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Corumbá
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SUMÁRIO
SUMário ................................................................................................... 3
AO ESTUDANTE ...................................................................................... 5
1.2 Manto............................................................................................................... 9
1.3. Núcleo........................................................................................................... 10
O CICLO DA ÁGUA................................................................................ 26
AO ESTUDANTE
Caro estudante,
Este manuscrito consiste em uma seleção de conceitos básicos de
dificuldades, qualquer que seja o momento, após a saída da aula, você deve
procurar auxílio extraclasse.
ESTRUTURA DA TERRA
crosta (2,5 - 3,0 g/cm3) concluiu-se que pelo menos parte do interior da Terra
deveria ser composta por material denso.
que a estrutura interna da Terra que poderia ser descrita como na figura 1.
Figura 1. Estrutura interna da Terra.
a camada mais externa da terra seja a camada de mais fácil acesso ao homem
não se é viável a obtenção de dados físicos (amostras retiradas por
de rochas cada vez mais profundas. Com esses indícios é possível validar o
modelo feito a partir da transmissão das ondas sísmicas.
1.2 Manto
ao topo do manto, passamos por uma região rígida (que juntamente com a
crosta terrestre é chamada de litosfera), com aumento de temperatura e
1.3. Núcleo
composição de uma liga de Fe-Ni. A liga pura de Fe-Ni, deveria ter densidade
em torno de 11,5 g/cm3, mas acredita-se que a liga possua elementos de
isolado pelo núcleo externo (líquido) do resto do planeta. Este fato também
se solidificando.
alvo.
A segunda fonte térmica é a radiação de átomos radioativos,
curtas, por sua vez, tiveram um papel mais relevante na formação do sistema
solar.
O calor gerado por ambos processos depende do volume do corpo e
parte do calor é irradiada para o espaço que é proporcional à área superficial
do corpo.
Terra pela ação das marés e a energia liberado pelos terremotos. O fluxo
geotérmico através de uma camada da Terra é definido como o produto da
núcleo, mas muda também com a pressão, como ilustrado na interface núcleo
externo-núcleo interno.
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TECTÔNICA GLOBAL
vez que a hipótese foi documentalmente registrada foi em 1620, por Francis
Bacon. Bacon, ao observar os recém criados mapas das Américas e o encaixe
mas nunca teve argumentações científicas que lhe dessem suporte teórico.
Somente no século XX Alfred Wegener formulou a teoria da tectônica
Figura 6. Pangea e sua divisão em dois continentes, Laurásia a norte e Gondwana a sul,
pelo mar de Tethys.
Embora não tenha sido o primeiro, nem o único, a fazer este tipo de
Como uma crosta rígida como a crosta continental deslizaria sobre a crosta
oceânica sem que fossem quebradas pelo atrito? Infelizmente, na época não
50.
A chave para explicar a dinâmica da Terra, ao contrário do que os
cientistas pensavam, não estava nas rochas continentais, mas sim no fundo
dos oceanos. Na década de 40 durante a Segunda Guerra Mundial, devido a
basicamente por uma planície extensa. Com a criação desses mapas do fundo
dos oceanos foram relevadas cadeias de montanhas, fendas, fossas ou
chegava da Dorsal, mais jovens eram as rochas ali presentes. Por fim, se
descobriu que a Dorsal é a linha onde está constantemente acontecendo a
Atlântico Norte).
Figura 8. Distribuição das idades geocronológicas do fundo do oceânico do Atlântico Norte, onde se
observam as idades (em Ma) mais jovens próximas à dorsal meso-oceânica.
convecção.
Figura 9. Esquema de correntes de convecção atuantes na dorsal meso-oceânica.
3. Placas tectônicas
Como já visto a Terra possui alguns domínios concêntricos em relação
Desta forma o estado plástico desta zona permite que a litosfera rígida deslize
sobre a Astenosfera, tornando possível o deslocamento lateral das placa
tectônicas.
vulcanismo e orogênese.
motriz, só não se sabe explicar todos os mecanismos que geram essa força
motriz. Sabe-se que a astenosfera e a litosfera estão intrinsecamente
início quando a parte mais fria e velha da placa (portanto mais distante da
dorsal meso-oceânica) se quebra e começa a mergulhar por debaixo de outra
placa menos densa, e a partir daí os outros fatores (ilustrados na figura 12)
começariam a atuar em conjunto com as correntes de convecção.
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Figura 12. Processos geológicos que causam a movimentação das placas tectônicas: a - criação de nova
litosfera oceânica na dorsal meso-oceânica; b - mergulho da litosfera para o interior do manto, puxada
pela crosta oceânica descendente mais densa; c – espessamento da placa litosférica, à medida que se
distância da dorsal meso-oceânica, tornando o limite entre a placa e a astenosfer uma superfície
inclinada.
Figura 14. Perfil de um limite de placa convergente mostrando as principais feições geológicas formadas
e as associações de rochas relacionadas.
O CICLO DA ÁGUA
quando este é aquecido ou resfriado. Este processo, atuante até hoje, teve
início na fase de resfriamento geral da Terra, após a fase inicial de fusão
parcial. Neste gradativo resfriamento e formação de rochas ígneas, foram
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impulsionado pela gravidade para zonas mais baixas. Este escoamento inicia-
se através de pequenos filetes de água, efêmeros e disseminados pela
rochas sedimentares.
Considerando o tempo geológico, o ciclo hidrológico pode ser dividido
rápido.
2.1 Infiltração
uma zona onde todos os poros estão cheios de água, denominada zona
saturada ou freática (figura 17). Acima desse nível, os espaços vazios estão
superfície freática.
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superfície do terreno, como mostrado na figura 18. Em áreas úmidas, com alta
pluviosidade tende a ser mais raso e em ambientes áridos tende a ser
profundo.
Figura 18. O nível freático e o relevo da superfície.
O nível freático tem uma relação íntima com os rios. Os rios cuja vazão
aumenta para jusante são chamados de rios efluentes, e são alimentados pela
Porosidade
Permeabilidade
O principal fator que determina a disponibilidade de água subterrânea
também é guiado pela diferença de pressão entre dois pontos, exercida pela
coluna de água sobrejacente aos pontos e pelas rochas adjacentes. Esta
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vales.
hidrogeologia.
Em oposição ao termo aquífero, utiliza-se o termo aquiclude para
1. Tipos de intemperismo
Os processos intempéricos atuam através de mecanismos
onde a maioria das rochas se formaram. Por esse motivo, quando as rochas
afloram à superfície da Terra, seus minerais entram em desequilíbrio e, através
rochas, alguns são mais sucetíveis que outros à alteração. A série de Goldich
(figura 27) representa a sequência normal de estabilidade dos principais
3.2 Clima
3.3 Topografia
3.4 Biosfera
decompõe-se, liberando CO2, cuja concentração nos poros do solo pode ser
até 100 vezes maior que na atmosfera, o que diminui o pH das águas de
abaixo de 4.
Figura 29. A concentração hidrogeniônica nas imediações das
raízes das plantas pode ser muito grande (baixo pH), facilitando
trocas iônicas com os grãos minerais.
3.5 Tempo
em uma serra por onde esse grão passou muitos milhares (ou milhões) de
anos fazendo parte de uma rocha ígnea ou metamórfica. Esse grão, ao ser
transporte gravitacional.
Após o transporte inicial do grão, seja por torrentes pluviais ou por
transporte.
Observando-se os grãos e sua movimentação de maneira mais
figura 30.
Figura 30. Cenários da existência de um grão sedimentar, com qualificação relativa das taxas de erosão
(E), intemperismo (I) e deposição (D), tomando como exemplo o caso atual do leste do Paraná.
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agentes de intemperismo.
A deposição ocorre preferencialmente em algumas porções da planície
Sendo assim, pode-se dizer que nas serras temos a predominância dos
processos de intemperismo, nas escarpas o processos de erosão e na região
sedimentar.
Além do transporte mecânico, não pode ser desprezado o transporte
de íons transportados em solução. Este soluto tem uma origem e uma história
bastante parecida com a dos sedimentos, com a diferença de que seu
4. recristalização diagenética.
A compactação pode ser mecânica ou química. A compactação química
resulta do efeito de dissolução dos minerais sob pressão e, por isso é tratada
como etapa seguinte.
gradualmente aumentada.
O termo recristalização diagenética designa a modificação da
ROCHAS ÍGNEAS
figura 33.
Figura 33. Diagrama esquemático mostrando as formas de ocorrência de rochas magmáticas (derrame,
sill, dique, batólito, stock, neck vulcânico, diques radiais e lacólito).
ROCHAS METAMÓRFICA
temperaturas e/ou pressões nas quais eles são instáveis. As mudanças que as
rochas e os minerais que as constituem sofrem são denominadas
como calor, pressão e contato com fluidos que podem (ou não) atuar ao
mesmo tempo. O calor do interior da Terra e do magma (rochas fundidas),
atm.
O metamorfismo de deslocamento se refere às mudanças produzidas