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1.2 Conceitos
A ética é uma ciência, um ramo da filosofia. Vários são os autores que buscaram dar
sentido a definição de ética:
CAMARGO define a ética, como a “ciência do que o homem deve ser em função
daquilo que ele é”.
STARLING(1993:168) Define a ética como um sistema que estuda os valores morais.
ANDRACK (1932:35) Refere a ética como um padrão que guia o comportamento e as
ações tanto no sector público como no privado e a isto podemos referir-se ou chama-lo
de leis morais
Porém podemos difinir ética como a ciência que procura estudar e aplicar os príncipios
e as leis morais.
Ou ainda...
A ética estuda o agir dos seres humanos, a sua conduta, analisando as formas de
conduta de forma que a mesma se reverta em beneficio próprio.
A ciência que estuda os hábitos, principios, e normas dos indivíduos dentro da
sociedade.
O fundamento da ética é o ser do homem, o seu comportamento com fonte seria
e justa da sua natureza.
A ética procura buscar e analisar a conduta do ser humano, como prática do
amor em diferentes formas. Além disto, outro aspecto da ética é o da conduta
que respeita e não prejudica a terceiros ou a si mesmo.
A ética deve ser eminentemente positiva e não proibitiva. Por exemplo: é mais
importante respeitar a vida do que não matar.
Ela antecede a qualquer código de conduta.
Tem por objectivo a finalidade da vida humana e os meios para que isto seja
alcançado. Podemos ainda dizer que é a busca para o aperfeiçoamento humano.
Na linguagem comum, costumamos usar diferentemente as palavras ética e moral para
nos referirmos aos mesmos conteúdos. De facto os dois termos têm, na sua etimologia,
equivalência. A palavra ética deriva do grego Ethos que designava os comportamentos
habituais, os costumes, aquilo que é habitual os seres humanos fazerem referindo-se,
pois, à sua interioridade. Os Romanos traduziram-na por mores, isto é, costume, aquilo
que é habitual os seres humanos fazerem, indicando o que deve ou não ser feito.
De certo modo a etimologia sugere, como se vê, um significado análogo para os dois
termos, porém, uma análise mais atenta do seu significado em cada um dos respectivos
contextos permitirá encontrar algumas diferenças e salientar a especificidade de cada
um, especificidade que está na origem da actual diferenciação entre a ética e a moral.
Assim para os Gregos, a palavra ethos traduzia uma preocupação com a intenção e a
finalidade dos nossos actos, mas os Romanos, mais voltados para a jurisdição, dão ao
termo um significado mais exterior, acentuando a dimensão da moral como conjunto de
normas ou códigos de bem e de mal que nos são impostos, isto é, o que deve ou não ser
feito.
É por isso que actualmente reservamos o termo moral para designar o ambito da
formação das normas, da sua hierarquização e aplicação a casos concretos ao longo da
existencia do ser humano.
A moral traduz, portanto, o conjunto dos deveres do ser humano, desenvolve-se na
pratica social no contexto de uma dada cultura no seio da qual os valores, os habitos e
costumes geram as leis ou códigos que definem o que é desejavel e o que é permitido ou
proibido, isto é, o bem e o mal. Apresenta-se, portanto, com uma função normativa, isto
é, de institucionalização das formas de agir.
Assim definimos moral com o conjunto dos principios, das normas, dos juízos ou dos
valores de carácter ético-normativo vigentes numa dada sociedade e aceites pelos
membros dessa mesma sociedade, antes mesmo de qualquer reflexão sobre o seu
significado, a sua importância e a sua necessidade.
A moral é de ordem dos factos. Os seus princípios, as suas normas, os seus valores estão
aí. Cada sociedade e cada cultura tem os seus, ainda que muitos possam ser comuns a
diversas sociedades e a diversas culturas. Podem por isso ser objecto de levantamento e
de descrição por parte de ciências como a psicológia, a sociologia, ou a antropologia
cultural. Ao trabalho de investigação e de descrição dessas normas, princípais e valores,
dá-se o nome de ética descritiva que, em boa verdade, não é ainda uma ética.
Por ética entendemos já a reflexão sobre essa esfera da conduta humana a que
chamamos moral. Com mais rigor, a ética poderia ser definida como a ciência que tem
por objecto a moral, ou seja, a experência e o comportamento dos seres humanos,
considerados como o prisma da bondade ou maldade, justiça ou injustiça, do recto e do
não recto, do obrigatório e do proibido.
a) o esclarecimento e caracterização da natureza dessa experência humana é dessa forma
de comportamento a que chamamos moral;
b) a fundamentação da acção moral, com determinação das fontes da avaliação moral;
c) a clarificação das condições objectivas e subjectivas do acto moral;
d) a justificação das acções humanas com pretensão a serem tidas como boas ou justas
e) a discussão da legitimidade (ou não) dos enunciados moral-normativo que
historicamente têm vigorado nas sociedades.
O significado etimológico e o significado filosófico.
A ética e a moral têm sob o ponto de vista etimológico, um significado semelhante,
ainda que uma origem diferente.
Ética vem do grego – éthos – e moral vem do latim – mores – que significam costumes,
hábitos, maneiras habituais de proceder.
Vamos então refltectir em torno do quadro a seguir:
Moral Ética
A moral refere-se a comportamentos concretos que se dão A ética é o estudo teorico dos comportamentos morais
numa sociedade. e dos diversos códigos morais .
Princípios, normas e valores que regem uma sociedade. É a ciência que estuda a moral.
A moral é anterior à ética. Os homens comportavam-se A ética surgiu posteriormente quando já havia normas
moralmente morais.
Conjunto de normas de um grupo social. Código de conduta Teoria que estuda as normas e valores morais dos
comportamentos do homem em sociedade.
Preocupa-se com normas concretas. Preocupa-se com os princípios ideias da acção humana.