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Universidade Federal de Campina Grande

Centro de Ciências e Tecnologia


Unidade Acadêmica de Engenharia Química
Introdução ao Processo de Separação por Membranas para Engenharia Química

Exercícios referentes ao 3º Estágio

Professor: Dr. Kepler Borges França

Equipe:
Gustavo Medeiros de Paula
Jakelline Nunes
Kylvia Hellen
Pedro Augusto
Ruan Varjão Dias
Thaise Pereira
Virgínia Maria Ramalho

Campina Grande-PB

Abril de 2014
Projeto de irrigação de um campo de futebol

O presente projeto prevê a irrigação de um campo de futebol utilizando água proveniente


de um poço.

Descrição do projeto

Um campo de futebol, segundo regras da FIFA, possui entre 90m e 130m de comprimento
e entre 45m e 90m de largura. O que resulta numa área entre 4050m2 e 10800m2. O campo de
futebol para o qual este projeto está sendo realizado possui 75m de largura e 130m de
comprimento, totalizando uma área de 9750m2. Ver Figura 1.

Figura 1 – Ilustração da área gramada do campo de futebol.

Visando obter um melhor resultado e eficiência no uso da água, foi previsto um sistema de
irrigação automatizado e embutido no gramado. Tal sistema consiste em aspersores enterrados
(escamoteáveis) que emerge do solo quando a tubulação é pressurizada, promovendo a irrigação
da grama (toda tubulação deverá estar no mínimo a 30 cm de profundidade). A irrigação é
dividida em setores ou ramais que são acionados por válvulas solenóides de comando elétrico.
Cada válvula é aberta através do comando de um controlador central, sendo feita a irrigação da
área coberta pelos aspersores do referido setor. Esse gerenciamento das válvulas solenóides feito
pelo controlador central digital, que pode ser programado para qualquer dia da semana, horário e
tempo desejado para cada setor, permitindo maior eficiência da rega. Este sistema permite
melhor homogeneidade na distribuição e economia de água, mão de obra e diminuição de tráfego
sobre gramado. Além disso, a programação das regas para horários noturnos interferirá menos
nas atividades do campo. O cálculo da irrigação está prevista para funcionamento simultâneo dos
setores centrais do campo o que permitirá uma rega rápida do gramado antes das partidas
conforme recomendações da FIFA. O sistema de bombeamento consiste em duas motobombas
trifásicas de 220 v, sendo uma atuando com motobomba reserva. Os produtos aplicados na
irrigação (válvulas e aspersores) serão da marca RAINBIRD, importados dos EUA e usado nos
principais campos do mundo e do Brasil, entre eles Maracanã, Engenhão, Morumbi, Castelão,
Arruda, etc.

Figura 2 – Aspersor para irrigação

A água para irrigação do gramado é proveniente de um poço à uma vazão de 2000L/h. A


demanda de água para irrigação do gramado é de 10 a 15mm, duas vezes por semana. Podendo
variar conforme condições de temperatura e precipitação. Em relação à dosagem de água, é
preferível aplicação de lâminas maiores (10 a 13 mm) e com maior intervalo de tempo do que
lâminas menores (5 a 8 mm) e mais freqüentes, favorecendo o crescimento radicular em
profundidade.
Dessa forma, para realizar a irrigação do gramado optou-se por realizar duas irrigações por
semana com uma lâmina de água de 10 mm. Portanto, determinou-se que cada irrigação
demanda aproximadamente 97500 litros de água. Para tanto, a água utilizada para a irrigação
será armazenada num tanque com capacidade superior a 100 000L. É importante observar que
demanda de água do gramado deve ser respeitada mesmo sob períodos de alta precipitação, ou
seja, em períodos de alta precipitação deve-se realizar uma medição da quantidade de água
precipitada e averiguar se há necessidade de irrigar o gramado. O processo de irrigação será
efetuado no período noturno, como forma de evitar a perda de água por evaporação, otimizando,
também, a absorção da água pelo gramado.
A água proveniente do poço não apresenta boa qualidade em relação a salinidade para a
realização da irrigação. Por conseguinte, projetou-se um sistema de dessalinização por
membranas para tornar essa água própria para o fim em questão. A Tabela 1mostra a análise
laboratorial realizada em uma amostra dessa água antes do tratamento. Observa-se na Tabela 1
que os valores dos parâmetros em negrito são aqueles que precisam ser adequados quanto aos
valores aceitáveis.
Tabela 1 – Análise da água do poço.

PARÂMETROS RESULTADOS VMP (**)

Condutividade Elétrica, mho/cm a 25 oC 20.800,0 ---

Potencial Hidrogeniônico, pH 6,7 6,0 a 9,5

Turbidez, (uT) 0,3 5,0

Cor, Unidade Hazen (mg Pt–Co/L). 0,0 15,0

Dureza em Cálcio (Ca++), mg/L 929,0 ---

Dureza em Magnésio (Mg++), mg/L 953,4 ---

Dureza Total (CaCO3), mg/L 6.295,0 500,0

Sódio (Na), mg/L 1.955,0 200,0

Potássio (K+), mg/L 48,5 ---

Alumínio (Al3+), mg/L 0,00 0,2

Ferro Total, mg/L 0,01 0,3

Alcalinidade em Hidróxidos, mg/L (CaCO3) 0,0 ---

Alcalinidade em Carbonatos, mg/L (CaCO3) 0,0 ---

Alcalinidade em Bicarbonatos, mg/L (CaCO3) 330,0 ---

Alcalinidade Total, mg/L (CaCO3) 330,0 ---

Sulfato (SO4--), mg/L 646,7 250,0

Fósforo Total, mg/L 0,0 ---

Cloreto (Cl-), mg/L 6.709,5 250,0

Nitrato (NO3-), mg/L 0,22 10,0

Nitrito (NO2-), mg/L 0,08 1,0


Amônia (NH3), mg/L 4,48 1,5

Sílica, mg/L (SiO2) 54,8 ---

ILS (Índice de Saturação de Langelier) 0,49 ≤0

STD (Sólidos Totais Dissolvidos a 180ºC), mg/L 11.704,2 1.000,0

(*)Vazão Informada.
(**)VMP - Valor Máximo Permissível ou recomendável pela Legislação Brasileira (PORTARIA 2914/11 MS).
LAUDO:
OBSERVAÇÕES:
1- Os resultados se referem única e exclusivamente à amostra de água analisada neste laboratório.
2- Os dados de identificação da amostra foram fornecidos pelo interessado.
A divulgação dos resultados desta análise, assim como sua utilização para quaisquer fins, é de exclusiva responsabilidade
do interessado.

Eng. Químico Responsável: Prof. Kepler B. França (CRQ – 9.19.3.1303118)


Visto da Coordenação: Prof. Kepler B. França Data: 12/08/2019

No software ROSA (Reverse Osmosis System Analysis) foi projetado um banco de


membranas responsável por tratar

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