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Denis Finnin/Amnh
HISTÓRIA DA NATUREZA
Fósseis na exposição de Nova York mostram a evolução do cavalo:
Darwin descobriu como as espécies mudam ao longo do tempo
As principais pesquisas de Darwin foram feitas durante uma aventura que daria um
filme. Em dezembro de 1831, então com 22 anos, o naturalista, filho de um
influente médico inglês, embarcou no navio Beagle para uma viagem em volta do
mundo. Ao chegar ao Arquipélago de Galápagos, no Oceano Pacífico, a 1.000
quilômetros da costa do Equador, Darwin começou a delinear sua teoria da
evolução. As cinco semanas passadas em meio a tartarugas gigantes, aves e
lagartos exóticos chamaram sua atenção para o fato de que muitas das espécies
eram semelhantes às que existiam no continente, mas apresentavam pequenas
diferenças de uma ilha para outra. A explicação só podia ser esta: as primeiras
espécies de animais chegaram às ilhas vindas do continente. Depois,
desenvolveram diferentes características, de acordo com as condições do ambiente
de cada ilha. Ou seja, a evolução seguiu caminhos variados. A descoberta era
fantástica e perturbadora – tão perturbadora que Darwin, que era religioso e
chegou a estudar teologia para ser sacerdote, levou 21 anos para ter coragem de
publicar suas conclusões. De volta à Inglaterra, ele casou-se com uma prima,
Emma, e teve dez filhos. Segundo seus biógrafos, o golpe final em suas crenças
religiosas foi a morte da filha mais velha, Annie, aos 10 anos. Darwin morreu
dizendo-se agnóstico. Para quem crê na mão de Deus por trás da criação da
natureza, ele continua a ser uma pedra no sapato. Para a ciência, permanece como
um libertador das amarras do sobrenatural.