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9,8
Parte I
GOIÂNIA
MARÇO / 2022
ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA
ANA PAULA NEVES SANTOS - Nº 201708911
ENGENHARIA CIVIL
ERICLES DAVI DE OLIVEIRA IRINEU - Nº 201703534
MARCO ANTÔNIO DOS SANTOS - Nº 201900203
GOIÂNIA
MARÇO / 2022
SUMÁRIO
1.1 Introdução 5
1.2 Parâmetros de Qualidade da Água Bruta 5
2 DIMENSIONAMENTO DO MEDIDOR PARSHALL 8
2.1 Dimensionamento da calha 8
2.1.1 Seleção do medidor Parshall 9
2.1.2 Altura da lâmina de água normal (Ha) 12
2.1.3 Cálculo da seção de medida (D’) 13
2.1.4 Cálculo da velocidade na seção medida (Va) 13
2.1.5 Cálculo da energia total disponível (Ea) 13
2.1.6 Cálculo do ângulo fictício (𝜃) 13
2.1.7 Velocidade da água no início do ressalto (V1) 14
2.1.8 Altura da lâmina de água no início do ressalto (y1) 14
2.1.9 Cálculo do número de Froude (Fr) 14
2.1.10 Altura da lâmina no trecho divergente (y3) 15
2.1.11 Profundidade no final do trecho divergente (y2) 15
2.1.12 Velocidade no final do trecho divergente (V2) 15
2.1.13 Perda de carga no ressalto hidráulico (En) 15
2.1.14 Tempo de residência no trecho divergente (Tmr) 16
2.1.15 Gradiente de velocidade (Gmr) 16
2.2 Bomba dosadora de coagulante 16
3 CANAL DE INTERLIGAÇÃO 17
3.1 Profundidade do canal 18
3.2 Largura do canal 18
3.3 Raio hidráulico 18
3.4 Comprimento do canal 19
3.5 Volume de água no canal e tempo de detenção 20
3.6 Perda de carga no canal e gradiente de velocidade 20
4 FLOCULADOR HIDRÁULICO 21
4.1 Dimensões e material adotado 21
4.2 Velocidades média de escoamento 23
4.3 Tempo médio de detenção 23
4.4 Dimensões das Câmaras 23
4.4.1 Espaçamento entre as chicanas (𝒂𝑳) 24
4.4.2 Espaçamento entre a aresta das chicanas e a parede do canal (𝑺𝑳) 24
4.4.3 Largura do canal (𝑩𝑳) 24
4.4.4 Dimensões obtidas 24
4.5 Número de chicanas igualmente espaçadas 25
4.6 Extensão média percorrida pela água nos canais (𝐿𝑡) e Raio hidráulico (𝑅𝐻) 25
4.7 Perda de carga 26
4.8 Gradiente de velocidade 26
4.9 Tempo real de detenção 27
5 REFERÊNCIAS 30
ANEXOS 32
5
1. INTRODUÇÃO
Tabela 2 – IQA da água bruta calculado através da metodologia proposta pela CETESB.
Parâmetro q Peso (w) qw
E. coli (NMP/100 mL) 40 0,15 1,74
pH 90 0,12 1,72
DBO (mg/L) 58 0,1 1,50
Nitrogênio total 50 0,1 1,48
Fosfato total 23 0,1 1,37
Temperatura (°C) 94 0,1 1,58
Turbidez (NTU) 80 0,08 1,42
Sólidos totais (mg/L) 85 0,08 1,43
Oxigênio Dissolvido (mg/L) 5 0,17 1,31
IQA 38,02 REGULAR
Fonte: Os autores, 2020.
CONAMA 357 (BRASIL, 2005) e NBR 12.216 (ABNT, 1992). Os resultados obtidos estão
dispostos na Tabela 3 abaixo.
2.1DIMENSIONAMENTO DA CALHA
A Calha Parshall é uma unidade de mistura rápida que foi desenvolvida por R. L.
Parshall, engenheiro do Serviço de Irrigação do Departamento de Agricultura do EUA, sendo
um dispositivo de mistura rápida do tipo hidráulica, sendo composta por uma seção
convergente, uma seção estrangulada (garganta) e uma seção divergente. Essa contração
lateral produz uma variação da velocidade e da profundidade ao longo da calha que podem
ser relacionadas para determinação da vazão (PORTO, 2004). Com isso, essa variação
abrupta da velocidade promove uma turbulência na água favorecendo a dispersão do
coagulante no tratamento.
A seleção da calha Parshall deve ser compatível com a vazão de projeto, sendo
que as demais dimensões são padronizadas em função da largura da calha escolhida. Na
Tabela 4 tem-se as dimensões da unidade de acordo com a vazão requerida.
9
Tabela 4 – Dimensões do Medidor Parshall (cm) e Vazão com escoamento livre (L/s).
Dessa forma, para este projeto de ETA de ciclo completo, foi escolhida a calha
Parshall como dispositivo de mistura rápida, e a escolha se deu em função da vazão de
projeto.
De acordo com a Tabela 4, para uma vazão de 110 L/s, ou seja, a vazão de
projeto; havia 10 (dez) tamanhos possíveis de calha que atendiam a vazão requerida. Com
isso, foi necessário sucessivos dimensionamentos para todas as calhas possíveis (de 9” a 8’) e
o critério de escolha foi o tipo de ressalto encontrado, visto que em todas as opções o
gradiente de velocidade (Gmr) ficou acima do que é permitido pela norma NBR 12.216/1992.
A Tabela 5 mostra os resultados encontrados para os diferentes tamanhos de calha, observe
que não foi dimensionado para a calha de 8’ visto que partir da calha de 7’ os valores de y2 e
V2 (profundidade e velocidade no trecho divergente, respectivamente) começam a atingir
valores negativos, o que é incompatível com o projeto.
10
Figura 3a) Esquema de uma calha parshall convencional e 3b) modelo de calha parshall comercializada.
Fonte: Despurifil – Soluções em Água e efluentes, 2020.
Assim, para uma calha de 0,229 metros, o valor de Ha, calculado a partir da sua
equação de descarga (eq. 1):
𝑄 0,6536
𝑄 = 0,535𝐻𝑎 1,530 → 𝐻𝑎 = (0,535) (eq. 1)
0,6536
0,11 𝑚³/𝑠
𝐻𝑎 = ( ) = 0,3556 m
0,535
2
D’ = 3 (𝐷 − 𝑊) + 𝑊 (eq. 2) (onde D e W, correspondem aos valores na Tabela 4):
2
D’ = 3 (57,5 𝑐𝑚 − 22,9 𝑐𝑚) + 22,9 𝑐𝑚 = 45,966 cm → 0,4597 m
Q Q
Va = → Va = (eq. 3)
A D′. Ha
0,11 m³/s
Va = → Va = 0,6729 m/s
0,4597 m . 0,3556 m
Va
Ea = Ha + 2g + N (eq. 4) (onde N, corresponde ao valor disponível na Tabela 4, em
metros):
0,6729 m/s
Ea = 0,3556 m + 2(9,81 m/s²) + 0,114 m → Ea = 0,493 m ~ 0,50 m
𝑔𝑄
cos(𝜃) = − 𝑊(0,67𝑔𝐸 3/2 (eq. 5)
𝑎)
𝜃 = 143,96 °
14
𝜃 2𝑔𝐸𝑎
𝑉1 = 2 cos (3) ⋅ √ (eq. 6)
3
1 𝑉2 𝑉12
𝐸𝑎 = 𝑦1 + 2𝑔 → 𝑦1 = 𝐸𝑎 − (eq. 7)
2𝑔
(2,403 𝑚/𝑠)²
𝑦1 = 0,493 𝑚 − = 0,1984 m = 19,84 cm
2(9,81 𝑚/𝑠²)
*É ideal que y1 seja menor ou igual a 30 cm, pois a mudança abrupta da velocidade do
escoamento no início do ressalto favorece a mistura do coagulante nesta etapa do tratamento.
2,403 𝑚/𝑠
𝐹𝑟 = = 1,722
√9,81 𝑚/𝑠² .0,1984 𝑚
15
𝑦1
𝑦3 = [√1 + 8𝐹𝑟2 − 1] (eq.13)
2
0,1984 𝑚
𝑦3 = [√1 + 8(1,722)² − 1] = 0,394 m
2
𝑄 𝑄
𝑉2 = 𝐴 → 𝑉2 = 𝑦 , (eq. 15) (onde C corresponde ao valor na Tabela 4, em
2 .𝐶
metros):
0,11 𝑚³/𝑠
𝑉2 = 0,356 𝑚 . = 0,813 m
0,38 𝑚
Ha + N = y3 + En → En = (Ha + N) - y3
En = (0,3556 m + 0,114 m) – 0,394 m = 0,0755 m
16
𝐺 𝐺
Tmr = → 𝑇𝑚𝑟 = 𝑉1 +𝑉2 ,(eq. 16) (onde G corresponde ao valor na Tabela 4, em
𝑉𝑚
2
metros):
0,457 𝑚
𝑇𝑚𝑟 = 2,403 𝑚/𝑠 + 0,813 𝑚/𝑠 = 0,284 s
2
𝛾⋅𝐸
𝐺𝑚𝑟 = √𝜇⋅𝑇 𝑛 (eq. 17)
𝑚𝑟
Tabela 5 – Principais coagulantes utilizados e sua faixa de pH requerida para sua utilização.
Coagulante faixa de pH
Sulfato de alumínio 5,0 a 8,0
Sulfato férrico 5,0 a 11,0
Sulfato ferroso 8,5 a 11,0
Cloreto férrico 5,0 a 11,0
Policloreto de alumínio 6,0 a 8,0
Fonte: CAVALCANTI, 2012 apud ROSA, 2019.
3 CANAL DE INTERLIGAÇÃO
Ao sair da mistura rápida, a água coagulada deve ser transportada para o processo
de floculação por meio de uma estrutura intermediária entre a Calha Parshall e os
floculadores. Para isso, a NBR 12.216 estabelece que o tempo de percurso nesse canal deve
ser inferior a 1 min e a velocidade de escoamento deve estar entre 0,4 e 0,8 m/s, de modo que
18
ℎ = 𝑦2 + 𝑟
ℎ = 0,356 𝑚 + 0,15 𝑚 = 0,506 m
𝑄 = 𝑣𝐶 . 𝐴 → 𝑄 = 𝑣𝐶 . (𝑏 . ℎ) (eq. 19)
𝑄
𝑏=
𝑣𝐶 ⋅ ℎ
0,11 𝑚³/𝑠
𝑏= = 0,362 m
0,6 𝑚/𝑠 ⋅ 0,506 𝑚
Para o cálculo do raio hidráulico deve ser considerado o tipo de seção transversal
do canal, a Tabela 7 apresenta diferentes tipos de seção e as diferentes fórmulas para cálculo
19
0,362 𝑚 . 0,506 𝑚
𝑅ℎ = 0,362 𝑚+2(0,506 𝑚) = 0,133 m
Sabendo das dimensões do canal e de sua lâmina líquida a volume de água foi
calculado a partir da equação:
𝑉
𝑇𝑑 = 𝑄 (eq. 23)
1,1 𝑚³
𝑇𝑑 = = 10 s
0,11 𝑚³/𝑠
2
𝑄𝑛
ℎ𝑓 = ( 2/3 ) , (eq. 24) sendo n = 0,013, o coeficiente de Manning para o
𝐴𝑅ℎ
2
0,11 𝑚³/𝑠 .0,013
ℎ𝑓 = ((0,362 𝑚 .0,506 𝑚).(0,133 𝑚)2/3 ) = 0,000893 m/m
𝛾ℎ𝑓 𝜈𝑐
𝐺=√ (eq. 25)
𝜇
4 FLOCULADOR HIDRÁULICO
Visando uma melhor utilização do espaço útil da ETA, foram tomadas algumas
dimensões iniciais para dimensionamento do floculador, layout aprestado na Figura 5.
22
As velocidades adotadas, assim como as obtidas pela equação estão apresentadas na Tabela 9.
Tabela 13 – extensão média percorrida pela água (Lt) e o raio hidráulico (Rh).
𝑳𝒕 𝑹𝑯
Câmara
(m) (m)
1 100,80 0,103
2 79,80 0,127
3 59,85 0,163
Fonte: Os autores, 2022.
Além disso, a perda de carga nas curvas (ℎ𝑝1 ) foi obtida pela equação XX.
Portanto, somando ambas as perdas de carga, tem-se a perda de carga total (ℎ𝑝𝑡 )
(equação 36).
𝛾∗ℎ𝑝
𝐺𝑚 = √ 𝜇∗𝑇 𝑡 (eq. 37)
𝑑
𝑄
𝑇𝑑,𝑟𝑒𝑎𝑙 = 𝑉𝑜𝑙 𝑓 (eq. 41)
𝑟𝑒𝑎𝑙
Tabela 16 – Volumes das chicanas, volume das câmaras, volume real e tempo de detenção
real.
4.10 COMPORTAS
5 REFERÊNCIAS
Fonte: Orbinox
Imagem 7 – Comporta modelo RB.
Calha Parshall
Medidor de altura Ha
45°
degrau (entrada no canal de interligação)
38
8,0
57,5
36,2
canal de inteligação
Corte A-B Convergente Divergente
22,9
46,32
88,0
10,0
Canal montante Canal jusante
86,4 30,5 45,7
Planta baixa
Escala 1:100
Corte C-D
Tabela de Dados
Sigla Significado Valor
Aplicação do coagulante
Ea Energia total disponível 49,3 cm
(ao fundo)
r =15 y2 = 35,61
profundidade no final do
y3 = 39,41
y2 35,61 cm
Canal de interligação trecho divergente
Entrada de água
bruta saída de água altura da lâmina no trecho
y3 39,41 cm
coagulada divergente
degrau ao final do trecho
N= 11,4
referencial r 15 cm
divergente
y1 = 19,84
Escala 1:100
W = 22,9
E = 76,3
Corte C-D
Escala 1:50
38
36,2
Comporta
Corte C-D
Plataforma de acesso às comportas
Planta baixa
Escala 1:150
parede do canal de
Ressalto hidráulico Comportas
interligação (ao fundo)
plataforma de acesso às
comportas
y3 = 39,41
h= 50,6
escadas
50,0
entrada de água
15
referencial coagulada
degrau
Corte A-B 600
Canal de interligação
Escala 1:100
aplicação do
coagulante (ao fundo)
15,0
Calha parshall
22,9
lâmina d' água
50,6
Degrau
15,0
Corte C-D
Escala 1:25
10,0
Calha Parshall
Convergente Divergente
canal de inteligação
Planta baixa
Escala 1:1000
Corte A-B
Planta baixa
DN= 150 mm
Registro de descarga
Escala 1:150
Vai para o corpo
receptor de descarga
O registro deveria ter saido 7,000
0,230
i=1%
3,300
i=1% i=1%
1,000
DN= 150 mm
Vai para o corpo
0,797
3,300 3,300 3,300
receptor de descarga
Registro de descarga
0,430
por baixo ao final da camara
nc = 22
Escala 1:50
Corte C-D 0,290
3,300
0,590
nc = 16
0,390
3,300
Registro de descarga
DN= 150 mm
Escala 1:50
As placas não devem ir até a laje, uns 10 cm acima do nível de água