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Memorial Descritivo
Projeto de Estação de
Tratamento de Esgoto
(ETE)

SANTA CASA DE MISERICORDIA DE SOBRAL


CNPJ: 07.818.313/0001-09
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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO 3

2 PARTES INTERESSADAS 4

2.1 Identificação do empreendimento 4

2.2 Identificação do responsável técnico 4

3 PREMISSAS DE PROJETO 5

3.1 Área do projeto 5

3.2 Diretrizes de projeto 5

4 SISTEMA DE TRATAMENTO ADOTADO 6

5 MEMORIAL DE CÁLCULO 9

5.1 Vazões de projeto 9

5.2 Medição de vazão – Calha Parshall 9

5.3 Sistema de gradeamento 10

5.4 Canal de desarenação 10

5.5 Estação Elevatória de Esgoto 1 (EEE-1) 10

5.6 Estação Elevatória de Esgoto 2 (EEE-2) 14

5.7 Reator RAFA/UASB 17

5.8 Sistema de dosagem de químicos 21

6 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS 23

7 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 25

REFERÊNCIAS CONSULTADAS 26

ANEXOS 27

ANEXO I – ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA (ART) 27

ANEXO II – PEÇAS GRÁFICAS 27


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1 APRESENTAÇÃO

Este memorial descritivo descreve os critérios e orientações adotadas para o


projeto e dimensionamento de Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) a ser
implantado no empreendimento Santa Casa de Misericórdia de Sobral (SCM de
Sobral).

O Empreendimento está localizado na Rua Antônio Crisóstomo de Melo, 919,


bairro Centro, Sobral-CE, CEP: 62010-550.

O objetivo da ETE é tratar os efluentes oriundos dos serviços de saúde da SCM


de Sobral, efluente esse enquadrado como efluente não sanitário especial,
conforme a Resolução do Conselho Estadual do Meio Ambiente (COEMA)
N°02/2017. O efluente tratado terá como ponto de lançamento a rede de coletora
de esgoto local.

O presente memorial descritivo é composto pelas partes abaixo descritas:

• Memorial descritivo: apresentação, concepção e descrição do projeto.


• Memorial de cálculo: apresenta o dimensionamento dos elementos do
sistema.
• Especificações técnicas: apresenta as prescrições de controle
tecnológico na execução dos elementos construtivos do projeto.
• Peças gráficas: apresenta plantas, cortes, detalhes e demais elementos
gráficos relacionados ao projeto da ETE e necessários a sua execução.
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2 PARTES INTERESSADAS

A seguir são apresentadas as partes interessadas, a saber: o empreendimento


e seu representante legal, bem como o responsável técnico pela elaboração do
projeto.

2.1 Identificação do empreendimento

As principais informações relativas ao empreendimento e seu responsável legal


são apresentadas na Tabela 1.

Tabela 1 - Identificação do empreendimento e seu responsável legal.


Nome ou Razão social: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SOBRAL
CNPJ: 07.818.313/0001-09
Rua Antônio Crisóstomo de Melo, 919, Centro, Sobral-CE. CEP:
Endereço:
62010-550.
Nome do contato JOSÉ WILKER R. FROTA
Telefone: 88 9 9220-3257
E-mail: jose.wilker@stacasa.com.br

2.2 Identificação do responsável técnico

As principais informações relativas ao empreendimento e seu responsável


técnico do projeto são apresentadas na Tabela 2.

Tabela 2 - Identificação do responsável técnico do projeto.


Nome ou Razão social: Métrica Gestão Ambiental LTDA
CNPJ e ou/ RNP: 304605770001-47
R. Pedro de Queirós, 436 - Parquelândia, Fortaleza - CE, 60450-
Endereço:
225.
Telefone: (85) 3230-5010
Técnico: Eng. José Fábio de Oliveira
E-mail: fabio@metricagestao.com.br
RNP/Registro: 0611871238 / 50804CE

Métrica Gestão Empresarial e Ambiental Ltda. – ME


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3 PREMISSAS DE PROJETO

3.1 Área do projeto

A ETE será implantada nas dependências da SCM de Sobral, mais precisamente


na área do setor de manutenção, área essa indicada pelo responsável legal do
empreendimento.

3.2 Diretrizes de projeto

Para a correta concepção da solução, o projeto deve levar em consideração a


qualidade do esgoto bruto e a qualidade desejada do esgoto tratado, geralmente
essa submetida à baliza da legislação ambiental ou de objetivos mais específicos
como produção de água de reuso, por exemplo.

O sistema de tratamento adotado levou em consideração as seguintes diretrizes


de projeto, aqui adotadas como conservadoras frente a variações de qualidade
do esgoto já previamente informadas. As diretrizes de projeto associadas à
qualidade do esgoto bruto são apresentadas na Tabela 3.

Tabela 3 - Diretrizes de projeto referentes a qualidade do esgoto bruto.


PARÂMETRO VALOR
Tipo de efluente Efluente não sanitário especial
Q = 10 m³/h
Vazão de projeto
Q = 240 m³/dia
DQO de projeto DQO = 1.000 mg/L
Sólidos Suspensos Totais (SST) SST = 200 mg/L

Segundo a Resolução do N°02/2017 do COEMA, efluentes não sanitários


somente poderão ser lançados no sistema coletor das operadoras de serviço de
esgoto, desde que obedeçam às condições e padrões mostrados na Tabela 4,
resguardado outras exigências cabíveis.

Tabela 4 - Exigências da Resolução N°02/2017 sobre lançamento de efluentes


em redes coletoras.
PARÂMETRO VALOR
pH entre 6,0 e 10,0
Temperatura inferior a 40°C
Materiais sedimentáveis até 10 mL/L em teste de cone Inhoff
Vazão máxima até 1,5 vezes a vazão média

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óleos minerais: até 40 mg/L


Óleos e graxas
oléos vegetais e gord. Animais: até 60 mg/L
Demanda Química de Oxigênio (DQO) DQO = 600 mg/L
Sólidos Suspensos Totais (SST) SST = 200 mg/L
Sulfato até 1.000 mg/L
Sulfeto até 1,0 mg/L
Nitrogênio Amoniacal até 20 mg/L

4 SISTEMA DE TRATAMENTO ADOTADO

O sistema de tratamento foi concebido para tratar o esgoto bruto do


empreendimento em nível preliminar (remoção de materiais grosseiros e sólidos
sedimentáveis), nível primário e secundário (remoção de matéria orgânica
suspensa e dissolvida) e nível terciário (desinfecção e eventuais correções e
polimento).

O detalhamento dos níveis de tratamento pode ser visualizado a seguir:

Nível preliminar: foi adotado sistema de gradeamentos seguido por uma etapa
de desarenação por meio de caixas de areia e, em seguida, calha do tipo
Parshall para medição de vazão que chega à ETE.

Nível primário e secundário: foi adotado sistema de tratamento anaeróbio por


meio de emprego de reator RAFA/UASB (Reator Anaeróbio de Fluxo
Ascendente).

Nível terciário: foi adotado sistema de dosagem de hipoclorito de sódio para


desinfecção do esgoto.

Em uma ETE também são gerados subprodutos que devem ser corretamente
processados e terem destino ambientalmente adequado. Esses subprodutos, no
caso especial da ETE objeto desse projeto, são efluentes gasosos e resíduos
sólidos.

Tratamento de efluentes gasosos: foi adotado sistema de tratamento de gases


gerados no reator UASB por meio do emprego de sistema de queima. Os gases
gerados, chamado de biogás, possui alto potencial poluidor e são fortes
contribuintes ao efeito estufa. A queima desses gases converterá o metano a
gás carbônico, que é menos impactante ao meio ambiente. O tratamento desses
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gases também proporcionará a melhoria da qualidade ambiental adjacente, dado


que esses gases quando não tratados possuem odor desagradável.

Tratamento dos resíduos sólidos: os resíduos sólidos gerados são


provenientes essencialmente de duas etapas no processo de tratamento no
tratamento preliminar e no reator UASB. No tratamento preliminar, são gerados
resíduos sólidos de característica grosseira, como luvas, embalagens em geral
e outros materiais que serão retidos no processo de gradeamento, além da areia
retida na etapa de desarenação. Esses resíduos deverão ser acondicionados e,
posteriormente, encaminhados a destinos ambientalmente corretos, como
aterros sanitários especiais, por exemplo. No reator UASB é gerado lodo
biológico estabilizado que, no caso específico desse projeto, deverá ser
armazenado em tanques de armazenamento de lodo e, posteriormente,
esgotados por meio de um caminhão limpa-fossa, por exemplo. Não está
prevista em projeto infraestrutura de desidratação do lodo, dado a baixíssima
disponibilidade de área para implantação da ETE.

É previsto também uma etapa de desinfecção do efluente do reator UASB por


meio da administração de hipoclorito de sódio em linha, empregando bomba
dosadora com vazão compatível à aplicação. É previsto também equipamentos
para diluição de hipoclorito e preparação de eventuais corretores de pH como
barrilha, por exemplo. Essa unidade é frequentemente conhecida como “casa de
química”.

Na Figura 1 é apresentado o fluxograma do sistema de tratamento.

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Figura 1 - Fluxograma do processo de tratamento adotado.

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5 MEMORIAL DE CÁLCULO

Nesta seção é apresentado o roteiro de cálculo empregado para o


dimensionamento da ETE. Aqui são mostrados os principais parâmetros
adotados para o cálculo das dimensões de cada unidade de tratamento, bem
como o cálculo das dimensões propriamente ditas. Quando cabível,
considerações e simplificações serão explicitamente mostradas e justificadas.

Os dimensionamentos dos elementos que constituem o sistema de tratamento


são apresentados nas seções a seguir.

5.1 Vazões de projeto

As vazões de projeto foram dimensionadas levando em consideração os


coeficientes do dia de maior consumo (K1), da hora de maior consumo (K2) e da
hora de menor consumo (K3).

As vazões máxima, média e mínima foram calculadas como a seguir.

Qmax = K1 x K2 x Qmed

Qmin = K3 x Qmed

Qmed .......................................................................................................... 10 m³/h

Qmáx .......................................................................................................... 18 m³/h

Qmin ............................................................................................................. 5 m³/h

5.2 Medição de vazão – Calha Parshall

Levando em consideração às vazões máxima e mínima, foi selecionada calha


Parshall com tamanho de garganta nominal de 6”, conforme norma ASTM
1941:1975.

Essa calha pode ser construída em concreto ou adquirido em PRFV.

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5.3 Sistema de gradeamento

O sistema de gradeamento é composto por três conjuntos de grades com


aberturas distintas e decrescentes, visando a retirada de sólidos grosseiros com
tamanhos sucessivamente menores.

Foi adotada o canal de desarenação de 70 cm largura com 65 cm de


profundidade total. Foram adotadas as seguintes quantidades grades e as
respectivas abertura, conforme Tabela 5.

Tabela 5 - Especificações dos gradeamentos.


TIPO DE GRADE SEÇÃO DA BARRA QTD DE GRADES ABERTURA
Grosseira 3/8” x 2 ½” 7 60 mm
Média 3/8” x 1 ½” 13 30 mm
Fina 3/8” x 1 ½” 20 15 mm

5.4 Canal de desarenação

Para o dimensionamento dos canais de desarenação, foi levado em


consideração a velocidade no canal de desarenação (Vca):

Velocidade no canal de desarenação (Vca) .............................................. 0,30 m/s

As dimensões dos canais de desarenação são:

Largura do canal de areia ............................................................................ 35 cm

Comprimento do canal de desarenação .................................................... 1,10 m

Profundidade do poço de acumulação de areia ........................................... 20 cm

Quantidade de canais de desarenação ........................................................ 2 und

Todo o percurso do sistema de pré-tratamento (canal de gradeamento, caixas


de areia e calha Parshall) deverão ser executados em concreto
impermeabilizado visando evitar infiltrações no solo.

5.5 Estação Elevatória de Esgoto 1 (EEE-1)

Para a ETE, são previstas duas EEE, uma para transferência da elevatória de
recepção de esgoto bruto (EEE-1) para a EEE dos reatores RAFA (EEE-2).

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A definição de duas elevatórias levou em consideração que a elevatória atual


(EEE-1) não possui o TDH mínimo recomendado de 30 min. Portanto, foi definido
que EEE-1 será uma elevatória de recepção e EEE-2 será a elevatória que
alimentará o reator UASB com esgoto.

As características da EEE-1 são mostradas abaixo:

Quantidade de bombas submersas .............................................................. 2 und

Altura geométrica (Hg) ................................................................................ 2,21 m

Diâmetro nominal da tubulação (DN) ............................................. 60 mm (2 1/2”)

Espessura da tubulação (e, Amanco PVC marrom) .................................. 3,3 mm

Viscosidade cinemática a 20°C (ν) .................................................. 1,0 x 10 -6 m²/s

Rugosidade média das paredes internas da tubulação (k) ........................... 0,01

Comprimento da tubulação (L) ................................................................. 11,60 m

As singularidades da tubulação de recalque (K) são resumidas na Tabela 6


abaixo:

Tabela 6 - Singularidades na linha de recalque de EEE-1.


Singularidade Valor K Quantidade Total

Curva de 90° 0,4 1 0,40

Cotovelo de 90° 0,9 1 0,90

Junção 0,4 2 0,80

Válvula de retenção 2,75 1 2,75

Registro globo 10,00 1 10,0

Tê de saida lateral 1,30 1 1,30

Curva de 45° 0,20 1 0,20

Total (ΣK) 16,35

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Cálculo do diâmetro da tubulação (D):

D = DN – 2 x e = 60 – 2x3,3 = 53,4 mm

Cálculo da velocidade de escoamento na tubulação (V):

V = Q / A = 4Q / (π x D2) = 4 x (10/3600) / (π x 0,05342)

V = 1,24 m/s

O cálculo do fator de atrito no escoamento será feito por meio da equação de


Churchill.

Cálculo do número de Reynolds do escoamento (Re):

Re = V x D / ν = 1,24 x 0,0534 / 1,0 x 10-6 = 66231,77

Parâmetro A da equação de Churchill (A):

A = {2,457 x LN(1/[(7/Re)0,9+0,27k/D])}16

A = {2,457 x LN(1/[(7/66231,77)0,9+0,27x0,01/0,0534])}16

A = 6,7988 x 1013

Parâmetro B da equação de Churchill (B):

B = (37530/Re)16 = (37530/66231,77)16

B = 1,1298 x 10-4

Fator de atrito (f):

f = 8 x [(8/Re)12+(A+B)-3/2]1/12

f = 8 x [(8/66231,77)12+(6,7988 x 1013+1,1298 x 10-4)-3/2]1/12

f = 0,149

Perda de carga distribuída (hf):

hf = f x (L/D) x V2/2g = 0,149 x (11,60/0,0534) x 1,24²/(2x9.81)

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hf = 2,54 m

Perda de carga localizada (ha):

ha = ΣK x V2/2g = 16,35 x 1,24²/(2x9.81)

ha = 1,28 m

Altura manométrica (Hm):

Hm = Hg + hf + ha = 2,21 + 2,54 + 1,28

Hm = 6,03 m

Potência teórica para o conjunto motor-bomba (P):

P = 75 x Q x Hm / 10000 = 75 x 10 x 6,03 / 10000

P = 0,45 cv

P = 0,50 cv (adotado)

Assumindo as perdas no conjunto motor-bomba, adota-se a potência de motor


comercial imediatamente superior, isto é, 0,50 cv.

Por recomendações da contratante, a marca escolhida para as bombas


submersas será KSB. O modelo selecionado deverá seguir as diretrizes das
condições de funcionamento a que a bomba será submetida, condições tais
como bombeamento de esgoto com sólidos em suspensão, que é uma condição
mais severa quando comparada a bombeamento de água limpa.

Conhecidas essas particularidades e levando em consideração os custos de


aquisição do equipamento, a bomba selecionada será o modelo detalhado a
seguir.

Potência nominal de cada bomba .............................................................. 1,50 cv

Vazão nominal máxima ............................................................................. 66 m³/h

Vazão regulada com retorno .................................................................. 10,0 m³/h

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Altura manométrica ............................................................................ 16,40 m.c.a

Diâmetro nominal da tubulação de recalque .............................................. 60 mm

Marca/fabricante da bomba ........................................................................... KSB

Modelo ................................................................................. KRT Drainer K 1500

O poço de sucção será aproveitado do já existente, tendo dimensões estimadas:

Diâmetro do poço de sucção ...................................................................... 1,60 m

Altura útil do poço de sucção ..................................................................... 1,15 m

Tempo de Detenção Hidráulica .................................................................. 14 min

5.6 Estação Elevatória de Esgoto 2 (EEE-2)

As características da EEE-2 são mostradas a seguir.

Quantidade de bombas submersas .............................................................. 2 und

Altura geométrica (Hg) ................................................................................ 9,30 m

Diâmetro nominal da tubulação (DN) ............................................. 60 mm (2 1/2”)

Espessura da tubulação (e, Amanco PVC marrom) .................................. 3,3 mm

Viscosidade cinemática a 20°C (ν) .................................................. 1,0 x 10-6 m²/s

Rugosidade médias das paredes internas da tubulação (k) ........................... 0,01

Comprimento da tubulação (L) ................................................................. 26,07 m

As singularidades na linha de recalque de EEE-2 são mostradas na Tabela 7 a


seguir.

Tabela 7 - Singularidades na linha de recalque de EEE-2.


Singularidade Valor K Quantidade Total

Curva de 90° 0,4 4 1,60

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Cotovelo de 90° 0,9 4 3,6

Junção 0,4 3 1,2

Válvula de retenção 2,75 1 2,75

Registro globo 10,00 1 10,0

Registro gaveta (abertura de ½) 2,06 1 2,06

Tê de saida lateral 1,30 1 1,30

Total (ΣK) 22,51

Cálculo do diâmetro da tubulação (D):

D = DN – 2 x e = 60 – 2x3,3 = 53,4 mm = 0,0534 m

Cálculo da velocidade de escoamento na tubulação (V):

V = Q / A = 4Q / (π x D2) = 4 x (10/3600) / (π x 0,05342)

V = 1,24 m/s

O cálculo do fator de atrito no escoamento será feito por meio da equação de


Churchill.

Cálculo do número de Reynolds do escoamento (Re):

Re = V x D / ν = 1,24 x 0,0534 / 1,0 x 10-6 = 66231,77

Parâmetro A da equação de Churchill (A):

A = {2,457 x LN(1/[(7/Re)0,9+0,27k/D])}16

A = {2,457 x LN(1/[(7/66231,77)0,9+0,27x0,01/0,0534])}16

A = 6,7988 x 1013

Parâmetro B da equação de Churchill (B):

B = (37530/Re)16 = (37530/66231,77)16

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B = 1,1298 x 10-4

Fator de atrito (f):

f = 8 x [(8/Re)12+(A+B)-3/2]1/12

f = 8 x [(8/66231,77)12+(6,7988 x 1013+1,1298 x 10-4)-3/2]1/12

f = 0,149

Perda de carga distribuída (hf):

hf = f x (L/D) x V2/2g = 0,664 x (26,07/0,0666) x 0,80²/(2x9.81)

hf = 5,71 m

Perda de carga localizada (ha):

ha = ΣK x V2/2g = 22,51 x 0,80²/(2x9.81)

ha = 1,76 m

Altura manométrica (Hm):

Hm = Hg + hf + ha = 9,30 + 5,71 + 1,76

Hm = 16,78 m

Potência teórica para o conjunto motor-bomba (P):

P = 75 x Q x Hm / 10000 = 75 x 10 x 16,78 / 10000

P = 1,26 cv

Assumindo as perdas no conjunto motor-bomba, adota-se a potência de motor


comercial imediatamente superior, isto é, 1,50 cv.

Assim como em EEE-1, a marca escolhida para as bombas submersas será


KSB. O modelo selecionado é o mesmo adotado para EEE-1.

Potência nominal de cada bomba .............................................................. 1,50 cv

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Vazão nominal máxima ............................................................................. 66 m³/h

Vazão regulada com retorno .................................................................. 10,0 m³/h

Altura manométrica ............................................................................ 16,40 m.c.a

Diâmetro nominal da tubulação de recalque .............................................. 60 mm

Marca/fabricante da bomba ........................................................................... KSB

Modelo ................................................................................. KRT Drainer K 1500

O poço de sucção terá as seguintes dimensões:

Diâmetro do poço de sucção ...................................................................... 2,00 m

Altura útil do poço de sucção ..................................................................... 2,50 m

Altura do poço de sucção ........................................................................... 2,90 m

Tempo de Detenção Hidráulica (TDH) ...................................................... 47 min

5.7 Reator RAFA/UASB

O reator RAFA foi concebido levando em considerações características


específicas desse projeto, a saber: baixo espaço disponível para instalação do
reator e modularidade. Dessa forma, o RAFA projeto deverá ser construído em
PRFV com geometria cilíndrica, levando em consideração as seguintes diretrizes
gerais de projeto:

Quantidade de reatores ............................................................................... 1 und

Vazão nominal de projeto .......................................................................... 10 m³/h

DQO afluente ...................................................................................... 1.000 mg/L

Temperatura ................................................................................................ 27 °C

Velocidade superficial (Us) ........................................................................ 0,8 m/h

Altura útil do reator (Hu) .............................................................................. 5,50 m

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O roteiro de cálculo para as dimensões básicas do reator RAFA é mostrado a


seguir.

Área do reator (Ar):

Ar = Q / Us = 10 / 0,8 = 12,50 m²

Diâmetro teórico do reator (Dr):

Dr = 2 x √(Ar/π) = 2 x √(12,50/π) = 3,99 m

Dr = 4,00 m (adotado)

Área do reator corrigida (Ar):

Ar = π x Dr2 / 4 = π x 4,002 / 4 = 12,57 m²

Volume útil do reator (Vu):

Vu = Ar x Hu = 12,57 x 5,50 = 69,12 m²

Tempo de Detenção Hidráulica (TDH):

TDH = Q / Vu = 10 / 69,12 = 6,91 h

Resumo das dimensões do reator:

Altura total do reator ................................................................................... 6,00 m

Altura útil do reator ..................................................................................... 5,50 m

Diâmetro do reator ..................................................................................... 4,00 m

Volume útil do reator ............................................................................... 69,12 m³

Tempo de Detenção Hidráulica (TDH) .......................................................... 6,9 h

Considerando a temperatura de projeto de 27°C, o TDH obtido encontra-se


acima do TDH recomendado de 6,0 h.

A eficiência de remoção de DQO do reator UASB é estimada pelo emprego da


equação abaixo.
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EDQO = 100 x (1 – 0,68 x TDH-0,35)

Eficiência de remoção de DQO ................................................................... 65,4%

DQO efluente ao reator ....................................................................... 345,7 mg/L

Notar que a DQO efluente esperada é cerca de 58% da máxima permitida de


lançamento em redes coletoras, que é de 600 mg/L (Tabela 4).

A eficiência na remoção de SST é estimada pela determinação de SST efluente


ao reator UASB, que pode ser calculado pela expressão abaixo:

SSTef = 102 x TDH-0,24

ESST = (SSTaf – SSTef) / SSTaf

SST afluente ao reator (SSTaf) ............................................................ 200,0 mg/L

SST efluente ao reator (SSTef) .............................................................. 64,2 mg/L

Eficiência de remoção de SST (ESST) .......................................................... 67,9%

Notar que o SST obtido para o efluente do reator RAFA é cerca de 32% do
máximo permitido de 200 mg/L (Tabela 4).

O lodo gerado pelo reator deverá ser descartado diariamente para que se
obtenha boas condições de operação e eficiência do reator. É esperado a
geração diária de lodo é determinada a seguir, seguindo os seguintes
parâmetros:

Coeficiente de produção de sólidos no reator (Y) ............. 0,20 kgSST/kgDQOapl

Concentração de lodo (CLODO) ............................................................... 4% (m/m)

Massa específica do lodo (ᵞ) .................................................... 1.020,0 kgSST/m³

Ciclo de operação para os tanques de armazenamento de lodo .............. 30 dias

Quantidade de tanques de armazenamento de lodo .................................... 2 und

Diâmetro dos tanques de armazenamento de lodo (Dlodo) ........................ 3,00 m

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Produção de lodo (PLODO):

PLODO = Y x Q x DQOaf = 0,20 x (10 x 24) x 1.000 = 48,0 kgSST/dia

VLODO = PLODO / (ᵞ x CLODO) = 48,0 / (1020 x 0,04) = 1,2 m³/dia

Volume de acumulação de lodo (VAC,LODO):

VAC,LODO = 1,2 x 30 = 35,3 m³

Volume por tanque de acumulação de lodo (VAC,LODO’):

VAC,LODO’ = 35,3 / 2 = 17,65 m³

Área total dos tanques de acumulação de lodo (ALODO)

ALODO = 2 x π x D2 / 4 = 2 x π x 3,002 / 4 = 14,1 m²

Altura dos tanques de acumulação de lodo (Hu,AC,LODO):

Hu,AC,LODO = VAC,LODO / ALODO = 35,3 / 14,1 = 2,5 m

O lodo gerado deverá ser armazenado em tanques de lodo devidamente


impermeabilizadas. O resumo do sistema de armazenamento de lodo é mostrado
a seguir:

Quantidade de lodo gerado por ciclo de operação .................................... 35,3 m³

Quantidade de poços de acumulação de lodo .............................................. 2 und

Diâmetro do poço de acumulação de lodo ................................................. 3,00 m

Altura útil do tanque de acumulação de lodo ............................................. 2,50 m

Altura total adotada do tanque acumulação de lodo .................................. 2,90 m

Os gases gerados deverão ser queimados por sistema de queima de gases


específico para queima de biogás. A estimativa de geração de biogás é mostrada
a seguir.

Coeficiente de produção de sólidos em DQO (YDQO) ............. 0,11 kgSSV/kgDQO

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DQO efluente ...................................................................................... 345,7 mg/L

DQO correspondente a 1 mol de metano (KDQO) ............................. 64 gDQO/mol

Concentração de metano no biogás (Cbiogás) .......................................... 75% (v/v)

Pressão ambiente (P) .................................................................................. 1 atm

DQO correspondente a 1 mol de metano (KDQO) ..................................... 64 g/mol

DQO convertida a metano no processo de tratamento (DQO metano):

DQOmetano = Q x (DQOaf – DQOef) – YDQO x Q x DQOaf

DQOmetano = (10 x 24) x (1000 – 345,67)/1000 – 0,11 x (10 x 24) x 1000

DQOmetano = 130,6 kg/dia

Fator de correção para temperaratura operacional do reator (f(T)):

f(T) = P x KDQO / [R x (273 + T)] = 1 x 64 / [0,08206 x (27 + 273)]

f(T) = 2,60 kg/m³

Produção diária de metano (Qmetano):

Qmetano = DQOmetano / f(T) = 130,6 / 2,60 = 50,25 Nm³/dia

Produção diária de biogás (Qbiogás):

Qbiogás = Qmetano / Cmetano = 50,25 / 0,75 = 67,0 Nm³/dia

Logo, o sistema de queima de gases deve ser compatível com a vazão teórica
de biogás gerado no reator.

Será adotado sistema comercial de queima de biogás.

5.8 Sistema de dosagem de químicos

É também parte integrante do sistema a dosagem de químicos a nível de


tratamento terciário, aqui dimensionado para dosagem de hipoclorito de sódio
comercial.

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Considerando os dados de hipoclorito comercial listados abaixo:

Concentração média de cloro ativo em soluções comerciais ......................... 14%

Concentração percentual na solução a ser dosada (C%) ............................. 1,4%

Densidade Rel. solução de hipoclorito de sódio ............................................... 1,2

Tomando como referência a dosagem de 5 ppm de cloro ativo, a vazão da bomba


dosadora pode ser calculada pela expressão abaixo.

q[L/h] = Q[m³/h] x d (ppm) / (10 x DR x C[%])

q = 10 x 5 / (10 x 1,2 x 1,4) = 3,0 L/h

A solução comercial de hipoclorito de sódio tem, em média, concentração de


14%. Foi considerada diluição na razão de 1/10 para que a solução dosada fosse
de 1,4%.

As características da bomba dosadora empregada são mostradas a seguir:

Vazão nominal da bomba dosadora ........................................................... 5,0 L/h

Pressão de operação ................................................................................ 4,0 bar

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6 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Especificações das unidades de tratamento são mostradas a seguir.

1. Gradeamento: grades construídas com barras chatas de aço, com perfis


indicados na Tabela 5, seguindo as orientações de espaçamento para cada
grade (grosseiro, médio e fino). Essas grades deverão ser instaladas com
inclinação de 45° em relação ao fundo do canal.
2. Desarenação: dois canais de desarenação construídos em concreto, com
dimensões: 1,10 m x 0,35 m com poço de acumulação de areia com
profundidade de 20 cm. Comportas de abertura do canal em PRFV,
retangulares com dimensões 0,39 m x 0,50 m, devidamente encaixadas em
sucos nas paredes do canal.
3. Calha Parshall: calha medidora de vazão em PRFV, com garganta nominal
de 6”, segundo a norma ASTM 1941:1975. Alternativa pode ser empregada
outro modelo de calha Parshall seguindo o padrão NBR/ISO 9826/2009,
resguardando a aplicabilidade levando em consideração às vazões máxima
e mínima de projeto. A calha Parshall deve ser dotado de régua leitora de
vazão.
4. Bombas submersíveis: 4 unidades de bombas KSB modelo KRT DRAINER
K 1500, trifásica, 1 ½ CV.
5. EEE-1 e EEE-2: elevatórias construídas em manilhas de concreto (poço de
acumulação), seguindo às diretrizes de projeto, e por duas bombas
submersíveis (ver item 4), operando em revezamento. Deve ser dotado de
dispositivo de afixação retirada (correntes) para realização de manutenções.
6. Tubulações e conexões: tubulações e conexões das linhas de recalque em
PVC marrom, soldáveis, seguindo os diâmetros nominais indicados em
projeto. Tubulações de descarga são de esgoto, série normal, seguindo os
diâmetros nominais indicados em projeto. Marcas recomendadas: Tigre e
Amanco.
7. Reator UASB: reator em PRFV, executado conforme projetado, contendo
sistema de descarga de fundo e de lodo (duas alturas), descarga de areia de
tubulação da coluna central, e registros para amostragem de lodo (cinco
unidades). Sistema de coleta de gases e de descarga de escuma no topo do
reator. Sistema de coleta de efluente tratado no topo do reator com

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vertedouros triangulares para medição de vazão. Deve ser dotado também


de sistema de lavagem de gases por meio de solução de lavagem na forma
de selo hídrico.
8. Sistema de queima de gases: sistema de queima composto por tubulação
de captação e de queimador tipo flaire. Recomendação de fabricante:
Sanevix Engenharia.
9. Tanques de armazenamento de lodo: duas unidades de tanques cilíndricos
enterrados, construídos com manilhas de concreto com diâmetro de 3,00 m
e altura total de 2,90 m. Tampas de concreto com tampas de visitas também
em concreto e localizadas conforme indicação de projeto. Dimensões das
tampas: 60 cm x 60 cm. Ciclo de operação prevista para os tanques de lodo:
30 dias.
10. Sistema de dosagem de químicos: bomba dosadora Exatta de vazão
nominal de 5 L/h e pressão de operação de 4 bar. Dosagem feita em linha
por meio de um colar de tomada.

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7 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

A ETE aqui apresentada foi concebida para o tratamento de efluentes de


serviços de saúde da SCM de Sobral.

O efluente tratado deverá ser disposto na rede de esgoto já presente, partindo


de níveis de DQO da ordem de 1.000 mg/L para o efluente bruto a ordem de 350
mg/L para o efluente tratado, com eficiência estimada em 65,4%. De igual modo,
em termos de SST, o efluente bruto parte de uma concentração estimada de 200
mg/L para níveis de 64,2 mg/L, o que gera uma eficiência de remoção de sólidos
em torno de 67,9%.

Apesar de não ser previso na legislação a desinfecção de efluentes especiais


em redes de esgoto, optou-se pela adoção de uma etapa de desinfecção em
linha efluente ao reator UASB, visando a eliminação de microrganismos
patogênicos.

Considerando as exigências da Resolução do COEMA N°02/2017, o efluente


tratado da ETE da SCM de Sobral deverá atender a todos as exigências de
lançamento de efluente especial em rede coletora de esgoto, conforme artigo 24
da referida Resolução.

Responsável técnico

__________________________________
José Fábio de Oliveira
Engenheiro Químico
061187123-8 / 50804CE

Colaboração técnica

__________________________________
Natanael de Araújo Barros
Engenheiro Químico
061397365-8/ 55267CE

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REFERÊNCIAS CONSULTADAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 12209


– Elaboração de projetos hidráulico-sanitários de estações de tratamento de
esgotos sanitários. Rio de Janeiro, 2011.

CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE – COEMA. Resolução N°02, de


2 de fevereiro de 2017: Dispõe sobre padrões e condições para lançamento de
efluentes líquidos gerados por fontes poluidoras, revoga as portarias semace
nº154, de 22 de julho de 2002e nº111, de 05 de abril de 2011, e altera a portaria
SEMACE nº151, de 25 de novembro de 2002. Fortaleza, 2017.

CHERNICHARO, Carlos Augusto de Lemos. PRINCÍPIOS DO TRATAMENTO


BIOLÓGICO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS. REATORES ANAERÓBIOS. Volume
5. 2ª Edição. 2007.

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ANEXOS

ANEXO I – ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA (ART)

ANEXO II – PEÇAS GRÁFICAS

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Anotação de Responsabilidade Técnica - ART


Lei n° 6.496, de 7 de dezembro de 1977 CREA-CE ART OBRA / SERVIÇO
Nº CE20210807807
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará
INICIAL

1. Responsável Técnico
JOSÉ FÁBIO DE OLIVEIRA
Título profissional: ENGENHEIRO QUIMICO, MESTRE EM ENGENHARIA CIVIL (RECURSOS RNP: 0611871238
HÍDRICOS) A. DE CONC. Registro: 50804CE

Empresa contratada: MÉTRICA GESTÃO EMPRESARIAL E AMBIENTAL LTDA - ME Registro: 0010414452-CE

2. Dados do Contrato
Contratante: SANTA CASA DE MISERICORDIA DE SOBRA CPF/CNPJ: 07.818.313/0001-09
RUA ANTÔNIO CRISÓSTOMO DE MELO Nº: 919
Complemento: Bairro: CENTRO
Cidade: SOBRAL UF: CE CEP: 62010550

Contrato: Não especificado Celebrado em:


Valor: R$ 205.882,35 Tipo de contratante: Pessoa Juridica de Direito Privado
Ação Institucional: NENHUMA - NÃO OPTANTE

3. Dados da Obra/Serviço
RUA ANTÔNIO CRISÓSTOMO DE MELO Nº: 919
Complemento: Bairro: CENTRO
Cidade: SOBRAL UF: CE CEP: 62010550
Data de Início: 17/06/2021 Previsão de término: 30/09/2021 Coordenadas Geográficas: -3.693611, -40.359008
Finalidade: Ambiental Código: Não Especificado
Proprietário: SANTA CASA DE MISERICORDIA DE SOBRA CPF/CNPJ: 07.818.313/0001-09

4. Atividade Técnica
15 - Elaboração Quantidade Unidade
80 - Projeto > SANEAMENTO AMBIENTAL > SISTEMA DE ESGOTO/RESÍDUOS > DE SISTEMA 10.000,00 l/h
DE ESGOTO/RESÍDUOS LÍQUIDOS > #6.2.1.3 - TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS
HOSPITALARES
17 - Execução Quantidade Unidade
46 - Execução de instalação > SANEAMENTO AMBIENTAL > SISTEMA DE ESGOTO/RESÍDUOS > 10.000,00 l/h
DE SISTEMA DE ESGOTO/RESÍDUOS LÍQUIDOS > #6.2.1.3 - TRATAMENTO DE EFLUENTES
LÍQUIDOS HOSPITALARES

Após a conclusão das atividades técnicas o profissional deve proceder a baixa desta ART

5. Observações
ART referente ao fornecimento de uma estação de tratamento de efluente - ETE gerados pelo Hospital Santa casa de Sobral para atendimento a
resolução COEMA 02 de 2017, Art. 24.

6. Declarações
- Declaro que estou cumprindo as regras de acessibilidade previstas nas normas técnicas da ABNT, na legislação específica e no decreto n.
5296/2004.

7. Entidade de Classe
NENHUMA - NÃO OPTANTE

8. Assinaturas
Declaro serem verdadeiras as informações acima JOSÉ FÁBIO DE OLIVEIRA - CPF: 035.780.833-99

Fortaleza ________
________________, Junho
17 de ___________________ 2021
de ________
Local data SANTA CASA DE MISERICORDIA DE SOBRA - CNPJ: 07.818.313/0001-09

9. Informações
* A ART é válida somente quando quitada, mediante apresentação do comprovante do pagamento ou conferência no site do Crea.
* O comprovante de pagamento deverá ser apensado para comprovação de quitação

10. Valor
Valor da ART: R$ 233,94 Registrada em: 17/06/2021 Valor pago: R$ 233,94 Nosso Número: 8214754657

A autenticidade desta ART pode ser verificada em: https://crea-ce.sitac.com.br/publico/, com a chave: d1z5Z
Impresso em: 17/06/2021 às 18:41:57 por: , ip: 181.222.157.229

www.creace.org.br faleconosco@creace.org.br
CREA-CE
Conselho Regional de Engenharia
Tel: (85) 3453-5800 Fax: (85) 3453-5804 e Agronomia do Ceará
00
ø1
2%
0.
OFICINA

EEE01
GRADE GROSSEIRA CAIXA DE
AREIA CALHA
GRADE MÉDIA GRADE FINA PARSHALL ø 1.60
EEE01
0.50 1.10 1.92 REDE COLETORA
1%
TP
CA

0.35
ø150 ø150 ø150

1.20

1.00
0.50
1%
0.60 1%
0.10 3.52 0.10 -
3.72 50 BB
-
ø1 --- ø150
---

0
ø6

+0
.1
5
EEE02
QE
TQL01

ø60

0.0
0
TQL02
RESÍDUOS
SÓLIDOS
EEE02 UASB

0.40

4.50
ø 2.00 BIOQUÍMICA

---
A=24.60m2

-0.34

0.15 1.20 0.15

0.10
QE
4.50
1.00

ø150

ø150
GÁS

GÁS

TQL01 -
0.40

1%
---

ø150
0
ø 3.0

ø60
IMPLANTAÃO
0.10

ø100
2 1 : 200
TQL02
0.40
LEGENDA
1%
ø 3.00

TP TRATAMENTO PRELIMINAR
50
ø1

ø100

UASB CA CAIXA DE AREIA


0.96

ø60
TQL TANQUE DE LODO
0.25

1%

EEE ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO


50

00
ø1

QD CASA DO QUADRO ELÉTRICO


ø1

- ø75 1% 1%
4.50
4.00

CC
---
0
ø75 SENTIDO DOS FLÚIDOS
ø 4.0
BOMBA SUBMERSA
TUBULAÇAO PRESSURIZADA
0.25

TUBULAÇÃO ESPONTÂNEA
0.25 0.25
-
AA
--- PROJETO: ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESFLUENTE (E.T.E.)

4.50
CLIENTE: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SOBRAL

ASSUNTO: PLANTA BAIXA

PLANTA BAIXA
1
RESPONSÁVEL TÉCNICO: JOSÉ FÁBIO DE OLIVEIRA. RNP: 0611871238

1 : 75 ASSINATURA: PRANCHA:

REVISOR: ENG. DANYLO ADRANDE DATA: 19/07/2021 01/04


+6,20 (N.A.)
UASB

0.250.46
OFICINA

EEE01

1.12
REDE COLETORA
TP
CA

0.50 0.19
TUBULAÇÃO
1% TAMPAS DE Tubulação vindo do
DE DRENAGEM
INSPEÇÃO tratamento preliminar
DO UASB
ø150
TUBULAÇÃO VINDA

0.10
-
BB TUBULAÇÃO DE
---
DA LAVANDERIA
UASB DESCARTE DE LOGO

6.10
+0
TUBULAÇÃO DE

.1
5
AMOSTRAGEM DE LOGO

EEE02 EEE01

2.85

2.65
TUBULAÇÃO PARA

3.50
QD O TAQUE DE LODO
Tubulação de
TQL01 BASE PARA O alimentação
TANQUE EM UASB COMO vindo da EEE02
MANILHA DE CAPACIDADE CAIXA COLETORA

0.0
0
CONCRETO DE SUPORTA DAS AMOSTRAS.
TQL02 80 TONELADAS

0.10
RESÍDUOS
SÓLIDOS
UASB SOLO
1,60

0.10 0.40
CORTE BB
3
-
4.50

BIOQUÍMICA CC
---
A=24.60m2

1 : 50 4.50 0.10 0.60 0.10

5.30

4.50

CORTE CC
GÁS

GÁS

-
AA
---
4 1 : 50

IMPLANTAÃO.
1 1 : 200 TUBULAÇÃO VINDA ALVENARIA
Tubulação
TRATAMENTO CAIXA DE AREIA CALHA Caixa de Areia
para o
PRELIMINAR PARSHALL em concreto
EEE01 SOLO

TUBULAÇÃO TUBULAÇÃ
TUBO
AMOSTRAGEM O DE LODO
COMUNICANTES

0.42
DE LODO DO UASB
TUBO COMUNICANTES

0.82
TAMPAS DE TAMPAS DE TAMPAS DE
SOLO

0.20 0.20
INSPEÇÃO INSPEÇÃO INSPEÇÃO
0.10

0.14

NA NA NA 0.10 0.30 0.20 1.10 0.20 1.72 0.10

3.72
3.10

2.90

TQL02 TQL01 EEE02 CAIXA DE AREIA


2.50

2.50

2.50

TANQUE EM
5 1 : 20
MANILHA DE
CONCRETO
0.10

PROJETO: ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESFLUENTE (E.T.E.)

3.00 0.10 3.00 0.10 CLIENTE: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SOBRAL


TANQUE EM
MANILHA DE
8.57 CONCRETO
ASSUNTO: CORTES

CORTE AA RESPONSÁVEL TÉCNICO: JOSÉ FÁBIO DE OLIVEIRA. RNP: 0611871238

2 1 : 50
ASSINATURA: PRANCHA:

REVISOR: ENG. DANYLO ADRANDE DATA: 19/07/2021 02/04


Conexões para Esgoto
Quantidade Sistema Descrição Linha Código

3 Esgoto Curva 45º Longa 100mm, Esgoto Série Série Normal 1


Normal - TIGRE
3 Esgoto Curva 45º Longa 150mm, Esgoto Série Série Normal 2
Normal - TIGRE
1 Esgoto Curva 90º Longa 100mm, Esgoto Série Série Normal 3
Normal - TIGRE
2 Esgoto Joelho 90º 50mm, Esgoto Série Normal - Série Normal 4
TIGRE
3 Esgoto Joelho 90º 75mm, Esgoto Série Normal - Série Normal 5
TIGRE
3 Esgoto Joelho 90º 100mm, Esgoto Série Normal - Série Normal 6
Reator Anaeróbio de Fluxo TIGRE
Ascendente cilíndrico de 6,00 m
de altura e 4,00 de diâmetro 5 Esgoto Joelho 90º 150mm, Esgoto Série Normal - Série Normal 7
TIGRE
2 Esgoto Luva Simples 50mm, Esgoto Série Normal Série Normal 8
- TIGRE
3 Esgoto Luva Simples 75mm, Esgoto Série Normal Série Normal 9
ø60 - TIGRE
7 Esgoto Luva Simples 100mm, Esgoto Série Normal Série Normal 10
20 - TIGRE
13 Esgoto Luva Simples 150mm, Esgoto Série Normal Série Normal 11
TUBULAÇÃO
TUBULAÇÃO DE - TIGRE
DE LODO
RECALQUE PARA 1 Esgoto Tê 150 x 100mm, Esgoto Série Normal - Série Normal 12
O UASB
11 TUBULAÇÃO DE TIGRE
7 AMOSTRA LODO 4 Esgoto Tê 150 x 150mm, Esgoto Série Normal - Série Normal 13
7 ø150 TIGRE
RE
VW
VW
RE
5 ø60
5 Conexões para Água Fria
ø75

0
6 7 ø15 ø10
0 Quantidade Descrição Linha Código
TUBULÇÃO DE
ø15
EFLUENTE TRATADO 0
6 2 ø150 2 1 Curva 45º Soldável 60mm, PVC Marrom, Água Fria - Soldável 14
TIGRE
TUBULACAO
DE DRENAGEM 7 Curva 90º Soldável 60mm, PVC Marrom, Água Fria - Soldável 15
1 ø100 1 TIGRE
5 Joelho 90º Soldável 32mm, PVC Marrom, Água Fria - Soldável 16
TIGRE
7 Joelho 90º Soldável 60mm, PVC Marrom, Água Fria - Soldável 17
TIGRE
VISTA GERAL 3 Tê Soldável 32mm, PVC Marrom, Água Fria - TIGRE Soldável 18
1 2 Tê Soldável 60mm, PVC Marrom, Água Fria - TIGRE Soldável 19
9 União Soldável 60mm, PVC Marrom, Água Fria - TIGRE Soldável 20

Tubos Rigidos
Comprimento Descrição Diâmetro

Tubo Soldável Marrom


TUBULAÇÃO VINDA DO 2.04 Tubo Soldável Marrom 32.00 mm
TUBULAÇÃO TRATAMENTO PRELIMINAR 36.35 Tubo Soldável Marrom 60.00 mm
ø60

EXTRAVASOR Tubo Série Normal


DO UASB 17 17
19
1.92 Tubo Série Normal 50.00 mm
50

RE TUBULAÇÃO 5.08 Tubo Série Normal 75.00 mm


ø1

VINDA DA
15 42.64 Tubo Série Normal 100.00 mm
ø150

15 LAVANDERIA
96.88 Tubo Série Normal 150.00 mm
7 ø150 GRADE GROSSEIRA (3/8” x CALHA PARSHALL
20 20 2 ½”) COM ABERTURA
(60MM) CAIXA DE AREIA
ø60

ø60

GRADE FINA (3/8” x 1 ½”)


COM ABERTURA PROJETO: ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESFLUENTE (E.T.E.)
GRADE MÉDIA (3/8” x 1 ½”) (15MM)
EE01 1%
COM ABERTURA ø150 CLIENTE: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SOBRAL
(30MM)
ø150 1%
ASSUNTO: VISTAS

RESPONSÁVEL TÉCNICO: JOSÉ FÁBIO DE OLIVEIRA. RNP: 0611871238

TRATAMENTO
EE01 ASSINATURA: ESC: 1/50 PRANCHA:

2 3 PRELIMINAR REVISOR: ENG. DANYLO ADRANDE DATA: 19/07/2021 03/04


LEGENDA
PONTO DE LUZ NO TETO

CA INTERRUPTOR SIMPLES DE UMA SEÇÃO COM TOMADA PADRÃO BRASILEIRO 2P+T (220V/10A)
EMBUTIDO NA PAREDE, h=1,10m DO PISO PRONTO. FAB.: PIAL LEGRAND OU SIMILAR
01 02 TOMADA PADRÃO BRASILEIRO 2P+T (220V/10A) EM CAIXA DE PVC 4"x2" EMBUTIDO NA
AVENARIA INSTALADO À h = 0,70m DO PISO PRONTO
.89

QUADROS E DUTOS

CP
3
ELETRODUTO DE PVC RÍGIDO EMBUTIDO NO PISO FAB.: TIGRE OU SIMILAR
DIAMETRO 2"

CCM QUADRO METÁLICO CONFORME DIAGRAMA UNIFILAR.


h=1.50m DO EIXO AO PISO
1 2 5

3.1
4
0
5.5

1
M0
CC

CP2

+0
.1
5
2.61

3 4

CP1 EEE02
.25

03
1 2 3 4 5

04
QE
CCM02

TQL01

0.
00

PLANTA BAIXA ELETRICA


1 1 : 50

PROJETO: ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESFLUENTE (E.T.E.)

CLIENTE: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SOBRAL

ASSUNTO: PLANTA BAIXA ELETRICA

RESPONSÁVEL TÉCNICO: JOSÉ FÁBIO DE OLIVEIRA. RNP: 0611871238

ASSINATURA: ESC: 1/100 PRANCHA:

REVISOR: ENG. DANYLO ADRANDE DATA: 19/07/2021


04/04

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