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ENVELHECIMENTO

DEMOGRÁFICO EM
PORTUGAL

Bruna Martins nº28211


Jacinta Lagadouro nº 30015
Rita Parente nº28329

Unidade Curricular: Sociologia do Envelhecimento I


Docente: Patrícia Silva
1. Caracterização e reflexão crítica relativa ao envelhecimento
demográfico em Portugal.

Atualmente, a população idosa portuguesa é considerada uma das populações mais


envelhecidas da Europa. Este fenómeno tende a agravar-se nos próximos anos.
Nos dias de hoje, o envelhecimento da população portuguesa acontece devido ao
rápido crescimento do número dos muitos idosos, ao prolongamento da esperança de vida,
principalmente, nas idades mais avançadas, número de centenários a aumentar, uma maior
longevidade das mulheres (ou seja, mais mulheres idosas do que homens idosos), quebra
contínua da fecundidade, a baixa taxa de natalidade e de mortalidade, o aumento do índice
do envelhecimento, os movimentos migratórios, a modernização social e económica, a
melhoria das condições de vida e o acesso a cuidados de saúde
A escolaridade da população idosa (uma variável fundamental ao desenvolvimento
de competências) é baixa, sendo as mulheres as que têm uma escolarização mais baixa. O
ensino predominante é o 1º ciclo, onde os homens (56%) frequentaram mais do que as
mulheres (48%). O ensino superior foi frequentado por 5% por homens idosos e 4% das
mulheres idosas. Estas percentagens demonstram-nos que a população que neste
momento é idosa, nasceu por volta da década de 1940 ou em décadas anteriores, e que
foram pessoas que viveram os anos correspondentes à sua escolarização numa época em
que a escolha e/ou conciliação entre que a frequência da escola e o começar a trabalhar
era evidente, dado os baixos rendimentos baixos das famílias.
No que diz respeito, às novas tecnologias, os idosos têm pouco acesso à internet e
à utilização dos computadores. Esta situação acontece devido ao facto de não usarem, não
precisarem ou não saberem utilizar ambas as situações. O facto de não usarem novas
tecnologias, numa sociedade cada vez mais digital, pode acentuar a exclusão digital e
social.
Os rendimentos, na população idosa, são um fator primordial, visto que influencia a
capacidade de manutenção da autonomia, segurança e independência numa perspetiva de
qualidade de vida e bem-estar. O rendimento é, também, um aspeto importante na
caracterização de qualquer grupo social. Na classe etária das pessoas idosas, é frequente a
existência de baixos rendimentos e até mesmo de pobreza. A existência de capacidade
económica determina a oportunidade de acesso a melhor habitação, alimentação e
cuidados de saúde. Segundo a Organização Mundial de Saúde, as mais vulneráveis a esta
situação são as mulheres idosas que vivem sozinhas ou em zonas rurais.
No ano de 2011, o valor mínimo mensal das pensões de velhice e invalidez era de 246.36
euros e a pensão de sobrevivência era de 147.82 euros. Em 2020, estes valores foram
atualizados para 275.30 euros e 165.18 euros.
Nos contextos rurais, a condição socioeconómica tem tendência a ser desfavorável,
principalmente para a população com 80 e mais anos, dado que os rendimentos são ainda
mais baixos.

Densidade populacional

Densidade mais elevada da população, na faixa litoral, de Viana do Castelo à Península de


Setúbal, destaque para as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e maior parte dos
concelhos litorais do Algarve.

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Madeira: vertente sul com maior densidade populacional destaque para o concelho do
Funchal.
Açores: ilha de S. Miguel, conselhos de Lagoa e Ponta Delgada são as áreas de maior
densidade populacional.
A previsão é que o envelhecimento da população se agrave nos próximos anos e o índice
de envelhecimento será maior para as mulheres do que para os homens.

Imagem 2: Pirâmide etária de 1991 Imagem 3: Pirâmide etária de 2000

Fatores de envelhecimento:
● Descida da natalidade;
● Redução do nº de jovens;
● Diminuição do índice de fecundidade;
● Incapacidade de renovação das gerações;
● Aumento da esperança média de vida;
● Redução da mortalidade.

Esperança média de vida:

Imagem 5: Esperança média de vida


Fonte: PORDATA
Número médio de anos que um indivíduo pode esperar viver, se forem mantidas constantes
as taxas de mortalidade observadas no momento.
A esperança média de vida subiu para 77 anos os homens e 83 as mulheres.

Onde vivem os idosos?

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Existem uma percentagem mais elevada nos concelhos do interior, ou seja, existe mais
população idosa nos contextos rurais do que nos contextos urbanos.
Motivos:
● Efeito atrativo das dinâmicas económicas e imobiliárias;
● Níveis de natalidade e fecundidade mais elevados do que nos contextos rurais.
Com quem vivem os idosos?

A maioria das pessoas idosas vivem sozinhas ou exclusivamente com outras pessoas com
65 ou mais anos. Localizam-se, principalmente, nas regiões com elevados índices de
envelhecimento do interior (Vila Velha de Ródão, Alcoutim, Idanha-a-Nova, Gavião e
Penamacor)
O que se tem vindo a acentuar, acompanhando a evolução do processo de envelhecimento
populacional.
Viver em instituições é uma solução para os problemas de isolamento.

Quem cuida?

Principalmente as redes informais, compostas por familiares, vizinhos e amigos, situação


visível nas zonas do interior rural. E tem uma importância fundamental para a manutenção
da autonomia, saúde mental e satisfação com a vida

Índice de envelhecimento:

Relação entre o número de idosos e a população jovem numa certa região.

Anos Índice de envelhecimento

1960 27,3

1970 34,0

1981 44,9

1991 68,1

2001 102.2

2011 127,8

2021 Pro 182,1

2. Determinante Social:

As redes sociais são consideradas um importante fator determinante da qualidade de vida


dos idosos.

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● “As redes sociais são consideradas um importante fator determinante da qualidade de vida
(QV) das pessoas idosas, designadamente por lhes permitir lidar com ambientes
estressantes ou experiências de vida difíceis.” (Gouveia et al., 2016)
● As redes sociais possibilitam aos idosos com problemas de saúde e rendimentos baixos
ultrapassar essas preocupações.

Características da rede social:


● A dimensão da rede social (número de pessoas na rede social);
● O tipo de relação que pode ser de amizade, familiar, vizinhança ou outros tipos de
relação;
● A proximidade geográfica dos elementos da rede social;
● A proximidade emocional.

As redes de amigos contribuem mais do que as redes familiares para a qualidade de vida
dos idosos.

Bibliografia:
Correia, J. Martins (2003) “Introdução à Gerontologia”
Moreira, M. J. G. (2020) “Como envelhecem os portugueses”
https://www.scielo.br/j/rbgg/a/57zjtn34vHhLRPDd8wz8jxH/?lang=pt
https://www.pordata.pt/portugal/indicadores+de+envelhecimento+segundo+os+censos-525

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