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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL

INSTITUTO DE QUÍMICA

ENGENHARIA QUÍMICA

PROJETO DE DESTILAÇÃO

Corpo Técnico

Engenheiro responsável (CREA): Getúlio Willms Passos (2020.2304.001-6)

Técnico em química (CRQ): Laura Vitória Cairan Werner (2020.2304.013-0)

Técnico em química (CRQ): Kátia Gualberto Corrêa (2020.2304.019-9)

Técnico em química (CRQ): Fernando Lemos Alves (2020.2304.024-5)

Empresa de consultoria: FGKL – Consultoria

Operações Unitárias III

Professora: Dra. Patrícia Cristina de Araújo Puglia de Carvalho

Mato Grosso do Sul

23/09/2023
Índice Geral
1
.Processo Industrial e Objetivos do Projeto.................................................................................5

1.1 Etapas do Processo............................................................................................................5

1.2 Objetivo do Projeto...............................................................................................................5

2. Introduçã o e Aspectos Teó ricos da Destilaçã o.........................................................................6

2.1 Balanços de Massa e Energia.................................................................................................8

2.2 Reta Operató ria de Retificaçã o..............................................................................................8

2.3 Reta Operató ria de Esgotamento...........................................................................................9

2.4 Reta Operató ria de Alimentaçã o............................................................................................9

3. FGKL Consultoria..................................................................................................................10

4.1 Projeto de Destilaçã o..........................................................................................................10

4.1 Projeto da Coluna de Destilaçã o Fracionada 1.....................................................................10

4.1.2 Equaçõ es de Projeto Utilizando o Método FUG para a Coluna 1.........................................11

4.1.3 Dimensionamento da Coluna 1.........................................................................................13

4.2 Estudo Completo do Equilíbrio de Fases (ELV) do Sistema para a Destilaçã o da Coluna 2....15

4.2.1 Dimensionamento da Coluna 2 de Destilaçã o....................................................................18

4.3 Estudo Completo do Equilíbrio de Fases (ELV) do Sistema para a Destilaçã o da Coluna 3....22

4.4 Soluçã o Alternativa para a Destilaçã o entre Benzeno e Acetonitrila.....................................25

4.5 Estudo Completo do Equilíbrio de Fases (ELV) do Sistema para a Destilaçã o da Coluna 5....27

4.5.1 Dimensionamento da Coluna 5 de Destilaçã o....................................................................28

5. Projeto de uma Coluna de Destilaçã o.....................................................................................32

5.1 Materiais Possíveis para uma Coluna de Destilaçã o.............................................................32

5.2 Equipamentos Imprescindíveis para o Funcionamento da Coluna de Destilaçã o..................33

5.3 Dimensionamento da Coluna 5 de Destilaçã o – Método Proposto por Towler......................34

5.3.1 Diâ metro.........................................................................................................................34

5.3.2 Á rea dos Pratos................................................................................................................35

6. Parecer Técnico Conclusivo..................................................................................................37

7. Referências..........................................................................................................................37

ANEXO.....................................................................................................................................38
Índice de Figuras, Tabelas e Gráficos

Figura 1 - Fluxograma do Processo Industrial..........................................................................5

Figura 2 - Representação da coluna de destilação .................................................................6

Figura 3 - Exemplo de Formação de Azeótropo em Mistura Binária .......................................8

Figura 4 - Retas Operatórias da Coluna de Destilação ...........................................................9

Figura 5 - Logomarca da Empresa FGKL Consultoria ...........................................................10

Figura 6 - Destilação Extrativa com DMSO ...........................................................................26

Figura 7 - Novo Fluxograma do Processo Industrial ..............................................................27

Figura 8 - Diagrama para determinação de K 1.......................................................................34

Figura 9 - Diagrama para determinação de K2........................................................................36

Tabela 1 - Dados da Corrente de Alimentação da Entrada da Coluna de Destilação ...........11

Tabela 2 - Dados do Dimensionamento da Situação 1..........................................................13

Tabela 3 - Número de Andares de Equilíbrio e Prato de Alimentação da Situação 1............13

Tabela 4 - Dados do Dimensionamento da Situação 2....................................................13

Tabela 5 - Número de Andares de Equilíbrio e Prato de Alimentação da Situação 2............14

Tabela 6 - Dados do Dimensionamento da Situação 3..........................................................14

Tabela 7 - Número de Andares de Equilíbrio e Prato de Alimentação da Situação 3............14

Tabela 8 - Dados de equilíbrio- composição do sistema binário benzeno (C) /tolueno (A)....15

Tabela 9 - Constantes da Equação de Antoine .....................................................................16

Tabela 10 - Dados de ELV Benzeno(C)/Tolueno(A)...............................................................16

Tabela 11 - Dados ..................................................................................................................18

Tabela 12 - Valores Obtidos pelo Balanço de Massa para Resíduo de 8%...........................18

Tabela 13 - Valores Obtidos pelo Balanço de Massa para Resíduo de 10%.........................20

Tabela 14 - Valores Obtidos pelo Balanço de Massa para Resíduo de 2%...........................21

Tabela 15 - Dados da composição do benzeno (composto mais volátil) para destilação .....22

Tabela 16 - Constantes da Equação de Antoine ...................................................................23

Tabela 17 - Variáveis Importantes .........................................................................................23

Tabela 18 - Dados de equilíbrio-composição do sistema binário Metil-etil-cetona(D)/Tolueno(A).....27


Tabela 19 - Dados ..................................................................................................................28

Tabela 20 - Valores Obtidos pelo Balanço de Massa para Resíduo de 8%...........................29

Tabela 21 - Valores Obtidos pelo Balanço de Massa para Resíduo de 10%.........................30

Tabela 22 - Valores Obtidos pelo Balanço de Massa para Resíduo de 2%...........................31

Tabela 23 - Dados para o Dimensionamento da Coluna .................................................35

Tabela 24 - Dimensionamento da coluna de destilação ........................................................37

Gráfico 1 - Temperatura vs yC, xC ...........................................................................................17

Gráfico 2 - yC vs xC .................................................................................................................17

Gráfico 3 - yC vs xC (R = 1,5 e q = 1,0)....................................................................................19

Gráfico 4 - yC vs xC (R = 2 e q = 1,0).......................................................................................20

Gráfico 5 - yC vs xC (R = 2,5 e q = 1,0)....................................................................................21

Gráfico 6 - Pressão vs yC, xC ...............................................................................................24

Gráfico 7 - Temperatura vs xC, yC ...........................................................................................24

Gráfico 8 - yC vs xC .................................................................................................................25

Gráfico 9 - Pressão vs xD, yD,ideal, yD,experimental .......................................................................27

Gráfico 10 - yD,experimental vs xD ................................................................................................28

Gráfico 11 - yC vs xC (R = 2,0 e q = 1,0)..................................................................................30

Gráfico 12 - yC vs xC (R = 2,0 e q = 1,0)..................................................................................30

Gráfico 13 - yC vs xC (R = 2 e q = 1,0).....................................................................................31
5

1. Processo Industrial e Objetivos do Projeto


1.1 Etapas do Processo
O processo conduzido na Unidade de Processamento Químico em uma
indústria localizada no município de Macaé, Rio de Janeiro, consiste na separação,
via processo de destilação, de uma mistura de benzeno, tolueno e cumeno, produtos
de um reator de leito fluidizado (reator 1), obtendo-se (na coluna de destilação 1)
uma mistura de benzeno e tolueno como destilado e cumeno como resíduo.
A mistura de benzeno e tolueno segue também para uma coluna de
destilação (coluna de destilação 2), donde obtém-se o benzeno como destilado e o
tolueno como resíduo. A corrente de destilado do benzeno encontra uma corrente de
acetonitrila, que passam por um misturador e seguem para a coluna de destilação 3,
que tem como produto de destilação a acetonitrila e o benzeno como resíduo.
Semelhante ao benzeno, o tolueno encontra uma corrente de metil-etil-cetona
(MEC), que passam por um misturador e seguem para a coluna de destilação 4, que
tem como produto de destilação a MEC e o tolueno como resíduo. A corrente de
MEC segue então para um reator de leito fixo (reator 2). O processo está descrito na
figura 1:
Figura 1 – Fluxograma do Processo Industrial

Fonte: Autor (2023).

1.2 Objetivo do Projeto


O objetivo do projeto é fazer uma análise do processo industrial, descrevendo
as colunas de destilação e verificando a viabilidade e efetividade do processo em
6

vigor. Busca-se também encontrar as melhores condições de operação para as


colunas de destilação e otimizações para o processo.

2. Introdução e Aspectos Teóricos da Destilação


A destilação é uma operação unitária frequentemente utilizada para separar
ou purificar misturas líquidas com volatilidades diferentes. Essa operação envolve
processos com transferência de massa e energia no sistema (AZEVEDO E ALVES,
2017). O mecanismo da destilação se baseia na separação líquido-vapor, em que ao
fornecer calor a uma mistura líquida e promover a sua vaporização parcial, obtém-se
duas fases, uma líquida e outra de vapor, que têm composições diferentes.
A diferença de composição das duas fases resulta da diferença de
volatilidades dos vários componentes da mistura líquida inicial. Quanto maior for
essa diferença entre as volatilidades (isto é, quanto mais diferente da unidade forem
as volatilidades relativas) maior será a diferença de composição entre a fase líquida
e vapor e, como tal, mais fácil será a separação por destilação.
Segundo Tadini (2017), na destilação contínua existe a circulação na coluna
entre o líquido e o vapor, sendo o vapor e o compostos mais voláteis obtidos no topo
da coluna (destilado), e o líquido e os compostos menos voláteis obtidos no fundo da
coluna (resíduo), conforme apresenta a figura 2.
No esquema geral, a destilação é classificada como um processo eficiente
para separação de diversos componentes. Consequentemente, possui aplicações
industriais variadas, como processo na indústria petroquímica, química e biológica.

Figura 2 - Representação da coluna de destilação

Fonte: NASCIMENTO (2013).


7

O mecanismo envolvido na operação é baseado no princípio de equilíbrio


líquido/vapor (NASCIMENTO, 2013), sendo observado a coexistência das duas
fases, líquido e vapor. Para que isso ocorra é necessário ter as condições de
equilíbrio térmico, mecânico e termodinâmico, ou seja a pressão do vapor ( PV ) deve
ser igual a pressão do líquido ( P L), além de ser semelhante para temperatura, e
principalmente os potenciais químicos iguais para todos os componentes da mistura.
Segundo Tadini (2017), a solução para o sistema é dada igualando a pressão
parcial do sistema pela sua pressão de saturação, multiplicada pela fração molar do
componente analisado. Para utilização da Lei de Raoult (1), é necessário o
conhecimento das pressões de saturação, tanto para líquido e vapor, além de alguns
coeficientes para seu cálculo. São eles:
sat
y i P=Pi=x i ⋅P i (1)

sat B
ln (Pi )= A− (2)
T +C
Na equação de Antoine (2), T é a temperatura da mistura em Kelvin, e A, B e
C são constantes tabelas para cada componente da mistura. Já para misturas reais,
ou seja, a partir do momento em que há a fuga da idealidade, devem ser adotados
modelos de soluções que originam coeficientes de atividades, para que os mesmos
corrijam os desvios da idealidade.
Alguns desses modelos são: Van Laar, Margules, Wilson e UNIQUAC. A
equação de Margules fornece uma boa representação para muitas misturas líquidas
simples, ou seja, para misturas de moléculas similares em tamanho, forma e
natureza química, além de que considera o gás no modelo de gás ideal.
Para a maioria dos compostos há um desvio da idealidade positiva, ou seja,
as pressões observadas são maiores que as calculadas pela pressão de Raoult.
Para esses casos, usa-se a Lei de Raoult Modificada, que leva em conta os desvios
para as pressões de saturação:
sat
y 1 P=x 1 ⋅ γ 1 ⋅P 1 (3)
sat
y 2 P=x 2 ⋅ γ 2 ⋅ P2 (4)
sat sat
x 1 ⋅ γ 1 ⋅ P1 x 2 ⋅ γ 2 ⋅ P2
P= +
y1 y2
(5)

Ao considerar uma solução binária cujos componentes não são muito


diferentes em tamanho, têm-se:
8

ln γ 1=[ A 12+2 ⋅ ( A21− A 12) ⋅ x 1 ] ⋅ x2


2
(6)

ln γ 2=[ A 21+2 ⋅ ( A 12− A 21) ⋅ x 2 ] ⋅ x12 (7)

Logo, adotando ou não a idealidade do sistema, torna-se possível fazer a


modelagem da curva das frações dos componentes e posteriormente relacioná-las a
pressão e temperatura. No entanto, além das questões de idealidade, há situações
em que se torna impossível por meios convencionais de destilação separar os
componentes.
Numa situação em que é necessário a separação de uma mistura binária
cujos componentes possuem pontos de ebulição próximos, tem-se a formação de
uma mistura azeotrópica. Nesse caso, a pressão de vapor e do líquido se cruzam,
invertendo a curva de equilíbrio, conforme demonstra a figura 3. Como
consequência, a destilação é inviabilizada.
Figura 3 - Exemplo de Formação de Azeótropo em Mistura Binária

Fonte: Arquivo de Aula de ELV (2023).

2.1 Balanços de Massa e Energia


O balanço de massa global para o destilado em um processo contínuo,
segundo Azevedo e Alves (2017), considerando-se uma mistura binária e seguindo o
método de cálculo de McCabe-Thiele, é escrito de forma:
F=D+ B (8)

Assim, um balanço por componente fica:


F ⋅ x F=D ⋅ x D +B ⋅ x b (9)

2.2 Reta Operatória de Retificação


Considerando que xn seria a composição do líquido, e yn do vapor, têm-se
que:
y n +1 V =L x n + D x D (10)
9

ou
L D
y n +1= x n+ x D (11)
V V
Define-se a razão de refluxo como:
LR L
R= = (12)
D D
Assim é possível obter a equação para seção de retificação da coluna, sendo:
R xD
y= x+ (13)
R+1 R+1
Representando essa equação em um formato de reta, sua intersecção com a
reta x = y fornecerá o valor de xD.

2.3 Reta Operatória de Esgotamento


Esta reta operatória, conforme Azevedo e Alves (2017), relaciona a
composição do líquido de um prato com a composição de vapor que chega no prato
anterior. Partindo também do balanço mássico, tem-se:
x m L= y m+ 1 V + x W w (13)

ou
L W
y m +1= x m ×− xW (14)
V V
Com L=V +W , temos que a seção de esgotamento tem equação:
L W
y= x m ×− x W (15)
V V
A intersecção dessa reta com a reta x = y é o ponto xW.

2.4 Reta Operatória de Alimentação


Conforme Azevedo e Alves (2017), é definida pela relação entre os caudais
da seção de retificação e de esgotamento, dependendo do estado térmico da
corrente de alimentação. Por isso é necessário balanço entálpico e molar, na forma:
F h F + L h L +V hV =V hV + L h L (16)

Definindo uma grandeza adimensional definida pela razão entre o aumento da


caudal molar de líquido no prato de alimentação por mols da corrente de
alimentação, tem-se:
L−L
q= (17)
V
10

Em função disso, seu valor relaciona as retas de retificação com


esgotamento, e está relacionado com a divisão estágios para a coluna:
q zF
y= x− (18)
q−1 q−1
As retas operatórias de uma coluna de destilação são descritas na figura 4:
Figura 4 - Retas Operatórias da Coluna de Destilação

Fonte: AZEVEDO E ALVES (2017).

3. FGKL Consultoria
A empresa FGKL Consultoria, contratada para realizar o projeto de destilação
da unidade de processamento químico de uma indústria realizada no município de
Macaé, Rio de Janeiro, foi fundada no ano de 2022 por quatro alunos egressos da
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), um deles Engenheiro
Químico e os três demais Químicos Industriais. Sua fundação se deu no intuito de
contribuir com o setor industrial, sobretudo na área de modelagem, simulação e
otimização de processos.
Figura 5 - Logomarca da Empresa FGKL Consultoria

Fonte: Autor (2023).


4. Projeto de Destilação
4.1 Projeto da Coluna de Destilação Fracionada 1
Segundo Seader e Henley (2011), o método FUG é um método aproximado
para resolver esse tipo de projeto de destiladores para mistura de
11

multicomponentes. Entretanto, é um bom método para estudos paramétricos para


determinar condições ótimas de separação e é indicado para se ter uma ideia
preliminar do projeto, pois é semelhante à destilação binária.
O método aproximado de FUG se baseia nas seguintes hipóteses:
 Os caudais molares são constantes de prato para prato;
 As volatilidades relativas entre componentes, αAB, são constantes.
Conforme De Azevedo e Alves (2013), o componente mais volátil e que se
encontra tanto no destilado quanto no resíduo se designara por componente chave
leva (LK). O componente menos volátil, porém, que se encontra tanto no resíduo
quanto no destilado é designado por componente chave pesado (HK). E o
componente que é mais volátil que o chave leve é designado por o componente não
chave leve.
Há métodos aproximados para o cálculo de colunas de destilação
multicomponentes de utilização simples, como o método de Fenske-Underwood-
Gilliland, porém são muito utilizados para um projeto preliminar w para estabelecer
as relações entre os parâmetros de projeto, designadamente para a determinação
aproximada de (De Azevedo e Alves, 2013):
 Número de andares de equilibro;
 Razão de refluxo;
 Localização do prato da alimentação;
 Distribuição dos componentes pelas correntes de destilado e de resíduo.

4.1.2 Equações de projeto utilizando o método de FUG para a coluna 1


Na tabela 1 são fornecidas a vazão molar e as composições dos
componentes na entrada da coluna 1:
Tabela 1 – Dados da Corrente de Alimentação da Entrada da Coluna de Destilação
Vazão molar de Composição do Tolueno Composição do Cumeno Composição do
entrada (ZA,F) (ZB,F) Benzeno (ZC,F)
1000 mols/h 0,35 0,25 0,4
Fonte: Autor (2023).
O componente mais volátil e que se encontra tanto no destilado quanto no
resíduo é o tolueno, o qual se designara por A. O componente menos volátil, porém,
que se encontra tanto no resíduo quanto no destilado é cumeno, designado por B. E
o componente que é mais volátil que o chave leve é o benzeno, designado por C e
sendo o componente não chave leve.
12

De Azevedo e Alves (2013) apresenta uma metodologia para a obtenção do


número de andares ideais necessários para separar os componentes de uma
mistura multicomponente, que é apresentada abaixo.
A equação de Fenske permite calcular o número mínimo de andares de
equilibro, incluindo o ebulidor parcial, N mín, envolvendo o conhecimento das
composições de A (componente chave leve) e de B no destilado e no resíduo, e da
sua relatividade relativa, dada por:

[ ]
( FR A , dest )
/ ( 1−FRB , dest )
( 1−FR A , dest )
ln
( FRB , dest )
N mín =
ln ( αAB )
(19)

Aplica-se a equação de Fenske ao componente leve não chave e ao


componente chave pesado para determinar a fração de recuperação do componente
não chave, dada pela equação abaixo:
( αCB )Nmín
FRC , dest =
( FR A , dest ) Nmín
+ ( αCB )
( 1−FR A , dest )
(20)

Uma vez que as volatilidades relativas são aproximadamente constantes,


usa-se a equação de Underwood para se obter o θ e, logo, o Rmín.
N
α i , HK Z i , F α Z α Z α Z
∑ α i , HK −θ
=1−q= AB A , F + BB B ,F + CB C , F
α AB −θ α BB−θ α CB −θ
(21)
i=1

x C , D D=z C F∗FRC ,dest (22)

x A , D D=z A F∗FR A ,dest (23)

x B , D D=z B F∗FR B , dest (24)

α AB Z A , F α BB Z B , F α CB Z C , F
+ + =1+ Rmín (25)
α AB−θ α BB−θ α CB−θ
O refluxo operatório é obtido a partir do refluxo mínimo, aplicando um fator de
1,2:
Rop =1, 2∗R mín (26)

A correlação de Gilliland expressa o número de andares de equilibro, dada


por:

( )
0,5668
N −N mín R−R mín
=0 , 75−0 , 75 (27)
N +1 R+1
13

Para se obter a localização ótima do andar da alimentação, uma das


alternativas é utilizando a equação de Fenske, descrita abaixo:

N F , mín=
ln
[ ( x LK ) ( z LK )
/
( x HK ) dest ( z HK ) alim ] (28)
ln ( α LK , HK )

A equação (28) é adaptada para a determinação do valor de N F , mín da zona de


retificação, considerando as composições de quaisquer dois componentes,
normalmente utilizando os componentes chave, na alimentação e no destilado.
Admitindo que seja constante a localização relativa da alimentação a partir do
momento em que o refluxo total passa a ser um valor finito, a localização real da
alimentação é obtida por:
N F ,mín
N F=N (29)
N mín
4.1.3 Dimensionamento da Coluna 1
Para o cálculo do número de andares de equilíbrio, foram analisadas três
situações, as quais serão aplicadas as equações de projeto mostradas
anteriormente:
1) Recuperação do tolueno e cumeno de 95%;
2) Recuperação do tolueno e cumeno de 90%;
3) Recuperação do tolueno de 98% e recuperação do cumeno de 94%.
Para 1, a tabela 2 abaixo fornece os dados calculados para essa situação:
Tabela 2 – Dados do Dimensionamento da Situação 1
FRA,dest 0,95
FRB,res 0,95
Nmín de andares 4
Pratos Teó ricos 3
Taxa de recuperaçã o do benzeno (FRC,dest) 0,99
θ 2,31
Xc,d D (mols/h) 399,99
Xa,d D (mols/h) 332,5
Xb,d D (mols/h) 12,5
D (mols/h) 744,99
XA,D 0,44
XB,D 0,0168
XC,D 0,537
Rmín 0,54
14

Fonte: Autor (2023).


Variou-se a razão de refluxo (R) entre 1 e 2, observando-se que com o R =
1,8 obteve-se o melhor resultado, visto que se obteve a menor quantidade de
número de pratos de equilíbrio em uma razão de refluxo, dado sua questão
energética. Na tabela 3 abaixo estão explicitados os dados:
Tabela 3 – Número de Andares de Equilíbrio e Prato de Alimentação da Situação 1
R Nú mero de andares de equilíbrio Nú mero do prato de alimentaçã o
1,8 6 3
Fonte: Autor (2023).
Para as situações 2 e 3, realizou-se um procedimento semelhante. Para 2, a
tabela 4 e 5 fornecem os dados calculados para essa situação:
Tabela 4 – Dados do Dimensionamento da Situação 2
FRA,dest 0,90
FRB,res 0,90
Nmín de andares 3
Pratos Teó ricos 2
Taxa de recuperaçã o do benzeno (FRC,dest) 0,99
Θ 2,31
Xc,d D (mols/h) 399,9441
Xa,d D (mols/h) 315
Xb,d D (mols/h) 25
D (mols/h) 739,94
XA,D 0,425
XB,D 0,0338
XC,D 0,54
Rmín 0,49
Fonte: Autor (2023).
Tabela 5 - Número de Andares de Equilíbrio e Prato de Alimentação da Situação 2
R Nú mero de andares de equilíbrio Nú mero do prato de alimentaçã o
1,4 5 2
Fonte: Autor (2023).
Para 3, a tabela 6 e 7 fornecem os dados calculados para essa situação:
Tabela 6 – Dados do Dimensionamento da Situação 3
FRA,dest 0,98
FRB,res 0,94
Nmín de andares 5
15

Pratos Teó ricos 4


Taxa de recuperaçã o do benzeno (FRC,dest) 0,99
θ 2,31
Xc,d D (mols/h) 399,99
Xa,d D (mols/h) 343
Xb,d D (mols/h) 15
D (mols/h) 757,99
XA,D 0,45
XB,D 0,019
XC,D 0,527
Rmín 0,537
Fonte: Autor (2023).
Tabela 7 - Número de Andares de Equilíbrio e Prato de Alimentação da Situação 3
R Nú mero de andares de equilíbrio Nú mero do prato de alimentaçã o
1,6 7 3
Fonte: Autor (2023).
Logo, das três situações expostas, analisou-se e avaliou-se que a situação 3
seria a mais adequada para o processo de destilação, uma vez que a relação entre
o número de andares de equilibro nas três situações não apresentou diferenças
significativas.
Portanto, na situação 3, em que o número de andares de equilibro foram 7,
não irá impactar economicamente o projeto em relação as demais. Além de que há
relativamente mais resíduo de cumeno e destilado de tolueno na coluna,
recuperando mais solvente, e obteve-se uma das menores razões de reciclo.

4.2 Estudo Completo do Equilíbrio de Fases (ELV) do Sistema para Destilação


da Coluna 2
Nas tabelas 8 e 9, os dados foram fornecidos para serem relacionados em
gráficos para modelar as curvas termodinâmicas e para a realização do estudo do
equilíbrio líquido-vapor (ELV) do sistema benzeno (C)/Tolueno(A):
Tabela 8 – Dados de equilíbrio- composição do sistema binário benzeno (C) /tolueno (A)
xC yC
0 0
0,03 0,13
0,07 0,21
16

0,11 0,28
0,22 0,46
0,3 0,56
0,4 0,64
0,45 0,68
0,5 0,71
0,54 0,75
0,62 0,81
0,66 0,83
0,7 0,85
0,74 0,88
0,78 0,9
0,82 0,92
0,94 0,98
1 1
Fonte: PUGLIA (2023).

Tabela 9 – Constantes da Equação de Antoine.


Substância A B C Faixa de
Temperatura ºC
Benzeno © 13,7819 2726,81 217,572 6-104°C
Tolueno (A) 13,932 3056,96 217,625 130- 136°C
Fonte: PUGLIA (2023)
Para o cálculo da temperatura a partir dos dados fornecidos é preciso seguir a
equação (30), em que T 1 é a temperatura de ebulição do benzeno e T 2 é a
temperatura de ebulição do tolueno.
T ( x )=T 1∗x 1 +T 2∗x 2 (30)

Portanto, obtém-se a equação 31:


T ( x )=80 ,1∗x 1+110 ,6∗x 2 (31)

Pode-se calcular x C e y C pelo balanço de massa, sabendo que x C + x A=1 e


y C + y A =1. Para o cálculo de P1sat (pressão de saturação do benzeno) e P 2sat (pressão
de saturação da acetonitrila) utiliza-se a equação (2) e as constantes da equação de
Antoine fornecidas na tabela 9. Para o cálculo de y C será utilizada a lei de Raoult (1),
e para a volatilidade relativa será usada a equação 32:
sat
P C
α = sat (32)
P A
17

A partir desses dados, monta-se a tabela 10:


Tabela 10 - Dados de ELV Benzeno(C)/Tolueno(A)
xC yC xA yA T°C PsatC (kPa) PsatA (kPa) α
0 0 1 1 110,6 231,285 101,331 2,282
0,03 0,13 0,97 0,87 109,685 225,798 98,726 2,287
0,07 0,21 0,93 0,79 108,465 218,643 95,336 2,293
0,11 0,28 0,89 0,72 107,245 211,668 92,038 2,300
0,22 0,46 0,78 0,54 103,89 193,390 83,431 2,318
0,3 0,56 0,7 0,44 101,45 180,901 77,580 2,332
0,4 0,64 0,6 0,36 98,4 166,199 70,728 2,350
0,45 0,68 0,55 0,32 96,875 159,213 67,487 2,359
0,5 0,71 0,5 0,29 95,35 152,464 64,365 2,369
0,54 0,75 0,46 0,25 94,13 147,230 61,951 2,377
0,62 0,81 0,38 0,19 91,69 137,193 57,340 2,393
0,66 0,83 0,34 0,17 90,47 132,384 55,139 2,401
0,7 0,85 0,3 0,15 89,25 127,710 53,007 2,409
0,74 0,88 0,26 0,12 88,03 123,170 50,941 2,418
0,78 0,9 0,22 0,1 86,81 118,760 48,939 2,427
0,82 0,92 0,18 0,08 85,59 114,478 47,001 2,436
0,94 0,98 0,06 0,02 81,93 102,369 41,554 2,464
1 1 0 0 80,1 96,714 39,028 2,478
Fonte: Autor (2023).
A partir da tabela 10, pode-se então montar o gráfico 1:
Gráfico 1 – Temperatura vs yC, xC

115

110
Curva de Orvalho
105
Temperatura (°C)

V
100

95 Curva de Bolha L+V


90
L
85

80
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
Composição

x y

Fonte: Autor (2023).


18

Analisando o gráfico 1, pode-se observar que a curva superior, representada


por uma linha descontínua, indica a curva de orvalho do sistema. Isso significa que
quando a fração de C está nessa curva, ocorrerá a formação de vapor
superaquecido de C, que é o benzeno. Por outro lado, a curva inferior, representada
por uma linha contínua, representa o ponto de bolha, em que valores nessa curva
para uma fração de C resultarão em líquido subresfriado de C. Portanto, a região de
equilíbrio líquido-vapor do sistema está localizada entre essas duas curvas e a
temperatura de operação da coluna 2 deve seguir essa faixa desse equilíbrio.
Com os dados da tabela 10, é possível montar o gráfico 2:
Gráfico 2 – yC vs xC
1
0.9
0.8
0.7
0.6
0.5
y

0.4
0.3
0.2
0.1
0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
x

Fonte: Autor (2023).


De acordo com Tadini (2016), a destilação contínua de uma mistura binária se
baseia na diferença de volatilidade dos componentes, ou seja, quando se fornece
calor para a mistura líquida, uma fase vapor será formada (componente mais volátil)
e será estabelecido um equilíbrio entre as fases líquido (L) e vapor (V) sendo que
suas composições serão diferentes, atingindo, assim, um certo grau de separação.
Então, se sucessivas evaporações e condensações forem realizadas tornará
possível a separação dos componentes. Portanto, quanto maior for a diferença de
volatilidade melhor será a separação. Nesse sentido, quanto maior a volatilidade
relativa do componente mais volátil, aumenta-se a concentração de vapor
relativamente à do líquido que o originou, portanto, a curva de equilíbrio de afasta da
reta auxiliar x = y.

4.2.1 Dimensionamento da Coluna 2 de Destilação


Tabela 11 – Dados
19

Fraçã o molar de (A) na alimentaçã o: Zf = 0,5


Corrente de alimentaçã o: F = 743 mol/h
Vazã o de produto de fundo: L = 270 mol/h
Fraçã o molar do produto de fundo: Xw = 0,08
Fonte: Autor (2023).
Realizando o balanço de massa como apresentado na equação 8, tem-se que
a vazão de produto do topo (vapor) é D = 473 mol/h. E considerando a perda de
bezeno de 8% no fundo da coluna (líquido) na equação 9, temos a fração molar de
benzeno no destilado de 80%.
Portanto, obtém-se os seguintes valores, apresentados na tabela 12:
Tabela 12 – Valores Obtidos pelo Balanço de Massa para Resíduo de 8%
Fração molar de (C) na alimentação: ZF,C= 0,53
Corrente de alimentação: F = 743 mol/h
Vazão de produto de fundo: L = 270 mol/h
Vazão de produto de topo: D=473mol/h
Fração molar do produto de fundo: xw = 0,08
Fração molar de destilado xD = 0,80
Fonte: AUTOR (2023).
Portanto, para o cálculo do número de pratos teóricos, serão analisadas
quatro situações de R (razão de refluxo):
I) R = 0,8
II) R = 1,5
III) R = 2,0
IV) R = 2,5
E serão analisadas seis situações de condições de variações de q:
I) q = 0
II) q = 0,5
III) q = 0,9
IV) q = 1
V) q = 1,1
V) q = 1,6
Após a verificação e comparação das tabelas englobando todas as situações
acima, a situação R = 1,5 e q = 1 foi considerada adequada para o processo. Essa
situação apresenta um Rmín = 0,25. A equação da reta de retificação será
20

y=0 ,6 x +0,267 e a equação da reta de alimentação será y=0 ,53 , como mostrado no
gráfico 3:
Gráfico 3 - yC vs xC (R = 1,5 e q = 1,0)
1

0.9

0.8

0.7

0.6

0.5
yA

0.4

0.3

0.2

0.1

0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1

xA

Fonte: Autor (2023).


Dessa forma, nessa condição, observa-se um número de cinco andares de
equilíbrio: quatro prato teóricos e um ebulidor parcial. Essa foi a condição escolhida,
pois é a que apresenta menor número de pratos teóricos juntamente com a menor
fração de refluxo, visto a sua questão econômica.
Analisou-se também as condições para quando o xw = 0,10 e 0,02. O balanço
de massa está descrito na tabela 13 e 14:
Tabela 13 – Valores Obtidos pelo Balanço de Massa para Resíduo de 10%
Fraçã o molar de (C) na alimentaçã o: ZF,C= 0,53
Corrente de alimentaçã o: F = 743 mol/h
Vazã o de produto de fundo: L = 278 mol/h
Vazã o de produto de topo: D=465mol/h
Fraçã o molar do produto de fundo: xw = 0,10
Fraçã o molar de destilado: xD = 0,80
Fonte: Autor (2023).
Após a verificação e comparação das tabelas englobando todas as situações
acima, a situação R = 2 e q = 1,0 foi considerada adequada para o processo. A
equação da reta de retificação será y=0,667 x+ 02667 e a equação da reta de
alimentação será y=0 ,50 , como mostrado no gráfico 4:
21

Gráfico 4 - yC vs xC (R = 2 e q = 1,0)
1

0.9

0.8

0.7

0.6

0.5
yA

0.4

0.3

0.2

0.1

0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1

xA

Fonte: Autor (2023).


Dessa forma, nessa condição, observa-se um número de cinco andares de
equilíbrio, sendo o último o ebulidor parcial, e quatro pratos. Essa foi a condição
escolhida pois é a que apresenta menor número de pratos teóricos juntamente com
a menor fração de refluxo, visto a sua questão econômica.
Tabela 14 – Valores Obtidos pelo Balanço de Massa para Resíduo de 2%
Fraçã o molar de (C) na alimentaçã o: ZF,C= 0,53
Corrente de alimentaçã o: F = 743 mol/h
Vazã o de produto de fundo: L = 249 mol/h
Vazã o de produto de topo: D=494 mol/h
Fraçã o molar do produto de fundo: xw = 0,02
Fraçã o molar de destilado: xD = 0,80
Fonte: Autor (2023).
Após a verificação e comparação das tabelas englobando todas as situações
acima, a situação R = 2,5 e q = 1,0 foi considerada adequada para o processo. A
equação da reta de retificação será y=0 ,71 x+ 0,228 e a equação da reta de
alimentação será y=0 ,50 , como mostrado no gráfico 5:
Gráfico 5 - yC vs xC (R = 2,5 e q = 1,0)
22

0.9

0.8

0.7

0.6

0.5
yA

0.4

0.3

0.2

0.1

0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1

xA

Fonte: Autor (2023).


Dessa forma, nessa condição, observa-se um número de cinco andares de
equilíbrio: sendo o último o ebulidor parcial, e quatro pratos teóricos. Essa foi a
condição escolhida pois é a que apresenta menor número de pratos teóricos
juntamente com a menor fração de refluxo, visto a sua questão econômica.

4.3 Estudo Completo do Equilíbrio de Fases (ELV) do Sistema para Coluna 3


Nas tabelas 15 e 16, os dados foram fornecidos para serem relacionados em
gráficos para modelar as curvas termodinâmicas e para a realização do estudo do
equilíbrio líquido-vapor (ELV) do sistema benzeno (C)/acetonitrila (E).
Tabela 15 – Dados da composição do benzeno (composto mais volátil) para destilação.
Pressão/kPa xC yC
29,819 1 1
31,957 0,9545 0,8944
33,553 0,906 0,8182
35,285 0,8171 0,7217
36,457 0,7091 0,6393
36,996 0,602 0,5726
37,068 0,4931 0,5115
36,978 0,4542 0,4902
36,778 0,4054 0,4625
35,792 0,2794 0,3843
23

34,372 0,1855 0,3087


32,331 0,11 0,2131
30,038 0,0427 0,1084
27,778 0 0
Fonte: PUGLIA (2023).
Tabela 16 - Constantes da Equação de Antoine.
Substância A B C Faixa de Temperatura ºC
Benzeno (C) 13,7819 2726,81 217,572 6-104°C
Acetonitrila (E) 14,895 3413,1 250,523 -27 – 81°C
Fonte: PUGLIA (2023).
Na literatura, não há a correção à não idealidade da fase líquida através do
coeficiente de atividade de cada componente da mistura, gi.
Para o cálculo da temperatura a partir dos dados fornecidos é preciso seguir a
equação (30), em que T1 é a temperatura de ebulição do benzeno e T 2 é a
temperatura de ebulição da acetonitrila. Portanto, obtém-se a equação 33:
T ( x )=80 ,1∗x 1+82∗( 1−x 1 ) (33)

Para o cálculo de P1sat (pressão de saturação do benzeno) e P 2sat (pressão de


saturação da acetonitrila) utiliza-se a equação (2) e as constantes da equação de
Antoine fornecidas na tabela 16. Para o cálculo de y 1 será utilizada a lei de Raoult
(1), e para a volatilidade relativa será usada a equação 32. A partir disso, foi possível
obter a tabela 17:
Tabela 17 - Variáveis Importantes
Pressão/
kPa xC yC xE yE T (°C) PsatC (kPa) PsatE (kPa) α
29,819 1 1 0 0 80,1 101,6411251 96,714346 1,050942
31,957 0,9545 0,8944 0,0455 0,1056 80,18645 101,9118105 96,97569 1,050901
33,553 0,906 0,8182 0,094 0,1818 80,2786 102,2009634 97,254891 1,050857
35,285 0,8171 0,7217 0,1829 0,2783 80,44751 102,7326421 97,768346 1,050776
36,457 0,7091 0,6393 0,2909 0,3607 80,65271 103,3814561 98,395054 1,050677
36,996 0,602 0,5726 0,398 0,4274 80,8562 104,0280203 99,019733 1,050579
37,068 0,4931 0,5115 0,5069 0,4885 81,06311 104,6886854 99,658183 1,050478
36,978 0,4542 0,4902 0,5458 0,5098 81,13702 104,9254732 99,887045 1,050441
36,778 0,4054 0,4625 0,5946 0,5375 81,22974 105,2231144 100,17475 1,050396
35,792 0,2794 0,3843 0,7206 0,6157 81,46914 105,9946634 100,92069 1,050277
34,372 0,1855 0,3087 0,8145 0,6913 81,64755 106,5725177 101,47949 1,050188
32,331 0,11 0,2131 0,89 0,7869 81,791 107,0389205 101,9306 1,050116
30,038 0,0427 0,1084 0,9573 0,8916 81,91887 107,4560091 102,33407 1,050051
24

27,778 0 0 1 1 82 107,7212972 102,59073 1,05001


Fonte: Autor (2023).

Os gráficos 6, 7 e 8 são relacionados aos dados experimentais, para observar


as regiões de líquido-vapor, intervalo de pressão e temperatura de operação:
Gráfico 6 – Pressão vs yC, xC
38
37 Curva de bolha
36
35
L
Pressão (KPa)

34 L+V
V
33
32
31
30 Curva de orvalho
29
28
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
Composição)

x y

Fonte: Autor (2023).


Ao fazer uma análise sobre o gráfico 6, nota-se que a curva de cima, linha
contínua, é o ponto de bolha do sistema, no qual valores acima destes para uma
dada fração de C ocasionará líquido subresfriado de C, benzeno. Já curva de baixo,
linha pontilhada, é o ponto de orvalho, valores abaixo dos mesmos para uma fração
de C gerará vapor superaquecido de C, benzeno.
Dessa maneira, a região de líquido-vapor do sistema se encontra entre as
duas curvas, e para se manter assim a pressão para uma dada fração deve ser
menor que o corresponde na curva de bolha e maior que na curva de orvalho. Nota-
se que em uma pressão de 37 kPa as curvas de x e y se encontram, formando ali
uma azeótropo, no qual para valores maiores iguais ou maiores de pressão se torna
impossível, por meios convencionais de destilação, destilar.
Gráfico 7 - Temperatura vs xC, yC
25

82.5

82
Curva de orvalho
81.5 V
L+V
81
Curva de bolha

T °C
80.5 L
80

79.5

79
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
xC, yC

experimental xC experimental yC

Fonte: Autor (2023).


Gráfico 8 – yC vs xC
1
0.9
0.8
0.7
0.6
0.5
yC

0.4
0.3
0.2
0.1
0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
xC

Fonte: Autor (2023).


Ao analisar o gráfico das composições de y em função de x, nota-se que há
um encontro na curva das composições, no ponto 0,529, ou seja, nessa
composição, as frações de líquido e vapor são iguais, caracterizando um azeótropo,
e, dessa maneira, não há como por meio do tipo de destilação proposto adquirir um
destilado com grau de pureza maior que 0,529.

4.4 Solução Alternativa para a Destilação entre Benzeno e Acetonitrila


As misturas azeotrópicas apresentam grandes desvios à idealidade e, como
visto, a destilação é um método de separação baseado na diferença de volatilidade
que estão relacionadas com as diferenças entre as pressões de vapor dos
componentes a separar. Quanto maior for essa diferença, mais fácil é separar os
26

componentes da mistura. Observando a tabela 18 quanto a volatilidade relativa (α),


percebe-se que estas não apresentam grandes variações com a pressão (P), logo a
separação completa entre o benzeno e a acetonitrila requer um método de
separação adicional.
Para isso, a destilação extrativa destina-se a separar misturas azeotrópicas
ou misturas cujos pontos de ebulição sejam semelhantes, tirando partido de
diferença química relevantes entre esses componentes. É adicionado a mistura um
solvente com ponto de ebulição de modo a alterar as volatilidades relativas dos
componentes da mistura.
Segundo Shengkai Yang et al. (2013), de todos os solventes candidatos
utilizados para a separação da mistura de azeótropo de benzeno e acetonitrila, o
DMSO não leva a mais azeótropos no sistema e apresenta maior volatilidade relativa
(2,139), ele é escolhido como arrastador na simulação. Este grande parente à
volatilidade é útil para obter uma sequência de separação econômica.
Segundo Shengkai Yang et. al. (2013), os resultados da simulação no
software Aspen Plus, utilizando o modelo de Wilson para prever o equilíbrio líquido
vapor, mostraram que a adição de DMSO na mistura azeotrópica
benzeno/acetonitrila fez com que fosse possível separar quase 100% de destilado
de benzeno na primeira coluna e na segunda coluna, a qual se destinam o DMSO e
a acetonitrila, foi possível separar 100% de acetonitrila na parte de destilado e o
DMSO, com 100% no resíduo, é reciclado para a primeira coluna novamente,
conforme figura 6.
Figura 6 – Destilação Extrativa com DMSO

Fonte: Autor (2023).


Portanto, após a solução alternativa de realizar uma solução extrativa, o
processo foi atualizado conforme a figura 7:
27

Figura 7 – Novo Fluxograma do Processo Industrial

Fonte: Autor (2023).


Para essa parte do processo, vale a ressalva de que embora o solvente
DMSO seja amplamente utilizado na indústria devido aos seus baixos preços, baixa
viscosidade, fácil operação, dentre outros, suas desvantagens consistem no seu uso
em altas proporções de solventes e não ser um solvente ecológico.

4.5 Estudo Completo do Equilíbrio de Fases (ELV) do Sistema para Coluna 5


Na tabela 18, os dados foram fornecidos para serem relacionados em gráficos
para modelar as curvas termodinâmicas e para a realização do estudo do equilíbrio
líquido-vapor (ELV) do sistema Metil-etil-cetona(D)/Tolueno(A):
Tabela 18 – Dados de equilíbrio-composição do sistema binário Metil-etil-cetona(D)/Tolueno(A)

Pideal (kPa) xD yD g1 g2 Pexperimental (kPa) yD,experimental


12,3 0 0 1,4506 1 12,3 0
15,51 0,0895 0,2716 1,3265 1,0041 15,5302 0,2758
18,61 0,1981 0,4565 1,2151 1,0188 18,7375 0,4636
21,63 0,3193 0,5934 1,1284 1,0453 21,756 0,5977
24,01 0,4232 0,6815 1,0776 1,0740 24,078 0,6835
25,92 0,5119 0,744 1,0472 1,1011 25,9588 0,7453
27,96 0,6096 0,805 1,0246 1,1320 27,9792 0,8057
30,12 0,7135 0,8639 1,0102 1,1636 30,1136 0,8638
31,75 0,7934 0,9048 1,0041 1,1851 31,7630 0,9051
34,15 0,9102 0,959 1,0004 1,2091 34,1993 0,9609
36,09 1 1 1 1,2189 36,09 1
Fonte: PUGLIA (2023).
A partir dos dados da tabela 18, montaram-se os gráficos 9 e 10:
Gráfico 9 – Pressão vs xD, yD,ideal, yD,experimental
28

38

34
Curva de Bolha
30
L
Pressão (kPa) 26

22 V+L
Curva de Orvalho
18
V
14

10
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
Composição

y ideal x y

Fonte: Autor (2023).


Analisando o gráfico 9, pode-se observar que a curva superior, representada
por uma linha contínua, indica a curva de bolha do sistema. Por outro lado, a curva
inferior, representada por duas linhas descontínuas (y ideal e yexperimental), representa a
curva de orvalho. Nota-se também que a fase vapor praticamente não foge da
idealidade. Portanto, a região de equilíbrio líquido-vapor do sistema está localizada
entre essas duas curvas e a temperatura de operação da coluna 2 deve seguir essa
faixa desse equilíbrio.
Gráfico 10 – yD,experimental vs xD
1
0.9
0.8
0.7
0.6
0.5
y

0.4
0.3
0.2
0.1
0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
x

Fonte: Autor (2023).


4.5.1 Dimensionamento da Coluna 5 de Destilação
Tabela 19 – Dados
29

Fraçã o molar de (D) na alimentaçã o: Zf = 0,5


Corrente de alimentaçã o: F = 600 mol/h
Vazã o de produto de fundo: L = 250 mol/h
Fraçã o molar do produto de fundo: Xw = 0,08
Fonte: Autor (2023).
Realizando o balanço de massa como apresentado na equação 8, tem-se que
a vazão de produto do topo (vapor) é D = 350 mol/h. E considerando a perda de
Tolueno de 8% no fundo da coluna (líquido) na equação 9, temos a fração molar de
MEC no destilado de 80%.
Portanto, obtém-se os seguintes valores, apresentados na tabela 20:
Tabela 20 – Valores Obtidos pelo Balanço de Massa para Resíduo de 8%
Fração molar de (D) na alimentação: ZF,D= 0,50
Corrente de alimentação: F = 600 mol/h
Vazão de produto de fundo: L = 250 mol/h
Vazão de produto de topo: D=350 mol/h
Fração molar do produto de fundo: xw = 0,08
Fração molar de destilado xD = 0,80
Fonte: AUTOR (2023).
Portanto, para o cálculo do número de pratos teóricos, serão analisadas
quatro situações de R (razão de refluxo):
I) R = 0,8
II) R = 1,5
III) R = 2,0
IV) R = 2,5
E serão analisadas seis situações de condições de variações de q:
I) q = 0
II) q = 0,5
III) q = 0,9
IV) q = 1
V) q = 1,1
V) q = 1,6
Após a verificação e comparação das tabelas englobando todas as situações
acima, a situação R = 2,0 e q = 1,0 foi considerada adequada para o processo. Essa
situação apresenta um Rmín = 0,25. A equação da reta de retificação será
30

y=0 ,67 x +0,267 e a equação da reta de alimentação será y=0 ,50 , como mostrado
no gráfico 11:
Gráfico 11 - yC vs xC (R = 2,0 e q = 1,0)
1
0.9
0.8
0.7
0.6
0.5
yA

0.4
0.3
0.2
0.1
0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
xA

Fonte: Autor (2023).


Dessa forma, nessa condição, observa-se um número de quatro andares de
equilíbrio: três prato teóricos e um ebulidor parcial. Essa foi a condição escolhida,
pois é a que apresenta menor número de pratos teóricos juntamente com a menor
fração de refluxo, visto a sua questão econômica.
Analisou-se também as condições para quando o xw = 0,10 e 0,02. O balanço
de massa está descrito na tabela 21 e 22:
Tabela 21 – Valores Obtidos pelo Balanço de Massa para Resíduo de 10%
Fraçã o molar de (C) na alimentaçã o: ZF,C= 0,50
Corrente de alimentaçã o: F = 600 mol/h
Vazã o de produto de fundo: L = 257 mol/h
Vazã o de produto de topo: D=343 mol/h
Fraçã o molar do produto de fundo: xw = 0,10
Fraçã o molar de destilado: xD = 0,80
Fonte: Autor (2023).
Após a verificação e comparação das tabelas englobando todas as situações
acima, a situação R = 2 e q = 1,0 foi considerada adequada para o processo. Essa
situação apresenta um Rmín = 0,25. A equação da reta de retificação será
y=0 ,67 x +0267 e a equação da reta de alimentação será y=0 ,50 , como mostrado
no gráfico 12:
Gráfico 12 - yC vs xC (R = 2 e q = 1,0).
31

1
0.9
0.8
0.7
0.6
0.5
yA 0.4
0.3
0.2
0.1
0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
xA

Fonte: Autor (2023).


Dessa forma, nessa condição, observa-se um número de quatro andares de
equilíbrio, sendo o último o ebulidor parcial, e três pratos. Essa foi a condição
escolhida pois é a que apresenta menor número de pratos teóricos juntamente com
a menor fração de refluxo, visto a sua questão econômica.
Tabela 22 – Valores Obtidos pelo Balanço de Massa para Resíduo de 2%
Fraçã o molar de (C) na alimentaçã o: ZF,C= 0,50
Corrente de alimentaçã o: F = 600 mol/h
Vazã o de produto de fundo: L = 231 mol/h
Vazã o de produto de topo: D=369 mol/h
Fraçã o molar do produto de fundo: xw = 0,02
Fraçã o molar de destilado: xD = 0,80
Fonte: Autor (2023).
Após a verificação e comparação das tabelas englobando todas as situações
acima, a situação R = 2 e q = 1,0 foi considerada adequada para o processo. Essa
situação apresenta um Rmín = 0,25. A equação da reta de retificação será
y=0 ,67 x +0,267 e a equação da reta de alimentação será y=0 ,50 , como mostrado
no gráfico 13:
Gráfico 13 - yC vs xC (R = 2 e q = 1,0).
32

1
0.9
0.8
0.7
0.6
0.5
yA 0.4
0.3
0.2
0.1
0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
xA

Fonte: AUTOR (2023)


Dessa forma, nessa condição, observa-se um número de seis andares de
equilíbrio: sendo o último o ebulidor parcial, e cinco pratos teóricos. Essa foi a
condição escolhida pois é a que apresenta menor número de pratos teóricos
juntamente com a menor fração de refluxo, visto a sua questão econômica.

5. Projeto de uma Coluna de Destilação


5.1 Materiais Possíveis para uma Coluna de Destilação
Uma coluna de destilação é composta de um tubo cilíndrico vertical, cujo
material utilizado em sua construção depende das substâncias a serem separadas,
da pressão e temperatura do processo. A coluna é planejada de modo a promover
maior contato e transferência de massa e calor entre as fases.
Para a separação do benzeno do tolueno, que são dois hidrocarbonetos
aromáticos com características químicas e de ebulição próximas, é comum usar
colunas de destilação com pratos ou recheios internos feitos de materiais que sejam
resistentes à corrosão e capazes de suportar as temperaturas envolvidas. O aço
inoxidável é um material comumente usado para essa aplicação, especialmente em
colunas de destilação de grande escala na indústria. O aço inoxidável oferece
resistência à corrosão e é capaz de suportar as condições químicas envolvidas na
destilação do benzeno e do tolueno.
Para a separação de benzeno e acetonitrila por destilação, pode-se usar
materiais de construção padrão, como aço inoxidável, vidro ou vidro revestido. A
diferença de pontos de ebulição entre o benzeno e a acetonitrila é relativamente
33

pequena, o que torna a destilação entre esses dois compostos uma operação
relativamente simples do ponto de vista de seleção de materiais.
Para a destilação de metil-etil-cetona (MEK) e tolueno, que são dois líquidos
com pontos de ebulição relativamente próximos (MEK em torno de 79°C e tolueno
em torno de 110°C), é importante considerar materiais de construção que possam
suportar as temperaturas e as características químicas envolvidas no processo. Os
materiais de construção comuns para colunas de destilação nesse caso incluem:
 Aço inoxidável: O aço inoxidável é uma escolha viável para a destilação de
MEK e tolueno, especialmente em aplicações industriais. No entanto, ele
deve ser de alta qualidade e resistente à corrosão, pois ambas as substâncias
podem ser corrosivas em determinadas condições.
 Vidro revestido: Em aplicações de laboratório ou em escala piloto, colunas de
destilação de vidro revestido podem ser usadas. O vidro revestido oferece
resistência química e permite a visualização direta do processo.
 Vidro borossilicato: O vidro borossilicato é outro material adequado para
colunas de destilação em escalas menores, oferecendo resistência térmica e
química suficiente para essa aplicação.
 Materiais cerâmicos: Em algumas situações, podem ser usados materiais
cerâmicos para colunas de destilação, especialmente se houver
preocupações significativas com a corrosão
Para a separação de acetronitrila (ACN) e dimetilsulfóxido (DMSO), que são
solventes orgânicos, o material mais comum para a coluna de destilação é aço
Inoxidável, pois é resistente à corrosão e durável. Logo, para o presente projeto, foi
escolhido o aço Inoxidável pois atende a todos o protudos

5.2 Equipamentos Imprescindíveis para o Funcionamento da Coluna de


Destilação
O processo de destilação em um casco vertical envolve vários componentes
essenciais:
1. Casco Vertical: O recipiente principal onde ocorre a destilação, com pratos
ou empacotamento para separação de componentes. O líquido entra no topo,
e o vapor sobe do fundo, permitindo a separação.
2. Internos da Coluna: Responsáveis por proporcionar área de contato entre
vapor e líquido para transferência de massa eficiente. Pratos, bandejas ou
empacotamento são projetados para maximizar essa transferência.
34

3. Refervedor (Reboiler): Fornece a energia térmica necessária para vaporizar


os componentes líquidos na parte inferior da coluna, impulsionando a
separação.
4. Condensador: Resfria o vapor da parte superior da coluna, condensando-o
de volta ao estado líquido, permitindo a coleta dos produtos destilados
separados.
5. Vaso de Refluxo (Drum): Armazena o líquido condensado reciclado de volta
à coluna, controlando o refluxo para melhorar a eficiência da separação.
Esses componentes operam em conjunto para realizar a destilação
fracionada, sendo essencial o projeto e dimensionamento adequados para garantir
uma separação eficaz e eficiente.

5.3 Dimensionamento da Coluna 5 de destilação - método proposto por Towler.


5.3.1 Diâmetro
A partir da realização o projeto da coluna de destilação, um requisito
essencial em engenharia consiste no dimensionamento de tal operação unitária.
Para o cálculo do diâmetro da coluna é preciso estimar a velocidade máxima de
inundação (uf), proposta por Fair (TOWLER, 2008), dada pela Equação:

u f =K 1∗
√ ρ L− ρv
ρv
(34)

K 1é constante, ρ L e ρ v são as massas especificas de líquido e vapor. Para


estimar a constante K 1 é preciso calcular o fator de fluxo de líquido-vapor (𝐹𝐿𝑉) pela
equação abaixo e obtê-la pela figura 8:

F LV =
Lw
Vw √
ρ
∗ v
ρL
(35)

Figura 8 - Diagrama para determinação de K 1.


35

Fonte: PUGLIA (2023).

A partir desses dados, consegue-se montar a tabela 23 com os dados que


serão utilizados no dimensionamento da coluna de destilação 5.
Tabela 23 - Dados para o Dimensionamento da Coluna

Vazã o do produto de topo V w =250 kmol /h

Vazã o de produto de fundo: LW =350 kmol/h

Massa específica tolueno: 3


ρl =867 kg /m ou 9,4 kmol/m3

Massa específica metil-etil-cetona 3


ρ L=2, 5 kg /m ou 0,03342 kmol/m3

Altura do vertedor (h¿ ¿ w)¿ h w =7 mm

Diâ metro dos orifícios (d ¿¿ h)¿ d h=2mm

Fonte: Autor (2023).


Conforme a metodologia apresentada por Alvares e Sousa (2013), obtém-se o
valor da área livre ativa ( An ) dividindo-se a vazão de vapor V w pelo produto entre a
massa específica do vapor e a velocidade de inundação (u v), conforme a seguinte
equação:
Vw
An = (36)
(ρv uv )
Segundo Gouvêa (1999), a área An pode ser obtida pela equação
considerando o fator FLV é descrito como uma margem de segurança do projeto.
Vw
An = (37)
(F LV ρv uv )
36

Considera-se u v sendo 85% do valor da velocidade máxima de inundação, u f ,


logo:
u v =0 , 85∗u f (38)

Por fim, estima-se a área transversal da coluna (Ac):


An
Ac = (39)
0 , 88
Com isso, calcula-se o diâmetro pela seguinte fórmula:

Dc =
√ 4∗A c
π
(40)

5.3.2 Área dos Pratos


Para calcularmos a área do vertedor ( Ad ¿ , a área a efetiva ( A a ¿, a área de
perfuração( A¿¿ h)¿ e a área total para perfuração ( A p ), temos:

Ad =0 , 12∗A c (41)

A a=A c −2∗A d (42)

Ah =0 , 08∗A a (43)

Ah
Ap=

[ ]
2
dh (44)
0 ,9∗
lp

A distância entre os furos l p deve ser de 2,5 a 3,0mm, valor considerado


regular, para o presente projeto foi escolhido 2,5mm.
O design do downcomer é de grande relevância no planejamento de uma
coluna de destilação. De acordo com as descobertas de Towler (2008), é
fundamental determinar a área do downcomer(área do vertedor) e o espaçamento
entre os pratos de forma a garantir que o nível de líquido e espuma no downcomer
permaneça significativamente abaixo da borda superior do vertedor de saída. Caso
esse nível se eleve demasiadamente, há o risco de ocorrer uma situação de
inundação no prato.
O ponto em que a operação de uma coluna de destilação atinge seu limite
inferior ocorre quando o líquido começa a passar pelos orifícios, sendo denominado
ponto de gotejamento(weeping). Neste ponto, a velocidade do vapor é a menor
possível para manter a estabilidade da coluna. É crucial que a área dos orifícios ( Ah )
seja cuidadosamente calculada para garantir que a velocidade do vapor permaneça
ligeiramente acima desse valor mínimo. Conforme sugerido por Chase (TOWLER,
37

2008), essa velocidade pode ser estimada usando a Equação (45).


K 2−0 , 90(25 , 4−d h )
uh =
√ρv
(45)

O valor de K 2 será obtido por meio da figura abaixo:


Figura 9 - Diagrama para determinação de K2.

Fonte: PUGLIA (2023)

Assim, para obtermos seu valor, devemos calcular a somatória de h we h ow ,o


valor de h w foi apresentado pela tabela 23 (h¿ ¿ w=7 mm)¿ , e o h owserá calculado pela
seguinte fórmula:
h ow=750∗¿ (46)

Sendo o comprimento do vertedor l w dado por:


l w =0 ,77∗D (47)

Portanto, os valores obtidos para o dimensionamento da coluna de


destilação estão apresentados na tabela 24.
Tabela 24 - Dimensionamento da coluna de destilação
Á rea livre ativa An =1,4602m
2

Á rea transversal da coluna Ac =1,6594 m


2

Diâ metro da coluna Dc =1,4539 m


Á rea do vertedor/downcomer Ad =0,1991 m
2

Á rea ativa efetiva A a=1,2611m


2

Á rea de perfuraçã o Ah =1,4602m


2

Á rea total para perfuraçõ es A p =2,5351 m


2

Velocidade de gotejamento(weeping) uh =5,022835m/s


38

Fonte: Autor (2023).

6. Parecer Técnico Conclusivo


Após a análise de todo o processo que é realizado na indústria, a FGKL
propõe um projeto de alteração para o processo de destilação, conforme a figura 7,
devido a impossibilidade de realizar a destilação da mistura benzeno-acetonitrila,
devido a formação de um azeótropo. As melhores condições de operação também
foram propostas para a indústria, variando os diversos parâmetros pedidos.

7. Referências
AZEVEDO, E. G. de; ALVES, A. M. Engenharia de Processos de Separação. 3.
ed. Lisboa: IST Press, 2017.

NASCIMENTO, A. J. V. Análise de modelos reduzidos de colunas de destilação


para aplicações em tempo real. Dissertação de mestrado – UFRJ. 2013.

TADINI, C. C. et. al. Operações Unitárias na Indústria de Alimentos. 1. ed. Rio de


Janeiro: LTC, 2016. v. 2.

VOORAD, R.; PATNAIKUNIA, V. S.; TULAB, A. K.; ANNEA, S. B.; EDENB, M. R.;
GANIB, R. Hybrid Separation Scheme for Azeotropic Mixtures – Sustainable
Design Methodology. Vol. 69, 2018. DOI: 10.3303/CET1869107.

TELLES, P. C. S. Materiais para Equipamentos de Processos. 6. ed. Rio de Janeiro:


Interciência, 2003.

SHENGKAI, Y.; YUJIE, W.; GUANGYUE, B.; YONG, Z. Design and Control of an
Extractive Distillation System for Benzene/Acetonitrile Separation Using
Dimethyl Sulfoxide as an Entrainer. Industrial & Engineering Chemistry Research.
2013. 52 (36), 13102-13112. DOI: 10.1021/ie4008425.

YICHUN, D.; QINGCHUN, Yang.; ZHIWEI, L.; ZHIGANG, L. Extractive distillation


of the benzene and acetonitrile mixture using an ionic liquid as the entrainer.
Green Energy & Environment. Volume 6, Issue 3, 2021, pags 444-451, ISSN 2468-
0257.
39

ANEXOS
Coluna 2
R xW q nideal nreal (e = 0,2) nreal (e = 0,5) nreal (e = 0,8)
0 - - - -
0,5 7 35 14 9
0,9 6 30 12 8
0,8 0,02
1 6 30 12 8
1,1 6 30 12 8
1,6 5 25 10 6

R xW q nideal nreal (e = 0,2) nreal (e = 0,5) nreal (e = 0,8)


0 6 30 12 8
0,5 5 25 10 6
0,9 5 25 10 6
1,5 0,02
1 5 25 10 6
1,1 5 25 10 6
1,6 5 25 10 6

R xW q nideal nreal (e = 0,2) nreal (e = 0,5) nreal (e = 0,8)


0 5 25 10 6
0,5 5 25 10 6
0,9 5 25 10 6
2 0,02
1 5 25 10 6
1,1 5 25 10 6
1,6 4 20 8 5

R xW q nideal nreal (e = 0,2) nreal (e = 0,5) nreal (e = 0,8)


0 5 25 10 6
0,5 5 25 10 6
0,9 5 25 10 6
2,5 0,02
1 4 20 8 5
1,1 4 20 8 5
1,6 4 20 8 5

R xW q nideal nreal (e = 0,2) nreal (e = 0,5) nreal (e = 0,8)


0 - - - -
0,5 6 30 12 8
0,9 5 25 10 6
0,8 0,08
1 5 25 10 6
1,1 5 25 10 6
1,6 4 20 8 5

R xW q nideal nreal (e = 0,2) nreal (e = 0,5) nreal (e = 0,8)


40

0 5 25 10 6
0,5 4 20 8 5
0,9 4 20 8 5
1,5 0,08
1 4 20 8 5
1,1 4 20 8 5
1,6 4 20 8 5

R xW q nideal nreal (e = 0,2) nreal (e = 0,5) nreal (e = 0,8)


0 4 20 8 5
0,5 4 20 8 5
0,9 4 20 8 5
2 0,08
1 4 20 8 5
1,1 4 20 8 5
1,6 4 20 8 5

R xW q nideal nreal (e = 0,2) nreal (e = 0,5) nreal (e = 0,8)


0 4 20 8 5
0,5 4 20 8 5
0,9 4 20 8 5
2,5 0,08
1 4 20 8 5
1,1 4 20 8 5
1,6 4 20 8 5

R xW q nideal nreal (e = 0,2) nreal (e = 0,5) nreal (e = 0,8)


0 - - - -
0,5 6 30 12 8
0,9 5 25 10 6
0,8 0,1
1 5 25 10 6
1,1 4 20 8 5
1,6 4 20 8 5

R xW q nideal nreal (e = 0,2) nreal (e = 0,5) nreal (e = 0,8)


0 5 25 10 6
0,5 4 20 8 5
0,9 4 20 8 5
1,5 0,1
1 4 20 8 5
1,1 4 20 8 5
1,6 4 20 8 5

R xW q nideal nreal (e = 0,2) nreal (e = 0,5) nreal (e = 0,8)


0 4 20 8 5
0,5 4 20 8 5
0,9 4 20 8 5
2 0,1
1 4 20 8 5
1,1 4 20 8 5
1,6 3 15 6 4
41

R xW q nideal nreal (e = 0,2) nreal (e = 0,5) nreal (e = 0,8)


0 4 20 8 5
0,5 4 20 8 5
0,9 4 20 8 5
2,5 0,1
1 4 20 8 5
1,1 4 20 8 5
1,6 3 15 6 4

Coluna 5
R xW q nideal nreal (e = 0,2) nreal (e = 0,5) nreal (e = 0,8)
0 - - - -
0,5 8 40 16 10
0,9 7 35 14 9
0,8 0,02
1 7 35 14 9
1,1 6 30 12 8
1,6 6 30 12 8

R xW q nideal nreal (e = 0,2) nreal (e = 0,5) nreal (e = 0,8)


0 7 35 14 9
0,5 6 30 12 8
0,9 5 25 10 6
1,5 0,02
1 5 25 10 6
1,1 5 25 10 6
1,6 5 25 10 6

R xW q nideal nreal (e = 0,2) nreal (e = 0,5) nreal (e = 0,8)


0 6 30 12 8
0,5 5 25 10 6
0,9 5 25 10 6
2 0,02
1 5 25 10 6
1,1 5 25 10 6
1,6 5 25 10 6

R xW q nideal nreal (e = 0,2) nreal (e = 0,5) nreal (e = 0,8)


0 5 25 10 6
0,5 5 25 10 6
0,9 5 25 10 6
2,5 0,02
1 5 25 10 6
1,1 5 25 10 6
1,6 4 20 8 5

R xW q nideal nreal (e = 0,2) nreal (e = 0,5) nreal (e = 0,8)


0 - - - -
0,8 0,08
0,5 7 35 14 9
42

0,9 5 25 10 6
1 4 20 8 5
1,1 4 20 8 5
1,6 4 20 8 5

R xW q nideal nreal (e = 0,2) nreal (e = 0,5) nreal (e = 0,8)


0 6 30 12 8
0,5 4 20 8 5
0,9 4 20 8 5
1,5 0,08
1 4 20 8 5
1,1 4 20 8 5
1,6 3 15 6 4

R xW q nideal nreal (e = 0,2) nreal (e = 0,5) nreal (e = 0,8)


0 4 20 8 5
0,5 4 20 8 5
0,9 3 15 6 4
2 0,08
1 3 15 6 4
1,1 3 15 6 4
1,6 3 15 6 4

R xW q nideal nreal (e = 0,2) nreal (e = 0,5) nreal (e = 0,8)


0 3 15 6 4
0,5 3 15 6 4
0,9 3 15 6 4
2,5 0,08
1 3 15 6 4
1,1 3 15 6 4
1,6 3 15 6 4

R xW q nideal nreal (e = 0,2) nreal (e = 0,5) nreal (e = 0,8)


0 - - - -
0,5 6 30 12 8
0,9 4 20 8 5
0,8 0,1
1 4 20 8 5
1,1 4 20 8 5
1,6 4 20 8 5

R xW q nideal nreal (e = 0,2) nreal (e = 0,5) nreal (e = 0,8)


0 5 25 10 6
0,5 4 20 8 5
0,9 4 20 8 5
1,5 0,1
1 4 20 8 5
1,1 4 20 8 5
1,6 3 15 6 4

R xW q nideal nreal (e = 0,2) nreal (e = 0,5) nreal (e = 0,8)


43

0 4 20 8 5
0,5 4 20 8 5
0,9 3 15 6 4
2 0,1
1 3 15 6 4
1,1 3 15 6 4
1,6 3 15 6 4

R xW q nideal nreal (e = 0,2) nreal (e = 0,5) nreal (e = 0,8)


0 3 15 6 4
2,5 0,1 0,5 3 15 6 4
0,9 3 15 6 4
1 3 15 6 4
1,1 3 15 6 4
1,6 3 15 6 4

Custos

1. AVALIAÇÃO ECONÔMICA PRELIMINAR

Os custos são o coração de qualquer projeto por serem um conjunto


de documentos que estabelecem a viabilidade técnica e econômica de um
dado empreendimento. A viabilidade técnica mostra que o produto desejado
poderá ser gerado na quantidade e qualidade esperada, a partir de uma
matéria-prima determinada. Por outra via, a análise econômica, por sua
vez, indica qual o tamanho do capital a ser investido, para que o
empreendimento transforme-se de um conceito a um constructo e opere da
maneira desejado (Rase, H. F. e Barrow -1957).
A construção da planta engloba desde obras civis até a montagem e
instalação de equipamentos e instalações elétricas. Finalizada toda a sua
estruturação, é assegurar que todos os sistemas e componentes da instalação
industrial projetada estejam instalados, testados, operados e mantidos de
acordo com os requisitos operacionais do cliente. (Noble, P. J. – 2009).
Os cálculos e equações seguintes foram baseadas no livro Chemical
engineering design: principles, practice and economics of plant and process
design no qual foi possível estimar o custo de alguns equipamentos
específicos para o projeto. Taís equipamentos estão listados abaixo com os
índices (2).
44

1.1. BOMBA CENTRÍFUGA

Pumps and drivers –


Explosion proof motor
Potência = 2 ,507 KW
Vazão = 57,53 m³/h ↔ 15,98 L/s
• 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜=𝛼+𝛽∙𝖲𝑛

Para a vazão de 15,98 L/s (Single stage centrifugal)


• 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜=6900+206∙(15,98)0,9

Custo = $ 9.395,09
Para a potência de 2,507 KW (eletric motor)
• 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜=−950+1770∙(2,507)0,6

Custo = $ 2.122,31
45

1.2. VAPORIZADOR
Evaporators – Vertical tube
𝑞=3,958 𝑀𝐾𝑐𝑎𝑙/ℎ 𝑈=1.000,00𝐾𝑐𝑎𝑙ℎ.𝑚² 𝑇1=25°𝐶 𝑇2=112,5°𝐶

𝑞=𝑈.𝐴.(𝑇2−𝑇1) 3,958 .106𝐾𝑐𝑎𝑙ℎ=1.000,00𝐾𝑐𝑎𝑙ℎ.𝑚2.𝐴.


(112,5°𝐶−25°𝐶)
𝐴=45,23 𝑚²
• 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜=𝛼+𝛽∙𝖲𝑛
• 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜=280+30.500,00∙(45,23)0,55

Custo = $ 248.470,10

1.3. CONDENSADOR

U-tube shell and tube


𝑞=7,209𝑀𝐾𝑐𝑎𝑙/ℎ 𝑈=700 𝐾𝑐𝑎𝑙ℎ.𝑚² 𝑇1=45°𝐶 𝑇2=28°𝐶
𝑞=𝑈.𝐴.(𝑇2−𝑇1) 7,209 .106𝐾𝑐𝑎𝑙ℎ=700𝐾𝑐𝑎𝑙ℎ.𝑚2.𝐴.(28°𝐶−45°𝐶)
𝐴=605,80 𝑚²
• 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜=𝛼+𝛽∙𝖲𝑛
• 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜=24.000,00+46∙(605,80)0,55

Custo = $ 124.358,22

1.4. REFERVEDOR

U-tube kettle reboiler


𝑞=5,146𝑀𝐾𝑐𝑎𝑙/ℎ 𝑈=1.000,00 𝐾𝑐𝑎𝑙ℎ.𝑚² 𝑇1=133,6°𝐶 𝑇2=160°𝐶
𝑞=𝑈.𝐴.(𝑇2−𝑇1) 5,146 .106𝐾𝑐𝑎𝑙ℎ=1.000,00𝐾𝑐𝑎𝑙ℎ.𝑚2.𝐴.(160
°𝐶−133,6°𝐶)
𝐴=194,924 𝑚²
• 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜=𝛼+𝛽∙𝖲𝑛
• 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜=25.000,00+340∙(194,924 )0,9
46

Custo = $ 64.116,29

1.5. TORRE DE DESTILAÇÃO

Vertical cs
𝑃𝑖=3,5𝐾𝑔𝑐𝑚² 𝐷𝑖=2,9 𝑚 𝑆 =12900 𝑝𝑠𝑖 𝐸 =0,85
• Espessura

𝑡=𝑃𝑖𝐷𝑖2𝑆𝐸−1,2𝑃𝑖
𝑡 =3,5𝐾𝑔𝑐𝑚² .290 𝑐𝑚 2.906,96 𝐾𝑔𝑐𝑚² .0,85−1,2 .3,5𝐾𝑔𝑐𝑚²
𝑡 =0,660 𝑐𝑚+0,3 𝑐𝑚=0,96 𝑐𝑚
- Fórmula com maior valor de espessura
• Peso do vaso

𝐶𝑊=1,15 𝐻𝑣=15,5 𝑚 𝐷𝑚=2,9 𝑚 𝑡=0,96 𝑐𝑚


𝑊𝑣=240 .𝐶𝑊𝐷𝑚.(𝐻𝑣+0,8𝐷𝑚).𝑡
𝑊𝑣=240 .1,15.2,9𝑚.(15,5 𝑚+0,8 .2,9 𝑚).9,6 𝑚𝑚
𝑊𝑣=136.926,00 𝑁
𝑚𝑣=13.957,80 𝑘𝑔
• 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜=𝛼+𝛽∙𝖲𝑛
• 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜=10.000+29∙(13.957,80 )0,85

Custo = $ 106.714,68

1.6. PULMÃO DA TORRE

Vertical cs
𝑃𝑖=3,5𝐾𝑔𝑐𝑚² 𝐷𝑖=2,1 𝑚 𝑆 =12900 𝑝𝑠𝑖 𝐸 =0,85
• • Espessura

𝑡 =𝑃𝑖𝐷𝑖2𝑆𝐸−1,2𝑃𝑖 𝑡 =3,5𝐾𝑔𝑐𝑚² .210 𝑐𝑚 2.906,96 𝐾𝑔𝑐𝑚² .0,85−1,2


.3,5𝐾𝑔𝑐𝑚²
𝑡 =0,478 𝑐𝑚+0,3 𝑐𝑚=0,778 𝑐𝑚
47

-Fórmula com maior valor de espessura


• Peso do vaso

𝐶𝑊=1,08 𝐻𝑣=10,5 𝑚 𝐷𝑚=2,1 𝑚


𝑡=0,778 𝑐𝑚
𝑊𝑣=240 .𝐶𝑊𝐷𝑚.(𝐻𝑣+0,8𝐷𝑚).𝑡
𝑊𝑣=240 .1,08.2,1𝑚.(10,5 𝑚+0,8 .2,1 𝑚).7,78 𝑚𝑚
𝑊𝑣=51.579,98 𝑁
𝑚𝑣=5.257,89 𝑘𝑔
• 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜=𝛼+𝛽∙𝖲𝑛
• 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜=10.000+29∙(5.257,89)0,85
• Custo = $ 52.178,17

1.7. CUSTOS ESTIMADOS


Tabela 1. Custos estimados para os equipamentos do projeto.
Equipamentos Custos estimados
Bomba centrífuga $ 11.517,40
Vaporizador $ 248.470,10
Condensador $ 124.358,22
Refervedor (Reboiler) $ 64.116,29
Torre de destilação $ 147.973,73
Pulmão da Torre $ 52.178,17
Total $ 648.613,91

• Custo dos materiais


60 - 70% dos equipamentos: $384.073,242
E+M= 1.024.195,312
• Engenharia de detalhes

20% de equipamentos de materiais: $204.839,06


• Construçã o
60% de equipamentos + materiais: $614.517,18
• Supervisã o da construçã o

10% de equipamentos +materiais: $ 102.41

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