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Universidade Save

Extensão da Massimga

Teoria da Deriva dos Continentes

Licenciatura em Ensino de Geografia

Jacinto Justino Mahumane

Massinga

2020
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UNISAVE MASSINGA

Teoria da Deriva dos Continentes

Jacinto Justino Mahumane

Trabalho de Pesquisa da cadeira de Geologia


Geral a ser Apresentado no Departamento de
Ciências da Terra e Ambiente para efeito de
Avaliação.

Docente: MSc. Orlanndo Nhamunze

Massinga

2020
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Índice
CAPITULO I..........................................................................................................................4

0.Introdução............................................................................................................................4

0.1. Objectivos........................................................................................................................4

0.1.1. Objectivo Geral............................................................................................................4

0.1.2. Objectivos Específicos.................................................................................................4

0.2. Metodologia.....................................................................................................................4

CAPITULO II: Referencial Teórico.......................................................................................5

1.Tectônica de Placas.............................................................................................................5

1.1.Descoberta da tectônica de placas....................................................................................5

1.2.Mosaico de placas.............................................................................................................5

2.Teoria da deriva dos continentes.........................................................................................6

2.1.Primeiros defensores da Deriva Continental....................................................................6

2.2.Provas da Deriva continental............................................................................................7

2.3.Expansão do assoalho ou fundo oceânico........................................................................8

2.4.A grande síntese: 1963 -1968...........................................................................................9

CAPITULO III.....................................................................................................................10

3. Conclusão.........................................................................................................................10
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CAPITULO I

0.Introdução

Desde os tempos primórdios tenta se entender a terra, partindo do seu surgimento até as
tranformações que nela ocorrem, sendo assim criada a geografia, ciência com o papel de fazer
a descrição da terra para a entender melhor a terra e saber como actuar dentro dela.

De acordo com determinadas teorias científicas, a crosta terrestre não é apenas uma camada
rochosa inteiriça mas sim fragmentada. A primeira teoria a defender essa tese ficou
conhecida como Deriva Continental.

Este trabalho, com o tema teoria da deriva dos continentes para além de fazer compreender a
teoria da deriva dos continentes dará a conhecer alguns dados usados para comprovar que os
6 actuais continentes já formaram um único continente e alguns uma vez antes de ficar a
deriva e separarem-se.

0.1. Objectivos

0.1.1. Objectivo Geral

 Compreender a Teoria da deriva dos continentes.

0.1.2. Objectivos Específicos

 Descrever a Teorias da deriva dos continentes acordo com os percursores;


 Demonstrar as diferentes percepções de compreensão da Teoria da deriva dos
continentes.

0.2. Metodologia

Para a produzir este trabalho tive como base uma obra cientifica fornecida pelo professor
(Para entender a terra – capitulo 2) que aborda a cerca da teoria da tectónica de placas e da
deriva dos continentes utilisando o método dedutivo para que os conteúdos abordados surgem
no geral das observações.
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CAPITULO II: Referencial Teórico

1.Tectônica de Placas

1.1.Descoberta da tectônica de placas

A Tectônica do grego tekton – construtor, é o termo geral que os geólogos usaram por cerca
de 200 anos para descrever a formação de montanhas, processos vulcânicos e outros que
formam feições geológicas na superfície da Terra.

Na década de 1960, uma grande revolução no pensamento sacudiu o mundo da Geologia, a


descoberta da tectônica de placas, antes disso nenhuma teoria de forma isolada conseguia
explicar de modo satisfatório toda a variedade de processos geológicos.

A tectônica de placas não é apenas abrangente, mas também elegante: muitas observações
podem ser explicadas por alguns poucos princípios simples. A Física, por exemplo, teve uma
grande revolução no início do século XX, quando a teoria da relatividade unificou as leis
físicas que governam o espaço, o tempo, a massa e o movimento.

As idéias básicas da tectônica de placas foram reunidas como uma teoria unificada da
Geologia há menos de 40 anos. A síntese científica que conduziu a essa teoria, no entanto,
começou muito antes, ainda no século XX, com o reconhecimento das evidências da deriva
continental.

1.2.Mosaico de placas

De acordo com a teoria da tectônica de placas, a litosfera rígida não é uma capa contínua,
mas está fragmentada em um mosaico de cerca de uma dúzia de grandes placas rígidas que
estão em movimento sobre a superfície terrestre. Cada placa move-se como uma unidade
rígida distinta, cavalgando sobre a astenosfera, que também está em movimento.

A maior é a Placa Pacífica, que compreende a maior parte da bacia do Oceano Pacífico.

A Placa Norte-Americana, por exemplo, estende-se desde a costa oeste da América do Norte
até o meio do Oceano Atlântico, onde se limita com as Placas Eurasiana e Africana.

Além das placas maiores, existe uma série de outras menores, a minúscula Placa de Juan de
Fuca, por exemplo, é um pedaço da litosfera oceânica aprisionado entre as gigantes placas
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Pacífica e Norte-Americana, na costa noroeste dos Estados Uinidos. Outras são fragmentos
continentais, como a pequena Placa Anatoliana, que inclui a maior parte da Turquia.

Algumas das placas recebem o nome dos continentes que elas contêm, porém, em nenhum
caso uma placa é idêntica a um continente.

Os três tipos básicos de limites de placas são:

1. Placas divergentes, afastam-se e uma nova litosfera é criada fazendo com que área da
placa aumente.
2. Placas convergentes, juntam-se e uma delas é reciclada, retomando ao manto e a
área da placa diminui.
3. Placas transformantes, deslizam horizontalmente uma em relação à outra e a área da
placa permanece constante.

Além desses três tipos básicos, existem "limites oblíquos" que combinam divergência ou
convergência com alguma quantidade de falhamento transforrnante. Ainda, o que de fato
acontece num limite de placa depende do tipo de litosfera envolvida, porque as litosferas
oceânica e continental comportam-se de modo um tanto diferente.

A crosta continental é formada de rochas que são mais leves e menos resistentes que a crosta
oceânica ou o manto abaixo da crosta e embora seja mais leve, a crosta continental não é tão
facilmente reciclada como a crosta oceânica; pois por ela ser menos resistente, os limites de
placa que a envolvem tendem a ser mais espalhados e complicados que os limites das placas
oceânicas.

2.Teoria da deriva dos continentes

Deriva continental são movimentos de grande proporção sobre o globo terrestre.

2.1.Primeiros defensores da Deriva Continental

No final do século XVI e no século XVII, cientistas europeus notaram o encaixe do quebra-
cabeça das linhas costeiras em ambos os lados do Atlântico, como se as Américas, a Europa e
a África tivessem estado juntas em uma determinada época e, depois, se afastado por deriva.
Ao final do século XIX, o geólogo austríaco Eduard Suess encaixou algumas das peças do
quebracabeça e postulou que o conjunto dos continentes meridionais actuais formara, certa
vez, um único continente gigante, chamado Terra de Gondwana.
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Em 1915, Alfred Wegener (1880-1930), um meteorologista alemão que estava se


recuperando de ferimentos sofridos na Primeira Guerra Mundial, escreveu um livro sobre a
fragmentação e deriva dos continentes. Nele, apresentou as similaridades marcantes entre as
rochas, as estruturas geológicas e os fósseis dos lados opostos do Atlântico.

Nos anos seguintes, Wegener postulou um supercontinente, que denominou de Pangéia, do


grego, “todas as terras”, que era circundando por um único oceano denomindado Pantalassa
do grego “Mar total”.

A idéia foi complementada por Alexandre Du Toit, que postulou o seguinte: Pangéia separou-
se em duas grandes massas continentais; Laurásia ao norte e Gondwana ao sul separados pelo
Mar de Tetis; e posteriormente as duas massas continentais se subdividiram em unidades
menores formando os continentes actuais.

Embora Wegener estivesse correcto em afirmar que os continentes tinham se afastado por
deriva, sua hipótese acerca de quão rápido eles se moviam e quais forças os empurravam na
superfície terrestre mostrou-se errônea, o que reduziu sua credibilidade entre outros
cientistas.

Após cerca de uma década de rigoroso debate, os físicos convenceram os geólogos de que as
camadas externas da Terra eram muito rígidas para que a deriva continental ocorresse, o que
fez com que e as idéias de Wegener caíssem em descrédito, exceto entre uns poucos geólogos
na Europa, na África do Sul e na Austrália.

2.2.Provas da Deriva continental

Os defensores da hipótese da deriva mostraram não apenas o encaixe geográfico, mas


também as similaridades geológicas das idades das rochas e das orientações das estruturas
geológicas nos lados opostos do Atlântico Eles também apresentaram argumentos, aceitos até
hoje como boas evidências da deriva, baseados em fósseis e dados climatológicos.

Fósseis idênticos a um réptil de 300 milhões de anos, por exemplo, foram encontrados apenas
na África e na América do Sul, sugerindo que os dois continentes estavam juntos naquele
tempo.

Os animais e as plantas dos diferentes continentes mostraram similaridades na evolução até o


tempo postulado para a fragmentação. Após isso, seguiram caminhos evolutivos divergentes,
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presumivelmente devido ao isolamento e às mudanças ambientais das massas continentais em


separação.

Além disso, depósitos associados com geleiras que existiam há cerca de 300 milhões de anos
estão agora distribuídos na América do Sul, na África, na Índia e na Austrália.

2.3.Expansão do assoalho ou fundo oceânico

A evidência geológica não convenceu os céticos, os quais mantiveram que a deriva


continental era fisicamente impossível. Ninguém havia proposto, ainda, uma força motora
plausível que pudesse ter fragmentado a Pangéia e separado os continentes.

Wegener, por exemplo, pensava que os continentes flutuavam como barcos sobre a crosta
oceânica sólida, arrastados por forças das marés, do sol e da lua!

A ruptura veio quando os cientistas deram-se conta de que a convecção do manto da Terra
poderia empurrar e puxar os continentes à parte, formando uma nova crosta oceânica, por
meio do processo de expansão do asoalho oceânico.

Em 1928, o geólogo britânico Arthur Holmes esteve perto de expressar as noções modernas
da deriva contiental e da expansão do assoalho oceânico, quando propôs que correntes de
convecção "arrastaram as duas metades do continente original à parte, com conseqüente
formação de montanhas na borda onde as correntes estão descendo e desenvolvimento de
assoalho oceânico no lugar da abertura, onde as correntes estão ascendendo".

Considerando os argumentos dos físicos de que a crosta e o manto da Terra são rígidos e
imóveis, Holmes admitiu que "idéias puramente especulativas desse tipo, especialmente
inventadas para atender certas postulações, podem não ter valor científico até que adquiram o
suporte de evidências independentes" .

As evidências convincentes começaram a emergir como um resultado da intensa exploração


do fundo oceânico ocorrida após a Segunda Guerra Mundial. O mapeamento da Dorsal
Mesoatlântica submarina e a descoberta do vale profundo na forma de fenda, ou rifte,
estendendo-se ao longo de seu centro, despertaram muitas especulações.

Os geólogos descobriram que quase todos os terremotos no Oceano Atlântico ocorreram


próximos a esse vale em rifte. Uma vez que a maioria dos terremotos é gerada por falhamento
tectônico, esses resultados indicaram que o rifte era uma feição tectonicamente activa.
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2.4.A grande síntese: 1963 -1968

A hipótese de expansão do assoalho oceânico apresentada por Hess e Dietz em 1962 explicou
como os continentes poderiam separar-se por meio da criação de uma nova litosfera em riftes
mesoceânicos.

Por certo tempo, no início da década de 1960, alguns físicos e geólogos realmente
acreditaram na idéia de uma Terra em expansão, baseados em uma modificação actualmente
desacreditada da teoria da gravitação de Einstein.

Outros geólogos reconheceram que o assoalho oceânico estava na verdade sendo reciclado
nas regiões de intensa actividade vulcânica e sísmica ao longo das margens da bacia do
Oceano Pacífico, conhecidas coletivamente como Círculo de Fogo.

Em 1965, o geólogo canadense Tuzo Wilson descreveu, pela primeira vez, a tectônica em
torno do globo em termos de "placas" rígidas movendo-se sobre a superfície terrestre.

Ele caracterizou os três tipos básicos de limites onde as placas separam-se, aproximam-se ou
deslizam lateralmente uma em relação à outra, outros cientistas mostraram que quase todas as
deformações tectônÍcas actuais estão concentradas nesses limites.

Eles mediram as taxas e direções dos movimentos tectônicos e demonstraram que os mesmos
eram matematicamente consistentes com o sistema de placas rígidas movendo-se na
superfície esférica do planeta.

Os elementos básicos da teoria da tectônÍca de placas foram estabelecidos ao final de 1968.


Por volta de 1970, as evidências da tectônica de placas tornaram-se tão persuasivas, devido a
sua abundância, que quase todos os geocientistas adotaram-na. Os livros-texto foram
revisados e muitos especialistas começaram a considerar as implicações do novo conceito em
seus campos de atuação.
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CAPITULO III

3. Conclusão

Em suma a cerca de 300 milhões de anos atrás o globo terrestre possuía apenas um super
continente, que separou-se ao longo dos anos dando origem aos continentes que temos nos
dias de hoje.

É quase impossível falar da teoria da deriva dos continentes sem mencionar a teoria da
tectónica de placas, já que as duas tratam dos movimentos da litosfera sobre a astenosfera e
as consequências desses movimentos.

Só quando foi comprovado que as placas continentais e oceânicas estavam em movimento


sobre uma camada viscosa, e não sólida como pensavam alguns Geologos, é que se concluiu
que os que os continentes já foram alguma vez unidos, isto para além dos fosseis de animais
da mesma especie encontrados nos lados que unem alguns continentes e das provas
climatológicas.

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