Você está na página 1de 44

Meio Ambiente

Poluição – Meio Aquático

Curso: Edificações
Unidade Curricular: Meio Ambiente
Professora: Maria Claudia Lima Couto
Ciências do Ambiente

Objetivos

• Analisar a fontes de poluição no meio aquático, seu usos e impactos


ambientais relativos aos usos.
• Conhecer as legislações e normas relacionados aos recursos hídricos
superficiais e subterrâneos, qualidade da água e lançamentos de efluentes
líquidos.
Recursos hídricos
Águas superficiais
Ciências do Ambiente

• Usos da Água

Usos consuntivos – Retirada de água


- Abastecimento Público;
- Abastecimento Industrial;
- Dessedentação de animais
- Irrigação;
Usos não consuntivos – Não necessita da retirada da água:
- Recreação e lazer;
- Preservação da flora e fauna;
- Geração de energia;
- Transporte;
- Diluição de despejos.
Ciências do Ambiente

• Tipos de poluição

Poluição natural ( não associada a atividades humanas)


- Chuvas e escoamento superficial;
- Salinização;
- Decomposição de vegetais e animais mortos
Poluição Industrial:
- Papel e celulose;
- Refinarias de petróleo;
- Usinas de açúcar e álcool;
- Siderúrgicas e metalúrgicas;
- Químicas e farmacêuticas;
- Abatedouros e frigoríficos;
- Têxteis;
- Curtumes.
Ciências do Ambiente

• Tipos de poluição

Poluição urbana
- Esgotos domésticos lançados direta ou indiretamente nos corpos d’água.
Poluição agropastoril:
- Defensivos agrícolas;
- Fertilizantes;
- Escrementos de animais;
- erosão
Ciências do Ambiente

Monitoramento de Recursos hídricos


Quantidade de Águas

Dados Pluviométricos
Ciências do Ambiente

Monitoramento de Recursos hídricos


Quantidade de Águas

Ciência que trata dos processos que regem a


HIDROLOGIA
ocorrência, circulação e distribuição de
águas na terra

Disponibilidade de Água
Dados Pluviométricos

Fator importante no desenvolvimento


dos programas de controle de poluição
das águas
Ciências do Ambiente

Monitoramento de Recursos hídricos


Quantidade de Águas Dados Fluviométricos
Ciências do Ambiente

Monitoramento de Recursos hídricos


Qualidade de Águas

A qualidades é outros aspecto da águas que assegura


determinado uso ou conjunto de usos .

A qualidade é representada por características intrínsecas,


geralmente mensuráveis,de naturas,física, química e biológica.

Estas características, se mantidas dentro de certos


limites,viabilizam determinado uso.

Estes limites constituem critérios (recomendações) ou padrões


(regras legais).
Ciências do Ambiente

Monitoramento de Recursos hídricos


Qualidade de Águas
Os padrões não permanecem imutáveis ao longo do tempo:

É preciso que eles reflitam adequadamente os objetivos, as tecnologias


e as condições da sociedade em cada estágio do seu desenvolvimento.
Ciências do Ambiente

Monitoramento de Recursos hídricos


Qualidade de Águas
Seleção dos parâmetros

A seleção dos parâmetros está relacionada ao objetivo do trabalho.

Fontes Poluidoras Indicadores de Qualidade

Poluição orgânica Demanda Bioquímica da Oxigênio,Demanda


Química de Oxigênio; Cloretos,fenóis e oxigênio
dissolvidos.

Poluição Inorgânica Metais, praguicidas, outras substâncias tóxicas-


testes de toxicidade

Contaminação bacteriana Coliformes totais e fecais


Processo de Eutrofização Nitrogênio, fósforo, transparência e clorofila
Poluição geral Potencial Hidrogeniônico (pH),temperatura,resíduo
total, turbidez
Ciências do Ambiente

Monitoramento de Recursos hídricos


Instrumentos regulatórios e normativos

Resolução CONAMA Nº 357/2005 - "Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais
para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá
outras providências.". - Alterada pelas Resoluções nº 370, de 2006, nº 397, de 2008, nº 410, de 2009, e nº 430,
de 2011. Complementada pela Resolução nº 393, de 2007.

Resolução CONAMA Nº 370/2006 - "Prorroga o prazo para complementação das condições e padrões de
lançamento de efluentes, previsto no art. 44 da Resolução n o 357/2005“ - Finalidade Cumprida

Resolução CONAMA Nº 397/2008 - "Altera o inciso II do § 4o e a Tabela X do § 5o, ambos do art. 34 da


Resolução CONAMA no 357/2005, que dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais
para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes.".
Alterada pela Resolução nº 410, de 2009.
Resolução CONAMA Nº 410/2009 - "Prorroga o prazo para complementação das condições e padrões de
lançamento de efluentes, previsto no art. 44 da Resolução nº 357/2005, e no Art. 3o da Resolução nº 397/2008.“

Resolução CONAMA Nº 430/2011 - "Dispõe sobre condições e padrões de lançamento de efluentes,


complementa e altera a Resolução no 357/2005, do CONAMA."
Ciências do Ambiente

Monitoramento de Recursos hídricos


Instrumentos regulatórios e normativos

Resolução CONAMA Nº 398/2008 - "Dispõe sobre o conteúdo mínimo do Plano de Emergência Individual para
incidentes de poluição por óleo em águas sob jurisdição nacional, originados em portos organizados, instalações
portuárias, terminais, dutos, sondas terrestres, plataformas e suas instalações de apoio, refinarias, estaleiros,
marinas, clubes náuticos e instalações similares, e orienta a sua elaboração.“

Resolução CONAMA Nº 393/2007 - "Dispõe sobre o descarte contínuo de água de processo ou de produção
em plataformas marítimas de petróleo e gás natural, e dá outras providências“.

Resolução CONAMA Nº 274/2000 - "Revisa os critérios de Balneabilidade em Águas Brasileiras”

Resolução CONAMA Nº 454/2012 - " Estabelece as diretrizes gerais e os procedimentos referenciais


para o gerenciamento do material a ser dragado em águas sob jurisdição nacional.
Ciências do Ambiente

Monitoramento de Recursos hídricos


Instrumentos regulatórios e normativos

Resolução CONAMA Nº 396/2008 - "Dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o


enquadramento das águas subterrâneas e dá outras providências.“

Resolução da ANA nº 724, datada de 03 de outubro de 2011, que estabelece procedimentos a serem observados
pelos operadores das estações de monitoramento de qualidade das águas superficiais, para fins de coleta e preservação
de amostras, no âmbito do Programa Nacional de Avaliação da Qualidade das Águas (PNQA).

PORTARIA Nº 2.914/2011, de 12 de dezembro de 2011.Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância


da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.
Ciências do Ambiente

Monitoramento de Recursos hídricos


Instrumentos regulatórios e normativos
Norma
ABNT NBR 15847:2010
Amostragem de água subterrânea em poços de monitoramento — Métodos de purga
ABNT NBR 15495-1:2007 Errata 1:2009
Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aqüíferos granulados
Parte 1: Projeto e construção
ABNT NBR 15495-2:2008
Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aqüíferos granulares
Parte 2: Desenvolvimento
ABNT NBR 12648:2011
Ecotoxicologia aquática - Toxicidade crônica - Método de ensaio com algas (Chlorophyceae)
ABNT NBR 15308:2011
Ecotoxicologia aquática — Toxicidade aguda — Método de ensaio com misídeos (Crustacea)
ABNT NBR 12713:2009
Ecotoxicologia aquática - Toxicidade aguda - Método de ensaio com Daphnia spp (Crustacea, Cladocera)
ABNT NBR 15537:2007
Ecotoxicologia terrestre - Ecotoxicidade aguda - Método de ensaio com minhocas
ABNT NBR 15499:2007
Ecotoxicologia aquática - Toxicidade crônica de curta duração - Método de ensaio com peixes
ABNT NBR 9897:1987
Planejamento de amostragem de efluentes líquidos e corpos receptores - Procedimento
ABNT NBR 9898:1987
Ciências do Ambiente

MONITORAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS


ABNT NBR 9897:1987
Objetivo
1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a elaboração de planejamento de
amostragem de efluentes líquidos e corpos d’água receptores.
1.2 Esta norma se aplica aos corpos de d’água superficiais de interiores e as águas
residuárias nele lançadas.

Condições Gerais
4.1 Nos estudos das características de determinado corpo de água e de água residuária,
a primeira etapa destes estudos deve-se constituir em indagações básicas, relacionadas
aos objetivos a serem alcançados.

Analisar a disponibilidade de recursos: Econômicos/humanos/equipamentos.

As ações preventivas e/ou corretivas são possíveis quando são


conhecidas as características dos corpos d’águas e águas residuárias.
Ciências do Ambiente

MONITORAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS


ABNT NBR 9897:1987

4.2 Necessidade de cronograma das diversas atividades envolvidas, para obter maior
rendimento.
4.3 É importante o levantamento das seguintes informações:
-Uso do solo;
-Concentração populacional e densidade demográfica;
-Usos e qualidade das águas superficiais, informações hidrológicas,cartográficas e
climatológicas.

4.3.4 Caracterização das fontes poluidoras (localização de pontos de


lançamento de águas residuárias);

4.3.5 Determinação de vazões (vazão de seção de amostragem e efluentes);

4.3.6 Aspectos sanitários e de saúde ocupacional na região e nas indústrias, objeto de


estudo.

4.3.7 Avaliação da necessidade de bioensaios.


Ciências do Ambiente

MONITORAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS


ABNT NBR 9897:1987

6 Seleção de pontos de frequência de amostragem

Qual é o objetivo do monitoramento? A definição do local e frequência


de monitoramento dependerão do objetivo do estudo.
-Ponto que identifiquem poluição (buscar os locais de lançamentos de
efluentes)
- Recomenda-se no mínimo dois pontos;
- Esta definição é subjetiva – É preciso BOM SENSO.
Ciências do Ambiente

MONITORAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS


ABNT NBR 9897:1987
Ciências do Ambiente

MONITORAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS


ABNT NBR 9897:1987
Ciências do Ambiente

MONITORAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS


ABNT NBR 9897:1987
6.2 Amostragem em lagos e reservatórios. O planejamento da amostragem
Ciências do Ambiente

MONITORAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS


ABNT NBR 9897:1987

6.2 Amostragem em lagos e reservatórios. O planejamento da amostragem


Ciências do Ambiente

MONITORAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS


ABNT NBR 9897:1987
6.4 Amostragem em cursos d’água. O planejamento da amostragem
Águas Subterrâneas
Ciências do Ambiente

ÁGUA SUBTERRÂNEA E AQUÍFEROS


●Água subterrânea é toda a água que ocorre no subsolo armazenada em aqüíferos. É a água
que pode ser captada em poços;

●Aquíferos são formações geológicas porosas e permeáveis com capacidade de armazenar e


transmitir a água que pode ser captada em poços tubulares. Solos, sedimentos e rochas.
Ciências do Ambiente

ÁGUA SUBTERRÂNEA E AQUÍFEROS

• Aquíferos granulares

 Aquíferos fraturados
Ciências do Ambiente
ÁGUA SUBTERRÂNEA E AQUÍFEROS

Aquífero granular de boa porosidade e permeabilidade


Fotomicrografia. Aumento de 40 vezes.
Ciências do Ambiente

ÁGUA SUBTERRÂNEA E AQUÍFEROS

Aqüífero livre
Poço Tubular comum

Aqüífero
confinado Poço
artes iano Aqüicludes Poço Jorrante
Ciências do Ambiente

ÁGUA SUBTERRÂNEA E AQUÍFEROS


Ciências do Ambiente

HIDRODINÂMICA D O S AQUÍFEROS

Águas subterrâneas estão em constante movimento.

A velocidade do fluxo subterrâneo é variável e depende de


propriedades hidráulicas do aquífero.

 Aquíferos porosos: fluxo lento (cm/dia)


 Aquíferos fraturados: fluxo mais rápido (m/dia)
 Aqüíferos rasos: dezenas de anos de residências
 Aquíferos profundos: milhares de anos de residência
 Aquífero Guarani: idades de até 60.000 anos.
Ciências do Ambiente

O Plano de amostragem deve incluir:


•Definição da localização dos pontos de monitoramento;
•Metodologia de construção dos poços; Planejamento da sequência de amostragem;
Coleta de amostras;
•Preservação e manuseio de amostras;
•Procedimento de encaminhamento das amostras; Procedimento analítico;
•Controle de qualidade no campo e no laboratório;
Ciências do Ambiente

Plano de amostragem Legislação e Norma técnica

Resol. 396/08 do CONAMA: Art. 17, Inc. II - no caso da amostragem ser realizada em
poços tubulares e de monitoramento, estes deverão ser construídos de acordo com
as normas técnicas vigentes;

A ABNT NBR 15495:2007, sob o título geral “ Poço de monitoramento de águas


subterrâneas em aquíferos granulares contem as seguintes partes:

Parte 1: Projeto e execução;

Parte 2: Desenvolvimento.
Ciências do Ambiente

Poços de monitoramento – N B R 15.495 -1:2007

Projeto de poços de monitoramento

O projeto deve conter os seguintes elementos:

●Mapa piezométrico;
●Descrição da geologia local;
●Estimativa da espessura do aquífero freático;
●Localização dos poços de monitoramento em coordenadas
cartesianas e planta topográfica, indicando a localização da
rede e da instalação a ser monitorada;
●Memorial descritivo nos termos da Norma;
●Parâmetros a ser analisados na água.
Ciências do Ambiente

Poços de monitoramento – N B R 15.495 -1:2007

Localização dos poços Poço de montante


Geralmente um único poço de montante, bem posicionado, é suficiente para
o fim destinado, contanto que não haja nenhuma possibilidade de exposição
ao fluxo da pluma gerada.

Poços de jusante
Quanto maior for a certeza do real comportamento do sentido de fluxo
subterrâneo, menor o número de elementos que deverão compor o conjunto
de poços de jusante. De qualquer forma, recomendam-se no mínimo três
poços de jusante no sistema de monitoramento.
Os poços de jusante são posicionados transversalmente ao fluxo
subterrâneo, distribuindo-se ao longo da largura da possível pluma.

Nota: Para a locação dos poços é absolutamente imprescindível a


determinação do sentido do fluxo das águas subterrâneas.
Ciências do Ambiente

Poços de monitoramento – N B R 15.495 -1:2007

Localização dos poços em relação à área de disposição


Ciências do Ambiente

Poços de monitoramento – N B R 15.495 -1:2007

Localização dos poços em relação à área de disposição


Ciências do Ambiente

Poços de monitoramento – N B R 15.495 -1:2007

Componentes dos poços de monitoramento Os

poços de monitoramento
são constituídos basicamente
dos seguintes elementos:
●revestimento interno;
●filtro;
●pré-filtro;
●proteção sanitária;
●tampão;
●sistema de proteção;
●selo;
●preenchimento; e
●guias centralizadoras.
Ciências do Ambiente

Poços de monitoramento – N B R 15.495 -1:2007

Para evitar a contaminação dos poços

Aquífero 1
Aquífero 2
Aquíferos 1 e 2
Ciências do Ambiente

Poços de monitoramento – N B R 15.495 -1:2007

Retirada de amostras – Bomba de alta vazão

O rebaixamento puxa a
estagnada para Zona água
amostragem; de

Mistura de
químicamente
amostras distintas zo
aquífero; na
s
Amostras menos precisas, devido
do
aos efeitos causados nos
compostos
voláteis, turbidez e mistura.
Ciências do Ambiente

Poços de monitoramento – N B R 15.495 -1:2007

Retirada de amostras – Bomba de baixa vazão


Não há distúrbio na coluna d’água. Não há
mistura de águas de zonas distintas e aumento
de turbidez;

•O fluxo de água do aquífero renova a água que


passa pela seção filtrante;

•Amostras representativas, sem necessidade de


altas taxas de purga do poço.
Ciências do Ambiente

Poços de monitoramento – N B R 15.495 -1:2007

Retirada de amostras – Bailer

A água estagnada mistura-se com água da seção


filtrante;

•A introdução dos instrumentos de coleta causam


aeração da amostra;


A agitação faz com que
aumente a turbidez;

Amostra menos precisas, mesmo


purgando o poço de 3 a 5 vezes.
REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9897: 1987:


Planejamento de amostragem de efluentes líquidos e corpos receptores –
Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1987..

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA. 2005. Resolução


Conama no 357. Disponível em:< www.mma.conama.gov.br/conama> Acesso
em 14/04/2014.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA. 2011. Resolução


Conama no 430. Disponível em:< www.mma.conama.gov.br/conama> Acesso
em 14/04/2014.
CETESB .Qualidade das águas superficiais no estado de São Paulo 2012
[recurso eletrônico] / CETESB. - - São Paulo : CETESB, 2013. 370 p. : il. color.
- - (Série Relatórios / CETESB, ISSN 0103-410
CETESB . Relatório de Qualidade das praias litorâneas no estado de São Paulo
2012/CETESB.- - São Paulo : CETESB, 2013.189p. : il. color. ; - - (Série
Relatórios / CETESB, ISSN 0103-410
Ciências do Ambiente

Obrigada!
maria.couto@ifes.edu.br

Você também pode gostar