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PERÍCIAS DE ENGENHARIA
VITÓRIA 2013
CONTEÚDO
RESUMO..............................................................................................................................................7
ABSTRACT..........................................................................................................................................8
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................................9
1.2 PROBLEMATIZAÇÃO............................................................................................................11
2 HIPÓTESE......................................................................................................................................12
3 OBJETIVOS....................................................................................................................................12
4 JUSTIFICATIVA.............................................................................................................................13
5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.........................................................................................................16
5.1 HISTORICO.............................................................................................................................16
5.3 INVESTIMENTOS...................................................................................................................37
5.3.1 Modalidades de Investimento.........................................................................................38
6 METODOLOGIA.............................................................................................................................41
6.1 INTRODUÇÃO........................................................................................................................41
7 LIMITAÇÕES DA PESQUISA.......................................................................................................44
8 ESTUDO DE CASO.......................................................................................................................45
9 CONCLUSÃO.................................................................................................................................54
BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................................55
Este estudo tem por objetivo avaliar e analisar a viabilidade econômica de investir
em imóveis em planta em face de alternativas que o mercado financeiro oferta. Para
tanto, focou-se os esforços no emprego de vários procedimentos metodológicos, sob
a ótica da microeconomia e da macroeconomia, bem como nas técnicas de
avaliação imobiliária. Cotejamos o valor de mercado de imóveis em planta e imóveis
prontos para aferir a rentabilidade obtida por investidores. Para obtermos os
resultados foram utilizadas ferramentas como inferência estatística, procedimentos
de avaliação de imóveis descritos nas normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) como o método comparativo de dados de mercado e princípios de
engenharia econômica para comparamos diferentes valores na mesma data.
This study wants to evaluate and analyze the economic feasibility of investing in real
estate in plant alternatives in the face of the financial market offer. Therefore, efforts
focused on the use of different methodological procedures from the perspective of
microeconomics and macroeconomics, as well as in real estate valuation techniques.
Compare the market value of real estate properties in plant and ready to measure the
return achieved by investors. To get the results we have used tools such as statistical
inference procedures described in property valuation standards of the Brazilian
Association of Technical Standards (ABNT) as the method of comparative market
data and principles of engineering economics to compare different values on the
same date.
O consumidor que está comprando esse imóvel com o intuito de moradia acredita
que está adquirindo um bom negócio, visto que a facilidade de crédito junto às
construtoras, aliada a baixas parcelas durante a construção, dão a impressão de
"custo" baixo. Entretanto a correção do saldo devedor e o financiamento pelo crédito
habitacional junto às instituições financeiras não são levado em conta por estes
potenciais clientes.
Em suma, aquisição de imóveis para fins de moradia é uma análise mais complexa,
sendo que a qualidade financeira da transação dependerá diretamente da forma e
do prazo de pagamento.
O investidor imobiliário analisa a ótica da transação sobre o viés financeiro. Para ele
a aquisição do bem é um negócio como outro qualquer, onde o verdadeiro objetivo é
obter o maior lucro possível dentro de um prazo tecnicamente definido, pois, caso
contrário, o investimento não se justificaria independente do imóvel ser novo ou
usado.
Em comum podemos dizer que os dois perfis de investidores prezam pela garantia
de entrega do imóvel e pela rentabilidade futura, tanto no caso de uma liquidação
imediata do bem para auferir lucros quanto para alçar novos patamares de moradia
utilizando-se do seu imóvel como moeda de troca ou capitalização.
1.2 PROBLEMATIZAÇÃO
2 HIPÓTESE
3 OBJETIVOS
4 JUSTIFICATIVA
De acordo com LIMA JUNIOR (2011) há uma evidência de bolha devido ao fato de o
preço dos imóveis residenciais estão acima do seu justo valor. Seguindo a linha de
raciocínio, Lima Junior acrescenta:
Foi em um cenário próximo a esse que a atual crise financeira mundial teve inicio
nos EUA. Com a alta nos preços praticados pelo mercado imobiliário, banco Central
Norte-Americano (FED - Federal Reserve) proporcionou uma política de juros baixos
e de redução dos encargos financeiros, para que os intermediários financeiros e
imobiliários estimulasse uma clientela cada vez maior de investidores. Instaurou-se,
assim o sistema de empréstimos hipotecários de risco e taxa variável oferecida às
famílias de baixa renda, mas a necessidade de aumentar as taxas de juros em 2005
derrocou o sistema financeiro e provocou um efeito dominó na economia na quebra
de bancos que sustentavam as hipotecas. (REMONÉT, 2013)
Por fim esse trabalho pretende verificar a atual rentabilidade, dar novo viés de
análise imobiliária e buscar a solidificação da Engenharia de Avaliações como o
método mais seguro e objetivo para o emprego de capital no mercado imobiliário,
dando a bancos a agentes desse mercado mais uma ferramenta de assessoria a
tomadas de decisão.
5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
5.1 HISTORICO
A avaliação imobiliária é importante por atingir não somente o cidadão comum como
também as grandes nações, a exemplo do Japão, em 1991. O estouro da bolha
nipônica fez despencar pela metade o patrimônio imobiliário japonês resultando na
quebra de varias empresas e bancos. (IBAPE SP, 2007)
Com a entrada em vigor do Código de Defesa do Consumidor (CDC), Lei n.º 8087,
houve uma mudança nas relações de compra e venda de bens e serviços no país.
Em face disso houve a consolidação da NBR 14653 Avaliação de Bens parte 1:
Procedimentos Gerais, 2001 e a NBR 14653 Avaliação de Bens parte 2: Imóveis
Urbanos, 2011.
A Engenharia de Avaliações não é uma ciência exata, mas sim a arte de estimar os
valores de propriedades específicas em que o conhecimento profissional de
engenharia e o bom julgamento são condições essenciais. (URBETINI, 2006)
Os objetos de avaliações são bens de natureza tanto tangível como intangível, mas
que possuí uma grandeza definida por uma medida de valor passível de
mensuração. (CALDAS, 2006)
Em face disso podemos tomar como princípio básico que o objeto de estudo desta
ciência é a quantificação monetária de um bem (tangível ou intangível) junto ao
mercado no qual ele está inserido, ou seja, o valor de mercado.
Assim, o conceito de valor acima citado refere-se aos entes tangíveis ou não,
passíveis de medição de valor. Essa medição se baseia em uma escala ditada pelo
mercado de trocas do bem que se está avaliando.
f) Valor de custo: Total dos custos necessários para se repor o bem, com
explicitação do estado em que se encontra ou sem considerar eventual
depreciação.
A NBR 14653 Avaliação de Bens parte 2: Imóveis Urbanos, 2011, indica como
métodos para avaliação de imóveis urbanos, isto é, identificar o valor de um bem, de
seus frutos e direitos, os seguintes métodos: Método Comparativo de Dados de
Mercado, Método Involutivo, Método da Renda, Método Evolutivo.
O modelo clássico de regressão teve origem nas pesquisas elaboradas por Johann
Carl Friedrich Gauss, matemático e físico alemão, que em seus estudos e trabalhos
de astronomia desenvolveu essa metodologia. (DANTAS, 2005)
Antes de escolher a amostra é preciso definir os critérios que serão utilizados para
obtenção dos dados que podem levar a amostras menores e com maior nível de
precisão, isto é, com um maior caráter de representatividade do todo. Quando mais
complexa for à amostragem, maior deverão ser os cuidados tomados nas análises
estatísticas utilizadas.
Uma amostra probabilística implica que todos os elementos da população devem ter
probabilidades conhecidas e diferentes de zero, de fazer parte da amostra; caso
contrário, a amostragem será chamada de não-probabilística. A amostragem
probabilística sugere um sorteio com regras bem determinadas, cuja realização
somente será possível se a população em estudo for finita e totalmente acessível.
(LIMA, 2004)
A NBR 14653 Avaliação de Bens parte 2: Imóveis Urbanos, 2011 determina que
deve haver uma aleatoriedade na amostra obtida no mercado imobiliário, para
consideração de uma amostra probabilística e evitarmos a obtenção de amostras
tendenciosas.
O modelo, por ser uma representação simplificada do mercado, deve ter na sua
elaboração cuidados científicos, desde a preparação da pesquisa, trabalho de
campo e exame final dos resultados. Deve se verificar o poder de predição do
modelo a partir do gráfico de preços observados na abscissa versus valores
estimados pelo modelo na ordenada. (TOREZANI, 2004)
O nível máximo (tcrítico), segundo a NBR 14653 Avaliação de Bens parte 2: Imóveis
Urbanos, 2011 é aquele, cujo nível de significância máximo para cada regressor,
atinja as recomendações contidas no Subitem 9.2.1, para os Graus de
Fundamentação, conforme exposto abaixo na tabela 1.
Grau
Descrição
III II I
b) Teste da equação
Espera-se que a variável dependente siga certa lógica quanto ao seu crescimento
ou decrescimento em função das variáveis explicativas (regressores), efetivamente
utilizadas na modelagem estatístico proposta, ou seja, deve-se observar qual é o
efeito provocado nas estimativas oferecidas pela equação. (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011)
c) Coeficiente de Correlação
Sua variação está entre -1 à +1,sendo que, em módulo, quanto mais próximo do
valor de 1 maior será a interdependência entre as variáveis.
Em PEREIRA (1970) , foi proposto a seguinte classificação para os coeficientes de
correlação:
Coeficiente Correlação
|r| = 0 Nula
0 < |r| ≤ 0,30 Fraca
0,30 <|r| ≤ 0,70 Média
0,70<|r| ≤ 0,90 Forte
0,90<|r| ≤ 0,99 Fortíssima
|r| = 1 Perfeita
Fonte: Engenharia de Avaliações – uma introdução à Metodologia Científica – 2ª Edição- PINNI
Nos mesmo gráfico é possivel análizar aqueles dados que possuam um grande
resíduo (erro em relação a média dos valores ajustados) em relação aos demais
dados que compõe a amostra.
Conforme NBR 14653 Avaliação de Bens parte 2: Imóveis Urbanos, 2011, os dados
que apresentarem resíduos padronizados superior ao módulo de 2,00, pode ser
caracterizado como ponto discrepante dos demais. (DANTAS, 2005)
Alguns dados se distanciam dos demais quanto em relação aos demais dados da
amostra, mesmo com resíduos relativos baixos, e alteram a tendencia natural do
mercado.
NBR 14653 Avaliação de Bens parte 2: Imóveis Urbanos, 2011, prevê a análise
destes pontos influenciantes, em sua Anexo A – Subitem A.2.1.6 (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011)
90% dos dados devem estar entre -1,64 e +1,64 desvios padrões da média;
95% dos dados devem estar entre -1,96 e +1,96 desvios padrões da média.
g) Verificação da multicolinearidade
h) Intervalo de confiança
A amplitude de valores onde um evento tem a probabilidade de conter o valor
verdaderio de uma população é denominado estimativa intervalar ou intervalo de
confiança. (NASSER, 2011)
Tabela 4 - Grau de precisão da estimativa do valor no caso de utilização de modelos de regressão linear
Descrição Grau
III II I
Para que o relatório de avaliação seja considerado completo NBR 14653 Avaliação
de Bens parte 2: Imóveis Urbanos, 2011, define que o mesmo seja elaborado com o
detalhamento da memoria de cálculo devidamente explicadas além de disponibilizar
todos os gráficos e resultados estátisticos gerados pelo software SISREN ®.
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011)
É a taxa de desconto que faz com que as receitas futuras, descontada a esta taxa,
se igualem ao investimento inicial. Em outras palavras, é a taxa que produz um VPL
= 0.
A TIR é utilizada para comparar a taxa (t) apurada pelo projeto e a taxa mínima de
atratividade do investidor, onde para TIR > t, aceita se o projeto, rejeitando em caso
contrário.
Quanto maiores forem os riscos, maior deve ser a taxa mínima de atratividade que o
acionista deve esperar.
O fluxo de caixa descontado, ou discounted cash flow (DCF) é uma das ferramentas
mais poderosas na avaliação de empreendimentos, onde a aplicação de métodos
diretos de determinação de valor é inviável ou impossível.
É o valor que se terá no futuro, se aplicarmos um dado capital, a uma dada taxa de
juro, por um dado período e segundo um dado regime de capitalização. De modo
análogo ao valor presente e capital, também o valor futuro é, freqüentemente,
tomado como sinônimo de montante.
5.3 INVESTIMENTOS
Pode-se dizer que a poupança foi criada juntamente com a Caixa Econômica
Federal, através do Decreto 2.723, de 12-01-1861. Tal dispositivo legal autorizou a
“criação de uma Caixa Econômica que tem por fim receber a juro de 6% as
pequenas economias das classes menos abastadas, e de assegurar, sob garantia
do Governo Imperial, a fiel restituição do que pertencer a cada contribuinte, quando
este o reclamar”. (MOREIRA, 2013)
Desde a criação dos depósitos de poupança, vários foram os dispositivos legais que
promoveram algum tipo de mudança no sistema, mas a alteração mais significativa
foi introduzida pela Lei 4.380, de 21-08-1964, que instituiu a Correção Monetária
para tais depósitos. Assim, além da remuneração anual de 6%, os valores
depositados passaram a ser atualizados mensalmente pela Correção Monetária
conforme índices definidos pelo Banco Central do Brasil.
Atualmente, a nova regra prevê que, quando a taxa básica de juros for menor ou
igual a 8,5% ao ano, os rendimentos da caderneta serão fixados em 70% da taxa
Selic. Anteriormente, o critério de remuneração da poupança era 6,17% ao ano mais
a variação da Taxa Referencial (TR).
Vantagens:
Liquidez imediata
Não há prazos, mas valores mantidos por menos de um mês não recebem
remuneração.
Desvantagem:
Por ser uma aplicação altamente conservadora, seu rendimento é menor até mesmo
do que outras aplicações conservadoras. Nos primeiros 100 dias de 2011, o
rendimento da poupança oscilou entre 0,5% e 0,67%. No mesmo período, a inflação
registrada pelo IBGE nos primeiros meses do ano esteve acima deste patamar, o
que torna este tipo de aplicação pouco atraente, na avaliação de especialistas.
a) Títulos:
São papeis onde sabe se antecipadamente qual será o retorno (pré-fixado) ou com
ganho atrelado a um índice como o CDB (Certificado de Depósito Bancário), RDB
(Recibo de Depósito Bancário) ou a taxa básica de juros, a Selic (pós-fixados).
Eles podem ser privados, isto é, emitidos tanto por empresas de capital aberto como
pelas instituições financeiras ou públicas quando emitidos pelos governos federal,
estadual e municipal.
Os títulos públicos são emitidos pelo governo, logo são considerados de risco zero
pelo mercado, por que o investidor empresta dinheiro ao Governo Federal, que o
emissor da moeda nacional.
b) Fundos:
São fundos cujo recurso aplicado é usado para investimentos em títulos de renda
fixa. Normalmente pertencem a instituições financeiras que aplicam o recurso em
aplicações mais arriscadas, tomando para si os lucros ou perdas decorrentes dessa
operação.
Tem como característica o risco baixo, devido a aplicações até R$ 70 mil serem
garantidas pelo fundo Garantidor de Credito, ampla rede de bancos emissores e um
retorno esperado, visto que o percentual do CDI é preestabelecido no ato da
compra.
d) Imóveis
Por ser um ativo real, isto é, não suscetível à variação de humor do mercado,
transmite uma sensação de segura maior ao investidor. A rentabilidade pode vir pela
valorização do bem ou através de arrendamento. Os riscos ficam na possibilidade de
depreciação do imóvel (enchente, desgaste, incêndio) na sua baixa liquidez. (Salles,
2008).
6 METODOLOGIA
6.1 INTRODUÇÃO
O método que será utilizado nesse trabalho segundo seus objetivos, irá abordar o
mercado imobiliário com a coleta de uma amostra representativa com o objetivo de
determinar a relação de valores mercado de apartamentos prontos em face àqueles
imóveis em planta com preço tabelado pelas construtoras no ano de sua concepção
e lançamento.
A pesquisa dos valores praticados nos imóveis em planta no ano de 2011 foi
realizada junto ao setor de representação de vendas das Construtoras com a
obtenção da tabela de preços e suas condições de pagamento até a entrega das
chaves do imóvel. Os imóveis pesquisados estão situados nos 04 (quatro)
empreendimentos de maior impacto da região do bairro Enseada do Suá e região,
sendo eles: Grand Parc Residencial Resort; Edifício Adva, Celebrity Residencial e
Privilège. Essa pesquisa também foi devidamente armazenada em uma planilha,
conforme exposto no Anexo II – Dados de Mercado Apartamentos em Planta no
bairro Enseada do Suá.
Para comparar a rentabilidade obtida pelo investidor com outras aplicações
disponíveis no mercado conforme o perfil do investidor é de suma importância obter
o valor do bem após a conclusão da obra, visto que o capital investido está
imobilizado e o final do ciclo para o investimento se dá na liquidação do imóvel. Para
isso foi necessário realizar mais uma pesquisa imobiliária com referências aos
preços praticados após os términos dos empreendimentos que datam do ano de
2013. Essa pesquisa está em uma planilha, conforme exposto no Anexo III – Dados
de Mercado Apartamentos no bairro Enseada do Suá 2013.
A pesquisa pode ser classificada em dois grupos de: a pesquisa aplicada que tem
por finalidade encontrar princípios científicos que promovam o avanço do
conhecimento para um determinado fim, e a pesquisa pura, que eventualmente
poderá proporcionar conhecimentos de aproveitamentos práticas (MARCONI, 2001).
Podemos então classificar as pesquisa utilizadas nesse trabalho como aplicadas,
visto que essas têm por finalidade gerar conhecimentos para aplicação prática
dirigida à solução de problemas levantados por essa tese.
Por fim de posse das aplicações realizadas na forma de pagamento para a aquisição
do imóvel em construção e sua liquidação no mercado concretizado iremos
comparar a sua rentabilidade com as outras aplicações financeiras disponíveis no
data de referência do início do investimento.
7 LIMITAÇÕES DA PESQUISA
Essa análise será realizada sob a ótica dos ditos “pequenos e médios investidores”,
agentes do mercado que concentram seus investimentos em regiões com as quais
já possuem algum tipo de relação pessoal ou profissional, tais como
empreendimentos de bairro ou de regiões específicas.
Foi utilizada uma amostra para inferir os resultados da população com um nível de
confiança de 80 % para determinação dos valores de mercado das unidades.
Para efeito de cálculo não foi abordado por esse trabalho a renda advinda de
locação para os imóveis usados, visto que um dos objetivos desse estudo é analisar
os rendimentos obtidos nos investimentos imobiliários face ao seu valor de mercado
de venda. Portanto os imóveis expostos na pesquisa disponível no Anexo I – Dados
de Mercado Apartamentos Usados nos bairro Enseada do Suá; foram considerados
vazios e sem produzir renda durante os meses de concepção dos imóveis em
planta. Bem como as despesas com a manutenção do imóvel e taxas condominiais
que não serão utilizadas na apresentação do fluxo de caixa desse estudo, pois são
de difícil especificação junto às administradoras do condomínio. Entretanto essas
são despesas inerentes do investimento nesse portfólio e em uma análise final serão
abordadas nas conclusões do trabalho para a decisão do melhor investimento.
Os custos para a regularização da aquisição do imóvel como corretagem, ITBI
(Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis) e taxas cartoriais serão
contabilizados na análise dos investimentos.
8 ESTUDO DE CASO
Com o auxilio do software SIREN 1.98, obteve-se então o seguinte equação para a
modelagem estatística para avaliação de Apartamentos Usados x Imóvel em Planta,
que nos retornou a seguinte Função Estimativa:
Equação 2 Modelo de Apartamentos Usados x Imóvel em Planta
Outro fator preponderante para a formação desse mercado é o nível de oferta dessa
tipologia para a data estudada. Observamos no mercado que cerca de 80 % da
amostra coletada são de imóveis ofertados que estavam em construção, ou seja,
pela lei da oferta e da demanda quando a oferta de um determinado produto é maior
que a demanda do mercado, seu preço tende a cair.
Com base nos cases de oferta das construtoras optamos pelas seguintes unidades e
planos de pagamentos:
Parcela do
Mensal 30/60
Parcela de 36 Parcelas Financiamento.
Área dias do Sinal
Apto Sinal julho Mensais, 1ª em Bancário 1ª em
(m²) Agosto
2011 (R$) 20-out-2011 (R$) 20-out-2011
2011(R$)
(R$)
1002 132,38 55.384,00 55.384,00 192,31 519.255,00
Obs.: As Parcelas de Ato são FIXAS, as outras parcelas serão atualizadas pelo índice INCCM até a expedição do habite-
se e após o índice indicado pelo agente financeiro, sempre como base o primeiro dia do mês da assinatura do contrato e
como atualização o índice do mês anterior a cada vencimento, na periodicidade e forma contratual. As Parcelas de Ato e
Mensais durante a obra são FIXA..
Mensal
Mensal Parcela do
Parcela 30/60/90
30/60 dias Financiamento
Área de Sinal dias a Entrega 10
Apto do Sinal . Bancário 1ª
(m²) Julho partir 10- Jul-2014 (R$)
Agosto em Dez-2011
2011 (R$) out-2011
2011(R$) (R$)
(R$)
1102 243,75 74.525,00 92.402,00 74.518,00 998.527,00 8.940,00
Obs.: As Parcelas de Ato são FIXAS, as outras parcelas serão atualizadas pelo índice INCCM até a expedição do habite-se e
após o índice indicado pelo agente financeiro, sempre como base o primeiro dia do mês da assinatura do contrato e como
atualização o índice do mês anterior a cada vencimento, na periodicidade e forma contratual.
Parcela do
Mensal 30/60
Parcela de 36 Parcelas Financiamento.
Área dias do Sinal
Apto Sinal julho Mensais, 1ª em Bancário 1ª em
(m²) Agosto
2011 (R$) 20-out-2011 (R$) 20-out-2011
2011(R$)
(R$)
402 96,11 42.232,00 42.232,00 146,64 395.925,00
403 72,06 26.296,00 26.296,00 91,31 246.525,00
Obs.: As Parcelas de Ato são FIXAS, as outras parcelas serão atualizadas pelo índice INCCM até a expedição do habite-
se e após o índice indicado pelo agente financeiro, sempre como base o primeiro dia do mês da assinatura do contrato e
como atualização o índice do mês anterior a cada vencimento, na periodicidade e forma contratual.
Esse sistema de amortização tem como composição de pagamento uma dívida com
prestações periódicas, sucessivas e decrescentes em progressão aritmética, onde o
valor da parcela é Juros (Taxa SELIC corrente mais Taxa Referencial), conforme já
explicado no capítulo 5.
A taxa SELIC utilizada foi a de 11% a.a. e já a TR, por ser variável, acompanha a
série histórica descrita na Tabela 9.
O valor de entrada ao final do fluxo de caixa será aquele que foi aferido pelo modelo
de regressão, cujos resultados estatísticos e memoria de cálculo estão disponíveis
no Anexo V – Memória de Cálculo e Resultados Estatísticos – Modelo 2; que nos
retornou os seguintes valores:
Logo a oferta de bens dessa tipologia era baixa para uma demanda considerada
alta, devido ao afã do mercado imobiliário em 2011, portanto houve o consequente
aumento no preço para alcançar o ponto de equilíbrio na curva de oferta.
Com a consolidação desses e de novos empreendimentos na região, observou-se
um crescimento no número de ofertas que aliados ao aumento vertiginoso de
vacância das unidades já concluídas e a perda de poder de compra dos investidores
e potenciais clientes, o número de demanda reprimiu, o que ocasionou a baixa nos
preços praticados.
9 CONCLUSÃO
Entendemos que o objetivo geral proposto por este trabalho foi alcançado, visto que
foi analisada a viabilidade econômica dos investimentos em imóveis em planta em
face de alternativas que o mercado financeiro oferta, empregando assim uma nova
ótica sobre o mercado imobiliário e suas nuances que podem provocar significativas
perdas financeiras caso não seja adotados critérios de análise consistentes antes de
empregar o capital.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
ISBN ISBN 85-224-3169-8.
IBAPE SP. Engenharia de Avaliações. São Paulo: PINI, 2007. ISBN ISBN 978-85-
7266-193-5.
VIEIRA, J. D. Matemática Financeira. 7ª. ed. São Paulo: Atlas S.A, 2008. ISBN
978-85-224-2461-0.
ANEXO I – DADOS DE MERCADO APARTAMENTOS USADOS NOS BAIRRO
ENSEADA DO SUÁ
ANEXO II – DADOS DE MERCADO APARTAMENTOS EM PLANTA NO BAIRRO
ENSEADA DO SUÁ
ANEXO III – DADOS DE MERCADO APARTAMENTOS NO BAIRRO ENSEADA
DO SUÁ 2013
ANEXO IV – MEMÓRIA DE CÁLCULO E RESULTADOS ESTATÍSTICOS –
MODELO 1
ANEXO V – MEMÓRIA DE CÁLCULO E RESULTADOS ESTATÍSTICOS –
MODELO 2
ANEXO VI – TABELAS FLUXO DE CAIXA IMÓVEL
ANEXO VII - TABELAS FLUXO DE CAIXA INVESTIMENTO