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Universidade Eduardo Mondlane

Faculdade de Economia

Ano Lectivo de 2014 06/11/2014


Licenciatura em Contabilidade, Gestão e Economia Duração: 120 minutos

Contabilidade Financeira I
TESTE II

PARTE I (10 Valores)


1. O Quadro Conceptual (QC) do SCSE trata, essencialmente:
a. Dos objectivos das DF; das características qualitativas que determinam a utilidade da informação
contida nas DF; da definição, reconhecimento e mensuração dos elementos a partir dos quais se
constroem as DF; e dos conceitos de capital e de manutenção do capital.
b. Dos objectivos das DF; das características qualitativas que determinam a utilidade da informação
contida nas DF; e dos conceitos de capital e de manutenção do capital.
c. Dos objectivos das DF; das características qualitativas que determinam a utilidade da informação
contida nas DF; da definição, reconhecimento e mensuração dos elementos a partir dos quais se
constroem as DF.
d. Nenhuma das anteriores.

2. A informação financeira que cumpra com as suas características qualitativas e:


a) Uma informação isenta de erros materiais.
b) Uma informação digna de confiança.
c) Rapidamente compreensível pelos utilizadores.
d) Todas as anteriores.

3. De acordo com as características qualitativas, as perdas por imparidade sabre créditos de cobrança duvidosa
devem ser reconhecidas:
a) Quando as dividas resultarem exclusivamente de transacções comerciais e estiverem vencidas há mais
de seis meses.
b) Exista uma probabilidade muito reduzida de cobrança total ou parcial da divida, ainda que a mesma
não esteja já vencida.
c) Os clientes emitam cheques pré-datados.
d) Exclusivamente se respeitarem a dívidas de clientes e de acordo com as regras estabelecidas no Código
do IRPC.

4. O SCSE assenta a definição de Activo numa perspectiva:


a) Económica, em que prevalece o critério de propriedade.
b) Jurídico-patrimonialista, em que prevalece o critério de controlo.
c) Económica, em que prevalece o critério de controlo.
d) Nenhuma das anteriores.

5. Estritamente de acordo com a QC, os activos podem ser mensurados:


a) Ao custo histórico.
b) Ao custo histórico e ao custo corrente.
c) Ao custo histórico, ao custo corrente, ao valor realizável e ao valor presente.
d) Ao custo histórico, ao custo corrente, ao valor realizável, ao valor presente e ao justo valor.

6. Segundo o custo histórico, os registos contabilísticos devem basear-se em:


a) Preços verdadeiros.
b) Custos estimados.
c) Custos de aquisição ou de produção.
d) Todos os anteriores.

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7. As depreciações do período constituem:
a. Um gasto de produção.
b. Um gasto de distribuição.
c. O reconhecimento de uma perda.
d. A imputação de parte do valor dos activos tangíveis aos resultados.

8. Em N, a empresa Alfa comprou uma máquina industrial por 40.000Mt, cujo valor residual no final da vida
útil se fixou em 8.000Mt. A empresa usa, na preparação das duas DFs o método de linha recta no cálculo
das depreciações, tendo estas, no período N, ascendido a 4.000Mt. De acordo com a informação disponível,
a vida útil estimada desta maquina é de:
a. 8 anos.
b. 9 anos.
c. 10 anos.
d. 20 anos.

9. Dos métodos de depreciação abaixo mencionado, em qual deles o valor residual do bem por depreciar é
ignorado no cálculo da depreciação para os primeiros períodos.
a. Método das quotas constantes;
b. Método das unidades de produção;
c. Método das quotas degressivas (Double declining – balance)
d. Método da soma de dígitos;

10. O sistema de Inventário permanente distingue-se do sistema de inventário periódico, porque:


a) Utiliza nos registos contabilísticos contas totalmente diferentes
b) Permite determinar o valor do custo das vendas.
c) O apuramento do Resultado bruto das vendas não obriga, necessariamente, a inventariação física.
d) O apuramento do Resultado bruto das vendas obriga, necessariamente, a inventariação física.

11. A empresa H tinha 150 unidades da mercadoria A em 1 de Janeiro de N, ao preço de 21 u.m. cada. As
compras da mercadoria A no decurso do mês de Janeiro de N foram de:

Uma contagem física do inventário no mês de Janeiro de N demonstrou existirem 250 unidades da mercadoria
A. O custo da mercadoria A em inventário, de acordo com o método FIFO, é:
a) 5.850.
b) 5.550.
c) 5.350.
d) 5.250.

12. Tendo em conta a seguinte informação apresentada por ordem cronológica, relativa à mercadoria Xis, e
sabendo que a quantidade vendida daquela mercadoria foi de 1 450 unidades, o valor do inventário final em
FIFO, será de:

a) 39 100 u.m.
b) 42 550 u.m.
c) 42 500 u.m
d) Nenhuma das anteriores.

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13. A conta de acréscimos de rendimentos apresentava, em 31/12/N, um saldo devedor de 5.000 Mt. Isto
significa que tal importância:
a. Foi considerada um rendimento no período N.
b. É um valor a receber no período N+1.
c. Procedeu-se a periodização económica do rendimento.
d. Todas anteriores.

14. Qual das seguintes operações, relativas a N, consubstancia os acréscimos de gastos:


a. Pagamento de electricidade relativo a Dezembro de N.
b. Pagamento de seguros validos de 30/11/N a 30/11/N+1
c. Encargos com férias a pagar em N+1.
d. Pagamento de renda do escritório, respeitante a Janeiro de N+1

15. Se durante o período contabilístico tiver ocorrido um rendimento, mas o mesmo não tiver sido recebido
nem contabilizado, a regularização no final do ano deve envolver:
a. Uma conta do activo e uma conta do passivo.
b. Uma conta de gastos e uma conta de rendimentos.
c. Uma conta de activo e uma conta de rendimentos.
d. Uma conta de gastos e uma conta de dívidas a pagar.

16. A empresa Tulipa, SA. Constituiu, em 01/11/N, um depósito no Banco Bisrende no valor de 1.000Mt, por
um prazo de 3 meses. Sabendo que o depósito rende juros postecipados a taxa semestral de 3%, que
lançamento efectuar em 31/12/N:
a) Debitar Acréscimos de rendimento e creditar juros e rendimentos similares, por 10Mt.
b) Debitar Rendimentos diferidos e creditar juros e rendimentos similares, por 10Mt.
c) Debitar Acréscimos de rendimento e creditar juros e rendimentos similares, por 60Mt.
d) Debitar Acréscimos de rendimento e creditar juros e rendimentos similares, por 90Mt.

17. Admitindo que os juros relativos ao período N+1 foram recebidos antecipadamente em N, a contrapartida
de uma conta de Meios Financeiros Líquidos em N devera ser a conta:
a. Acréscimos de rendimentos.
b. Juros obtidos.
c. Rendimentos Diferidos.
d. Não se deve fazer qualquer registo em N, uma vez que os rendimentos dizem respeito ao ano
seguinte.

18. Qual dos seguintes ajustamentos contabilísticos envolve aumento de activos:


a. Gastos incorridos e não contabilizados.
b. Reconhecimento de provisões.
c. Reconhecimento de depreciação dos Activos Tangíveis.
d. Rendas recebidas antecipadamente.

19. A Editoc, lda subscreveu um seguro obrigatório de incêndio do armazém, cujo prémio anual respeita ao
período entre 1 de Julho de N e 30 de Junho de N+1. O montante desse prémio foi pago em Julho de N e
ascende a 6.000Mt.
Tendo-se verificado que no momento do pagamento do premio anual do seguro do incêndio, a Editoc, Lda.
Registou a totalidade do premio na correspondente conta de gastos, 31 de Dezembro de N devera ser
efectuado o seguinte lançamento contabilístico:
a) Débito de 494 – Gastos diferidos e crédito de 63233 – seguros, no montante de 3.000Mt.
b) Débito de 63233 – Seguros e crédito de 491 – Acréscimos de gastos, no montante de 3.000Mt.
c) Débito de 494 – Gastos diferidos e crédito de 63233 – seguros, no montante de 6.000Mt.
d) Débito de 63233 – Seguros e crédito de 491 – Acréscimos de gastos, no montante de 6.000Mt.

20. Obtido o Balancete rectificado, efectuam-se os lançamentos necessários ao apuramento de resultados,


processo este que consiste:
a. Na transferência do saldo de Gastos e Rendimentos para a conta Resultados antes de impostos, de
modo a que aquelas contas fiquem saldadas.
b. Na transferência do saldo do Activo, Passivo, Gastos e Rendimentos para a conta Resultados antes
de impostos, de modo a que aquelas contas fiquem saldadas.
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c. Apenas na transferência do saldo das contas Resultados Antes de Imposto e Impostos sobre o
rendimento do período para conta Resultado Liquido, de modo a que aquelas primeiras fiquem
saldadas.
d. Apenas na transferência do saldo das contas Resultados Antes de Imposto para conta Resultado
Liquido, de modo a que aquela primeira fique saldada.

21. Um importante registo a efectuar no final do ciclo contabilístico, consiste no apuramento do resultado
líquido do período e na estimativa do imposto sobre o rendimento do período, cujos registos são efectuados:
a. A debito da conta 441 Imposto sobre o Rendimento, por crédito da conta 85 Imposto sobre o
rendimento.
b. A debito da conta 85 Imposto sobre o rendimento, por crédito da conta 88 Resultado Liquido do
período.
c. A crédito da conta 88 Resultado Liquido do período, por debito da conta 441 Imposto sobre o
Rendimento.
d. Nenhuma das anteriores.

22. O lançamento de encerramento de contas é obrigatório no final de cada exercício económico, traduzindo-se:
a. No crédito das contas com saldo credor no balancete final.
b. No débito das contas com saldo devedor no Balancete final.
c. Todas anteriores.
d. Nenhuma das anteriores.

23. A determinação dos fluxos de caixa permite obter:


a. As entradas de tesouraria;
b. As saídas de tesouraria;
c. O saldo de tesouraria;
d. A variação de caixa e seus equivalentes.

24. No método indirecto de apresentação dos fluxos de caixa operacionais, as depreciações do período:
a. Constituem um fluxo de caixa negativo.
b. Constituem um fluxo de caixa positivo.
c. Constituem um fluxo de caixa positivo ou negativo.
d. Não constituem fluxo de caixa.

25. Na DFC, as actividades operacionais compreendem fluxos monetários de saídas resultantes, entre outros,
de:
a. Pagamento relativo a compra de bens.
b. Pagamento relativo a compra de bens, excepto investimentos.
c. Pagamento relativos a financiamentos obtidos aplicados na actividade operacional.
d. Nenhuma das anteriores.

PARTE III (10 Valores)


Considere o balancete de Verificação, apresentado pela empresa Promar,SA à data de 31 de Dezembro do ano
N.
Saldos
Conta Devedores Credores
Caixa 4,000
Depósitos à Ordem 153,000
Outros Dep. Bancários 75,000
Clientes 134,600
Fornecedores 89,750
Financiamentos Obtidos 182,000
Estado 18,730

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Outras contas a Receber 10,200
Outras contas a pagar 7,420
Mercadorias 156,000
Activos Fixos Tangíveis 92,000
Depreciações Acumuladas 34,500
Capital 175,000
Resultados Transitados 32,000
Custo de Inventario Vendido 310,790
Fornecimentos e Serviços 143,000
Gastos com o pessoal 176,000
Gastos e perdas financeiras 17,200
Vendas 623,290
Prestações de Serviços 105,000
Outros rendimentos e ganhos 3,200
Rendimentos Financeiros 900
Total 1,271,790 1,271,790

Outras informações:
1. Esta por registar a perda por imparidade em dividas a receber (clientes) no montante de 5.740 Mt.
2. Consumo de electricidade previsto para o mês de Dezembro do ano N: 620 Mt.
3. Foram imputados em gastos de N, dispêndios de manutenção, 630 Mt, que respeitam à assistência de
equipamentos administrativos, a realizar em Janeiro de N+1.
4. A previsão dos subsídios de ferias a pagar e processar em N+1 é de 30.000Mt, em termos brutos,
sujeito a retenção de 7% relativo ao INSS, por conta da empresa.
5. A empresa possui um deposito a prazo a 6 meses no valor de 75.000 Mt que fora constituído no dia 1
de Outubro do ano N. A taxa de juro anual negociada é de 4,5%, sendo os juros creditados em conta no
1º dia útil após o vencimento.
6. Esta por registar o pagamento da renda do mes de Janeiro do ano N+1 no valor de 800 Mt. Retenção na
fonte a taxa de 20%.
7. A empresa contraiu, em 01 de Setembro de N, um empréstimo no valor de 182.000 Mt, amortizável no
final de cada semestre. Negociou a data uma taxa de juro anual de 10%.
8. Depreciações do ano: 11.500 Mt.
9. Não foi registado o aviso de débito nº87 relativo ao seguro automóvel correspondente ao período de 1
de Dezembro do ano N a 30 de Novembro de N+1. O valor da anuidade é de 720Mt, pago no final do
ano N por transferência bancária.
A taxa de imposto sobre o rendimento é de 32%.

Pretende-se:
a) Lançamentos no diário relativos às operações necessárias para que as contas do ano N sejam
encerradas.
b) Apresentação do balancete rectificado.

Os docentes:
Eulália Madime
Ivo Manguva

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