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Teoria do Darwinismo

Darwinismo é o nome dado à teoria evolucionista proposta por Darwin, a qual se


baseia em dois aspectos importantes: ancestralidade comum e seleção natural.

De acordo com Darwin, existiam girafas de pescoço longo e de pescoço curto, sendo
as de pescoço longo mais aptas a viverem no ambiente.
Darwinismo é o nome dado à teoria evolucionista baseada nas ideias de Charles
Darwin. Assim como outras teorias evolucionistas, o darwinismo defende a
descendência com modificação, contrapondo, portanto, a ideia fixista de que as
espécies são imutáveis. O darwinismo baseia-se em dois pilares: a ancestralidade
comum e a seleção natural. Após os conhecimentos sobre genética serem
adicionados às ideias darwinistas, surgiu a teoria que chamamos de neodarwinismo.

• Origem do Darwinismo
O século XVI foi para os europeus a época de grandes aventuras, cujos reflexos
marcariam fortemente todo o futuro desenvolvimento.
A era das descobertas de novos povos, animais e plantas, fez com que a imutável
rigidez da criação sofresse o impacto da dúvida.
A Geologia e a História Natural começaram a demonstrar que a idade da Terra era
muito superior à que se pensava. Em conjunto, passou a investigar a origem dos seres
humanos, revelando o surgimento dos homens no planeta.
A contribuição científica decisiva, veio no século seguinte, com os trabalhos de
Charles Robert Darwin. Ele estabeleceu os principais mecanismos através dos quais
qualquer espécie animal, inclusive o homem, surgiu.
Para Darwin, os organismos próximos descendiam de um ancestral comum e sugeriu
que as mudanças ocorriam ao longo do tempo através da adaptação ao meio.

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Durante 20 anos, Charles Darwin reuniu evidências para apoiar sua teoria. Seus
estudos se intensificaram durante sua viagem de 5 anos pelo Novo Mundo a bordo
do navio Beagle, como naturalista.

• Ancestralidade comum
Darwin, em seu trabalho, mostrou evidências de que as espécies sofrem mudanças
ao longo do tempo e que elas surgem por meio de uma sucessão de ancestrais. Ele
utilizou a expressão “descendência com modificação” para explicar essa ideia.
Segundo Darwin, as espécies apresentam, portanto, ancestrais comuns e sofrem
modificações ao longo do tempo que levam ao surgimento de novas espécies com
base nesses ancestrais.
A ancestralidade comum pode ser demonstrada quando observamos, por exemplo,
as características homólogas, que possuem semelhanças entre si, mesmo
apresentando, algumas vezes, funções diferentes.
Os membros anteriores dos mamíferos são exemplos de estruturas homólogas.
Quando comparamos os membros dos seres humanos, dos cachorros, das baleias e
dos morcegos, percebemos que, mesmo tendo diferentes funções, eles apresentam os
mesmos elementos esqueléticos básicos. Essas estruturas não surgiram de maneira
independente em todas essas espécies, sendo, o mais provável, provenientes de um
ancestral comum.

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• Seleção natural
Outro ponto importante do darwinismo é a ideia de seleção natural. Darwin fez uma
série de observações e pôde concluir que as populações apresentam indivíduos com
diferentes características, as quais podem ser passadas de uma geração para outra.
Os indivíduos que herdam características que lhes conferem vantagem de
sobrevivência, apresentam maior chance de desenvolver-se e reproduzir-se, passando
essa característica vantajosa aos seus descendentes. Aqueles que apresentam
características menos vantajosas, apresentam menos chance de sobrevivência e
também de reprodução. Ao longo das gerações, percebe-se que a característica
vantajosa vai aumentando entre os indivíduos devido ao seu maior sucesso
reprodutivo.
Podemos exemplificar como a seleção natural atua utilizando o clássico exemplo do
pescoço da girafa. De acordo com as ideias de Darwin, existiam girafas de pescoço
longo e girafas de pescoço curto. As girafas de pescoço curto apresentavam maior
dificuldade de conseguir alimento em locais mais altos, quando os vegetais mais
baixos estavam escassos. As girafas de pescoço longo apresentavam vantagem, uma
vez que conseguiam alimentar-se em árvores com a copa mais alta.
Ao longo do tempo, observou-se um aumento da população de girafas de pescoço
longo, uma vez que elas tinham maior chance de sobrevivência e de reprodução,
passando essas características aos seus descendentes.
Darwin considerou a seleção natural como o principal mecanismo que leva à
modificação das espécies ao logo do tempo. Vale destacar que, apesar de explicar o
mecanismo de seleção natural, Darwin não tinha conhecimentos sobre genética e,
portanto, não compreendia a forma como as características eram passadas para as
gerações seguintes.

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• Neodarwinismo
O darwinismo baseia-se na ideia de que os organismos mudam ao longo do tempo
e que o meio, por ação da seleção natural, seleciona os organismos mais adaptados,
os quais apresentam maior chance de deixar descendentes.
O neodarwinismo, por sua vez, considera a seleção natural como um importante
mecanismo de modificação dos seres vivos, contudo novos conhecimentos trazidos
pela genética foram adicionados, sendo a teoria de Darwin complementada, por
exemplo, com as famosas leis de Mendel e o conhecimento sobre mutações. O
neodarwinismo, também chamado de teoria sintética da evolução, surgiu no início
do século XX e é, até o momento, a ideia evolucionista mais aceita.

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