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Amostragem de Vapores do Solo e em Ar Ambiente

1. Objetivo

Definir o procedimento para a execução de cada uma das etapas do processo de amostragem de vapores do
solo e de ar ambiente, garantindo a qualidade da amostra desde a sua coleta até a sua entrega ao
laboratório e a segurança do processo.

2. Referências Normativas e Bibliográficas

 ASTM D7663-12 – Standard practice for active soil gas sampling in the vadose zone for vapor
intrusion evaluations – ASTM – American Society for Testing and Materials, April/12, West
Conshohocken, PA, United States.

 Compendium Method TO-15 - Determination Of Volatile Organic Compounds (VOCs) In Air Collected
In Specially-Prepared Canisters And Analyzed By Gas Chromatography/ Mass Spectrometry
(GC/MS).

 Incluir TO-17

 OSWER Publication 9200.2-154 – Technical guide for assessing and mitigating the vapor
intrusion pathway from subsurface vapor sources to indoor air.

3. Aplicabilidade

Aplica-se às amostragens de vapores do solo executadas durante as etapas de investigação e ou


monitoramento ambiental da zona vadosa e às amostragens de vapores do ar ambiente em etapas e
investigação e ou monitoramento da qualidade do ar ambiente.

4. Definições / Abreviaturas

 Canister: Compartimento de Armazenamento de Amostra.

 Sample Train: Dispositivo de conexão entre o poço de vapor e o Canister.

 Cúpula: Caixa plástica utilizada para criar uma atmosfera de gás Hélio.

 Medição: Conjunto de operações que tem por objetivo determinar um valor de uma grandeza.

 MR: Materiais de Referência (rastreáveis ao NIST utilizados para a verificação intermediária dos
equipamentos e verificação do processo analítico em campo). É um material suficientemente
homogêneo e estável no que diz respeito a uma ou mais propriedades especificadas, que tenha sido
estabelecido para atender de forma apropriada o uso para o qual esteja destinado em um processo de
medição.

 MRC: Materiais de Referência Certificados (soluções padrão produzidas por empresas certificadas na
ISO 17034). É o material de referência, caracterizado por um procedimento válido do ponto de vista
metrológico para uma ou mais propriedades especificadas, acompanhado por um certificado que fornece
o valor de sua propriedade especificada, sua incerteza associada e uma declaração da rastreabilidade
metrológica.

 Amostragem: procedimento definido, pelo qual uma parte de uma substância, material ou produto é
retirada para produzir uma amostra representativa do todo, para ensaio. A amostragem também pode
ser requerida pela especificação apropriada, para a qual a substância, material ou produto é ensaiado.

 Plano de Serviços: Formulário definido para registro do planejamento das atividades a serem realizadas
em campo.

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5. Procedimento para amostragem de Vapores


5.1 Vapores no Solo

5.1.1 Procedimento Preliminar – Ajuste e Checagem

Antes de iniciar os trabalhos de amostragem, deve ser feita a checagem do equipamento de medição de
campo (medidor de gases – PID), utilizando-se o gás Isobutileno.

Após a leitura do gás padrão (MR) realizar a análise crítica dos dados obtidos para poder validá-los ou não.
Caso os dados não estejam dentro dos critérios de aceitação, tomar as ações corretivas necessárias para,
somente então, prosseguir com a amostragem. Se as ações tomadas não forem suficientes para corrigir o
problema, entrar em contato com o Coordenador do Projeto que definirá o que fazer a seguir (interrupção
dos trabalhos ou outra ação).

Se os dados estiverem válidos, prosseguir com o procedimento de amostragem descrito abaixo.

Devem ser verificados os 02 (dois) equipamentos utilizados na medição das concentrações de gás Hélio,
seguindo os passos descritos a seguir:

 Ligar os 02 (dois) equipamentos de medição de concentração de Hélio e esperar a estabilização de


ambos;

 Após a estabilização, colocar os 02 (dois) equipamentos ligados no interior da cúpula;

 No Medidor 1 de concentração de gás Hélio deve-se ligar uma mangueira na saída de ar. Essa
mangueira deve ser conectada na bomba de sucção, situada fora da cúpula;

 Ligar a bomba de sucção;

 Inserir quantidade suficiente de gás Hélio no interior da cúpula, com o auxílio de mangueira;

 Fazer a verificação das concentrações medidas pelos 02 (dois) aparelhos em concentrações de gás
Hélio entre 1% e 50%;

 Serão aceitas diferenças de até no máximo 10% entre as medições dos 02 (dois) aparelhos.

Após as leituras, realizar a análise crítica dos dados obtidos para poder validá-los ou não. Caso os dados
não estejam dentro do critério de aceitação, tomar as ações corretivas necessárias para, somente então,
prosseguir com a amostragem. Se as ações tomadas não forem suficientes para corrigir o problema, entrar
em contato com o Coordenador do Projeto que definirá o que fazer a seguir (interrupção dos trabalhos ou
outra ação).

5.1.2 Equipamentos, Materiais e Soluções

 Medidor de Gás Hélio;

 Medidor de Gases Voláteis (PID);

 Cilindro de gás Isobutileno;

 Cilindro de gás Hélio;

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 Bomba de Vácuo;

 Sample Train;

 Canister;

 Cúpula;

 Formulário de Plano de Amostragem;

 Carta-Controle;

 Formulário de Registro de Amostragem de Vapor em Poços de Subslab, de Zona Insaturada e de Ar


Ambiente EPA TO-15;

 Mapa com a localização dos pontos a serem amostrados;

 MRs para checagem do equipamento;

 Mesa e banco dobráveis;

 Guarda-sol.

5.1.3 Teste de Estanqueidade

Com o auxílio de uma cúpula, deve ser verificada a estanqueidade do Vapor Pin / Poço de Vapores seguindo
os seguintes passos:

 Ligar uma mangueira conectando o Vapor Pin / Poço de Vapor ao Sample Train;

 Conectar uma mangueira na saída do Sample Train;

 Ligar aparelho de medição 2 de concentração de gás Hélio o qual deverá estar situado ao lado do
Vapor Pin / Poço de Vapores, dentro da cúpula;

 Fechar o sistema montado com a cúpula (Poço, Sample Train e medidor 2 de gás Hélio);

 Conectar a mangueira da saída do Sample Train ao medidor 1 de gás Hélio, situado do lado de fora
da cúpula;

 Conectar uma mangueira da saída do medidor 1 de gás Hélio à bomba de sucção;

 Realizar purga para o Background durante 2 (dois) minutos ou até a medição estabilizar e anotar o
valor verificado no medidor 2 de gás Hélio ao final da purga;

 Desligar a bomba após os 2 (dois) minutos ou quando estabilizar a medição;

 Ligar uma mangueira na saída do cilindro de gás Hélio e inserir em cavidade presente na cúpula
para injeção do gás;

 Controlar a porcentagem de gás Hélio na atmosfera da cúpula entre 50% e 60% de saturação;

 Com a atmosfera saturada entre 50% e 60%, ligar a bomba de sucção para dar início ao teste de
estanqueidade;

 O teste deve durar 7 (sete) minutos;

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 Desligar a bomba após os 7 (sete) minutos de operação;

 Verificar os valores de concentração de Hélio nos medidores 1 e 2 registrar os valores finais obtidos;

 Aplicar a Fórmula de Interferência para verificação das condições de estanqueidade do Vapor Pin /
Poço de Vapores:

(%He Final do teste medidor 1−% He Background medidor 1)


≤5%
%He final dentro da cupula medidor 2
100

 Observar e anotar se o poço encontra-se estanque no formulário FOR 046 Registro de Amostragem
de Vapor em Poços de Sub-Slab e de Zona Insaturada - EPA TO-15;

 Em caso positivo, dar continuidade para coleta;

 Em caso negativo, interromper procedimento de amostragem.

5.1.4 Purga

Após o teste de estanqueidade, caso seja necessário, deve ser feita a purga adicional do sistema.

5.1.4.1 Purga do Sistema

O tempo de operação da bomba de purga em Poços de Vapor deverá ser calculado com base em suas
dimensões seguindo as seguintes fórmulas:

Cálculo do Volume de Purga do Pré-Filtro (L)

VPf =
( )
D 2
2
× π×h

Onde:

D: Diâmetro externo da perfuração (cm)

h: Altura do Pré-Filtro (cm)

VPf: Volume do Pré-Filtro (L)

( )
2
D
× π ×h
2
Vf =

Onde:

D: Diâmetro do filtro (cm)

h: Altura do Filtro (cm)

Vf: Volume do Filtro (L)

Volume Final do Pré Filtro ( L )=VPf ( L )−Vf ( L)

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Volume de Purga do Pré Filtro ( L )=Volume Final do Pré Filtro( L) ×3 × 0,5

Cálculo do Volume de Purga do Poço (L)

( )
2
D
×π ×h
2
Vm=

Onde:

D: Diâmetro externo da Mangueira (cm)

h: Comprimento da Mangueira (cm)

Vm: Volume da Mangueira(L)

Volume Final do Poço ( L ) =Vf ( L ) +Vm( L)

Volume de Purga do Poço ( L )=Volume Final do Poço(L)× 3

O cálculo do volume total da purga deve ser realizado a partir da fórmula apresentada abaixo:

Volume Total da Purga ( L ) =Volume de Purga do Pré Filtro ( L )+ Volume de Purga do Poço( L)

Todos os resultados dos cálculos devem ser registrados no FOR 046 Registro de Amostragem de Vapor em
Poços de Sub-Slab e de Zona Insaturada.

5.1.4.2 Tempo de Purga

O cálculo do volume tempo total da purga deve ser realizado a partir da fórmula apresentada abaixo:

0,2 ( L ) × T ( min )=1 ( min ) ×Volume Total da Purga( L)

5.1.5 Ensaio de VOC

Concluído o teste de estanqueidade e a purga do sistema (caso seja necessária), realizar a medição de
gases voláteis no poço.

 Conectar a mangueira da saída do poço ao medidor de gases voláteis (PID), situado do lado de fora
da cúpula;

 Verificar o valor de concentração de VOC apresentado no medidor e registrar no formulário de


campo.

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5.1.6 Amostragem do Poço de Vapor

Para efetuar a coleta do Vapor Pin / Poço de Vapores, devem ser seguidos os seguintes passos:

 Ligar uma mangueira conectando o Vapor Pin / Poço de Vapor ao Sample Train;

 Conectar uma mangueira na saída do Sample Train;

 Conectar a mangueira da saída do Sample Train ao canister e anotar a pressão interna no momento
do inicio da coleta;

 A coleta deverá ser finalizada com a pressão interna do canister entre -8 e -3 inHg, valor este obtido
na leitura de pressão do Sample Train. Este valor deverá ser anotado no formulário de campo para
posterior comparação com o dado enviado pelo laboratório no laudo analítico;

 Fechar o canister e remover mangueira;

 Guardar o canister em recipiente que será enviado ao laboratório

 Remover mangueira do Sample Train e do Vapor Pin / Poço de Vapor;

 Fechar a saída do Vapor Pin / Poço de Vapor com tampa/válvula interna e tampa de proteção
externa.

5.1.7 Acondicionamento das Amostras

O canister contendo a amostra deve ser acondicionado na caixa em que foi enviado pelo laboratório.

Durante o transporte, devem ser tomados os cuidados necessários para que o canister não seja danificado.

5.2 Ar Ambiente

5.2.1 Equipamentos, Materiais e Soluções

 Canister;

 Medidor de Gases Voláteis;

 Cilindro de gás Isobutileno;

 Limitador de Fluxo;

 Formulário de Plano de Amostragem;

 Carta-Controle;

 Formulário de Registro de Amostragem de Vapor em Poços de Subslab, de Zona Insaturada e de Ar


Ambiente EPA TO-15;

 Mapa com a localização dos pontos a serem amostrados;

 MRs para checagem do equipamento;

 Mesa e banco dobráveis;

 Guarda-sol;

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 Tripé;

 Trena.

5.2.2 Ensaio de VOC

Realizar a medição de gases voláteis no ar ambiente.

 Ligar o medidor de gases voláteis (PID) na altura na qual será realizada a amostragem;

 Verificar o valor de concentração de VOC apresentado no medidor e registrar no formulário de


campo.

5.2.3 Amostragem de Vapor em Ar Ambiente

Para efetuar a coleta do Ar Ambiente, devem ser seguidos os seguintes passos:

 Montar o tripé para que a base para o canister fique posicionada na altura da amostragem (1,60m);

 Conectar o limitador de fluxo ao canister;

 Posicionar o canister sobre o tripé;

 A coleta deverá ser finalizada com a pressão interna do canister entre -8 e -3 inHg, valor este obtido
na leitura de pressão do Sample Train. Este valor deverá ser anotado no formulário de campo para
posterior comparação com o dado enviado pelo laboratório no laudo analítico

 Fechar o canister e remover o limitador de fluxo;

 Guardar o canister em recipiente que será enviado ao laboratório;

 Desmontar o tripé.

5.2.4 Acondicionamento das Amostras

O canister contendo a amostra deve ser acondicionado na caixa em que foi enviado pelo laboratório.

Durante o transporte, devem ser tomados os cuidados necessários para que o canister não seja danificado.

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