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08/04/24, 13:14 Japão: as estratégias do país para lidar com população mais velha do mundo - BBC News Brasil

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Mais mulheres e idosos


empregados: as estratégias do
Japão para lidar com população
mais velha do mundo

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O Japão é o país do mundo com maior índice de pessoas com 65 anos de idade ou mais

Alejandra Martins
BBC News Mundo

31 outubro 2023

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O país com a população mais idosa do mundo continua batendo recordes.

No Japão, uma em cada 10 pessoas tem 80 anos ou mais. E o índice de habitantes com 65
anos ou mais (29,1%) é o mais alto do mundo.

Mas estes números são apenas a ponta do iceberg – os indícios de uma profunda crise
nacional.

"O envelhecimento da população japonesa, que os meios de comunicação costumam definir


como uma 'bomba-relógio', representa um grave e urgente desafio", afirmou à BBC News
Mundo, o serviço em espanhol da BBC, a professora Hiroko Costantini, do Instituto de
Iniciativas para o Futuro do Instituto de Gerontologia da Universidade de Tóquio, no Japão.

Segundo a professora, "em 2021, o Japão registrou o menor nível histórico da sua taxa de
natalidade, com apenas 811 mil nascimentos – o nível mais baixo desde 1899".

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pensar duas vezes antes de mudar algo

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identidade nacional

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japoneses encaram a vida

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O país onde se vendem mais fraldas para adultos do que para


bebês

A taxa de nascimentos por mulher no Japão está muito abaixo dos 2,1 considerados
necessários para manter uma população estável. No Peru, por exemplo, este número é de
2,1; na Argentina, de 1,9; e, no Brasil, cerca de 1,6.

"A taxa de natalidade atual do Japão é de apenas 1,26 e o índice de envelhecimento da


população disparou para 29,0%", afirma Costantini, "o que indica uma mudança demográfica
sem precedentes."

O governo japonês tem procurado aumentar a taxa de natalidade com incentivos


econômicos, sem sucesso.

O que o Japão pode fazer para reagir ao envelhecimento da sua população? Seria parte de
um fenômeno mundial?

E o que outros países podem aprender com essa crise, incluindo os latino-americanos?

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Uma taxa de natalidade baixa e uma política migratória restritiva levou o Japão a
  ser o país mais envelhecido do mundo,...
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Os países com a população mais envelhecida


em 2021
Percentual da população com 65 anos ou mais*

Japão

Itália
1 em cada 3 pessoa
Grécia no Japão tem mais
de 60 anos
Portugal

Fonte: ONU, 2022


*Países e áreas com população de 90 mil habitantes ou mais em meados de
2021

Impacto econômico
O envelhecimento da população japonesa tem
profundas implicações, segundo Costantini.
Suas consequências vão da escassez de mão
de obra até a queda do crescimento
econômico.

O Japão aprovou um orçamento recorde para o


próximo ano fiscal, em parte, devido ao
aumento dos custos da previdência social.

"Ao longo dos anos, a taxa de envelhecimento


do Japão aumentou significativamente, o que
contribuiu para a estagnação econômica desde
meados dos anos 1990", segundo a professora.

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"Além disso, o delicado equilíbrio entre as Podcast traz áudios com reportagens
selecionadas.
prestações e as contribuições para a
previdência social, particularmente os gastos Episódios
com assistência médica e atendimento de
longo prazo, está se tornando cada vez mais
precário. Estão surgindo dúvidas sobre a viabilidade do sistema de previdência social a longo
prazo, com os gastos cada vez maiores com a assistência médica às pessoas mais idosas",
explica Costantini.

"As soluções futuras podem exigir consideráveis reduções de benefícios e reformas das
pensões, incluindo o aumento da idade de aposentadoria para 70 anos, a fim de abordar esta
questão multifacetária de forma eficaz."

Os 10 países onde O que população As medidas


as pessoas vivem em queda significa bilionárias de
mais e o que eles para ambições países asiáticos
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23 fevereiro 2023 26 março 2023 22 maio 2023

'Casar-se antes de ter filhos'


Para Costantini, os incentivos governamentais para promover o aumento da taxa de
natalidade tiveram sucesso limitado.

A professora destacou que, embora o alto custo de vida seja um fator que desencoraja
algumas pessoas de terem filhos, o problema ultrapassa as preocupações financeiras.

"A sociedade japonesa dá importância significativa ao casamento antes de ter filhos",


segundo ela, "o que leva muitos casais a priorizar a procura do parceiro adequado antes de
formarem família."

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Atualmente, a taxa de natalidade no Japão é de apenas 1,26 nascimentos por mulher

"Pesquisas com mulheres solteiras entre 20 e 40 anos revelam diversas razões comuns para
retardar ou renunciar ao casamento, que incluem a 'falta de oportunidades para conhecer
possíveis parceiros', 'o desejo de manter o estilo de vida atual' e 'priorizar a realização
pessoal'."

"Além disso, a dependência social da família para assistência às pessoas idosas no Japão
levou algumas mulheres a considerar a possível responsabilidade que elas poderiam
representar para seus filhos no futuro", afirma a professora.

Com tantos fatores complexos, combater a redução da taxa de natalidade no Japão exige
uma abordagem integral, segundo a especialista.

"Ela pode incluir políticas de redução dos encargos com assistência para as famílias e o
oferecimento de incentivos financeiros, como salários para cuidadores familiares, a fim de
criar um ambiente mais propício para a criação dos filhos."

A imigração pode ser a resposta?


Outros países com baixas taxas de natalidade, como a Austrália e a Alemanha, optaram por
facilitar a entrada de estrangeiros.

A taxa de fertilidade da Austrália, por exemplo, é de 1,58, mas a sua população está

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crescendo graças à imigração.

Por que o Japão não escolheu um caminho similar?

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A taxa de envelhecimento contribui para a estagnação econômica do Japão desde meados dos anos
1990

"Historicamente, o Japão manteve uma posição passiva com respeito à imigração, que
consiste em receber trabalhadores estrangeiros em vez de incentivar ativamente a
imigração", explica Costantini.

O resultado é que apenas cerca de 1,7% da população japonesa (ou cerca de 2,2 milhões de
pessoas) é formada por pessoas nascidas no exterior ou cidadãos estrangeiros, segundo ela.

"Este enfoque pode ser atribuído ao forte desejo japonês de preservar sua homogeneidade
étnica. A relativa homogeneidade étnica do Japão costuma ser considerada um fator que
colabora para a baixa incidência de conflitos abertos dentro da sociedade."

"Para o governo, esta homogeneidade serve de ferramenta política valiosa para a unidade e a
coesão nacional", explica a professora.

A imigração poderia ser uma resposta parcial à falta de trabalhadores, mas o Japão pode
priorizar o aumento da participação de mulheres e idosos no mercado de trabalho, segundo
Costantini.

"Considera-se que esta estratégia pode oferecer efeitos mais imediatos e substanciais, de
forma alinhada ao contexto cultural e histórico do país", afirma a professora.

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O primeiro-ministro Fumio Kishida afirmou que Japão pode deixar de funcionar devido à redução da sua
taxa de natalidade

O papel das mulheres


Para Costantini, atrair mais mulheres para o mercado de trabalho com políticas favoráveis,
como licenças-maternidade generosas, é uma parte fundamental da solução para a crise
japonesa.

Algumas empresas já adotaram este tipo de medidas. Mas a pesquisadora esclarece que "a
questão do emprego feminino vai além das baixas taxas de participação no mercado de
trabalho".

"No Japão, aplica-se um incentivo fiscal para as pessoas com renda anual de menos de 1,03
milhão de ienes (cerca de US$ 7 mil ou R$ 35 mil). Isso faz com que uma quantidade
considerável de mulheres tenha empregos não regulares – em meio período, por exemplo.
Também é fundamental abordar esta situação."

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Incorporar mais mulheres ao mercado de trabalho é uma parte fundamental da solução da crise japonesa

Por outro lado, as mudanças políticas, por si só, são insuficientes, segundo a professora.

"É fundamental transformar a percepção social do Japão, de que a criação dos filhos é
considerada responsabilidade principal das mulheres e os homens são vistos como
'ajudantes' e não cuidadores", explica Costantini.

"É essencial mudar a mentalidade dos chefes e supervisores, especialmente dos homens de
50 a 60 anos, que talvez não tenham participado ativamente da criação dos filhos e
subestimem sua importância."

"Além disso, é preciso desenvolver políticas para apoiar as mulheres de 40 anos ou mais, que
criaram seus filhos em uma época em que o apoio para a criação dos filhos era escasso. Por
isso, elas interromperam suas carreiras e agora precisam de ajuda para formar modelos
profissionais viáveis."

A política dos três filhos


Costantini acredita que o Japão poderia aprender com as medidas adotadas particularmente
na França. "Durante minha estada em Paris, observei diversos casos de mulheres que
conseguiram equilibrar as necessidades da criação de três filhos e dar continuidade às suas
carreiras."

"Na França, por exemplo, as famílias com crianças recebem, a partir do terceiro filho,
benefícios consideráveis no imposto de renda, além de redução dos custos da merenda
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escolar e assistência às crianças fora do horário de trabalho nas escolas públicas."

"Além disso, as famílias com três filhos ou mais têm acesso a uma série de outros benefícios,
incluindo uma redução de 50% de quase todos os custos de transporte público e diversas
outras regalias", segundo a professora.

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Políticas favoráveis de licença-maternidade, flexibilidade no trabalho e outros benefícios são necessários


para atrair mais mulheres para o ambiente profissional

Costantini destaca que é fundamental reconhecer que nem todas as mulheres que desejam
ser mães podem ter filhos e que é totalmente válido que algumas mulheres decidam não ser
mães.

"Mas, para aquelas mulheres que desejam ter filhos, fomentar uma norma cultural que
incentive as famílias a terem três filhos e implementar políticas de apoio são considerações
fundamentais."

Problema mundial
O Japão é um caso extremo, mas muitos outros países apresentam tendências similares.

Depois do Japão, os países atualmente com maior índice de pessoas com 65 anos de idade ou
mais são a Itália, com 24,5%, e a Finlândia, com 23,6%.

E os percentuais aumentarão significativamente até 2050, segundo a ONU. Hong Kong e a


Coreia do Sul irão superar o Japão, com cerca de 40% de pessoas com 65 anos ou mais. A
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Espanha irá ocupar o quinto lugar, com mais de 36%.

"Em maior ou menor medida, a população de todos os países do mundo vive até idades mais
avançadas e as mulheres e os casais estão tendo menos filhos. Portanto, o envelhecimento
demográfico é um fenômeno mundial", afirma Jorge Bravo, especialista da Divisão de
População do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (DESA,
na sigla em inglês).

Bravo é um dos autores do Relatório Social Mundial 2023 da ONU, intitulado "Que ninguém
fique para trás em um mundo que envelhece".

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A ONU afirma que o envelhecimento demográfico é um fenômeno mundial

O relatório calcula que o número de pessoas com 65 anos ou mais em todo o mundo dobre
nas próximas três décadas. Serão 1,6 bilhão de pessoas em 2050, quando os idosos
representarão mais de 16% da população mundial.

"O Japão, há décadas, é o país demograficamente mais envelhecido do mundo, mas muitos
países da Europa, além de diversas nações da Ásia e das Américas, também detêm alto
percentual da sua população na faixa de 65 anos ou mais", destaca Bravo.

Nesta transição para sociedades mais envelhecidas, alguns países estão mais avançados do
que outros. A América Latina, segundo o relatório da ONU, encontra-se em uma fase
intermediária.

"A América Latina tem níveis de fecundidade e mortalidade próximos da média mundial",
afirma Bravo. "Por isso, o seu grau de envelhecimento, medido segundo a proporção de

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pessoas com 65 anos ou mais entre o total da população, é atualmente de 9,5%, muito
próximo da média mundial de 10%."

"Esta proporção se encontra em um nível intermediário entre os maiores índices do mundo


(mais de 20% no Japão, na Coreia do Sul e em muitos países europeus) e os menores níveis
da África subsaariana e partes da Ásia."

Como se preparar para o envelhecimento


Bravo destaca que, embora os países latino-americanos ainda estejam longe dos níveis de
envelhecimento do Japão, é preciso prever esta possibilidade.

Entre as medidas a serem adotadas, o especialista da ONU inclui as seguintes:

a) ampliar a base de contribuição dos sistemas de previdência social, ajustando a idade de


aposentadoria proporcionalmente ao aumento da expectativa de vida;

b) investir em melhorar as condições de saúde ao longo da vida, sem se concentrar apenas


em intervenções curativas;

c) ampliar as oportunidades de emprego para as mulheres, que ainda enfrentam


consideráveis desvantagens no mercado de trabalho em relação aos homens; e

d) implementar medidas para facilitar a compatibilidade entre o trabalho e a criação dos


filhos, com mais igualdade de gênero – ou seja, maior equilíbrio entre as mulheres e os
homens no trabalho, dentro e fora de casa.

Bravo cita os exemplos positivos de "países nórdicos e outros países europeus, que adotaram
políticas mais generosas de apoio aos pais para que eles possam equilibrar a vida familiar e
profissional."

Estas políticas, segundo ele, "incluem programas para facilitar o emprego, licenças-
maternidade e paternidade, horários de trabalho flexíveis, créditos fiscais e subsídios
substanciais para assistência às crianças."

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Com o envelhecimento da população, um dos maiores desafios para os países é cobrir o aumento dos
custos de assistência médica e previdência social

O especialista da ONU menciona particularmente o exemplo da reforma do sistema de


aposentadorias da Suécia.

Aquele país "introduziu, nos anos 1990, um sistema de distribuição de contas virtuais, no
qual as aposentadorias são concedidas proporcionalmente às contribuições individuais
realizadas durante a vida profissional, ajustadas ao nível de expectativa de vida de cada
grupo de aposentados".

A América Latina também enfrenta o desafio de combater a desigualdade entre as pessoas


desde o início da vida, para evitar o aprofundamento desse desequilíbrio, com muitas
pessoas idosas vivendo na pobreza.

Outro elemento importante, segundo Bravo, é a promoção da educação contínua.

"A educação ao longo da vida, desde a idade pré-escolar até a capacitação contínua durante
a vida profissional, é fundamental – especialmente nas sociedades modernas, caracterizadas
pelo envelhecimento demográfico progressivo e pelo rápido progresso técnico e científico,
que exige constante atualização de conhecimentos e habilidades, ao mesmo tempo em que
permite que muitas pessoas trabalhem até idade avançada", destaca o especialista da ONU.

"Entre os programas que tiveram certo grau de sucesso e podem ser de interesse geral, está,
em primeiro lugar, o programa de capacitação e formação profissional do Instituto Nacional
de Aprendizado da Costa Rica. Seu objetivo é melhorar as condições de trabalho de pessoas
de diferentes idades que procuram emprego, ou que já trabalham em diferentes setores da

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economia, compatibilizando essa formação com as necessidades das empresas de produção


e de serviços."

Encargos e oportunidades
O relatório das Nações Unidas indica que o envelhecimento da população não é apenas um
desafio, mas também uma oportunidade para o bem-estar pessoal e o desenvolvimento
socioeconômico.

Bravo ressalta que o envelhecimento demográfico é produzido por duas tendências


altamente positivas para a humanidade. Uma delas é a melhoria das condições de saúde e
sobrevivência até idades cada vez mais avançadas; a outra é a ampliação do exercício dos
direitos reprodutivos, para que as pessoas possam decidir quando devem ser pais e quantos
filhos devem ter.

O especialista acrescenta que a fase intermediária do processo de envelhecimento, que


atravessam atualmente os países latino-americanos, pode durar várias décadas. E essa fase
produz os chamados "dividendos demográficos".

Em outras palavras, quando o número de pessoas jovens aumenta e a fecundidade se reduz,


o país pode se beneficiar desse aumento da população ativa em relação ao número de
pessoas com necessidade de assistência. E, nesta fase, é possível liberar recursos para
investimentos em capital físico ou humano.

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