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Teoria da Evolução

No Séc. XVIII a maioria das pessoas achavam que os seres vivos que existiam no mundo
eram sempre iguais. Ano após ano, século após século, tudo continuava sempre a mesma
coisa.
Mas… Desde aquela época já existiam pessoas curiosas e que buscavam compreender
melhor o mundo e, por isso, observavam, pesquisavam e viam que não era bem assim que
o mundo funcionava, principalmente em relação aos seres vivos.
O primeiro a tentar provar o contrário, ou seja, que os seres vivos mudavam de geração
para geração foi Jean Baptiste Lamarck.
Este cientista criou, em 1809, uma teoria chamada de Lei do Uso e Desuso , por sinal,
bem interessante para época, veja só… Lamarck dizia que as mudanças no ambiente
faziam com que animais e plantas adquirirem novos hábitos, e que esses novos hábitos
“criavam” mudanças no organismo deles.
Além disso, achava também que, quando um ser vivo sofria essa modificação, acabava
transmitindo isso para seus descententes. Mas por que o nome de Lei do Uso e Desuso?
Para explicar isso vamos usar o exemplo mais tradicional dado por ele - “o pescoço da
girafa”!!!
Lamarck afirmava que as primeiras girafas que existiam na Terra não tinham o pescoço
tão comprido e se alimentavam de folhas e frutos caídos no chão ou de árvores mais
baixas, mas, as transformações ambientais fizeram com que o alimento ficasse escasso e
elas tinham que esticar cada vez mais seu pescoço para apanhar o alimento nas árvores
maiores.
De tanto fazer esse movimento, o pescoço ia esticando, esticando, até ficar do jeito que
conhecemos hoje. Ele dizia ainda que os filhotes desses animais já nasciam com o
pescoço mais longo… Interessante, não?!?!
Só que ele estava errado. As modificações realmente aconteciam, mas não dessa forma e
isso foi comprovado por outro cientista chamado August Weismann que, para fazer a
verificação, cortou a cauda de ratos por várias gerações, mas todos os filhotes nasciam
com rabo.
Mas a história não para por aí, pois em 1859 surge uma nova teoria mexeu com toda a
comunidade científica da época e o responsável era Charles Darwin.
A teoria de Darwin, chamada de Seleção Natural explicava que, quanto mais uma
característica fosse importante para a sobrevivência da espécie, os indivíduos que
possuíssem essa característica tinham mais chance de sobreviver e os que não tinham a
característica morriam mais rápido ou mais facilmente.
No caso das girafas, ele explicava que inicialmente existiam girafas com algumas
características diferentes, umas com pernas mais grossas, outras com orelhas grandes e
também as que tinham pescoços maiores, só que, as duas primeiras características não
garantiam a sobrevivência e iam morrendo, mas as de pescoço grande sobreviviam por
mais tempo porque tinham mais alimento disponível. Assim, iam aumentando o número de
indivíduos e fazendo cruzamentos entre si, aí sim a característica de ter pescoço grande
era mantida de geração para geração.
O livro que explicou essa teoria foi chamado por ele de “A Origem das Espécies” ,
conhecido e usado até hoje no meio científico, pois foi passando por adaptações ao logo
do tempo.
Mas, ainda havia um problema… Como uma girafa de pescoço grande vai aparecer no
meio de outras com características tão diferentes?
Para resolver esse problema, os cientistas continuaram pesquisando e buscando
respostas até que, com as novas descobertas surge o Neodarwinismo ou Teoria
Sintética da Evolução.
Essa teoria explica que tudo está “escrito” nos genes , que nada mais são do que as
estrutura que estão no interior de nossas células e que transmitem as características.
Quanto uma espécie se reproduz, está frequentemente “trocando” esses genes e isso leva
a modificações que os cientistas chamaram de mutação.
Os cientistas descobriram também que existem fatores ambientais que provocam a
mutação, como por exemplo, exposição a raios X e radiação.
Resumindo, no caso da nossa girafa, alguns genes dessa espécie resolveram mudar, a
mudança provocou a formação de uma característica que favorecia a sobrevivência e a
espécie foi se modificando. Muito inteligente, não?
A viagem de Darwin
Para fazer sua pesquisa, Charles Darwin fez uma viagem que levou quatro anos e nove
meses, com o objetivo de mapear a costa da América do Sul, descobrir novas espécies e
comprovar sua teoria.
Ele, na verdade, não foi convidado para a viagem com o objetivo de pesquisar, mas sim
para fazer companhia ao capitão da embarcação, que buscava uma pessoa com quem
pudesse conversar durante a viagem, mas, como todo bom cientista, aproveitou cada
minuto.
Sua viagem começou na Inglaterra no dia 10 de fevereiro de 1831 e teve cerca de 20
paradas, inclusive passou pelo Brasil - em Salvador e Rio de Janeiro, depois foi para o
Uruguai, Argentina, Chile e Ilha Galápagos, que pertence ao Equador.
Continuando foi para o Haiti, passou pela Nova Zelândia, Austrália e África. Depois desse
percurso, ele ainda retornou à Bahia no Brasil e seguiu para a Inglaterra.
Nessa jornada Darwin viu que há muita diversidade de meio ambiente e que cada lugar
tem suas características, tanto na vegetação, quanto na fauna e flora.
Curiosidade
 
Darwin nasceu na cidade inglesa Shrewsbury, em 12 de fevereiro de 1809. Sempre foi
muito curioso e fazia coleção de diferentes objetos: conchas, lacres, selos, moedas e
minerais, etc. Pesquisava vários assuntos e adorava estudar!

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