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REPÚBLICA DE ANGOLA

LICEU BG 1062 – MASSANGARALA

TRABALHO INVESTIGATIVO DE GEOLOGIA

Tema:

DESCONTINUIDADE DA TERRA

ELABORADO PELO GRUPO Nº 3


Classe: 11ª
Turma: C
Curso: Ciências Físicas e Biológicas
Período: Tarde

O DOCENTE

______________________

BENGUELA, OUTUBRO DE 2023


LICEU BG 1062 – MASSANGARALA

TRABALHO INVESTIGATIVO DE GEOLOGIA

Tema:

DESCONTINUIDADE DA TERRA

Elementos do Grupo
 ANA AGOSTINHO ---------------------------Nº 03
 CARLA MUACHILEIA --------------------- Nº 05
 ALEXANDRA JOSÉ ------------------------ Nº 15
 DELFINA CANHANGA--------------------- Nº
 IDIANE CUSTÓDIO ------------------------- Nº
 HELENA NGUVI ----------------------------- Nº 16
 JOSÉ LUCIANO------------------------------ Nº 18
 JOSEFINA SANDALA --------------------- Nº 19

O DOCENTE

________________________
JOSÉ FINS

BENGUELA, OUTUBRO DE 2023

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PENSAMENTO

O estatuto da realidade: Descobrir esse doce exercício destrona em


ascética do pensar racional. Mas do que um mero crepúsculo flexível ou
determinado, o pensamento precisa de ilusão e assim a obra de arte abre-se
em leque sobre inventário do mundo.

“Ana Hatherly”

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DEDICATÓRIA

O grupo vem por intermédio desta dedicar este trabalho a todos os


colegas, professores, amigos e não só a todos aqueles que sintam-se
abrangidos visto ser um tema de bastante realce no nosso quotidiano. O
trabalho em si serve de reflexão do porque e para que refugiar-se as Igrejas
sendo que existe apenas um Deus verdadeiro.

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AGRADECIMENTO

Agradecemos primeiramente ao Pai do Céu “Deus”, pelo dom da vida e


força para continuar a nossa formação, ao magno docente por nos ter
entregado um tema de real valor e importante para o nosso quotidiano, aos
nossos pais e encarregados de educação por nos apoiarem de força moral e
financeira na nossa formação e não só, sem esquecer os nossos irmãos,
colegas e amigos que de forma directa ou indirecta contribuíram para o efeito
deste trabalho.

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 7

DESCONTINUIDADE DA TERRA...................................................................... 8

CONCEITO ..................................................................................................... 8

TIPOS DE DESCONTINUIDADE ....................................................................... 9

DESCONTINUIDADE DE MOHOROVICIC .................................................... 9

DESCONTINUIDADE DE GUTENBERG ........................................................ 9

DESCONTINUIDADE DE REPETTI ............................................................. 10

DESCONTINUIDADE DE LEHMANN ........................................................... 10

ORIENTAÇÃO DAS DESCONTINUIDADES ................................................... 11

CONCLUSÃO................................................................................................... 12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 13

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INTRODUÇÃO

O homem já conseguiu percorrer 384.400 km até a Lua, porém apenas


12 km até o centro da Terra. Esse fato é suficiente para entendermos a
complexibilidade que é estudar o interior da Terra: o custo para a perfuração da
crosta é cara, lenta e complicada.

A Geofísica é uma ciência da Terra responsável pelo estudo das


propriedades físicas do Planeta para investigar seu interior. Exemplos de
propriedades físicas estudadas são: calor, magnetismo, radioatividade,
gravidade, eletricidade, propagação de ondas elásticas nas camadas terrestres
e muitas outras.

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DESCONTINUIDADE DA TERRA

CONCEITO

Descontinuidade é um termo usado em geologia para designar as


camadas de transição, tanto no interior da Terra, onde há diferença na
densidade da rocha constituinte (descontinuidade da densidade) quanto para
designar diferentes fácies sedimentares.

Superfície que separa diferentes camadas do interior da Terra, definida


em função do comportamento que apresentam quando são atravessadas por
ondas sismicas. A energia libertada por um sismo transmite-se em todas as
direções sob a forma de ondas.

As ondas que se propagam no interior da Terra, ondas primárias (P) e


secundárias (S), são condicionadas, tanto na velocidade como na direção,
pelas propriedades dos materiais que atravessam. As ondas S apenas se
transmitem nos meios sólidos, ao passo que as ondas P transmitem-se em
qualquer meio, sendo estas as que apresentam maior velocidade.

O estudo das ondas sísmicas permite inferir as propriedades dos


materiais por elas atravessados e a profundidade a que eles se encontram,
permitindo, ainda, estabelecer limites entre as diferentes camadas concêntricas
do interior da Terra. Estes limites marcam zonas onde ocorre uma variação, por
vezes brusca, na velocidade de propagação das ondas.

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TIPOS DE DESCONTINUIDADE

Da superfície para o interior da Terra, encontram-se estabelecidos os


seguintes limites:

DESCONTINUIDADE DE MOHOROVICIC

Está localizada na fronteira entre a crosta terrestre e o manto, e recebe


o apelido de Moho. A velocidade das ondas sísmicas muda bruscamente nessa
região, acelerando. A temperatura aumenta à medida em que a profundidade
aumenta em direção ao manto. Moho encontra-se aproximadamente a 38 km
abaixo dos continentes e a 10 km de profundidade abaixo dos oceanos,
havendo, ainda, uma variação na distância, que depende do local de
observação.

O nome dessa descontinuidade foi dado em homenagem ao sismólogo


Andrija Mohorovicic, que além de descobri-la, percebeu que a velocidade e o
comportamento das ondas sísmicas dependem diretamente da densidade do
material no qual a onda se propaga. Quanto mais densa a composição de certa
estrutura da Terra, mais rápida será a velocidade de propagação das ondas
sísmicas.

DESCONTINUIDADE DE GUTENBERG

Também conhecida como descontinuidade C, marca o fim do manto


interno e o início do núcleo externo. Fica localizada na mesosfera (parte inferior
do manto), a 2.883 km de profundidade.

Sua descoberta deve-se ao cientista alemão Beno Gutenberg, um dos


responsáveis pela criação da Escala Richter. Nesse ponto, as ondas do tipo S
são refletidas, parando de se propagar por conta do núcleo externo estar na
fase líquida da matéria, enquanto as ondas do tipo P são refratadas e
desaceleram, o que evidencia uma alteração nas propriedades dos materiais
que constituem essa parte no interior da Terra.

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DESCONTINUIDADE DE REPETTI

Situada a cerca de 700 km de profundidade, separa o manto superior


do manto inferior. A esta profundidade ocorre um aumento na velocidade de
propagação das ondas sísmicas levando a concluir que o manto superior se
encontra num estado mais fluido e o manto inferior é rígido.

As ondas do tipo S só se propagam em meio sólido, enquanto as


ondas do tipo P consegue se propagar em todos os estados físicos, apenas
havendo uma diminuição na sua velocidade em meios líquidos e gasosos. A
partir disso, pôde-se concluir que o estado da matéria no núcleo externo da
Terra é liquido.

DESCONTINUIDADE DE LEHMANN

Está localizada na fronteira entre o núcleo externo e o núcleo interno a


5.150 km de profundidade. Recebe esse nome em honra da sismóloga Inge
Lehmann, que em 1936 publicou um trabalho a respeito de suas observações
sobre essa região, que levaram à futura descoberta da descontinuidade.

Nela é possível observar uma importante variação na velocidade das


ondas sísmicas P, que aumenta, marcando a principal diferença entre o núcleo
externo e o interno: a mudança da fase líquida para fase sólida da matéria que
o constitui. O fato de o núcleo interno estar no estado sólido deve-se à enorme
pressão a qual está submetido.

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ORIENTAÇÃO DAS DESCONTINUIDADES

O primeiro passo na investigação das descontinuidades duma


fundação consiste na análise da orientação e identificação das famílias de
descontinuidades, ou descontinuidades singulares, que podem determinar
blocos de rocha potencialmente instáveis.

A informação sobre a orientação das descontinuidades pode ser obtida


a partir de diferentes fontes, tais como mapeamentos de superfície e
subterrâneos, amostras e furos de sondagens, sendo necessário combinar os
dados num sistema que possibilite a respectiva análise. Esta análise é
facilitada pelo uso de métodos simples e precisos que exprimem a orientação
da descontinuidade

No que se refere ao tratamento da representação da orientação das


descontinuidades há a referir uma dualidade de critérios de tratamento em
função do tipo de descontinuidades. Algumas, pela sua grande importância
constituindo singularidades específicas, têm representação individual, como é o
caso por exemplo das falhas e dos filões. Por tal, são estudadas em pormenor,
em afloramentos ou no interior dos maciços, à custa da realização de trabalhos
de prospecção e representadas uma a uma em cartas geológicas, perfis
geológicos e blocos-diagrama.

No caso de descontinuidades que ocorrem em grande número, no todo


conduzindo à compartimentação geral do maciço, torna-se impossível
representá-las na totalidade, pelo que se recorre com frequência à análise
estatística das suas características, sobretudo das atitudes medidas (em regra
da ordem das centenas), com vista a obter uma imagem do tipo de
compartimentação; neste caso é usual apresentar-se numa planta geológica
apenas algumas atitudes representativas e um esquema gráfico com o
tratamento do conjunto das medições efectuadas e, em complemento,
descrever-se num relatório a envolvente das propriedades físicas, para cada
família de descontinuidades.

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CONCLUSÃO

O projecto de qualquer estrutura a implantar no terreno, seja localizada


à superfície ou no espaço subterrâneo, deve incluir um minucioso estudo das
estruturas geológicas do local da construção. A descrição da qualidade de um
maciço, especialmente de um maciço rochoso, inclui por sistema a análise das
características das descontinuidades ocorrentes nesses locais.

São as descontinuidades, com efeito, que condicionam as


propriedades geotécnicas de grande número de terrenos (maciços terrosos
rijos e maciços rochosos) conferindo-lhes um comportamento em termos de
deformabilidade, resistência ao corte e permeabilidade substancialmente
diferente do material que constitui esses maciços.

Graças a esta ciência, a partir da observação de ondas sísmicas, os


cientistas Mohorovicic, Gutenberg e Lehmann descobriram as
descontinuidades, isto é, áreas de transição entre as camadas internas da
Terra em que há uma mudança nas propriedades físicas e químicas do meio.
Essas descobertas deveram-se a uma notável alteração na velocidade e
comportamento das ondas sísmicas, especificamente aquelas denominadas do
tipo P e S, ao percorrerem essas áreas sendo, portanto, possível estabelecer
um modelo geofísico e geoquímico do local.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://brasilescola.uol.com.br/geografia/estrutura-terrestre.htm

https://rce.casadasciencias.org/rceapp/pdf/2013/042/

https://estudogeral.uc.pt/bitstream/10316/14262/1/Caracteriza%C3%A7
%C3%A3o%20das%20descontinuidades%20e%20de%20situa%C3%A7%C3%
B5es%20de%20instabilidade.pdf

https://blogarciencia.files.wordpress.com/2012/01/iii-descontinuidades-
estrutura-e-dinc3a2mica-da-geosfera.pdf

https://pt.wikipedia.org/wiki/Descontinuidade

https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$descontinuidade

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