativo da oferta daquele tipo de madeira
proveniente do Brasil, o que originou uma descida acentuada de preço dos produtos
acabados a partir da segunda quinzena de Janeiro de N+1.

b) O cliente Wendy, Lda. interrompeu pagamentos a partir de 02/03/N+1, tendo-se


conhecimento que o cliente está praticamente falido. A entidade tem sobre ele um crédito
datado de Novembro de N.
c) O cliente Emex, Lda., que em 31/12/N tinha sido considerado de cobrança duvidosa, e
relactivamente ao qual se reconheceu uma perda por imparidade pelo valor total do
débito, pagou a sua dívida em 05/03/N+1.

d) Em 27/02/N+1 deu-se uma inundação nos armazéns de um importante cliente, que lhe
destruiu todos os seus inventários. O cliente não possuía seguro que lhe cobrisse este tipo
de riscos. Tal facto veio a provocar sérias dificuldades financeiras, tornando-se
impossível o cumprimento das suas obrigações.

Nesta data, o cliente tem um débito para com a HM, S.A. relativo a Janeiro de N+1.
e) A entidade tem um processo judicial em curso desde Outubro de N, movido por um
ex-funcionário que reclama uma indemnização à HM, S.A. no valor de 200.000,00 MT,
por doença profissional. Em 14/3/N+1 foram reconhecidos os resultados dos exames
médicos periciais, realizados ao ex-funcionário, que confirmaram a presença de danos em
órgãos internos provocados pela ingestão de uma substância tóxica libertada no processo

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de corte de algumas madeiras. A entidade não efectuou até à data o reconhecimento deste
facto nas suas demonstrações financeiras.

f) Em 29/3/N+1 o contabilista da HM, S.A. descobriu um erro cometido na realização


dos inventários de matérias-primas, com efeitos materialmente relevantes no valor
apurado do Custo das Matérias Consumidas no período N.

g) Uma alteração da taxa de imposto sobre o rendimento em Fevereiro de N+1, na


sequência da aprovação da Lei do Orçamento deste exercício, tendo está alteração um
efeito significativo nos activos e passivos por impostos diferidos reconhecidos em N.

Pedido:
Classificar os acontecimentos após a data do balanço apresentados e indicar o
correspondente tratamento contabilístico, sabendo que a data da autorização para emissão
das demonstrações financeiras de N é 15 de Março de N+1.

Parte III: Questões de escolha múltipla

1. O período subsequente é entendido como aquele que ocorre:


a) Entre a data de aprovação de contas e a sua aplicação.
b) Entre a data de referência do balanço e a data da assembleia para deliberação sobre a
aprovação de contas.
c) Entre 31/12/N e 30/03/N+1.
d) Nenhuma das anteriores.

2. Os acontecimentos após a data do balanço com eventuais efeitos na informação financeira


são os que:
a) Representam contingências.
b) Indicam condições que surgiram após a data do balanço.
c) Pela sua materialidade obrigam a ajustamentos das demonstrações financeiras ou pela
relevação ou divulgação.
d) Pela sua materialidade obrigam a ajustamentos das demonstrações financeiras pela
relevação.

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3. De acordo com o disposto na NCRF 24, os acontecimentos após a data do balanço que
dão lugar a ajustamentos devem ser reconhecidos:
a) Nas demonstrações financeiras do período da ocorrência de tais acontecimentos.
b) Nas demonstrações financeiras do período anterior ao da ocorrência de tais
acontecimentos.
c) Nas demonstrações financeiras do período corrente ou anterior à ocorrência de tais
acontecimentos, dependendo da decisão do órgão de gestão.
d) Nenhuma das anteriores.

4. Um acontecimento do período subsequente dará lugar a um ajustamento apenas quando:


a) Proporcione prova de condições que existiam à data do balanço.
b) Seja indicativo de que está em causa o pressuposto da continuidade.
c) Órgão de gestão assim o decidir, em função dos efeitos econômicos decorrentes do
reconhecimento, ou não, do ajustamento.
d) Nenhuma das anteriores.

5. Um acontecimento do período subsequente deverá ser divulgado quando:


a) Não afecte as condições dos activos e passivos à data do balanço, mas seja de tal modo
importante que possa afectar a capacidade dos utentes na tomada de decisões.
b) Seja indicativo de que está em causa o pressuposto da continuidade.
c) Afecte as condições dos activos e passivos à data de balanço.
d) Nenhuma das anteriores.

6. De acordo com a NCRF 24, a destruição de uma parte substancial das instalações
produtivas de uma entidade, após a data do balanço, implica que, à data do balanço:
a) Se ajuste as demonstrações financeiras, reconhecendo o prejuízo.
b) Não se faça nada.
c) Se divulgue ao Anexo apenas se estiver em causa a continuidade da entidade.
d) Nenhuma das anteriores.

7. O anúncio de um processo de descontinuação empresarial, antes da data de autorização


para a emissão das demonstrações financeiras, obriga:
a) A divulgação no Anexo.

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b) A nada fazer
c) A alterar prospectivamente as demonstrações financeiras.
d) Nenhuma das anteriores.

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