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Módulo
2 Noções de Gestão de Documentação
Brasília - 2019
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Presidente
Aline Soares
Coordenador
Carlos Augusto Silva - 2018 - CGDMS/DESIN/SEGEP/MP
Conteudista
Jesse Rodrigues Ferreira - 2018 - CGDMS/DESIN/SEGEP/MP
Elena Ramos Coutinho - 2018 - CGDMS/DESIN/SEGEP/MP
© Enap, 2019
3. Tratamento Documental.................................................................................................. 6
5. Preparação de documentos............................................................................................. 9
5.1 Higienização de documentos................................................................................................ 9
5.2 Armazenagem de documentos............................................................................................. 9
5.3 Acondicionamento de documentos................................................................................... 10
6. Digitalização de Documentos......................................................................................... 10
7. Captura de imagens....................................................................................................... 10
8. Aplicação de OCR........................................................................................................... 11
12. Legado......................................................................................................................... 13
12.1 Digitalização do Legado.................................................................................................... 14
12.2 Prazo legal para conclusão da digitalização do Legado.................................................... 14
Bibliografia ....................................................................................................................... 20
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Módulo
2 Noções de Gestão de
Documentação
Olá! Você conheceu, no módulo 1, os conceitos básicos do AFD. Agora, neste módulo, vamos
aprender sobre Gestão de Documentação. Avante!
A Lei nº 8.159, de 08 de janeiro de 1991, que dispõe sobre a política nacional de arquivos
públicos e privados e dá outras providências, cita que:
Você sabia que a gestão de documentação está prevista na Constituição de 1988 e em outros
normativos legais? Vejamos o que dizem alguns artigos a respeito.
A Lei nº 8.159/91, que dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá
outras providências, também prevê a Gestão da Informação e Documentação:
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De acordo com a art. 3º da Lei 8.159/1991, considera-se gestão de documentos
o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção,
tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, visando
a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente.
3. Tratamento Documental
A realidade de muitas instituições públicas federais, por terem dimensões físicas reduzidas,
quadro de pessoal de recursos humanos reduzidos e localização geográfica de difícil acesso,
dificulta o tratamento da massa documental acumulada, conforme o que determina a Lei nº
12.527/2011, Lei de Acesso à Informação.
É possível, com o sistema AFD, que o servidor tenha acesso direito, on-line ao seu assentamento
funcional, da mesma maneira que os agentes públicos legalmente autorizados terão, assim
como os servidores dos recursos humanos e os órgãos de controle.
Desse modo, o AFD é um meio de consultar o histórico funcional dos servidores disponibilizado
para todos os órgãos e entidades integrantes do SIPEC.
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Art. 1º Recomendar aos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de
Arquivos - SINAR a adoção do Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados
de Gestão Arquivística de Documentos - e-ARQ Brasil, Versão 1.0, aprovado na 43ª
reunião plenária do CONARQ, realizada no dia 4 de dezembro de 2006, de que trata
esta Resolução, disponibilizada em pdf na página web do CONARQ, www.conarq.
arquivonacional.gov.br.
As regras dos requisitos para repositórios arquivísticos digitais confiáveis estão previstos na
Resolução nº 43, de 04 de setembro de 2015 do CONARQ, devendo estar protegidos de acesso,
uso, alteração, reprodução e destruição não autorizados.
Com isso, podemos afirmar que o Sigepe – AFD trabalha dentro dos parâmetros determinados
pela legislação Arquivística Brasileira, possuindo diversos instrumentos determinantes de
deveres e práticas que devem ser seguidos pelos órgãos públicos.
Bom, agora que você viu alguns conceitos normativos sobre a gestão de documentação e
de como é tratada a massa documental acumulada nas instituições, vamos aprender alguns
conceitos importantes no processo de Gestão de documentos.
Vejamos alguns conceitos que trabalham dentro dos parâmetros determinados da legislação
Arquivística Brasileira.
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4. Documento arquivístico - É um documento produzido e/ou recebido e mantido
por pessoa física ou jurídica, no decorrer das suas atividades, em qualquer que
seja o suporte, e dotado de organicidade.
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19. OCR (Optical Character Recognition) - É uma tecnologia para reconhecer
caracteres a partir de um arquivo de imagem ou mapa de bits, sejam eles
escaneados, escritos à mão, datilografados ou impressos.
5. Preparação de documentos
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5.3 Acondicionamento de documentos
6. Digitalização de documentos
7. Captura de imagens
Para isso, você deve levar em consideração as características físicas do documento, atentando
para que seja evitada qualquer ação que possa significar riscos ao documento original, desde
as condições de manuseio, a definição dos equipamentos de captura, o estado de conservação
até o valor intrínseco do documento original.
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Papéis fotossensíveis – são aqueles comumente utilizados em fax e também encontrados
em pastas funcionais. Devem ser analisados antes do procedimento de captura, pois, em
muitos casos, devido à ação do tempo, a informação não estará nítida. Nessa situação, será
considerado o estado de conservação.
Os documentos funcionais digitalizados, mesmo sendo cópias, devem estar inseridos no AFD,
obedecendo aos mesmos princípios para documentos impressos.
Agora, entraremos numa parte específica do conteúdo que requer ainda mais atenção da
sua parte. Considerando o alto nível de exigência quanto à qualidade de captura de imagens,
sugere-se que seja utilizado o modelo de verificação da qualidade do representante digital,
conforme previsto na Resolução nº 31, de 28 de abril de 2010.
Vale registrar que os itens de verificação são parametrizáveis no software da maioria dos
scanners, eliminando, dessa forma, grande parte do trabalho.
Os arquivos das imagens a serem gerados para o AFD serão no formato Portable
Document Format - PDF/A, pesquisável, em tons de cinza, com resolução mínima
de 300 dpi, escala 1x1, contemplando o reconhecimento de caracteres de texto nas
imagens (OCR) e compactação sem perdas. A captura das imagens será realizada
com o auxílio de scanners que atendam a produção diária de documentos de cada
unidade de recursos humanos integrantes do SIPEC. As especificações técnicas
do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão estão disponíveis
em: https://gestaodepessoas.planejamento.gov.br/web/segep/assentamento-
funcional-digital#2.
Para evitar que o documento digitalizado se deteriore, o operador deverá utilizar o recurso
da mesa digitalizadora e não do alimentador automático do scanner. Você sabe por quê? O
alimentador automático poderá triturar documentos que tenha uma estrutura física sensível.
Por fim, as normas de digitalização referentes aos documentos que possuem informações
relativas a despachos e anotações no verso das páginas devem ser digitalizados em frente
e verso, formando um único arquivo PDF/A de várias páginas. Já as páginas em branco, dos
versos que não possuem informações, deverão ser eliminadas durante o processo.
8. Aplicação de OCR
É de suma importância utilizar esse recurso na digitalização, de forma que seja possível otimizar
o processo de busca de informações com o uso da ferramenta disponível AFD, que permite,
por exemplo, localizar textos contidos em documentos digitalizados pertencentes ao AFD.
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9. Validade Jurídica do Documento Digital
1. Tipo de Documento.
2. Data de Emissão.
4. Número.
5. Interessado.
6. Tipo de Conferência.
7. Observação.
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“Tipo de Documento” consiste na identificação do assunto principal do documento funcional,
por exemplo, o documento trata de uma portaria de cessão ou de uma portaria de redistribuição.
Feito isso, você deverá observar que ele faz parte da tabela de documentos funcionais
aprovados pelo DESIS/SGP/ME. Para fazer upload de documento no AFD, você deverá selecionar
no sistema o tipo documental do documento. Acompanhe essa etapa nas demonstrações do
modulo 3 – parte 3.
Agora, se o documento não faz parte do rol de tipo de documentos do AFD, o sistema não fará
o upload do documento.
7.5 Interessado - O campo interessado vem preenchido, por padrão, com o nome do
servidor, podendo ser alterado, caso necessário.
12. Legado
Você já viu, no módulo anterior, que o conceito de Legado são todos os documentos existentes
nos assentamentos funcionais físicos dos servidores, com data anterior ao lançamento e
disponibilização do AFD aos órgãos e entidades do SIPEC até 30 de junho de 2016.
Na Seção AFD Legado é obrigatório preencher o campo quando o tipo de documento for
“Legado”, devendo disponibilizar no AFD na seguinte estrutura:
Para cada seção, a UPAG deverá colocar um separador (sinalética) indicador do início da seção,
conforme o Anexo II da Portaria Normativa nº 09 SGP/MPDG, de 2018.
Para fins da digitalização do legado, quando optarem por execução própria dos trabalhos,
os órgãos e entidades deverão dispor de equipamentos de digitalização compatíveis com as
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especificações recomendadas pelo DESIS e a produção diária de documentos na unidade de
gestão de pessoas.
A digitalização do legado também poderá ser realizada com o auxílio de serviços de terceiros,
ficando a cargo de cada órgão ou entidade do SIPEC a contratação e a gestão desses serviços.
Por fim, o legado digitalizado deve espelhar fielmente o conjunto de documentos não digitais
relativos à vida funcional do servidor, na forma que se encontram em cada unidade de gestão
de pessoas, não sendo permitida a inserção de documentos em substituição a outros por
problemas de legibilidade ou integridade física.
Os documentos médicos identificados nas pastas funcionais não poderão fazer parte do legado,
salvo os que constam na tabela de documentos funcionais, de acordo com Decreto nº 7.003,
de 9 de novembro de 2009. Vejamos o que estabelece esse decreto e a orientação normativa
a respeito do tema.
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a licença para tratamento de saúde de que tratam os arts. 202 a 205, da Lei nº 8.112
de 11/12/1990, e dá outras providências.”
Fica vedado o arquivamento de novos documentos na forma não digital nas pastas funcionais
físicas a partir de 1° de julho de 2016. As unidades de gestão de pessoas dos órgãos do SIPEC
devem utilizar exclusivamente o SIGEPE - AFD como repositório de documentos funcionais,
conforme o disposto na Portaria Normativa nº 09 SGP/MPDG, de 2018:
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III - Depois de realizada a digitalização, as cópias simples autenticadas
administrativamente poderão ser descartadas ou disponibilizadas para devolução
ao interessado, a critério do órgão ou entidade. O documento resultante da
digitalização será anexado ao processo digital ou integrado em fluxo de trabalho
informatizado. Neste caso, há a formação de um processo totalmente digital; ou
Os novos documentos funcionais não digitais produzidos pelo órgão de vinculação do servidor
deverão ser classificados, arquivados e mantidos nos termos da temporalidade e destinação
de documentos de arquivo aprovados pelo CONARQ ou pelo Arquivo Nacional.
Nos casos da eliminação de documentos do AFD, você deverá seguir as orientações previstas
no art. 3º da Resolução nº 40, de 9 de dezembro de 2014 do CONARQ, observando também o
disposto art. 18 do Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002.
Art. 3º. Após obter a autorização, os órgãos e entidades, para proceder à eliminação,
deverão elaborar e publicar o Edital de Ciência de Eliminação de Documentos [Anexo
2], em periódico oficial, sendo que na ausência destes, os municípios poderão publicá-
los em outro veículo de divulgação local, para dar publicidade ao fato de que serão
eliminados os documentos relacionados na Listagem de Eliminação de Documentos.
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Decreto nº 4.073, Art. 18, de 3 de janeiro de 2002:
Art. 18. Em cada órgão e entidade da Administração Pública Federal será constituída
comissão permanente de avaliação de documentos, que terá a responsabilidade
de orientar e realizar o processo de análise, avaliação e seleção da documentação
produzida e acumulada no seu âmbito de atuação, tendo em vista a identificação dos
documentos para guarda permanente e a eliminação dos destituídos de valor.
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19. Conclusão
Chegamos ao final dessa etapa. No módulo 3, você vai aprender sobre a Operacionalização do
Sigepe -AFD.
Este módulo possui uma peculiaridade: ele é composto por demonstrações de como você
deverá navegar pelo Sistema Sigepe - AFD. Mas, antes de prosseguir para o módulo, revise no
tópico seguinte alguns temas importantes vistos até aqui.
20. Resumo
Chegamos ao final do Módulo 2! Vamos relembrar alguns tópicos importantes que vimos
quanto aos procedimentos relativos aos serviços de preparação e de digitalização dos
documentos funcionais.
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• O recurso OCR (Optical Character Recognition), ou seja, Reconhecimento Óptico de
Caracteres, é uma tecnologia que permite converter diferentes tipos de documentos,
como papéis escaneados, arquivos em PDF e imagens capturadas com câmera digital
em dados pesquisáveis e editáveis. Sendo, portanto, uma etapa fundamental à
digitalização de documentos.
• E, por fim, que o registro de documentos consiste na inclusão, no Sigepe- AFD dos
metadados administrativos referentes a cada documento, informações essas que
serão utilizadas pela ferramenta de pesquisa.
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Bibliografia
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