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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL- - UFMS

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA - CCET


DEPARTAMENTO DE HIDRÁULICA E TRANSPORTES – DHT
NURECO - MS

Coleta de Amostras de Água e Esgoto

PROFESSORES:
Prof. Dr. Carlos Nobuyoshi Ide
Profa. Dra. Maria Lúcia Ribeiro

Campo Grande – MS
2013
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO
1.1 IMPORTÂNCIA DO MONITORAMENTO AMBIENTAL DE RECURSOS HÍDRICOS
2 MÉTODOS E EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO DE DESCARGAS LÍQUIDAS
2.1 MEDIÇÃO DE VAZÃO EM HIDROMETRIA
2.1.1 Medição Convencional com Molinete Hidrométrico
2.1.2 Método acústico
2.1.3 Medição de vazão por Flutuadores
2.1.4 Método químico
2.1.5 Método volumétrico
2.2 DETERMINAÇÃO DA VAZÃO EM CONDUTOS LIVRES
2.2.1 Calhas Parshall
2.2.2 Vertedores
2.3 DETERMINAÇÃO DA VAZÃO EM CONDUTOS FORÇADOS
3 PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
3.1 PONTOS DE AMOSTRAGEM
3.1.1 Rios, lagos e reservatórios
3.1.2 Águas subterrâneas
3.1.3 Coleta em ETE e em rede de abastecimento
3.2 PARÂMETROS DE INTERESSE
SUMÁRIO

3.3 DETERMINAÇÃO DO VOLUME DE AMOSTRA


3.4 PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS
3.5 TIPOS DE AMOSTRAGEM
3.5.1 Amostragem simples
3.5.2 Amostragem composta
3.5.2.1 Amostragem composta por Tempo
3.5.2.2 Amostragem composta por Volume
3.5.3 Amostragem integrada
3.5.4 Amostragem contínua
3.5.5 Número de amostra e freqüência de amostragem
3.6 METODOLOGIA DE COLETAS DE AMOSTRAS
3.6.1 Coleta de água de rios, lagos e reservatórios
3.6.2 Coleta de águas subterrâneas
3.6.2.1 Método Bailer
3.6.2.2 Bomba Elétrica de Altas Vazões
3.6.2.3 Baixa Vazão
3.6.2.4 Coleta em poço raso
3.6.3 Coleta em ETE e em rede de abastecimento
3.6.3.1 Coleta em ETE
3.6.3.2 Coleta em rede de abastecimento
SUMÁRIO

4 PROCESSAMENTO E ANÁLISE DE DADOS


4.1 AMOSTRAGEM DE POPULAÇÕES AMBIENTAIS
4.2 ESTATÍSTICA
4.3 VARIABILIDADE E ERROS DOS DADOS AMBIENTAIS
4.4 ESTABELECIMENTO DO PROCEDIMENTO DE AMOSTRAGEM
4.5 DETERMINAÇÃO DA POPULAÇÃO-ALVO
4.6 ESCOLHA DO TIPO DE AMOSTRAGEM E DETERMINAÇÃO DO TAMANHO DA
AMOSTRA
4.7 TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM APLICADAS A PROBLEMAS AMBIENTAIS
4.7.1 Amostragem aleatória simples
4.7.2 Amostragem estratificada
4.7.3 Amostragem por composição
4.7.4 Amostragem Sistemática
4.8 GARANTIA DE QUALIDADE / CONTROLE DE QUALIDADE (QA/QC)
5 PRÁTICAS DE AMOSTRAGEM
5.1 COLETA DE AMOSTRA DE ÁGUA DE TORNEIRA
5.2 COLETA DE AMOSTRA EM POÇO PIEZOMÉTRICO
5.3 COLETA DE AMOSTRA DE ÁGUA EM LAGO
5.4 COLETA DE AMOSTRA DE EFLUENTE DOMÉSTICO EM ETE
6 APOIO BIBLIOGRÁFICO
INTRODUÇÃO

O problema da poluição ambiental tem caráter mundial:


 origem na revolução industrial
 intensificou-se com a explosão populacional humana
 modelo sócio-econômico-cultural atual.
 países desenvolvidos
 nações em desenvolvimento

Degradação efetiva (principalmente o ecossistema aquático):


 regiões que abrigam pólos industriais e densa população
 Causa: esgotos domésticos e industriais.

Poluição das águas: adição de substâncias ou de formas de energia


que, direta ou indiretamente, alterem a natureza do corpo d’água de
uma maneira tal que prejudique os legítimos usos que a ele são
conferidos.
INTRODUÇÃO

Lançamentos de esgotos:
 resultam em problemas na saúde humana e ambientais;
 morte de peixes;
 eutrofização de cursos d’água;
 imprópria para diversos usos;
 etc.

Avanços nas tecnologias de determinação de contaminantes nos


corpos hídricos:
 equipamentos;
 novas metodologias para implantação de redes de monitoramento;
 sistemas de informações;
 redução do tempo de realização das coletas e análises;
 determinações de concentrações diminutas (ppm, ppb, ppt).
INTRODUÇÃO

IMPORTÂNCIA DO MONITORAMENTO AMBIENTAL DE


RECURSOS HÍDRICOS

A água limpa é um importante componente da saúde de um


ecossistema aquático:
 permite suportar habitat aquático diversificado e áreas
recreacionais vibrantes;
 permite produzir água potável de boa qualidade;
 permite apreciar a beleza cênica do meio ambiente natural.

Seus múltiplos usos são indispensáveis a um largo espectro das


atividades humanas:
 abastecimento público e industrial;
 irrigação agrícola;
 produção de energia elétrica;
 atividades de lazer e recreação;
 preservação da vida aquática.
INTRODUÇÃO

IMPORTÂNCIA DO MONITORAMENTO AMBIENTAL DE


RECURSOS HÍDRICOS

A expressão qualidade da água não se refere a um grau de pureza


absoluto, ou mesmo próximo do absoluto, e sim, a um padrão tão
próximo quanto possível do natural, isto é, da água tal como se
encontra na natureza, antes do contato com o homem (BRANCO,
1986).

Qualidade da água é um termo usado para expressar a capacidade


da água de sustentar vários usos ou processos (MEYBECK, 1996).

A qualidade da água pode ser definida por uma gama de variáveis


que limitem o uso da água.
INTRODUÇÃO

Qualidade da água
• Pode ser caracterizada pela natureza e quantidade de seus
constituintes físicos, químicos e biológicos.

• É altamente variável no tempo, devido a fatores naturais e humanos.

• É um termo usado para expressar a capacidade da água de


sustentar vários usos ou processos.

• A qualidade da água pode ser definida por uma gama de variáveis


que limitem o uso da água.

• Os aspectos físicos, químicos e biológicos de qualidade da água são


inter-relacionados, e devem ser considerados juntos.
NAVEGAÇÃO Qualidade da água
HIDROELETRICIDADE
USOS MÚLTIPLOS

ABASTECIMENTO
HUMANO

IRRIGAÇÃO
CONTROLE DE CHEIA

ABASTECIMENTO INDUSTRIAL

RECREAÇÃO E TURISMO PESCA E AQUICULTURA


PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

AMOSTRAGEM DE ÁGUA
Objetivos?  razão para amostragem
Timing  Quando amostrar? Freqüência de amostragem?
Ex. Amostragem trimestral
Água subterrânea move-se lentamente
tal que a amostragem trimestral é suficiente
Holding time  Tempo máximo de armazenamento da
amostra?
Quão rápido analisar a amostra após a coleta?
(Ver Tab. SM)
A química da água pode mudar rapidamente logo após a
amostra ser extraída e exposta a luz, calor, frio, ar ou outros
fatores ambientais!
Run replicates, Split samples, Blanks, Spiked samples
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

AMOSTRAGEM DE ÁGUA
Quality control is an essential element of a field quality assurance program!
Replicate Samples
To determine the degree of heterogeneity within the biological community being
sampled, it is necessary to take replicate samples. These replicates can consist of
multiple samples (grabs, tows, or whole fish) from the same general area (to
measure how well a single sample represents the community or how many samples
are necessary to achieve some level of sampling confidence), or portions of a
single sample (i.e., sectioned grabs - to measure more localized invertebrate
heterogeneity).
Split Samples
Split samples are aliquots taken from the same container and assumed to be
identical. These samples can be sent to two or more laboratories for separate
analysis and the results can be used to determine interlab variability of the different
laboratories or the consistency of results within one lab.
Check on subsampling and analyst/method reproducibility and show any random
system contamination or losses.
Run replicates, Split samples, Blanks, Spiked samples
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

AMOSTRAGEM DE ÁGUA

Blanks
Provide a check on the quality of reagents and solvents and reflect any system
contamination. One aliquot of the blank solution is typically used for the blank and
another aliquot is used to prepare the spiked sample.
Spiked samples
Show that method working properly, and affirm accuracy of method/analyst and
possible sample matrix effects. A common mistake is to analyze spiked samples
only on those samples containing the parameter of interest initially, so that a zero
or undetected value for a sample may mean that parameter of interest is not
detected or the method does not work for that sample. Samples for spiking
should therefore be selected randomly and any sample giving suspicious results
should be spiked and rerum. In establishing a detection limit, it will often be
necessary to prepare several spiked samples whose concentrations are in the
analytical range of the expected detection limit.
Run replicates, Split samples, Blanks, Spiked samples
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

O início:
• No ano de 1854 ficou marcada na história a
pesquisa de qualidade da água, realizada pelo
Dr. John Snow, a respeito da contaminação por
esgotos doméstico de um poço de água potável
em Londres.
• Era o início do monitoramento da qualidade da
água por que ficou comprovada a ligação entre
os casos de cólera da população, que se servia
daquele poço e a sua poluição por esgotos que
eram nele despejados.
Cortesia do Prof. Paulo Fernando Soares
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

O início:
• Um número superior a 700 mortes ocorreu na
Rua James Parish, em aproximadamente 17
semanas.
• A maior parte das vítimas tinha coletado água
na bomba do poço situado na Rua Broad.
• Um vazamento da linha de esgotos que
passava junto ao poço drenava a casa de
número 40, local identificado como o da
ocorrência do primeiro caso de cólera.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Fases:
A primeira fase do monitoramento:
• fase especulativa ou empírica;
• Durou até aproximadamente 1910.

A segunda fase do monitoramento:


• fase racional: trabalhos de Streeter e Phelps;
• decisão de onde, quando e o quê amostrar.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Fases:
A terceira fase do monitoramento:
• fase estatística: década de 60  aplicações
estatísticas no projeto das redes de
monitoramento da qualidade da água.

A quarta fase do monitoramento:


• fase moderna: década de 90  novas
metodologias de projeto. Ex.: aplicação do
conceito de entropia.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Definições:
O monitoramento da qualidade da água:
• esforço em obter informações quantitativas das
características físicas, químicas e biológicas da
água através de amostragem estatística.

Rede de monitoramento:
• localização espacial (distribuição espacial) dos
pontos de amostragem.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Definições:

Projeto da rede de monitoramento:


• definição dos pontos de amostragem, da
freqüência temporal, da duração da amostragem
e da seleção das variáveis a serem medidas.
Sistema de informações de qualidade da água:
• amostragem (localização dos pontos de coleta,
escolha das variáveis, determinação da
freqüência e tipo de amostragem estatística),
análise laboratorial, manuseio de dados, análise
de dados, preparação de relatórios e utilização
dos dados obtidos para efeito de tomada de
decisão.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Definições:
Sistema de informações sobre RH no Brasil:
• É um sistema de coleta, tratamento,
armazenamento e recuperação de informações
sobre recursos hídricos e fatores intervenientes
em sua gestão (Lei 9433, de 8 de janeiro de
1997).
• O Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos e a Política Nacional de
Recursos Hídricos, foram estabelecidas através
de legislação federal específica com a aprovação
da Lei 9.433.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Tipos de Monitoramento
• verificação de tendências;
• monitoramento biológico/ecológico;
• monitoramento para fiscalização.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Objetivos a serem atingidos pelo monitoramento:


• avaliação da qualidade da água para determinar sua
adequabilidade para os usos propostos;
• acompanhar a evolução e tendências a curto, médio,
e longo prazo da QA (uso do solo, medidas de
controle de poluição, variações demográficas e
climáticas);
• determinação de critérios de qualidade da água
necessários à manutenção e otimização dos usos da
água do manancial.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

ABNT/NBR 9897 (1987)


Nos estudos das características de determinado corpo
de água e efluente:
 primeira etapa  deve-se constituir em indagações
básicas relacionadas aos objetivos a serem
alcançados.
 disponibilidade de recursos econômicos, de pessoal
e equipamentos, essencial ao planejamento das
ações subseqüentes.
 As razões que motivaram o estudo devem ser
examinadas criticamente, para se ter certeza da sua
real necessidade.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

ABNT/NBR 9897 (1987)


Deve-se ressaltar que o conhecimento das
características dos corpos de água e águas
residuárias é um meio de que o técnico dispõe para
instrumentalizar ações preventivas e/ou corretivas.
Na execução do planejamento de amostragem deve-
se estabelecer o cronograma das diferentes
atividades:
• obter o máximo de rendimento e evitar atropelos no
desenvolvimento dos trabalhos.
• minimizar os custos, com levantamentos de subsídios
disponíveis em outras fontes de informação (desde que
isto não influencie a qualidade dos serviços !).
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Planejamento
É a elaboração de um roteiro para realização de
determinada tarefa. Ao coletar, deve-se realizar um
planejamento para obter uma amostra representativa e
com resultados satisfatórios, dentro da realidade da
amostragem (CETESB, 1987).
Um bom planejamento de amostragem inclui:
• metodologia de coleta;
• tipos de amostras (simples ou composta);
• pontos de amostragem;
• tempo de coleta;
• preservação;
• transporte;
• equipamentos necessários;
• coletor bem treinado;
• parâmetros a serem analisados.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Quando se planeja um procedimento de amostragem,


dever-se-á seguir um conjunto de passos:
1. definir claramente os objetivos do estudo, incluindo as
hipóteses a serem testadas;
2. definir conceitualmente no tempo/espaço a população
de estudo;
3. selecionar as variáveis de interesse para o estudo que
irão ser medidas;
4. definir os tipos de amostras a serem coletadas (por
exemplo, amostras de 2L de água, ou filtros de
partículas expostos durante 24h), ou as medidas a
serem efetuadas;
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

5. estabelecer um programa de atividades, o mais


completo possível para o objetivo proposto, incluindo a
coleta das amostras, o seu manuseio, as análises
laboratoriais necessárias, a manipulação e
armazenamento dos dados obtidos, as análises
estatísticas necessárias, e até a apresentação dos
resultados finais;
6. examinar dados de estudos anteriores similares, para
identificar aspectos como o padrão de variabilidade,
variações cíclicas, e correlações que poderão ocorrer
nos dados obtidos;
7. definir os métodos de amostragem que produzirão
dados representativos da população definida
(amostragem simples, composta, etc.);
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

8. avaliar as necessidades de suporte de aquisição e


tratamento dos dados, incluindo o apoio
computacional e software;
9. conduzir o estudo de acordo com protocolo
estabelecido em 5;
10. fazer a análise estatística dos dados e avaliar as
hipóteses testadas;
11. avaliar a incerteza associada aos valores estimados,
como médias, desvios-padrão ou valores máximos e
mínimos;
12. avaliar se os objetivos do estudo foram atingidos, e
trabalhar a informação adquirida para desenvolver
estudos com custo-benefício superior, no futuro.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Pontos de amostragem (ABNT/NBR 9897, 1987).


Para a localização dos pontos de amostragem, deve-se
considerar o objetivo que se pretende alcançar:
 se o objetivo é detectar violação dos padrões de
qualidade, são escolhidos pontos onde a probabilidade
de ocorrências destas violações seja maior.
 se o principal objetivo consiste em determinar o dano
que a poluição está ocasionando aos seres humanos, à
vida aquática e aos usos do curso de água, devem ser
estabelecidos locais de amostragem em torno do(s)
ponto(s) de lançamento.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Pontos de amostragem (ABNT/NBR 9897, 1987).


Na prática, é importante que sejam definidos, no mínimo,
dois pontos de amostragem, para referência no corpo de
água receptor:
 um deve estar localizado imediatamente acima do local
de lançamento, livre de sua interferência, e outro, abaixo
deste (determinar a extensão do comprometimento da
qualidade da água do corpo receptor);
 não existe uma regra geral para demarcação de pontos
de amostragem;
 os critérios demarcação dependem do planejamento, do
emprego do conhecimento e da realidade de campo,
para detecção da vulnerabilidade de área.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Pontos de amostragem (ABNT/NBR 9897, 1987).


Fundamental ao planejamento da localização dos pontos
de amostragem:
 conhecer o regime de lançamento de efluentes e de
substâncias potencialmente prejudiciais aos seres
humanos e ecossistemas.
 considerar que, nos diferentes regimes de lançamento
de efluentes (vazões contínuas ou descontínuas, com
concentrações uniformes ou variáveis) podem ocorrer
variações significativas quanto ao volume,
concentrações e tipo de poluentes.

O bom senso é tão importante quanto o conhecimento!


PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Rios
• A localização, freqüência e número de amostras a serem
coletadas nos cursos de água devem ser determinados
em função do objetivo da avaliação que se está
desenvolvendo e do estudo preliminar.
• Em um programa típico de amostragem em águas
correntes, são incluídos vários locais de amostragem.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
A - a montante da área
em estudo;
B - a jusante de fontes
poluidoras agrícolas;
C - em descargas
poluidoras no ponto de
lançamento no corpo
receptor;
D - pontos múltiplos a
jusante dos
lançamentos, para
verificar a mistura dos
mesmos no sentido
lateral;
E - amostragem de
tributários, na área de
sua desembocadura no
corpo receptor;
F - monitoramento a
jusante do tributário,
Localização de amostragem em cursos de água. após sua mistura no
Fonte: ABNT/NBR 9897 (1987). corpo receptor.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
A - limite político-
administrativo;
B - captação de água
para consumo
humano;
C - captação de água
para irrigação;
D - lançamento em
estuário;
F - montante de área
urbana altamente
industrializada;
G - jusante de área
urbana altamente
industrializada;
H - contribuição de
sub-bacias;
I - zonas de recreação
Localização de pontos de amostragem em rios. e pesca.
Fonte: ABNT/NBR 9897 (1987).
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

ABNT/NBR 9897 (1987):


Na escolha de pontos de amostragem em rios deve-se
evitar:
 Áreas em que pode ocorrer estagnação de água;
 Áreas localizadas próximo à margem interna de curvas,
visto que elas podem não ser representativas;
 Áreas de refluxo de curso de água.
Para situações mais complexas, quando várias descargas
de efluentes estão envolvidas, a amostragem deve incluir:
 a montante e a jusante da área das descargas
combinadas;
 coleta de amostras diretamente de cada efluente.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

ABNT/NBR 9897 (1987):

Usando-se dados microbiológicos e físico-químicos


disponíveis e a vazão da descarga, pode-se determinar a
contribuição de cada fonte poluidora:

 PERÍCIA  POLUIDOR!
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Lagos e reservatórios (ABNT/NBR 9897, 1987).


• Em lagos, lagoas e reservatórios, as águas nem sempre
apresentam uma constituição homogênea.
• A amostragem deve ser representativa de todo o
sistema aquático  VER RECOMENDAÇÕES!
• Exemplo: Lagos formados por bacias circulares -
recomenda-se que, pelo menos, em amostragens
preliminares, sejam feitas coletas ao longo de diversas
seções transversais (malhas ou quadrantes) que se
interceptam no local de maior profundidade. Este
método tem a vantagem de apresentar uma imagem
tridimensional do corpo receptor, caso as amostras
sejam realizadas em diversas profundidades e a
pequenos intervalos, ao longo da seção transversal.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Localização dos pontos de amostragem em lagos com bacias circulares


(fase preliminar).
Fonte: ABNT/NBR 9897 (1987).
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Em reservatórios, ou mesmo em lagos de forma alongada, onde


exista consideráveis movimentos de água, devem-se estabelecer
várias seções transversais ao longo da massa líquida.

Localização dos pontos de amostragem em lagos ou reservatórios com


bacias alongadas (fase preliminar).
Fonte: ABNT/NBR 9897 (1987).
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

• Devido ao grande volume de líquido contido nos lagos e


reservatórios, a variação de qualidade das águas não é
significativa, podendo-se considerar um raio de 3m do ponto
da amostragem.
• Um método para fixação de pontos é o uso de bóias, embora
haja grande risco de elas serem danificadas ou retiradas por
terceiros.
• O método mais seguro é o uso de placas marcadas com o
código de amostragem, fixada em estacas.
Colocam-se duas estacas, uma atrás da outra, de maneira que se
possa formar uma linha reta imaginária, visualizada por um
observador em um barco dentro do lago.
Posicionando-se duas estacas em cada margem, obtém-se uma
localização do ponto de amostragem, com margem de erro
bastante reduzida (ABNT/NBR 9897, 1987).
Existem métodos mais modernos, como o uso do GPS (Global
Positioning System).
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Localização dos pontos de amostragem com auxílio de placas.


Fonte: ABNT/NBR 9897 (1987).
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Outra sistemática, que orienta a demarcação dos pontos de


amostragem em lagos e represas.
A - entrada do lago;
B - em pontos que
recebem fontes
potenciais de poluição
(B1 - regiões
domiciliares; B2 - regiões
agropastoris e B3 -
regiões industriais);
C - em pontos que
cobrem a extensão
coaxial do corpo de água;
D - praias;
E1 - na saída antes da
barragem;
E2 - na saída após a
barragem.
Localização de pontos de amostragem em lagos e represas.
Fonte: ABNT/NBR 9897 (1987)
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
Sugestão preliminar, para amostragem em lagos e represas que
abastecem estações de tratamento de água.
A - nas entradas do
reservatório;
B - em possíveis fontes
de contaminação;
C - no ponto de
captação;
D - em pontos múltiplos
ao redor do ponto de
captação;
E - na saída do
reservatório.

Figura 3.7. Localização de pontos de amostragem em lagos e represas de


captação.
Fonte: ABNT/NBR 9897 (1987).
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Águas subterrâneas (CETESB, 1988)


Um plano para amostragem de água subterrânea deve
levar em conta múltiplos aspectos, tais como:
a) técnicas de coleta;
b) técnicas de preservação e acondicionamento de
amostras;
c) métodos de análise;
d) procedimentos de encaminhamento de amostras.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Qualidade da água subterrânea

Reações químicas podem ocorrer entre a água e substâncias!


Determinar a extensão e o grau de contaminação!
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Águas subterrâneas (CETESB, 1988)


Os problemas mais comuns nas amostragens são os seguintes:
• a) o responsável não prepara um plano ou simplesmente não tem
plano definido;
• b) o plano contém poucas informações ou contém informações
pouco relevantes, para orientar o técnico que irá executar as coletas
de amostras;
• c) as instruções do plano não são seguidas ou simplesmente se
desconhece a existência de um plano;
• d) empregam-se técnicas inadequadas de esgotamento do poço;
• e) adotam-se equipamentos de coleta inadequados, que podem
comprometer a qualidade da água do poço ou acarretar perda de
compostos voláteis;
• f) nos laboratórios, não se utiliza branco de campo, reagente
padronizado ou diluição padrão para identificar alterações nas
amostras, após a coleta;
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Águas subterrâneas (CETESB, 1988)


Nota: Recomenda-se a utilização de um branco de campo por
amostragem para cada tipo de frasco.
• g) não se faz a limpeza apropriada do equipamento de amostragem;
• h) os equipamentos de amostragem (corda, balde e tubos) são
colocados no solo, podendo contaminar-se antes do uso;
• i) os dados de campo não são registrados devidamente (p. ex.: nível
de água, temperatura);
• j) o procedimento para encaminhamento de amostras ao laboratório
não é seguido devidamente;
• k) pouca atenção é dispensada quando se anotam erros e
anomalias;
• l) adotam-se protocolos de garantia de qualidade ou de controle de
qualidade inadequados (campo e/ou laboratório).
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Águas subterrâneas (CETESB, 1988)


Localização dos pontos de coleta:
Poço de montante
• Geralmente um único poço de montante, bem posicionado, é
suficiente para o fim destinado, contanto que não haja nenhuma
possibilidade de exposição ao fluxo da possibilidade de exposição
ao fluxo da possível pluma gerada pelo método de disposição do
resíduo.
Poços de jusante
• Quanto maior for a certeza do real comportamento do sentido de
fluxo subterrâneo, menor o número de elementos que deverão
compor o conjunto de poços de jusante. De qualquer forma,
recomendam-se no mínimo três poços de jusante no sistema de
monitoramento.
• Os poços de jusante são posicionados transversalmente ao fluxo
subterrâneo, distribuindo-se ao longo da largura da possível pluma.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Águas subterrâneas (CETESB, 1988)


Localização dos pontos de coleta:
Localização dos poços em relação à área de disposição
• O poço de montante deve ser locado próximo à área de disposição,
mas a uma distância segura da influência do efluente.
• Os poços de jusante devem ser distribuídos próximo à área de
disposição, para que a pluma possa ser identificada o mais breve
possível, no caso do lixiviado atingir o lençol.
• A localização exageradamente próxima dos poços aumenta o risco
de contaminação direta dos mesmos.

Nota: Para a locação dos poços é absolutamente imprescindível a


determinação do sentido do fluxo das águas subterrâneas.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
Exemplo de localização dos poços de monitoramento

Disposição dos poços


de monitoramento
(Perfil).
Fonte: CETESB (1988).

Disposição dos poços de


monitoramento (Planta).
Fonte: CETESB (1988).
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Coleta em ETE (ABNT/NBR 9897,1987)


Freqüentemente é necessária a amostragem de efluentes de ETEs ou a
sua caracterização, antes do seu lançamento no corpo receptor.
As regras que determinam a freqüência da amostragem estão
condicionadas ao tipo de processo empregado, regime de produção,
usos da água e capacidade de autodepuração (razões do estudo e/ou
controle?).
Nos casos em que ocorre pouca variação nas características do
efluente, são necessárias poucas amostras.
Em situação oposta, a caracterização e/ou controle devem ser
intensos.
Em nenhum caso devem ser colhidas amostras compostas para
análises microbiológicas.
O número de amostras analisadas deve ser suficiente para fornecer
dados estatisticamente representativos, tanto no aspecto físico e
químico, como no microbiológico.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

O grau de poluição das águas dos corpos receptores varia em função


da concentração, vazão e freqüência de lançamento.
O controle e caracterização das águas residuárias têm como objetivos:
 determinar a concentração e toxidade, a curto e a longo prazo, das substâncias
químicas, em relação aos seres humanos, ao sistema público de esgoto e aos
riscos para a biota;
 determinar as quantidades de poluentes lançados durante 24 horas;
 explorar o potencial de recuperação de despejos num determinado processo,
considerando as modificações a serem efetuadas e apreciando a relação entre
custo, risco e benefício;
 identificar os fatos que influenciam na produção de água residuária, proveniente
de um determinado processo;
 investigar e demonstrar as variações nas características e concentrações das
águas residuárias;
 estabelecer bases para o tratamento das águas residuárias, separadamente ou
em combinação;
 determinar o risco do efluente aos usos da água, acumulação de cadeia
alimentar e seu reflexo na capacidade de autodepuração do corpo receptor.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Os pontos de coleta em uma ETE podem ser vários  depende do


objetivo do monitoramento.

Quando o objetivo é o de investigar a eficiência do sistema em partes


 deve-se coletar amostras após cada etapa do sistema.
Ex.: Otimização do sistemas de operação e manutenção do sistema.

Os pontos de coleta em uma ETE podem variar de acordo com o tipo


de sistema de tratamento e suas estruturas  o monitoramento
segue a mesma lógica!

Quando o monitoramento objetiva uma caracterização mais profunda:


Ex.: a determinação de zonas mortas nas lagoas de estabilização 
locais onde as reações bioquímicas são menores  deve-se proceder
de forma que a amostragem seja representativa de toda área da
lagoa.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

A - Esgoto bruto do sistema


de esgotamento;
B - Esgoto após o
peneiramento;
C - Esgoto após a caixa de
areia;
D - Esgoto após o pré-
tratamento (mais
homogêneo devido à calha
Parshall) e entrada da
Lagoa Anaeróbia;
E - Saída da Lagoa
Anaeróbia e entrada da
Facultativa 1 e 2;
F - Saída da Facultativa 1;
G - Saída da Facultativa 2;
H - Esgoto tratado antes da
cloração (desinfecção);
I - Esgoto antes do corpo
receptor.
Pontos de monitoramento em ETEs com Lagoas de Estabilização.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Coleta em rede de abastecimento


O monitoramento de uma rede de abastecimento de água
começa no manancial com uma bateria completa de análise
de potabilidade conforme a Portaria MS Nº 2914 de
12/12/2011 (Federal)
Dentro da ETA o monitoramento se faz necessário para o
controle operacional do sistema de tratamento  tanto para
a qualidade final da água tratada, quanto para a qualidade
ou eficiência das etapas do tratamento.
O monitoramento da rede de distribuição, precisamente nas
residências, se faz necessário  tanto para atestar a
qualidade da água antes do consumo, como para controle
do cloro e flúor residual adicionado na ETA.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

O monitoramento na rede de abastecimento 


é necessário, para verificar possíveis fontes de
contaminação ocasionadas por fissuras nas tubulações

O monitoramento dentro de uma ETA ocorrem para:


• controle das concentrações dos agentes químicos
adicionados;
• eficiência dos dispositivos do sistema de tratamento
(mistura rápida, floculador, decantador, filtro, etc.).
.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Padrão de potabilidade de água

Plano de amostragem
pH, perfil de OD e
de temperatura,
transparência,
salinidade, nitrito,
nitrato, amônia,
ortofosfato, fósforo e
nitrogênio totais,
condutividade
elétrica, salinidade,
identificação e
quantificação do
fitoplâncton, carga
sestônica,
percentual de MO
particulada,
clorofila@ e feofitina
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Padrão de potabilidade de água


Portaria MS Nº 2914 DE 12/12/2011 (Federal)
.
 Requisitos para escolha dos pontos de amostragem

§ 1º A amostragem deve obedecer aos seguintes requisitos:


I. distribuição uniforme das coletas ao longo do período;
II. representatividade dos pontos de coleta no sistema de distribuição
(reservatórios e rede), combinando critérios de abrangência espacial e
pontos estratégicos, entendidos como aqueles próximos a grande
circulação de pessoas (terminais rodoviários, terminais ferroviários, etc.)
ou edifícios que alberguem grupos populacionais de risco (hospitais,
creches, asilos, etc.), aqueles localizados em trechos vulneráveis do
sistema de distribuição (pontas de rede, pontos de queda de pressão,
locais afetados por manobras, sujeitos à intermitência de abastecimento,
reservatórios, etc.) e locais com sistemáticas notificações de agravos à
saúde tendo como possíveis causas agentes de veiculação hídrica.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

A - Manancial para
captação de água;
B - Ponto após o
processo de mistura
rápida com coagulante
e cal;
C - Ponto após a
floculação e
decantação;
D - Ponto após a
filtração;
E - Ponto após a
desinfecção, correção
do pH e fluoretação;
F - Ponto na rede de
distribuição;
G - Ponto final no
abastecimento onde
ocorre o consumo.

Pontos de coleta em uma rede de abastecimento.


PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
AMOSTRAGEM
Embora em projetos de estações de tratamento de
esgoto a QUALIDADE e a QUANTIDADE do esgoto
sejam assumidos constantes, na realidade a
qualidade e qualidade FLUTUAM drasticamente
dependendo do ciclo da produção industrial, o hábito
de uso da água das pessoas, a disponibilidade da
água e a estação do ano.

A parte mais difícil do projeto é o estabelecimento


dos valores de qualidade e quantidade a ser usado!
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

FLUTUAÇÃO DA QUALIDADE E QUANTIDADE

Diurna
Semanal
Mensal
Sazonal
Anual (dependendo do seu ciclo de retorno)

Para o esgoto doméstico, as flutuações diurnas são


dependentes dos hábitos de uso da água!
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Variação típica de DBO5 de esgoto doméstico


PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

AMOSTRA:
É uma porção suficientemente pequena para ser
facilmente transportada e manuseada e, que representa
a substância que será objeto de análise.
A coleta e a preservação da amostra segue instruções
específicas para a finalidade a que se destina.
Águas: potável, superficial, subterrânea, chuva
Efluentes
Lodos
Sedimentos
Gases
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

AMOSTRAGEM
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA AMOSTRAGEM:
 A amostra deve ser representativa.
 Usar técnicas de amostragem própria.
 Proteger as amostras, até a sua análise no
Laboratório.

TIPOS DE AMOSTRAS:
Em geral, leva em conta os testes ou análises a
serem realizados e o propósito para o qual os
resultados são necessários.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

AMOSTRA GRAB, MANUAL, AO ACASO, SIMPLES:

 A água a ser amostrada não escoa continuamente


 As características do despejo são relativamente
constantes
 É desejável determinar as condições extremas do despejo
 Para determinação de componentes ou características
sujeitas a significantes e inevitáveis mudanças no
armazenamento (gases dissolvidos, cloro residual, sulfito
solúvel, temperatura, pH, Coliformes)
 Quando se deseja determinar a variabilidade das
características do despejo
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

AMOSTRA COMPOSTA:
Para minimizar o número de amostras a serem analisadas
Para determinação de concentrações médias
Para determinação de componentes que permaneçam
inalterados após a coleta e preservação
As amostras podem ser compostas na base de tempo
(volume fixo) e vazão (proporcional)

AMOSTRA INTEGRADA:
Mistura de amostras GRAB ou COMPOSTA em diferentes
pontos simultaneamente, ou tão próximo quanto possível
Variação horizontal e ou vertical de componentes
Segregação de efluentes
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

MÉTODOS DE AMOSTRAGEM:
MANUAL
AUTOMÁTICA
PONTOS DE COLETA:
Sistemas de distribuição
Sistemas de coleta de esgoto
Estações de tratamento de água
Estações de tratamento de esgoto
Poços
Rios e canais
Lagos e reservatórios
Outros
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

FREQUÊNCIA DE AMOSTRAGEM E DURAÇÃO


DO PLANO DE AMOSTRAGEM:
Depende da vazão e das características do
despejo
Amostra GRAB é normalmente uma vez por hora
Variabilidade pequena: 2, 4, 8, 16, 24 horas
Altamente variável: 3 minutos até 1 hora.
Utilizar amostrador automático!
Tempo máximo para a formação de uma amostra
composta: 24 horas
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

SUGESTÃO DE TEMPO PARA FORMAÇÃO DE


AMOSTRA COMPOSTA
CARACTERÍSTICA GRANDE PEQUENA
VARIABILIDADE VARIABILIDADE
(horas) (horas)
DBO 4 12
DQO ou COT 2 8
Sólidos Suspensos 8 24
Alcalinidade ou Acidez 1 (GRAB) 8 (GRAB)
pH contínuo 4 (GRAB)
Nitrogênio e fósforo 24 24
Metais Pesados 4 24
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

MANUSEIO DA AMOSTRA
PRECAUÇÕES:
 A amostra deve ser coletada onde haja boa mistura
 A amostra deve ser coletada no centro do canal, onde a
velocidade normalmente é maior
 Caso não haja turbulência suficiente é útil introduzir alguma
forma de agitação. Cuidado para não oxigenar!
 Segregar se necessário e coletar em separado
 O volume da amostra deverá ser suficiente para todas as
análises.
Prever possível necessidade de repetição!
 As amostras devem ser conservadas de maneira a não
alterar as características
 O frasco de coleta deverá ser lavado várias vezes com a
amostra a ser coletada. Depende!
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

MANUSEIO DA AMOSTRA
PRECAUÇÕES:

 Toda amostra deverá ser identificada:


a) Local de coleta
b) Dia e hora da coleta
c) Indicação do tipo de amostra
d) Informação a respeito dos parâmetros que podem sofre
modificações antes da análise
e) Nome do coletor
f) Outras
 Cada amostra pode ter precaução própria de coleta.

Consultar técnica analítica ou Tabela!


PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

VOLUME DE AMOSTRA NECESSÁRIA

 Programa de amostragem define a porção total requerida


para o teste.
 Não use a mesma amostra para análises químicas,
bacteriológicas e exames em microscópio.
 Lembre-se que os métodos de coleta, frascos,
armazenamento, preservação e manuseio são diferentes.
 2 a 3 litros são suficientes para a maioria das análises
físicas e químicas.
 Consultar Tabela!
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
PRESERVAÇÃO DE AMOSTRA
 A completa estabilidade de todos os constituintes nunca
pode ser conseguida.
 A melhor técnica de preservação só retarda as mudanças.
 Algumas mudanças químicas possíveis:
a) Cátions metálicos podem precipitar como hidróxidos ou
formar complexos
b) Cátions metálicos podem ser adsorvidos nas superfícies
de vidro, plástico ou quartzo
c) Estado de valência dos íons pode variar pela oxidação
ou redução
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

PRESERVAÇÃO DE AMOSTRA
 A completa estabilidade de todos os constituintes nunca pode ser
conseguida.
 A melhor técnica de preservação só retarda as mudanças!
 Algumas mudanças químicas possíveis:
a) Cátions metálicos podem precipitar como hidróxidos ou formar
complexos.
b) Cátions metálicos podem ser adsorvidos nas superfícies de vidro,
plástico ou quartzo.
c) Estado de valência dos íons pode variar pela oxidação ou redução.
d) A atividade microbiológica pode ser responsável por mudanças da
característica da amostra:
 A lise celular pode aumentar a DBO ou DQO
 A produtividade celular pode mudar a DBO ou DQO
 A quantidade de nitrogênio orgânico e fósforo orgânico pode
variar
 Outras
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

PRESERVAÇÃO DE AMOSTRA
 Intervalo de tempo entre a coleta e análise:
a) Alguns parâmetros devem ser determinados no local da
coleta.
b) Outros, no mais curto espaço de tempo decorrido desde
a coleta. Consultar Tabela!
 Métodos de preservação: controle de pH, refrigeração,
congelamento, adição de produtos químicos.
 Nenhum método único de preservação é inteiramente
satisfatório.
Consultar Tabela!

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA PARA LEITURA: CETESB; SM.


PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

NÚMERO DE AMOSTRAS
Devido às variações randônicas nos procedimentos analíticos
e nas ocorrências de um constituinte em um ponto de
amostragem, uma simples amostra pode ser insuficiente para
um nível de incerteza desejado.
Se um desvio padrão global é conhecido, o número requerido
de amostras pode ser estabelecido pela relação:
2
 ts 
onde:
N  
U 
N = número de amostras
t = t-Student para um dado nível de confiança
s = desvio padrão global
U = nível aceitável de incerteza
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
AMOSTRAGEM

2
 ts 
N  
U 

Nº aproximado de amostras requeridas na estimativa da concentração média.


Fonte: STANDARD METHODS, 1998.
EXEMPLOS DE REQUISITOS BÁSICOS DE AMOSTRAGEM E PRESERVAÇÃO
VOLUME TEMPO MÁXIMO
PARÂMETRO RECIPIENTE
MÍNIMO DE TIPO DE
PRESERVAÇÃO
RECOMENDADO
NORMA EPA
* Para parâmetros não
AMOSTRA AMOSTRA DE
(mL) ARMAZENAMENTO listados, usar recipientes de
Alcalinidade P, G 200 g Refrigerar 24 h 14 d vidro ou plástico;
Cloreto P, G 50 g, c Não requer NS 28 d
Cloro, residual total P, G 500 g Analisar imediatamente 0,25 d 0,25 d preferencialmente refrigerar
Não filtrado, escuro, 4oC
Filtrado, escuro, -20oC (não
24-48 h durante o armazenamento e
Clorofila P, G 500 g 28 d
armazenar em freezer frost- analisar tão logo quanto
free)
Condutividade P, G 500 g, c Refrigerar 28 d 28 d possível.
DBO P, G 1000 g, c Refrigerar 6 h 48 h
Analisar tão logo quanto  P = plástico (polietileno ou
DQO P, G 100 g, c possível ou adicionar H2SO4 7 d 28 d equivalente); G = vidro; G(A)
para pH<2
Fósforo total P. G 100 g, c Adicionar H2SO4 para pH<2 28 d ou P(A) = enxaguado com
Adicionar HNO3 ou H2SO4 para
Dureza P, G 100 g, c
pH<2
6 meses 6 meses 1+1 HNO3;G(B) = vidro,
Filtrar imediatamente para borossilicato; G(S) = vidro,
Metais, geral P(A), G(A) 1000 g, c metais dissolvidos, adicionar 6 meses 6 meses
HNO3 para pH<2 enxaguado com solventes
Cromo VI P(A), G(A) 1000 g Refrigerar 24 h 24 h
Adicionar HNO3 para pH<2, orgânicos ou seco em
Mercúrio P(A), G(A) 1000 g, c 28 d 28 d
4oC; refrigerar
Nitrogênio
estufa.
Analisar tão logo quanto  g = simples; c =
Amônia 500 possível ou adicionar H2SO4 7 d 28 d
para pH<2; refrigerar composta.
48 h (28 d para
Nitrato P, G 100 g, c
Analisar tão logo quanto
48 h amostras
 Refrigerar = armazenar à
possível; refrigerar
cloradas) 4oC  2oC; no escuro;
Analisar tão logo quanto
Nitrito 100 Nenhum 48 h analisar imediatamente =
possível; refrigerar
Refrigerar; adicionar H2SO4
Orgânico Kjeldahl* 500
para pH<2
7 d 28 d analisar usualmente dentro
G, boca larga, Adicionar HCl ou H2SO4 para de 15 min após a coleta.
Óleos e Graxas 1000 g 28 d 28 d
calibrado pH<2; refrigerar
pH P, G 50 g Analisar imediatamente 0,25 h 0,25 h  Ver citação para
Orgânicos, compostos
MBAS P, G 250 g, c Refrigerar 48 h NS
possíveis diferenças com
Refrigerar, adicionar HCl para
7 d até a respeito a requisitos de
G(S), tampa pH<2; adicionar 1000mg de
Pesticidas* 1000 g, c 7 d extração; 40 d
de PTFE ácido ascórbico/L se cloro
após extração
preservação e recipientes.
residual estiver presente
P, G, tampa Refrigerar; adicionar H2SO4 28 d até a NS = não estabelecido na
Fenóis 500 g, c *
de PTFE para pH<2 extração referência citada.
Oxigênio dissolvido
Eletrodo G, Frasco de
300 g
Analisar imediatamente 0,25 h 0,25 h # Se a amostra for clorada,
DBO A titulação pode ser adiada
Winkler
após a acidificação
8 h 8 h ver texto para pré-
2-7 d; (ver tratamento.
Sólidos P, G 200 g, c Refrigerar 7 d
referência)
Refrigerar; adicionar 4 gotas de Fonte: Standard Methods,
Sulfeto P. G 100 g, c acetato de zinco/100mL 2N; 28 d 7 d
adicionar NaOH para pH>9 20th ed.
Temperatura P, G - g Analisar imediatamente 0,25 h 0,25 h
Analisar no mesmo dia;
Turbidez P, G 100 g, c armazenar no escuro para mais 24 h 48 h
de 24 h, refrigerar
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

CARACTERIZAÇÃO DA VAZÃO
Hidrograma típico de esgoto doméstico
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

CARACTERIZAÇÃO DA VAZÃO
As características são normalmente estimadas por
métodos empíricos!
Vazões de esgoto:
 Esgotos provêm de residências, indústrias, infiltração e
chuva
 Vazões são consideradas em projeto hidráulico e
processo
 Níveis de tratamento podem variar para diferentes
vazões
 Há uma variedade de métodos para estimar vazões
 Pode haver grande variabilidade nos fatores que
afetam as vazões de região para região
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Zona de Mistura:
• é a região do corpo receptor que entra em contato
imediato com o efluente. A determinação da superfície
afetada, bem como volume, fica na dependência das
vazões do efluente e do corpo receptor, sendo estudada
especificamente para cada caso.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Modelo de Zona de Mistura (SAIAS-ÁGUA):


 A metodologia utilizada considera a diluição de substâncias
conservativas (sólidos dissolvidos, cloretos e certos metais).
 Esse modelo é aplicável em rios estreitos e rasos.
 Considera que o curso d’água analisado apresenta homogeneidade
com relação a qualidade de água na seção transversal e na
profundidade.
 É um modelo unidirecional
 Analisa os efeitos da poluição somente ao longo da distância
horizontal.
 O objetivo do modelo é determinar a distância em que se observa
uma mistura completa de uma substância conservativa despejada,
tanto para descarga marginal como central, no leito de um rio.
As equações utilizadas para modelagem são apresentadas no capítulo 6 da obra de Rau
(1980) e no capítulo 2 da obra de Thomann (1987):
RAU, John G., WOOTEN, David C. Environemental Impact Analysis Handbook. United States: Mc
Graw-Hill, 1980.
THOMANN, Robert V., MUELLER, John A. Principles of surface water quality modeling and control. Unites
States: Harper International Edition, 1987.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Tela do
modelo
de Zona
de
Mistura.

OLIVEIRA et al. (2002) - UFES


PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Seleção do modelo de qualidade de água para


alocação das cargas
A determinação do modelo apropriado para uma dada
descarga e o corpo receptor é baseada se:
 há ou não uma rápida e completa mistura do efluente com
o corpo de água.
 o corpo receptor não tiver uma rápida e completa mistura,
a avaliação da zona de mistura é recomendada.
 houver a rápida e completa mistura próximo ao ponto de
descarga, uma avaliação da mistura completa envolvendo
modelos de transporte e dispersão é recomendada.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Avaliação da Zona de Mistura


Em situações de lançamento de efluentes em corpos receptores que não
aconteça mistura completa, a modelagem da zona de mistura é apropriada.
Zonas de misturas são áreas onde um efluente sofre uma diluição inicial e são
estendidas para cobrir uma mistura secundária no ecossistema aquático.
Uma zona de mistura é uma zona de impacto alocado no corpo receptor onde
os padrões (crônico e agudo) de qualidade de água podem ser excedidos
desde que as condições tóxicas sejam evitadas e o uso desejado da água não
seja prejudicado em conseqüência da zona de mistura.
A CWA permite zonas de mistura na discrição dos Estados. A política de cada
Estado determina se a zona de mistura é permitida.
A EPA recomenda que os Estados façam uma declaração definitiva nos seus
padrões de qualidade de água, relatando se as zonas de mistura são
permitidas e como serão definidas.
A EPA fornece diretrizes quando se exige uma zona de mistura e como
determinar os limites e o tamanho da zona de mistura.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Avaliação da Mistura Completa


Se a distância do ponto de lançamento para a mistura completa é
insignificante, então, a modelagem da zona de mistura não é necessária.
Para situações de descargas que haja mistura completa no corpo receptor,
há dois tipos de modelos de qualidade de água de transporte e dispersão:
Modelo no estado estacionário (steady-state);
Modelo dinâmico.
A seleção do modelo depende das características do corpo receptor, da
disponibilidade de dados dos efluentes e do nível de sofisticação
desejado.
Os dados mínimos exigidos para entrada no modelo incluem vazão do
corpo de água, vazão do efluente, concentrações dos poluentes no
efluente e concentrações naturais dos poluentes no ecossistema aquático.
􀂾
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Processo de mistura completa para fontes pontuais em rios


Ao executar um projeto e estudos prognósticos em problemas de
descarga de efluente, é importante que se faça:
distinção entre os aspectos físicos de processos de mistura
hidrodinâmica que determinam o destino e a distribuição do efluente
no local da descarga;
formulação administrativa dos regulamentos da zona de mistura que
pretende prevenir quaisquer impactos prejudiciais do efluente no meio
aquático e usos associados.
Na Resolução CONAMA No 357/2005, pode-se ler no artigo 33: "A
extensão e as concentrações de substâncias na zona de mistura
deverão ser objeto de estudo, nos termos determinados pelo órgão
ambiental competente, às expensas do empreendedor responsável
pelo lançamento".
Todo empreendedor que venha a lançar efluentes em um corpo de
água terá que realizar estudos do processo de mistura!
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Largura Profundidade Distância estimada para


Distância média
(m)
média
(m)
mistura completa
(km)
estimada para
1 0,08 - 0,7
mistura 5 2 0,05 - 0,3
3 0,03 - 0,2
completa em
1 0,3 - 2,7
cursos d´água. 2 0,2 - 1,4
10 3 0,1 - 0,9
4 0,08 - 0,7
5 0,07 - 0,5

1 1,3 - 11,0
BARTRAM & BALLANCE (1996) 3 0,4 - 4,0
20
5 0,3 - 2,0
7 0,2 - 1,5

1 8,0 - 70,0
3 3,0 - 20,0
50 5 2,0 - 14,0
10 0,8 - 7,0
20 0,4 - 3,0
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Descarga Tipo de Número de Número de


Regime de média curso pontos de profundidade de
(m3s-1) d´água amostragem amostragem
amostragem
sugerido para
pequeno
5 2 1
amostras córrego
compostas em
águas correntes. 5 – 140 córrego 4 2

150 – 1.000 rio 6 3

 1.000 grande rio 6 4

BARTRAM & BALLANCE (1996)


PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
Cenário da Gestão Integrada de Recursos Hídricos no Estado de Mato Grosso do Sul - Gerência de Recursos Hídricos, 17 de julho de 2007

Série Histórica
No contexto do Plano de Auto-monitoramento

• O Plano de Auto-monitoramento solicita ao empreendedor o envio


de boletins de resultados analíticos, de parâmetros ambientais
específicos para cada atividade poluidora, e usuário de um corpo
receptor para despejo industrial;

• Ao longo do tempo, temos dados que podem alertar a progressão


de comprometimento ou melhora na qualidade das águas;

• A aplicação de um estudo estatístico em séries temporais e difusas,


tornará confiável uma visão de cenário futuro, considerando as
diferentes estações de um ano de amostragem.
Celina Dias – Química: pipetagraduada@hotmail.com
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE
AMOSTRAS PARA ANÁLISE
Filtragem
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS PARA


ANÁLISE
MATERIAL BIOLÓGICO
• A coleta de amostras biológicas para estudos geoquímicos é
importante para trabalhos relacionados com o meio ambiente e
prospecção biogeoquímica. De uma maneira geral, as amostras
são armazenadas em recipientes escuros de polietileno.

• No laboratório, devem ser lavadas com água destilada e depois


permanecer por 12 (doze) horas secando em estufa em
temperaturas entre 80 a 105oC. A preparação posterior (secagem,
pulverização e homogeneização) segue os mesmo procedimentos
usados para rochas, sedimentos e solos.

• Em situações específicas pode-se utilizar trituradores, próprios


para materiais biológicos como planta, e posterior peneiramento
para eliminação de caules ou outras frações maiores que podem
acarretar erros na análise.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO


COLETA E CONSERVAÇÃO DE AMOSTRAS PARA
ANÁLISE LABORATORIAL:
• A técnica a ser adotada depende do tipo de água que
será coletada e do tipo de análise a ser realizada.
ÁGUA TRATADA
• Água de abastecimento público ou privado e água
clorada: A amostra deve ser coletada em dois frascos
esterilizados:
1 frasco com inibidor de cloro: Análise microbiológica.
1 frasco sem inibidor de cloro: Análise físico-química.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO


PROCEDIMENTO:
• Verificar se o ponto de coleta recebe água diretamente
do sistema de distribuição e não de caixas, reservatórios
ou cisternas;
• Fazer a limpeza da torneira;
• Abrir a torneira e deixar escoar a água por 2 a 3 min.;
• Reduzir o fluxo da água para evitar respingos;
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO


• Remover a tampa do frasco conjuntamente com o papel
protetor, com todos os cuidados de assepsia, evitando
contaminação da amostra pelos dedos, luvas ou outro
material;
• Efetuar a coleta, deixando um espaço vazio de 2,5 a 4cm;
• Fechar o frasco imediatamente, fixando bem o papel
protetor;
• Identificar o frasco(s) com o número da amostra, local de
coleta e/ou horário de coleta;
• Preencher o Auto de Coleta, identificando o auto
correspondente a cada ponto de coleta.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO


COLETA E CONSERVAÇÃO DE AMOSTRAS PARA
ANÁLISE LABORATORIAL:
• Água não-tratada ou água bruta (poços, nascentes,
cachoeiras): A amostra deve ser coletada em 1 frasco
esterilizado.
Poços freáticos:
• Em poços equipados com bombas manuais ou
mecânicas, bombear a água durante aproximadamente
5 minutos;
• Fazer a limpeza da saída da bomba;
• Continuar com o mesmo procedimento da água tratada.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO


• As amostras devem ser armazenadas e transportadas
em caixas isotérmicas com gelo reciclável (temperatura
entre 2°C e 8°C.
• O transporte das amostras deverá ser feito o mais
rápido possível.
• Prazo máximo entre a coleta e a análise:
- Água tratada 24h;
- Água não-tratada 6h.
PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

ÁGUA DE HEMODIÁLISE
A água empregada em processos dialíticos devem atender
o regulamento técnico da Resolução – RDC Nº 154/2004
(ANVISA).
• Coleta de amostras:
- Após tratamento;
- Ponto contíguo a máquina;
- Torneira de reuso.

RDC: Resolução da Diretoria Colegiada


PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Ficha de Coleta:
Registrar todas as informações possíveis de serem obtidas no campo,
preenchendo uma ficha por amostra contendo os dados referentes ao
parâmetro de interesse.
Dados mínimos necessários:
• identificar a localidade, município e Estado;
• número do registro da amostra;
• identificar o tipo de amostra;
• registrar a ocorrência de chuvas nas últimas 24 horas;
• registrar análises de campo (temperatura da amostra, temperatura
do ar, pH, cloro residual, etc.);
• data e hora da coleta;
• nome e assinatura do responsável pela coleta.

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