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PROFESSORES:
Prof. Dr. Carlos Nobuyoshi Ide
Profa. Dra. Maria Lúcia Ribeiro
Campo Grande – MS
2013
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
1.1 IMPORTÂNCIA DO MONITORAMENTO AMBIENTAL DE RECURSOS HÍDRICOS
2 MÉTODOS E EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO DE DESCARGAS LÍQUIDAS
2.1 MEDIÇÃO DE VAZÃO EM HIDROMETRIA
2.1.1 Medição Convencional com Molinete Hidrométrico
2.1.2 Método acústico
2.1.3 Medição de vazão por Flutuadores
2.1.4 Método químico
2.1.5 Método volumétrico
2.2 DETERMINAÇÃO DA VAZÃO EM CONDUTOS LIVRES
2.2.1 Calhas Parshall
2.2.2 Vertedores
2.3 DETERMINAÇÃO DA VAZÃO EM CONDUTOS FORÇADOS
3 PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
3.1 PONTOS DE AMOSTRAGEM
3.1.1 Rios, lagos e reservatórios
3.1.2 Águas subterrâneas
3.1.3 Coleta em ETE e em rede de abastecimento
3.2 PARÂMETROS DE INTERESSE
SUMÁRIO
Lançamentos de esgotos:
resultam em problemas na saúde humana e ambientais;
morte de peixes;
eutrofização de cursos d’água;
imprópria para diversos usos;
etc.
Qualidade da água
• Pode ser caracterizada pela natureza e quantidade de seus
constituintes físicos, químicos e biológicos.
ABASTECIMENTO
HUMANO
IRRIGAÇÃO
CONTROLE DE CHEIA
ABASTECIMENTO INDUSTRIAL
AMOSTRAGEM DE ÁGUA
Objetivos? razão para amostragem
Timing Quando amostrar? Freqüência de amostragem?
Ex. Amostragem trimestral
Água subterrânea move-se lentamente
tal que a amostragem trimestral é suficiente
Holding time Tempo máximo de armazenamento da
amostra?
Quão rápido analisar a amostra após a coleta?
(Ver Tab. SM)
A química da água pode mudar rapidamente logo após a
amostra ser extraída e exposta a luz, calor, frio, ar ou outros
fatores ambientais!
Run replicates, Split samples, Blanks, Spiked samples
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
AMOSTRAGEM DE ÁGUA
Quality control is an essential element of a field quality assurance program!
Replicate Samples
To determine the degree of heterogeneity within the biological community being
sampled, it is necessary to take replicate samples. These replicates can consist of
multiple samples (grabs, tows, or whole fish) from the same general area (to
measure how well a single sample represents the community or how many samples
are necessary to achieve some level of sampling confidence), or portions of a
single sample (i.e., sectioned grabs - to measure more localized invertebrate
heterogeneity).
Split Samples
Split samples are aliquots taken from the same container and assumed to be
identical. These samples can be sent to two or more laboratories for separate
analysis and the results can be used to determine interlab variability of the different
laboratories or the consistency of results within one lab.
Check on subsampling and analyst/method reproducibility and show any random
system contamination or losses.
Run replicates, Split samples, Blanks, Spiked samples
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
AMOSTRAGEM DE ÁGUA
Blanks
Provide a check on the quality of reagents and solvents and reflect any system
contamination. One aliquot of the blank solution is typically used for the blank and
another aliquot is used to prepare the spiked sample.
Spiked samples
Show that method working properly, and affirm accuracy of method/analyst and
possible sample matrix effects. A common mistake is to analyze spiked samples
only on those samples containing the parameter of interest initially, so that a zero
or undetected value for a sample may mean that parameter of interest is not
detected or the method does not work for that sample. Samples for spiking
should therefore be selected randomly and any sample giving suspicious results
should be spiked and rerum. In establishing a detection limit, it will often be
necessary to prepare several spiked samples whose concentrations are in the
analytical range of the expected detection limit.
Run replicates, Split samples, Blanks, Spiked samples
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
O início:
• No ano de 1854 ficou marcada na história a
pesquisa de qualidade da água, realizada pelo
Dr. John Snow, a respeito da contaminação por
esgotos doméstico de um poço de água potável
em Londres.
• Era o início do monitoramento da qualidade da
água por que ficou comprovada a ligação entre
os casos de cólera da população, que se servia
daquele poço e a sua poluição por esgotos que
eram nele despejados.
Cortesia do Prof. Paulo Fernando Soares
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
O início:
• Um número superior a 700 mortes ocorreu na
Rua James Parish, em aproximadamente 17
semanas.
• A maior parte das vítimas tinha coletado água
na bomba do poço situado na Rua Broad.
• Um vazamento da linha de esgotos que
passava junto ao poço drenava a casa de
número 40, local identificado como o da
ocorrência do primeiro caso de cólera.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
Fases:
A primeira fase do monitoramento:
• fase especulativa ou empírica;
• Durou até aproximadamente 1910.
Fases:
A terceira fase do monitoramento:
• fase estatística: década de 60 aplicações
estatísticas no projeto das redes de
monitoramento da qualidade da água.
Definições:
O monitoramento da qualidade da água:
• esforço em obter informações quantitativas das
características físicas, químicas e biológicas da
água através de amostragem estatística.
Rede de monitoramento:
• localização espacial (distribuição espacial) dos
pontos de amostragem.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
Definições:
Definições:
Sistema de informações sobre RH no Brasil:
• É um sistema de coleta, tratamento,
armazenamento e recuperação de informações
sobre recursos hídricos e fatores intervenientes
em sua gestão (Lei 9433, de 8 de janeiro de
1997).
• O Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos e a Política Nacional de
Recursos Hídricos, foram estabelecidas através
de legislação federal específica com a aprovação
da Lei 9.433.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
Tipos de Monitoramento
• verificação de tendências;
• monitoramento biológico/ecológico;
• monitoramento para fiscalização.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
Planejamento
É a elaboração de um roteiro para realização de
determinada tarefa. Ao coletar, deve-se realizar um
planejamento para obter uma amostra representativa e
com resultados satisfatórios, dentro da realidade da
amostragem (CETESB, 1987).
Um bom planejamento de amostragem inclui:
• metodologia de coleta;
• tipos de amostras (simples ou composta);
• pontos de amostragem;
• tempo de coleta;
• preservação;
• transporte;
• equipamentos necessários;
• coletor bem treinado;
• parâmetros a serem analisados.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
Rios
• A localização, freqüência e número de amostras a serem
coletadas nos cursos de água devem ser determinados
em função do objetivo da avaliação que se está
desenvolvendo e do estudo preliminar.
• Em um programa típico de amostragem em águas
correntes, são incluídos vários locais de amostragem.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
A - a montante da área
em estudo;
B - a jusante de fontes
poluidoras agrícolas;
C - em descargas
poluidoras no ponto de
lançamento no corpo
receptor;
D - pontos múltiplos a
jusante dos
lançamentos, para
verificar a mistura dos
mesmos no sentido
lateral;
E - amostragem de
tributários, na área de
sua desembocadura no
corpo receptor;
F - monitoramento a
jusante do tributário,
Localização de amostragem em cursos de água. após sua mistura no
Fonte: ABNT/NBR 9897 (1987). corpo receptor.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
A - limite político-
administrativo;
B - captação de água
para consumo
humano;
C - captação de água
para irrigação;
D - lançamento em
estuário;
F - montante de área
urbana altamente
industrializada;
G - jusante de área
urbana altamente
industrializada;
H - contribuição de
sub-bacias;
I - zonas de recreação
Localização de pontos de amostragem em rios. e pesca.
Fonte: ABNT/NBR 9897 (1987).
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
PERÍCIA POLUIDOR!
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
Plano de amostragem
pH, perfil de OD e
de temperatura,
transparência,
salinidade, nitrito,
nitrato, amônia,
ortofosfato, fósforo e
nitrogênio totais,
condutividade
elétrica, salinidade,
identificação e
quantificação do
fitoplâncton, carga
sestônica,
percentual de MO
particulada,
clorofila@ e feofitina
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
A - Manancial para
captação de água;
B - Ponto após o
processo de mistura
rápida com coagulante
e cal;
C - Ponto após a
floculação e
decantação;
D - Ponto após a
filtração;
E - Ponto após a
desinfecção, correção
do pH e fluoretação;
F - Ponto na rede de
distribuição;
G - Ponto final no
abastecimento onde
ocorre o consumo.
Diurna
Semanal
Mensal
Sazonal
Anual (dependendo do seu ciclo de retorno)
AMOSTRA:
É uma porção suficientemente pequena para ser
facilmente transportada e manuseada e, que representa
a substância que será objeto de análise.
A coleta e a preservação da amostra segue instruções
específicas para a finalidade a que se destina.
Águas: potável, superficial, subterrânea, chuva
Efluentes
Lodos
Sedimentos
Gases
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
AMOSTRAGEM
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA AMOSTRAGEM:
A amostra deve ser representativa.
Usar técnicas de amostragem própria.
Proteger as amostras, até a sua análise no
Laboratório.
TIPOS DE AMOSTRAS:
Em geral, leva em conta os testes ou análises a
serem realizados e o propósito para o qual os
resultados são necessários.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
AMOSTRA COMPOSTA:
Para minimizar o número de amostras a serem analisadas
Para determinação de concentrações médias
Para determinação de componentes que permaneçam
inalterados após a coleta e preservação
As amostras podem ser compostas na base de tempo
(volume fixo) e vazão (proporcional)
AMOSTRA INTEGRADA:
Mistura de amostras GRAB ou COMPOSTA em diferentes
pontos simultaneamente, ou tão próximo quanto possível
Variação horizontal e ou vertical de componentes
Segregação de efluentes
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
MÉTODOS DE AMOSTRAGEM:
MANUAL
AUTOMÁTICA
PONTOS DE COLETA:
Sistemas de distribuição
Sistemas de coleta de esgoto
Estações de tratamento de água
Estações de tratamento de esgoto
Poços
Rios e canais
Lagos e reservatórios
Outros
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
MANUSEIO DA AMOSTRA
PRECAUÇÕES:
A amostra deve ser coletada onde haja boa mistura
A amostra deve ser coletada no centro do canal, onde a
velocidade normalmente é maior
Caso não haja turbulência suficiente é útil introduzir alguma
forma de agitação. Cuidado para não oxigenar!
Segregar se necessário e coletar em separado
O volume da amostra deverá ser suficiente para todas as
análises.
Prever possível necessidade de repetição!
As amostras devem ser conservadas de maneira a não
alterar as características
O frasco de coleta deverá ser lavado várias vezes com a
amostra a ser coletada. Depende!
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
MANUSEIO DA AMOSTRA
PRECAUÇÕES:
PRESERVAÇÃO DE AMOSTRA
A completa estabilidade de todos os constituintes nunca pode ser
conseguida.
A melhor técnica de preservação só retarda as mudanças!
Algumas mudanças químicas possíveis:
a) Cátions metálicos podem precipitar como hidróxidos ou formar
complexos.
b) Cátions metálicos podem ser adsorvidos nas superfícies de vidro,
plástico ou quartzo.
c) Estado de valência dos íons pode variar pela oxidação ou redução.
d) A atividade microbiológica pode ser responsável por mudanças da
característica da amostra:
A lise celular pode aumentar a DBO ou DQO
A produtividade celular pode mudar a DBO ou DQO
A quantidade de nitrogênio orgânico e fósforo orgânico pode
variar
Outras
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
PRESERVAÇÃO DE AMOSTRA
Intervalo de tempo entre a coleta e análise:
a) Alguns parâmetros devem ser determinados no local da
coleta.
b) Outros, no mais curto espaço de tempo decorrido desde
a coleta. Consultar Tabela!
Métodos de preservação: controle de pH, refrigeração,
congelamento, adição de produtos químicos.
Nenhum método único de preservação é inteiramente
satisfatório.
Consultar Tabela!
NÚMERO DE AMOSTRAS
Devido às variações randônicas nos procedimentos analíticos
e nas ocorrências de um constituinte em um ponto de
amostragem, uma simples amostra pode ser insuficiente para
um nível de incerteza desejado.
Se um desvio padrão global é conhecido, o número requerido
de amostras pode ser estabelecido pela relação:
2
ts
onde:
N
U
N = número de amostras
t = t-Student para um dado nível de confiança
s = desvio padrão global
U = nível aceitável de incerteza
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
AMOSTRAGEM
2
ts
N
U
CARACTERIZAÇÃO DA VAZÃO
Hidrograma típico de esgoto doméstico
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
CARACTERIZAÇÃO DA VAZÃO
As características são normalmente estimadas por
métodos empíricos!
Vazões de esgoto:
Esgotos provêm de residências, indústrias, infiltração e
chuva
Vazões são consideradas em projeto hidráulico e
processo
Níveis de tratamento podem variar para diferentes
vazões
Há uma variedade de métodos para estimar vazões
Pode haver grande variabilidade nos fatores que
afetam as vazões de região para região
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
Zona de Mistura:
• é a região do corpo receptor que entra em contato
imediato com o efluente. A determinação da superfície
afetada, bem como volume, fica na dependência das
vazões do efluente e do corpo receptor, sendo estudada
especificamente para cada caso.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
Tela do
modelo
de Zona
de
Mistura.
1 1,3 - 11,0
BARTRAM & BALLANCE (1996) 3 0,4 - 4,0
20
5 0,3 - 2,0
7 0,2 - 1,5
1 8,0 - 70,0
3 3,0 - 20,0
50 5 2,0 - 14,0
10 0,8 - 7,0
20 0,4 - 3,0
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
Série Histórica
No contexto do Plano de Auto-monitoramento
AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE
AMOSTRAS PARA ANÁLISE
Filtragem
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
ÁGUA DE HEMODIÁLISE
A água empregada em processos dialíticos devem atender
o regulamento técnico da Resolução – RDC Nº 154/2004
(ANVISA).
• Coleta de amostras:
- Após tratamento;
- Ponto contíguo a máquina;
- Torneira de reuso.
Ficha de Coleta:
Registrar todas as informações possíveis de serem obtidas no campo,
preenchendo uma ficha por amostra contendo os dados referentes ao
parâmetro de interesse.
Dados mínimos necessários:
• identificar a localidade, município e Estado;
• número do registro da amostra;
• identificar o tipo de amostra;
• registrar a ocorrência de chuvas nas últimas 24 horas;
• registrar análises de campo (temperatura da amostra, temperatura
do ar, pH, cloro residual, etc.);
• data e hora da coleta;
• nome e assinatura do responsável pela coleta.