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Lohan Araújo – Abril de 2023

(11) 94536-4889
lohan.araujo@caleffi.com
Sujeira nas instalações de água quente e água fria
Purgadores e Separadores de Micro-Bolhas de ar
O AR E AS SUJIDADES NAS INSTALAÇÕES
Purgadores e Separadores de Micro-Bolhas de ar
O AR E AS SUJIDADES NAS INSTALAÇÕES
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
Referências Regulatórias

EN 806 - Parts 1,2,3,4,5 (UNDER REVISION)


''Specifications relating to the systems inside buildings for conveying water intended for human consumption''

• Part 1 (2008): General


• Part 2 (2008): Design
• Part 3 (2008): Pipe sizing - Simplified method
• Part 4 (2010): Installation
• Part 5 (2012): Operation and maintenance

EN 1717: 2002
''Protection from pollution of drinking water in plumbing systems and general requirements for devices to prevent pollution from backflow‘’

ABNT NBR 5626:2020


Sistemas prediais de água fria e água quente — Projeto, execução, operação e manutenção

ABNT NBR 16824:2020


Sistemas de distribuição de água em edificações — Prevenção de legionelose — Princípios gerais e orientações
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
Ambientes hospitalares

• PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO Nº 5, DE 28 DE SETEMBRO DE 2017 - Esta portaria do


Ministério da Saúde estabelece os padrões de potabilidade de água para consumo humano,
incluindo a água utilizada em hospitais. Essa norma estabelece parâmetros físico-químicos e
microbiológicos a serem seguidos.

• RDC ANVISA 50/2002 - Esta Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
estabelece as diretrizes para o controle e prevenção de infecções relacionadas à assistência à
saúde. No que se refere à água, essa norma estabelece que a água utilizada em hospitais deve ser
potável e que o controle microbiológico deve ser realizado regularmente.

• Portaria MS 2.048/2002 - Esta portaria do Ministério da Saúde estabelece as diretrizes para a


organização da atenção básica em saúde. No que se refere à água em hospitais, essa norma
estabelece que a água utilizada deve atender aos padrões de potabilidade estabelecidos pela
Portaria MS 2.914/2011.
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
Ambientes hospitalares
• Organização Mundial da Saúde (OMS) - A OMS estabelece as diretrizes para a qualidade da água potável em todo o mundo,
incluindo a água quente e fria. Essas diretrizes incluem limites máximos de contaminantes químicos e microbiológicos.

• Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) - A EPA estabelece padrões de qualidade da água para os sistemas
públicos de abastecimento de água nos Estados Unidos, incluindo a água quente e fria. Esses padrões incluem limites máximos para
a concentração de contaminantes, como bactérias, vírus, metais pesados e compostos orgânicos.

• Diretiva Europeia 98/83/CE - Esta diretiva da União Europeia estabelece os padrões de qualidade da água para consumo humano,
incluindo a água quente e fria. Esses padrões incluem limites máximos para a concentração de contaminantes químicos e
microbiológicos.

• Norma ISO 10500 - Esta norma internacional estabelece os requisitos mínimos para a qualidade da água potável, incluindo a água
quente e fria. Esses requisitos incluem limites máximos para a concentração de contaminantes, como bactérias, vírus, metais
pesados e compostos orgânicos.

• Norma AS/NZS 4020 - Esta norma australiana e neozelandesa estabelece os requisitos para a avaliação da saúde e segurança da
água potável, incluindo a água quente e fria. Esses requisitos incluem limites máximos para a concentração de contaminantes
químicos e microbiológicos.

• Norma ISO 6222 - Esta norma internacional estabelece os requisitos mínimos para a análise da qualidade microbiológica da água
destinada ao consumo humano, incluindo a água quente. Esses requisitos incluem métodos para determinar a presença e a
concentração de bactérias, fungos e vírus.
SUJEIRA NAS INSTALAÇÕES

“A água em sua forma pura contém apenas hidrogênio e oxigênio. A água pura é incolor, insípida e inodora.
Infelizmente, a água “pura” não existe na natureza. Devido às suas características solventes, toda a água de poços,
nascentes ou sistemas de distribuição contém outros materiais. Exemplos incluem minerais dissolvidos como
cálcio e magnésio; sedimentos como finos areia de sílica ou partículas orgânicas; gases dissolvidos como
como oxigênio, dióxido de carbono e sulfeto de hidrogênio; e microrganismos como bactérias ou algas. Pode
haver grandes variações nas impurezas contidas na água de uma localização geográfica para outra.”

Água nesta forma “ideal” é virtualmente impossível de encontrar,


especialmente quando proveniente de poços ou água municipal
sistemas.
SUJEIRA NAS INSTALAÇÕES

A sujeira nas instalações tem várias origens:

• Sedimentos e impurezas presentes na água: a água que chega às instalações pode conter sedimentos, partículas e
impurezas que acabam se depositando nas tubulações ao longo do tempo.

• Corrosão das tubulações: as tubulações podem sofrer corrosão com o passar do tempo, especialmente se forem feitas de
materiais que são sensíveis à oxidação, como ferro galvanizado.

• Acúmulo de resíduos orgânicos: em ambientes quentes e úmidos, como os das instalações de água quente, pode ocorrer o
acúmulo de resíduos orgânicos, como bactérias e fungos, que podem se proliferar e causar problemas de saúde.

• Má manutenção das instalações: a falta de manutenção pode levar ao acúmulo de sujeira nas tubulações e em outros
componentes, o que pode reduzir a eficiência do sistema e aumentar o risco de problemas.
SUJEIRA NAS INSTALAÇÕES
https://www.caleffi.com/sites/default/files/file/hidraulica_36.pdf
RESUMO DO PRINCIPAIS ASPECTOS FÍSICO-QUÍMICO DA ÁGUA POTÁVEL

• pH: O pH é uma medida da acidez ou alcalinidade da água, e é importante porque pode afetar a solubilidade de minerais e
substâncias orgânicas na água.

• Temperatura: A temperatura da água afeta a capacidade da água de dissolver gases e substâncias, e também pode afetar o
crescimento de microorganismos e a vida aquática. Ex: (Legionella pneumophila, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa
– infecções na pele e no sistema respiratório)

• Oxigênio dissolvido: O oxigênio dissolvido é essencial para a vida aquática, e a quantidade de oxigênio dissolvido na água
pode variar dependendo de fatores como temperatura, pressão e níveis de poluição.

• Turbidez: A turbidez é uma medida da quantidade de partículas em suspensão na água, e pode afetar a qualidade da água
para o consumo humano e a vida aquática.
SUJEIRA NAS INSTALAÇÕES

• Condutividade elétrica: A condutividade elétrica é uma medida da capacidade da água de conduzir eletricidade, e pode ser
afetada pela presença de minerais dissolvidos na água.

• Dureza: A dureza da água é uma medida da quantidade de minerais, como cálcio e magnésio, dissolvidos na água, e
pode afetar a formação de incrustações nas tubulações.

• Concentração de cloro residual: O cloro é frequentemente adicionado à água para matar bactérias e outros
microorganismos, e a concentração de cloro residual na água é uma medida da eficácia do tratamento de água.
DUREZA DA ÁGUA - IMPACTO

• Formação de depósitos de calcário: A dureza da água está relacionada à concentração de sais de cálcio e magnésio na
água. Se a dureza da água for alta, pode ocorrer a formação de depósitos de calcário nas tubulações, nos aquecedores e em
outros componentes das instalações. Isso pode reduzir a eficiência do sistema, aumentar o consumo de energia e afetar a vida
útil dos equipamentos.

• Redução da qualidade da água: A presença de depósitos de calcário nas tubulações pode afetar a qualidade da água, pois
esses depósitos podem abrigar bactérias e outros microorganismos. Além disso, a água pode ter um sabor desagradável em
casos de dureza elevada.

• Aumento do consumo de energia: Se a dureza da água for alta, os equipamentos que usam água quente, como
aquecedores e caldeiras, podem ter que trabalhar mais para atingir a temperatura esperada, aumentando o consumo de
energia e os custos operacionais.

Portanto, é importante o controle da água nas instalações de água quente e fria, para garantir o bom funcionamento do sistema e
a qualidade da água. Isso pode ser feito por meio de tratamento da água, como a utilização de abrandadores de água ou de
sistemas de troca iônica, por exemplo.
PROBLEMAS RELACIONADOS À SUJEIRA:

• Obstrução das tubulações: A sujeira pode acumular-se nas tubulações e causar obstruções que impedem o fluxo
de água, reduzem a vazão e afetando a pressão. Isso pode causar danos aos componentes das instalações, como
válvulas, bombas e medidores de fluxo.

• Risco de contaminação: A sujeira pode abrigar microrganismos e bactérias, que podem se proliferar nas tubulações
e contaminar a água. Isso pode representar um risco à saúde aos usuários. Ex: (Legionella pneumophila, Escherichia
coli e Pseudomonas aeruginosa – infecções na pele e no sistema respiratório)

• Desgaste precoce dos equipamentos: A presença de sujeira pode causar o desgaste precoce dos equipamentos, o
que pode levar a falhas e necessidade de reparos ou substituições mais frequentes.

• Aumento dos custos de energia: A obstrução das tubulações e a redução da eficiência dos equipamentos podem
aumentar os custos de energia, já que os equipamentos terão que trabalhar com mais esforço para funcionar
adequadamente.
ABRANDAMENTO

O tratamento mais comum para a água dura é abrandamento usando um processo de troca iônica.

Água abrandada é a água que recebeu tratamento através do abrandador, se tornando uma água menos dura, a qual passou
pela troca iônica do Cálcio e Magnésio por Sódio.

O resultado líquido é uma troca de íons sódio por cálcio, magnésio e íons de manganês. Os íons de sódio se ligam a outros íons dentro
dos grânulos, criando sais como sulfato de sódio. Esses sais não têm o potencial de escala dos íons originalmente na água, mas eles
deixam a água com condutividade elétrica significativa, o que não é desejável.
DOSADOR DE POLIFOSFATO

O dosador de polifosfatos é um equipamento que pode ser utilizado para a aplicação de produtos químicos na água sanitária com o
objetivo de prevenir a formação de depósitos de calcário e outras incrustações nas tubulações e equipamentos. Esses depósitos podem
reduzir o fluxo de água, diminuir a eficiência dos equipamentos e, em alguns casos, aumentar o risco de contaminação bacteriana.

Os polifosfatos são compostos químicos que podem se ligar a íons de cálcio e magnésio na água, impedindo a formação de depósitos e
incrustações nas superfícies das tubulações e equipamentos. Eles são geralmente adicionados à água sanitária em pequenas
quantidades, e a dosagem correta depende da concentração de polifosfatos e das condições da água.
REMOÇÃO DE MINERAIS (Desmineralização)

Como seu nome implica, a desmineralização é um processo de retirada de alguns minerais dissolvidos na água. Esses minerais são
solúveis e existem como moléculas carregadas positivamente chamados cátions, ou moléculas carregadas negativamente chamadas
ânions. A desmineralização faz com que esses cátions e ânions a serem “trocados” por cátions de hidrogênio (H+) ou ânions
hidróxido (OH-). Os dois últimos íons então recombinar para formar H20 (por exemplo, água pura). Com efeito, o cátions e
ânions originais “desaparecem” da fonte água e são substituídos por moléculas de água pura.
Separadores de sujeira e filtros
Separadores de sujeira e filtros
Oxidação
Oxidação
Oxidação
Incrustação

A sujeira nos sistemas, especialmente partículas muito finas, podem eventualmente se acumular em superfícies
transparentes como em visores, medidores de vazão, rotâmetros embutidos em estações múltiplas. Isso pode fazer é
difícil ou impossível ler o nível de fluxo no visor.
Incrustação
Ca2+ (aq) + 2HCO3- (aq) → CaCO3 (s) + CO2 (g) + H2O (l)

• A formação de incrustações é frequentemente associada a


“água dura” em sistemas de distribuição de água potável,
em situações com fornecimento contínuo de minerais e,
portanto, apresentam uma oportunidade significativa para
redução da área útil.
Separadores de sujeira e filtros
Separadores de sujeira e filtros

• Existem três métodos comuns para filtrar sujeira dos sistemas hidráulicos:

1. Uso de “floculantes” químicos para lavar o interior do sistema.

2. Uso de Filtros

3. Uso de separadores de partículas de zona de baixa velocidade.


Separador de Sujeira
AS SUJIDADES NAS INSTALAÇÕES

• Os filtro “y” conseguem, em média, filtrar partículas até


400÷500μm.
• A acumulação de sujeira no cesto aumenta a perda de carga
do filtro.
• Os separadores de sujeira conseguem filtrar partículas até
5μm A acumulação de sujidade não altera a circulação e é de
fácil limpeza
Separadores de sujeira e filtros
Purgadores e Separadores de Micro-Bolhas de ar
O AR E AS SUJIDADES NAS INSTALAÇÕES
Separadores de sujeira e filtros
Separadores de sujeira e filtros
https://www.youtube.com/watch?v=qQAjCkAhXgU
https://www.youtube.com/watch?v=9fIQ-z794bc
https://www.youtube.com/watch?v=z9O_8hn78Go&list=PLF420451CA48882A3
COMISSIONAMENTO

• É um processo que tem como objetivo assegurar que sistemas e componentes de uma edificação ou planta industrial estejam
de acordo com os requisitos e necessidades operacionais do cliente, no que diz respeito ao projeto, instalação, testes e
operação.

Como resultado deste processo, obtêm-se, por exemplo:

• Conforto aos usuários de uma edificação

• Maior disponibilidade de um ativo

• Segurança efetiva da edificação e seus ocupantes

• Maior eficiência no processo

• Maior eficiência energética

• Menores custos operacionais, entre outros benefícios

Infelizmente, muitas literaturas mais técnicas e detalhadas só podem ser encontradas na língua inglesa, elaboradas por instituições norte-
americanas ou europeias, como a ASHRAE, NIBS, entre outras.
+55 (11) 2362-4907
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