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Faculdade de Ciências Agrárias

Curso: Ciências Agrárias


Cadeira: Ecologia

Intemperismo

Nampula, Março 2024


Faculdade de Ciências Agrárias
Curso: Ciências Agrárias

Intemperismo

Discentes do 4o Grupo Trabalho de pesquisa em grupo da cadeira de

Ali Momade Ecologia, de caracter avaliativo, orientado pela

Domingas Momade Assuate Universidade Mussa Bin bique, e lecionado

Felicia Feliciano pelo docente: Eng. Muhomade Momade, no

Gilda Momade curso de Licenciatura em Ciências Agrárias.

Gulamo Horácio
Josué José Patrício
Mfalila Issa
Mussa Eduardo
Mauro Cristóvão Manjor
Nelson Laurindo
Silvina Maria Sumaila
Pereira Adolfo
Tiago Ossufo
Zaida Victorino

Nampula, Março 2024


Índice
1. Introdução..................................................................................................................1

1.1 Objectivo.............................................................................................................2

1.1.1 Objectivo geral............................................................................................2

1.1.2 Objectivos específicos.................................................................................2

1.2 Metodologia........................................................................................................2

2. Intemperismo..............................................................................................................3

3. Fatores que controlam a ação do intemperismo.........................................................3

4. Intemperismo Físico...................................................................................................4

4.1 Mecanismos de Intemperismo Físico.................................................................4

4.2 Intemperismo Físico-Termal...............................................................................5

4.3 Intemperismo Físico - Mecânico........................................................................5

5. Intemperismo Químico...............................................................................................6

5.1 Mecanismos de intemperismo Químico.............................................................7

6. Produtos do Intemperismo.........................................................................................7

7. Intemperismo Biológico.............................................................................................8

7.1 Mecanismos de intemperismo Biológico............................................................8

8. Conclusão...................................................................................................................9

9. Referências Bibliográficas.......................................................................................10
1. Introdução
O Intemperismo é a desintegração e decomposição das Rochas (Minerais) na Superfície
Terrestre Como Resultado De Atividades Físicas E Químicas, Transformando As
Rochas Em Fragmentos, Íons Em Soluções, Coloides E Outros Minerais
(Principalmente Minerais De Argila)
A meteorização é, então, o processo pelo qual as rochas se fragmentam e adaptam à
superfície da Terra, de forma a procurarem um equilíbrio estável à superfície.
Como produtos resultantes da meteorização tem-se: solos; minerais argilosos e
substâncias químicas dissolvidas e em suspensão transportadas pelos rios até ao oceano.

O intemperismo (conjunto de processos que desagregam e decompõem as rochas) e a


pedogénese (formação do solo no sentido restrito da palavra: materiais intemperados
reorganizados e associados à matéria orgânica) levam à formação das coberturas de
materiais inconsolidados sobre as rochas duras das quais derivam, com contínuo
aprofundamento.

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1.1 Objectivo
1.1.1 Objectivo geral

 Apresentar conteúdos sucintos relacionados ao Intemperismo.

1.1.2 Objectivos específicos


 Abordar as diversificação dos Intemperismos;
 Desenvolver cada conteúdo no âmbito particular para responder o desejado.

1.2 Metodologia
Para o efeito da elaboração do presente trabalho foi devido a recolha de ideias de cada
elemento do grupo via WhatsApp e por meio de ligação telefônica que culminou com
agrupamento dos elementos do grupo no parque municipal da cidade de Nampula, para
a devida pesquisa, análise e digitação.

FASE 1 – Preparação do Trabalho


A preparação começa desde o lançamento do trabalho, identificação do tema, a
formulação dos objectivos, os mecanismos para elaboração e produção do trabalho,
desde os recursos e a divisão de tempo.
FASE 2 – Consultas Bibliográficas
Após determinar os mecanismos para elaboração do trabalho, fez-se a pesquisa de
informação cujos recursos usados neste processo foram:
 Manuais digitais acossados na internet;
 Manuais físicos;

FASE 3 – Organização e Compilação


Contida a informação bibliográfica, a fase seguinte baseou-se em organizar e compilar o
trabalho com o auxílio dos seguintes recursos:
Digitalização dos textos a partir do computador, através do Microsoft Word 2013

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2. Intemperismo
O Intemperismo consiste na transformação das rochas em materiais mais estáveis em
condições físico-químicas diferentes daquelas em que se originaram. A natureza e
efetividade dos processos de intemperismo dependem principalmente de três grupos de
variáveis: condições climáticas, propriedades dos materiais e variáveis locais
(vegetação, vida animal, lençol freático, etc.).
O intemperismo pode ser causado por processos físicos (desgaste e/ou desintegração),
químicos (decomposição) e biológicos.

No intender de (Toledo, 2014) O intemperismo desagrega os minerais das rochas e os


fragmenta, além de modificar sua composição, decompondo os minerais mais frágeis e
formando novos minerais. As transformações podem ser apenas físicas (intemperismo
físico), apenas químicas (intemperismo químico), e também podem combinar as duas
variedades, com ou sem a contribuição dos seres vivos (intemperismo físico-biológico
ou químico-biológico). O intemperismo desagrega os minerais das rochas e os
fragmenta, além de modificar sua composição, decompondo os minerais mais frágeis e
formando novos minerais. As transformações podem ser apenas físicas (intemperismo
físico), apenas químicas (intemperismo químico), e também podem combinar as duas
variedades, com ou sem a contribuição dos seres vivos (intemperismo físico-biológico
ou químico-biológico).

3. Fatores que controlam a ação do intemperismo


 Clima: variação da T e quantidade das chuvas na região;
 Relevo ou topografia: regime de infiltração e drenagem das águas pluviais;
 Rocha Parental: composição mineralógica e resistência diferenciada aos
processos de alteração intempérica;
 Tempo De Exposição;
 Estrutura da rocha: rochas maciças e rochas com foliações, falhas, fraturas e
estratificações;
 Fauna e Flora: fornecem matéria orgânica para reações químicas e remobiliam
materiais. matéria orgânica no solo decompõe-se, liberando CO2, diminuindo o
pH das águas de infiltração.

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4. Intemperismo Físico
As transformações simplesmente mecânicas (fragmentação das rochas e dos grãos
minerais) são denominadas intemperismo físico e ocorrem basicamente por adaptações
a variações de temperatura e de pressão. Entre os mecanismos mais comuns de
intemperismo físico está a variação diuturna e sazonal da temperatura, que provoca
contração e expansão diferencial dos grãos; essa variação provoca tensões entre os
grãos, que acabam por se descolar e se fragmentar, transformando a rocha dura num
conjunto de grãos desagregados e fraturados, ou seja, transformando um material coeso
num material friável.

Figure 1 Intemperismo Físico

A cristalização de gelo e de sais em fissuras também tem efeito semelhante. Ao


crescerem cristais (tanto de gelo como de sais) nos espaços intergranulares dentro da
rocha, as paredes são pressionadas e o resultado também é o descolamento e
fraturamento dos grãos. Este mecanismo com gelo é comum nos climas em que a água
ocorre tanto no estado líquido quanto no estado sólido. No Brasil, há exemplos no alto
das montanhas que comumente atingem temperaturas negativas durante a noite como,
por exemplo, em Itatiaia (RJ). Já com relação à cristalização de sais, o mecanismo é
comum nos climas do tipo quente e seco, em que a evaporação é maior que a
precipitação em períodos significativos, de forma que os sais naturalmente dissolvidos
nas águas se precipitam nas descontinuidades das rochas.

4.1 Mecanismos de Intemperismo Físico


 Encunhamento de gelo – Crioclastia;

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 Efeitos térmicos – termoclastia (insolação);
 Exfoliação;
 Meteorização esferoidal;
 Haloclastia;
 Humedecimento e secagem sucessivos.

4.2 Intemperismo Físico-Termal


É o mais comum de natureza física. São processos de desagregação mecânica devidos à
variação de temperatura nos corpos rochosos. Processos de expansão e contração
continuo: fragmentação da rocha.
Além da composição mineralógica, influenciastes no intemperismo termal: a cor e a
granulometria da rocha. Assim, rochas mais escuras se aquecem mais, se desagregando
mais facilmente. Do mesmo modo, rochas de cor uniforme são menos susceptíveis de se
fragmentarem do que rochas de coloração variegada. Rochas grosseiras se desintegram
mais facilmente do que rochas de grãos pequenos.
As rochas tendem a desagregar-se segundo suas isotermas, ou linhas de igual
aquecimento. Assim, se uma rocha tiver inicialmente uma forma poliédrica qualquer
(situação comum devido ao fraturamento generalizado de grande parte das rochas), ela
tende a tomar uma forma arredondada que se caracteriza por se descamar em cascas
concêntricas, tal como se verifica numa cebola. Esta feição recebe o nome de esfoliação ;
esferoidal.
4.3 Intemperismo Físico - Mecânico
São fatores atuantes de vários tipos, produzindo esforços mecânicos nas rochas
fragmentando-as. Consiste na presença de um agente qualquer em fendas nas rochas (as
quais tem uma estrutura rígida) que se expande em todas as direções, pressionando a
rocha ate a sua ruptura.
Exemplo:
 Congelamento da água
Consiste na congelação das águas inclusa em fraturas de rochas. Ao se congelar a água
aumenta em 9% o seu volume exercendo pressões da ordem de centenas de kg/cm 2
sobre as paredes envolventes, podendo fragmenta-las, principalmente se houver uma
repetição continua do processo.
 Cristalização de sais e crescimento de cristais

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A cristalização de sais ocorre quando os sais não são lixiviados e sim solubilizados pela
pouca água existente. Ao se dar a evaporação se precipitam, e forçam as paredes
envolventes, se estiverem em fissuras rochosas. Característico de climas áridos e semi-
aridos.

5. Intemperismo Químico
Todos os mecanismos descritos de fragmentação e desagregação do intemperismo físico
concorrem para a entrada da água da chuva na rocha; a presença da água no estado
líquido, em contato com as rochas promove reações químicas, a cujo conjunto se dá o
nome de intemperismo químico.
Assim, em contato com a água da chuva, considerada neste contexto como uma
“solução de alteração” ou “de intemperismo”, carregada de substâncias dissolvidas ao
longo de sua trajetória pela atmosfera e pelo contato com a biosfera, os minerais das
rochas duras (minerais primários) sofrem reações químicas diversas, que dependem dos
reagentes (minerais originais da rocha e soluções de alteração) e das condições em que
as reações se processam (clima, relevo, presença de organismos e tempo). O resultado
das reações será o conjunto de minerais secundários (ou supérgenos, pois são gerados na
superfície), que constituem as formações superficiais.

A seguinte reação geral pode ser considerada para ilustrar o intemperismo químico:

Mineral I + solução de alteração ⇒ Mineral II + solução de lixiviação

 Mineral I: mineral primário, ou seja, mineral existente na rocha dura (p. ex.,
quartzo, feldspato, mica, piroxénio etc.);
 Solução de alteração: água da chuva carregada de elementos/substâncias
dissolvidas, que se infiltra e percola a rocha em vias de alteração;
 Mineral II: mineral secundário (ou neoformado), ou seja, formado pela
recombinação de íons durante a reação de intemperismo (p. ex., goethita,
gibbsita, argilominerais etc.);
 Solução de lixiviação: água da chuva, cuja composição foi modificada pelas
reações do intemperismo e que caminhará em meio aos materiais geológicos até
atingir um aquífero, um rio ou até voltar à superfície.

As reações principais que ocorrem neste tipo de intemperismo são: hidratação,


hidrólise, oxidação, carbonatação e complexação.

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A hidratação refere-se à entrada de água na estrutura de um mineral, enfraquecendo-a e
podendo formar um outro mineral com características distintas. Por exemplo, a anidrita
(sulfato de cálcio) transforma-se em outro mineral, o gipso, pela entrada de H 2O em sua
estrutura cristalina.
CaSO4 + 2 H2O → CaSO4.2 H2O

Figure 2 Intemperismo Químico

5.1 Mecanismos de intemperismo Químico


 Hidratação;
 Dissolução e Solubilização;
 Oxidação;
 Hidrólise.

6. Produtos do Intemperismo
Os produtos do intemperismo químico consistem de solutos e resíduos. Os solutos
incluem principalmente Na, K, Mg e Ca, sendo lixiviados, terminando nos oceanos,
onde
podem ser precipitados como rochas sedimentares químicas. Os resíduos dificilmente
solúveis em água e compõem-se principalmente de quartzo e outros minerais primários
resistentes. Nessa fração incluem-se, também, os produtos que se formam nos processos
de intemperismo químico, ou seja, os minerais secundários.
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7. Intemperismo Biológico
Agrupam-se neste tipo os processos de intemperismo de rochas por ação de organismos.
O papel dos organismos e determinado pela sua capacidade de assimilar vários
elementos da rocha em processo de alteração e, de produzir em seu metabolismo vários
agentes químicos bastante ativos, como por exemplo os ácidos orgânicos.

São processos de natureza física causados por organismos, entre outros, a pressão de
crescimento de raízes, no caso destas estarem ocupando fendas de rochas. Assim,
também animal escavador tem papel importante ao facilitarem a remoção de materiais
alternados. Entretanto, são muito mais importantes os processos de natureza química,
onde vegetais superiores promovem a dissolução química das rochas através de
substâncias acidas produzidas pelas suas raízes e assimilam elementos tais como K, Na,
Ca, AI, Fe, etc. existentes nos minerais de rochas.

Os primeiros estágios de decomposição biológica de rochas são associados corn


microrganismos (fungos e bactérias) que "preparam" a rocha para o ataque químico
seguinte promovido por líquens, algas e musgos, sendo os últimos estágios associados
corn os vegetais superiores.

Figura 1 Intemperismo Biológico

7.1 Mecanismos de intemperismo Biológico


 Respiração (produz CO2);

 Absorção de cátions básicos e extrusão de H+;

 Produção de quelatos (Ex.:líquens);

 Produção de ácidos orgânicos.

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8. Conclusão
Depois de várias pesquisas acerca do tema, pode-se intender que O intemperismo
(conjunto de processos que desagregam e decompõem as rochas) e a pedogénese
(formação do solo no sentido restrito da palavra: materiais intemperados reorganizados
e associados à matéria orgânica) levam à formação das coberturas de materiais
inconsolidados sobre as rochas duras das quais derivam, com contínuo aprofundamento.
É importante salientar que A fragmentação de qualquer sólido aumenta a sua superfície
específica, ou seja, a área exposta ao meio externo. Assim, ao passar pela fragmentação
causada pelo intemperismo físico, as rochas aumentam a superfície exposta à ação da
água, que promove as reações do intemperismo químico.

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9. Referências Bibliográficas
Luiz Carlos Bertolino, N. P. (2012). GEOLOGIA.

Moraes, P. R. (2013). Minerais – definições, propriedades físicas e químicas.

Toledo, M. C. (2014). INTEMPERISMO E PEDOGÊNESE.

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