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M.A.P.A.

– MATERIAL DE AVALIAÇÃO PRÁTICA DE APRENDIZAGEM

SANEAMENTO BÁSICO – MÓDULO 53/2023

ACADÊMICO: R.A.:

CURSO: Engenharia Civil

ETAPA 1
 Calcular o IQA da água do rio que abastece o município:
Para o cálculo do índice IQA deve se usado os valores fornecidos na
seguinte tabela disposta no enunciado:

O peso de cada parâmetro é defino por:

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Sendo assim, temos:

𝐼𝑄𝐴 = 𝑂𝐷 0,17 ∙ 𝐶𝑜𝑙𝑖𝑓𝑜𝑟𝑚𝑒𝑠 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜𝑡𝑜𝑚𝑒𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 0,15 ∙ 𝑃𝐻 0,12 ∙ 𝐷𝐵𝑂0,10 ∙ 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎0,10

∙ 𝑁𝑖𝑡𝑟𝑜𝑔ê𝑛𝑖𝑜 0,10 ∙ 𝐹ó𝑠𝑓𝑜𝑟𝑜0,10 ∙ 𝑇𝑢𝑟𝑏𝑖𝑑𝑒𝑧0,08 ∙ 𝑅𝑒𝑠í𝑑𝑢𝑜 0,08

𝐼𝑄𝐴 = 95,30,17 ∙ 64,10,15 ∙ 400,12 ∙ 78,10,10 ∙ 940,10 ∙ 96,80,10 ∙ 860,10 ∙ 52,10,08 ∙ 85,50,08

𝐼𝑄𝐴 = 2,16993 ∙ 1,86650 ∙ 1,55685 ∙ 1,54620 ∙ 1,57512 ∙ 1,57975 ∙ 1,56117 ∙ 1,37198 ∙ 1,42744

𝐼𝑄𝐴 = 74,17

 Qual é a classificação do rio de abastecimento?


Portanto, a partir da tabela abaixo, concluímos que a classificação do rio
de abastecimento: para o estado de Minas Geras é BOA.

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ETAPA 2
Responder as seguintes questões:
1 – Em qual classe o rio estava enquadrado?
A partir do enunciado, verificamos que antes da intensificação industrial da
cidade, o corpo hídrico apresentava os seguintes indicadores:

 DBO5 a 20°C de 5mg O2/L


 OD de 5 mg O2/L
 Turbidez de 90 UNT
 Cor verdadeira de 75 mg Pt/L

Portanto, o rio possuía classe 2

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2 – As condições de qualidade de água deste rio indicam quais principais
usos?
Como visto acima, o rio pertencia a classe 2. Assim, pautando-se na tabela
abaixo, notamos que as águas deste corpo hídrico, desde que que fosse
realizados os tratamentos necessários, poderiam ser utilizadas para:
 Abastecimento para consumo humano, após tratamento
convencional.
 Proteção das comunidades aquáticas.
 Recreação de contato primário (natação, esqui aquático e
mergulho).
 Irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e parques, jardins, campos
de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a t er contato
direto.
 Aquicultura e atividade de pesca.

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3 – Qual é o tipo de tratamento para este tipo de classificação?
A partir do quadro abaixo, notamos que o tratamento adequado para este
corpo hídrico é o Tratamento Convencional.
Esse tipo de Tratamento engloba a clarificação por meio de coagulação e
floculação, seguida de desinfecção e correção de pH

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4 – Em qual classe o rio passou a ser enquadrado?
A partir do enunciado, verificamos que após da intensificação industrial da
cidade, o corpo hídrico apresentava os seguintes indicadores:

 DBO5 a 20°C de 10mg O2/L


 OD de 5 mg O2/L
 Turbidez de 100 UNT
 Cor verdadeira de 75 mg Pt/L
 Densidade de cianobactérias até 50.000 cel/ml.
 pH de 6,0 a 9,0.

Portanto, o rio tem classe 3.

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5 – As condições de qualidade de água deste rio passaram a indicar quais
principais usos?
Como v isto acima, o rio pertence a classe 3. Assim, pautando-se na tabela abaixo,
notamos que as águas deste corpo hídrico, desde que que fosse realizados os
tratamentos necessários, poderiam ser utilizadas para:

 Abastecimento para consumo humano, após tratamento conv encional ou


av ançado.
 I rrigação de culturas arbóreas, cerealíferas ou forrageiras.
 Pesca amadora.
 Recreação de contato secundário.
 Dessedentação de animais.

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6 – Qual é o tipo de tratamento para esta nova classificação?

A partir do quadro abaixo, notamos que o tratamento adequado para este corpo
hídrico é o Tratamento Av ançado.
Esse tratamento é constituído de remoção e/ou inativ ação de constituintes que
podem conferir à água características como cor, odor, sabor e ativ idade tóxica
ou patogênica.

7 – Indique quais são as medidas para que o rio de abastecimento público de


sua cidade volte para a antiga classificação de qualidade ambiental.
Com o aumento da intensidade de industrialização da cidade, houve o
surgimento de lançamentos clandestino de esgoto industrial sem
tratamento diretamente no rio de abastecimento. Isso degradou bastante
a qualidade da água e um parâmetro que ilustra bem tal dano é o DBO5,
uma vez que seu valor dobrou. Sendo assim, para que o rio de
abastecimento volte a apresentar água de boa qualidade, uma série de
medidas devem ser implementadas, tais como:
 Mapeamento e extermínio de todos os lançamentos clandestinos;
 Promover um diálogo junto as industrias a fim de se estabelecer uma
rede de coleta de esgoto de modo a atender toda necessidade do
polo industrial, a fim de se impedir que haja reincidência de
lançamentos clandestinos;

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 Organizar campanhas de conscientização, tanto no meio industrial
quanto junto à população, sobre a importância de não despejar
esgoto sem tratamento diretamente sobre o corpo hídrico.

ETAPA 3
Verificar para os dados informados:
 Atendimento ao Padrão de Emissão (PE).
Sabemos que:

 𝑄𝐸𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 = 1000 𝑚3 /𝑑
 𝐷𝐵𝑂𝐵𝑟𝑢𝑡𝑎 −𝐸𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 = 1100 𝑚𝑔/𝐿

Portanto, a carga orgânica potencial é de:

𝐶𝑂𝑃𝑂𝑇 = 𝑄𝐸𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 ∙ 𝐷𝐵𝑂𝐵𝑟𝑢𝑡𝑎 −𝐸𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒

1100 ∙ 10−6 𝑘𝑔
𝐶𝑂𝑃𝑂𝑇 = (1000 𝑚3 /𝑑 ) ∙ ( )
1 ∙ 10−3 𝑚3

𝐶𝑂𝑃𝑂𝑇 = 1000 ∙ 1,1

𝐶𝑂𝑃𝑂𝑇 = 1100 𝑘𝑔/𝑑

Além disso, abemos que:

 𝐷𝐵𝑂𝑇𝑟𝑎𝑡𝑎𝑑𝑎−𝐸𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 = 110 𝑚𝑔/𝐿

Portanto, a carga orgânica removida é de:

𝐶𝑂𝑅𝐸𝑀 = 𝑄𝐸𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 ∙ 𝐷𝐵𝑂𝑇𝑟𝑎𝑡𝑎𝑑𝑎−𝐸𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒

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110 ∙ 10−6 𝑘𝑔
𝐶𝑂𝑅𝐸𝑀 ( )
= 1000 𝑚 /𝑑 ∙ ( )
1 ∙ 10−3 𝑚3

𝐶𝑂𝑅𝐸𝑀 = 1000 ∙ 0,11

𝐶𝑂𝑅𝐸𝑀 = 110 𝑘𝑔/𝑑

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Assim a Eficiência do Tratamento (E) tem o seguinte valor:

𝐶𝑂𝑃𝑂𝑇 − 𝐶𝑂𝑅𝐸𝑀
𝐸= ∙ 100%
𝐶𝑂𝑃𝑂𝑇

1100 − 110
𝐸=( ) ∙ 100%
1100

𝐸 = 90%

Como o padrão de emissão afirma que a eficiência mínima de remoção


de carga orgânica deve ser de 80%, então concluímos que esse critério é
atendido pois, conforme calculado, na situação em estudo a eficiência é
de 90%.

 Atendimento ao Padrão de Qualidade (PQ).


A partir dos dados informados no enunciado, temos que a Demanda
Biológica de Oxigênio Média (DBOM):

𝑄7,10 (𝑚3 /𝑑 ) ∙ 𝐷𝐵𝑂𝑅𝑖𝑜 (𝑚𝑔/𝐿 ) + 𝑄𝑒𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝑚3 /𝑑 ) ∙ 𝐷𝐵𝑂𝑇 (𝑚𝑔/𝐿 )


𝐷𝐵𝑂𝑀 =
𝑄7,10 (𝑚3 /𝑑 ) + 𝑄𝑒𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝑚3 /𝑑 )

10000 ∙ 1,5 + 1000 ∙ 110


𝐷𝐵𝑂𝑀 =
10000 + 1000

125000
𝐷𝐵𝑂𝑀 =
11000

𝐷𝐵𝑂𝑀 = 11,36 𝑚𝑔/𝐿

O padrão de qualidade estabelece que a Máxima DBO M permitida é de

até 5,0mg/L O2. Portanto concluímos que este critério não é atendido, pois

o valor de DBOM . encontrado superou esse limite máximo.

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 Caso o Padrão de Qualidade não seja atendido, qual será a eficiência
mínima, em termos de DBO.
Como o critério de qualidade não foi satisfeito, então devemos definir qual é o
padrão de eficiência mínimo que satisfaça esse critério. Sendo assim, como o
padrão de qualidade exige que a DBO seja, no máximo, 5,0mg/LO 2, então,
temos:

𝑄7,10 (𝑚3 /𝑑) ∙ 𝐷𝐵𝑂𝑅𝑖𝑜 (𝑚𝑔/𝐿) + 𝑄𝑒𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒(𝑚 3 /𝑑) ∙ 𝐷𝐵𝑂𝑇 (𝑚𝑔/𝐿)


𝐷𝐵𝑂𝑀 =
𝑄7,10 (𝑚 3 /𝑑) + 𝑄𝑒𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒(𝑚 3 /𝑑)

10000 ∙ 1,5 + 1000 ∙ 𝐷𝐵𝑂𝑇 (𝑚𝑔/𝐿)


5,0 =
10000 + 1000

15000 + 1000 ∙ 𝐷𝐵𝑂𝑇 (𝑚𝑔/𝐿)


5,0 =
11000

15000 + 1000 ∙ 𝐷𝐵𝑂𝑇 (𝑚𝑔/𝐿) = 55000

1000 ∙ 𝐷𝐵𝑂𝑇 (𝑚𝑔/𝐿) = 40000

40000
𝐷𝐵𝑂𝑇 (𝑚𝑔/𝐿) =
1000

𝐷𝐵𝑂𝑇 (𝑚𝑔/𝐿) = 40

Portanto, a eficiência necessária é de:

𝐷𝐵𝑂𝐵 − 𝐷𝐵𝑂𝑇
𝐸= ∙ 100
𝐷𝐵𝑂𝐵

1100 − 40
𝐸=( ) ∙ 100
1100

𝐸 = 96,36%

Logo, a eficiência mínima em termos de DBO é de 96,36%.

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 Qual será a vazão de Q7,10 do corpo receptor para o atendimento da
DBO mínima?

𝑄7,10 (𝑚3 /𝑑) ∙ 𝐷𝐵𝑂𝑅𝑖𝑜 (𝑚𝑔/𝐿) + 𝑄𝑒𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒(𝑚 3 /𝑑) ∙ 𝐷𝐵𝑂𝑇 (𝑚𝑔/𝐿)


𝐷𝐵𝑂𝑀 =
𝑄7,10 (𝑚 3 /𝑑) + 𝑄𝑒𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒(𝑚 3 /𝑑)

𝐷𝐵𝑂𝑀 ∙ (𝑄7,10 (𝑚 3 /𝑑) + 𝑄𝑒𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝑚3 /𝑑)) = 𝑄7,10 (𝑚3 /𝑑) ∙ 𝐷𝐵𝑂𝑅𝑖𝑜 (𝑚𝑔/𝐿) + 𝑄𝑒𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒(𝑚 3 /𝑑) ∙ 𝐷𝐵𝑂𝑇 (𝑚𝑔/𝐿)

𝐷𝐵𝑂𝑀 ∙ (𝑄7,10 (𝑚 3 /𝑑) + 𝑄𝑒𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝑚3 /𝑑)) − 𝑄7,10 (𝑚3 /𝑑) ∙ 𝐷𝐵𝑂𝑅𝑖𝑜 (𝑚𝑔/𝐿) = 𝑄𝑒𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒(𝑚 3 /𝑑) ∙ 𝐷𝐵𝑂𝑇 (𝑚𝑔/𝐿)

𝑄7,10 (𝑚 3 /𝑑) ∙ (𝐷𝐵𝑂𝑀 − 𝐷𝐵𝑂𝑅𝑖𝑜 (𝑚𝑔/𝐿)) + 𝐷𝐵𝑂𝑀 ∙ 𝑄𝑒𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝑚3 /𝑑) = 𝑄𝑒𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝑚3 /𝑑) ∙ 𝐷𝐵𝑂𝑇 (𝑚𝑔/𝐿)

𝑄7,10 (𝑚 3 /𝑑)(𝐷𝐵𝑂𝑀 − 𝐷𝐵𝑂𝑅𝑖𝑜 (𝑚𝑔/𝐿)) = 𝑄𝑒𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝑚3 /𝑑) ∙ 𝐷𝐵𝑂𝑇 (𝑚𝑔/𝐿) − 𝐷𝐵𝑂𝑀 ∙ 𝑄𝑒𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝑚3 /𝑑)

𝑄𝑒𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝑚3 /𝑑) ∙ 𝐷𝐵𝑂𝑇 (𝑚𝑔/𝐿) − 𝐷𝐵𝑂𝑀 ∙ 𝑄𝑒𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝑚3 /𝑑)


𝑄7,10 (𝑚3 /𝑑) =
(𝐷𝐵𝑂𝑀 − 𝐷𝐵𝑂𝑅𝑖𝑜 (𝑚𝑔/𝐿))

1000 ∙ 110 − 5 ∙ 1000


𝑄7,10 (𝑚 3 /𝑑) =
(5 − 1,5)

110000 − 5000
𝑄7,10 (𝑚3 /𝑑) =
3,5

𝑄7,10 (𝑚3 /𝑑) = 30.000

Logo a v azão dev erá ser de 30000 m3/d para satisfazer a condição de DBO mínima.

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