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VOLUME III: PROJETO BÁSICO – TOMO II: ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTO BRUTO

TOMO II.1: MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA E MEMÓRIA DE CÁLCULO

15 SISTEMA DE TRATAMENTO DE ODORES

O local de implantação das elevatórias possui ocupação em seus arredores, exigindo a


necessidade do tratamento dos odores e da toxidade dos gases provenientes da mistura de
compostos de enxofre (H2S e mercaptanas), presentes nos efluentes de esgotos brutos e
tratados.

O potencial de emissão de H2S pode ser avaliado a partir das concentrações de sulfetos
dissolvidos na corrente líquida, pois a condição crítica para emissão de odores seria a extração
total desses gases nos esgotos com a liberação para a atmosfera.

De acordo com a tabela 2 do Volume XI – Desodorização de ETEs e Unidades de SES, das


Diretrizes para Elaboração de Estudos e Projetos da COPASA, a concentração de sulfeto nos
esgotos brutos pode variar de 0,8 ppm a 2,0 ppm.

15.1 Determinação da Carga de Sulfeto de Hidrogênio

Para o dimensionamento da unidade de tratamento de odores emitidos foram considerados os


seguintes critérios e parâmetros:

Concentração de sulfeto de hidrogênio no esgoto bruto (C’) .............................................. 2 ppm

Densidade do sulfeto de hidrogênio (  H 2 S ) .......................................... 1,36 kg/m³ = 1.360 mg/L

C '   H2S 2  1360


Concentração de H2S no esgoto bruto (C) ........................   0,00272 mg/L
1  10 6
1  10 6

A carga de sulfeto (Kg/h) produzida será:

QC
K
1000

onde “Q” é a vazão média de esgoto afluente ao tratamento, em final de plano.

Para valores de carga de sulfeto (K) menores que 60 kg/d (baixa carga aplicada de
contaminantes), a COPASA recomenda o tratamento físico-químico dos gases através do
processo de adsorção, com utilização de filtros de carvão ativado, e tempo mínima de carreira
para a troca do carvão ativado de 6 meses.

O cálculo das cargas de sulfeto (K) de cada elevatória está apresentado no Quadro 68.

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15.2 Equipamento para o Tratamento dos Gases

O volume de gás de exaustão considerado foi aquele referente às dimensões internas da


elevatória/abrigo, dos compartimentos enclausurados.

Para proteção da equipe de operação, a COPASA recomenda a instalação sistemas de


exaustão com 8 a 12 trocas por hora. Para espaços onde não há operação, foi considerado 4 a
6 trocas por hora.

Como referência de projeto foi especificado os tambores de purificação (Drum Scrubber)


modelos DS-100, DS-300 e DS-1000 da Purafil, com as seguintes características:

MODELO DS-100

Vazão máxima ................................................................................................................ 170 m³/h


Material de construção ................................................................ Polietileno de Baixa Densidade
Diâmetro do tambor .......................................................................................................... 559 mm
Altura do tambor ............................................................................................................ 1.322 mm
Diâmetro de entrada (linha de exaustão) ................................................................................ Ø4”

MODELO DS-300

Vazão máxima ................................................................................................................ 510 m³/h


Material de construção ................................................................ Polietileno de Baixa Densidade
Diâmetro do tambor .......................................................................................................... 787 mm
Altura do tambor ............................................................................................................ 1.676 mm
Diâmetro de entrada (linha de exaustão) ................................................................................ Ø8”

MODELO DS-1000

Vazão máxima ............................................................................................................. 1.700 m³/h


Material de construção ................................................................ Polietileno de Baixa Densidade
Diâmetro do tambor ....................................................................................................... 1.321 mm
Altura do tambor ............................................................................................................ 2.019 mm
Diâmetro de entrada (linha de exaustão) .............................................................................. Ø10”

Apresentam-se no Quadro 68, a seleção dos equipamentos por elevatória que contempla o
sistema de tratamento de gases.

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Quadro 68 - Tratamento de Gases

Equipamento Vazão Vel. Vel. Diâmetro


Q
Carga Adotado Adotada Inf. Sup. Adotado
Afluente Volume Tx Tx
de Tx
Unidade Média Exaustão ren. ren. m³/h
Sulfeto ren.
Final (m³) Inf Sup
(Kg/d)
(l/s) cm/h m³/h m/s m/s mm

EEB-01 9,10 0,0021 31,14 4 6 186,86 100 170 5,5 8 10 100


EEB-03 47,00 0,0110 55,97 4 6 335,81 300 510 9,1 8 10 200
EEB-04 23,02 0,0054 28,83 4 6 172,98 100 170 5,9 8 10 100
EEB-05 0,89 0,0002 29,84 4 6 179,05 100 170 5,7 8 10 100
EEB-06 0,86 0,0002 24,32 4 6 145,92 100 170 7,0 8 10 100
EEB-07 31,65 0,0074 56,44 4 6 338,64 300 510 9,0 8 10 200
EEB-08 6,02 0,0014 20,38 4 6 122,29 100 170 8,3 8 10 100
EEB-09 14,35 0,0034 26,30 4 6 157,82 100 170 6,5 8 10 100
EEB-10 1,88 0,0004 22,34 4 6 134,04 100 170 7,6 8 10 100
EFI 91,31 0,0215 190,80 8 12 2289,56 1000 1700 8,9 8 10 250
LRE-03 47,00 0,0110 4,50 8 12 54,00 100 170 37,8 8 10 100
LRE-10 1,88 0,0004 4,50 8 12 54,00 100 170 37,8 8 10 100

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