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PROTEÍNAS

As proteínas são as macromoléculas mais abundantes,


ocorrendo em todas as partes das células, que controlam
praticamente todos os processos que ocorrem em uma célula.
Sabe-se que as proteínas possuem uma grande importância em
todo o organismo, possuindo características e funções diversas
como: estrutural, reguladora e de conteúdo energético.

Dessa maneira, conhecer todas as reações e particularidades


que ela participa é extremamente importante para o profissional
nutricionista, pois, através disso, ele poderá ter um resultado mais
satisfatório em sua prescrição dietética para seus pacientes,
desde indivíduos desportistas até atletas de alto desempenho.

FUNÇÕES BIOLÓGICAS DAS PROTEÍNAS


CLASSE DE PROTEÍNAS EXEMPLOS

Colágeno está nos tendões e cartilagens


ESTRUTURAL Queratina está no cabelo, pele e unhas.

CONTRÁTIL Miosina e actina contraem as fibras musculares.

TRANSPORTE Hemoglobina faz i transporte de oxigênio


Lipoproteínas transportam os lipídios.

ARMAZENAMENTO Caseína faz o armazenamento da proteína do leite


Ferritina armazena o ferro no baço e fígado.
OS AMINOÁCIDOS

São moléculas orgânicas que servem como unidade


fundamental na formação das proteínas; embora mais de 300
diferentes aminoácidos tenham sido descritos na natureza,
apenas 20 deles são mais comuns. Todos os 20 tipos de
aminoácidos mais comuns são α-aminoácidos, eles (exceto a
prolina, que é um aminoácido cíclico) apresentam um grupo
carboxila (-COOH), um grupo amino, um hidrogênio e uma cadeia
lateral que os distingue dos demais (o grupo ‘’R’’) ligados ao átomo
de carbono α.
CARBOXÍLICO

H
AMINA

H
H O
N C C
H
R
O
É a natureza das cadeias laterais, ou grupos R, que determina
o papel do aminoácido dentro de uma proteína, esses grupos
variam em estrutura, tamanho e carga elétrica e afetam a
solubilidade dos aminoácidos na água, é por esse motivo que
torna-se útil classificar os aminoácidos de acordo com as
propriedades de suas cadeias laterais.
AMINOÁCIDO FUNÇÃO

Triptofano Precursor da niacina e da serotonina

Metionina Síntese de colina, carnitina e cretina

Fenilalanina Precursora da tirosina e da epinefrina

Tirosina Precursora da melanina, tiroxina e epinefrina

Arginina Síntese de ureia e creatina


A forma mais comum de classificação dos aminoácidos é no que
se refere a sua necessidade orgânica. Assim, os aminoácidos são
divididos em grupos denominados de essenciais, não-essenciais e
condicionalmente essenciais. Os aminoácidos essenciais devem ser
consumidos na dieta, os não essenciais podem ser sintetizados a
partir de outros aminoácidos no organismo, e os condicionalmente
essenciais são variáveis, a depender do contexto em que o indivíduo
está inserido.
Essenciais Condicionalmente essenciais Não - essenciais
Fenilalanina Glicina Alanina
Triptofano Prolina Ácido aspártico
Valina Tirosina Ácido glutâmico
Leucina Serina Asparagina
Isoleucina Cisteína e cistina
Metionina Taurina
Treonina Arginina
Lisina Histidina
Glutamina

TURNOVER PROTEICO E POOL DE AMINOÁCIDOS

O nitrogênio entra no organismo em uma variedade de


compostos presentes nos alimentos, os mais importantes sendo
os aminoácidos contidos nas proteínas da dieta.

Conjunto (pool) de aminoácidos


Aminoácidos livres estão presentes em todo o organismo,
como, por exemplo, nas células, no sangue e nos fluidos
extracelulares; consideramos todos esses aminoácidos como
pertencentes a uma única entidade, o chamado conjunto (pool)
dos aminoácidos.

O pool de aminoácidos provém de 3 fontes: (1) aminoácidos


liberados pela hidrólise das proteínas endógenas, a maioria dos
quais é reutilizada; (2) aminoácidos derivados de proteínas
exógenas; e (3) aminoácidos não essenciais sintetizados a partir
de intermediários simples do metabolismo.
Por sua vez, esse conjunto pode ser desgastado de 3 formas: (1)
síntese de proteínas para o organismo; (2) utilização de aminoácidos
precursores para a síntese de pequenas moléculas nitrogenadas
essenciais; e (3) conversão de aminoácidos em glicose, glicogênio,
ácidos graxos e corpos cetônicos ou oxidação a CO2 + H2O.

Renovação das proteínas


A relação entre síntese e degradação proteica é descrita como
turnover proteico, tema de pesquisas em laboratório desde meados
dos anos 1930 pelos pesquisadores bioquímicos Schoenheimer e
Rittenberg. Em adultos, a reciclagem de proteínas corporais
representa uma média total de 1 a 2% por dia, valor esse que é
abastecido principalmente pelo tecido muscular; a maioria das
proteínas é constantemente sintetizada e então degradada,
permitindo a remoção de proteínas anormais ou desnecessárias.

Alimentação PROTEÍNAS
(endógenas)

Degradação Síntese

Necessidades de
Proteínas POOL DE AMINOÁCIDOS reposição de proteínas
(exógenas) LIVRES

Crescimento

Fezes Transformação

Proteínas não Gliconeogênese Oxidação (CO2+H2O)


absorvidas Síntese de AA não essenciais Excreção (ureia+Amonia)

REAÇÕES DE TRANSAMINAÇÃO E DESAMINAÇÃO

A desaminação consiste na remoção do grupo amino


(desaminação), no qual este agrupamento é convertido em
amônia ou no grupo amino do aspartato. O segundo estágio é a
incorporação dos átomos de nitrogênio da amônia e do aspartato
na ureia, direcionando-as para a excreção.
O terceiro estágio é a conversão dos esqueletos de carbono dos
aminoácidos em intermediários comuns do metabolismo.

A desaminação do primeiro estágio ocorre com a finalidade de


liberar o esqueleto carbônico para ser utilizado na conversão de
glicose ou para oxidação. A maior parte dos aminoácidos é
desaminada por transaminação, no qual ocorre a transferência do
grupo amino para um grupo alfa-cetoácido.
α-Aminoácido α-Cetoácido

Ureia

Transaminação

Ciclo da
ureia

α-Cetoglutarato Glutamato
CO2

Desaminação
oxidativa
NH3

As principais reações dependem de cofatores, no qual as


enzimas responsáveis pela desaminação depende de um
composto chamado piridoxal-fosfato (PLP). O PLP é um derivado
da vitamina B6 que está presente no sítio catalítico de todas as
aminotransferases, atuando como um carreador de grupo
aminos.

CICLO DA UREIA
A produção catabólica de amônia representa um sério risco
bioquímico por ser muito tóxica. A amônia cruza a barreira
hematoencefálica com facilidade, expondo o cérebro a efeitos
deletérios. Os animais aquáticos desenvolveram um meio de
excreção de amônia, entretanto, os seres humanos não
apresentam essa capacidade e tendem a convertê-la em um
produto de eliminação menos tóxicos, no caso a ureia.
O ciclo da ureia foi elucidado em 1932, sendo o primeiro ciclo
metabólico elucidado por Hans Krebs e por Kurt Henseleit. No
processo que antecipa o ciclo da ureia ocorre a transaminação de
aminoácidos, que dá origem ao glutamato, este que sofre uma
desaminação oxidativa liberando amônia, esta que é direcionada para
o ciclo da ureia e forma o composto para excreção.

Biossíntese de ureia
A produção de ureia ocorre, principalmente, no fígado, a partir de
uma transaminação com a troca do grupo amino do aminoácido com a
produção de glutamato, que passa pelo segundo estágio, sofrendo
desaminação oxidativa para formar amônia, a qual é direcionada para
o ciclo da ureia.

Glutamina
α-Aminoácido
Alanina
Citosol
Glutamina
α-Cetoglutarato
Mitocôndria

α-Cetoácido
Glutamato
Glutamato

α-Cetoglutarato

NH4+
Citrulina

Carbamoil - Fosfato

Pi
Arginino-
Mitocôndria
succinato

Citrulina Ciclo da
ureia
Ornitina
Arginina

Ornitina

Ureia
RECOMENDAÇÕES PROTEICAS

Quando se fala de recomendação proteica, é importante, em


primeiro momento, compreender a metodologia por trás dos valores
de consumo recomendados pelas diretrizes. Os estudos são feitos
através da contagem de proteína catabolizada e a quantidade de
proteína necessária para minimizar um possível déficit ao final do dia.

ESTUDO REALIZADO COM A POPULAÇÃO EM GERAL

15 A 19 ANOS 19 A 51 ANOS > 65 ANOS


Mulheres: 0.8 g/kg/dia Homens e Mulheres: Homens e Mulheres:
Homens: 0.9 g/kg/dia 0.8 g/kg/dia 1.0 g/kg/dia

Esse trabalho realizado pelo pesquisador Stuart M. Phillips (um


dos nomes mais fortes no que se refere a estudos com consumo
proteico) trouxe em 2012 um valor que fica em torno de 1,2 a 1,6
g/kg/dia para a recomendação de proteínas.

Um ponto ser destacado é que as recomendações anteriores


também eram apresentadas em percentual da quantidade total de
calorias. Recomendações atuais, entretanto, são apresentadas em
grama por kg de peso do indivíduo.
Um trabalho que contou com Stuart M. Phillips e Louise M. Burke,
em 2013, tinha como objetivo determinar a quantidade e o o
momento da ingestão de proteínas, após uma única sessão de
treinamento resistindo, ideal para promover a resposta anabólica
durante todo o dia.

ESTUDO REALIZADO COM 24 HOMENS TREINADOS


A dieta foi controlada 3 dias antes do experimento

GRUPO GRUPO GRUPO


BOULOS INTERMEDIÁRIO PULSE

Exercício Exercício Exercício


40g 20g 10g
WHEY 0 horas Após WHEY 0 horas Após WHEY 0 horas Após

10g
WHEY 1 hora e 30 após

20g 10g
WHEY 3 horas Após WHEY 3 horas após

10g
WHEY 4 horas e 30 após

40g 20g 10g


WHEY 6 horas Após WHEY 6 horas Após WHEY 6 horas após

10g
WHEY 7:30 horas após

20g 10g
WHEY 9 horas Após WHEY 9 horas após

10g
WHEY 10 horas e 30 após
Como conclusão deste estudo, o treinamento resistido em conjunto
com a ingestão de 20 gramas de proteína a cada 3 horas foi o padrão
de alimentação ideal para promover a síntese proteica miofibrilar.

Boulos
Intermediário
Pulse

Esse estudo tinha como objetivo realizar uma analise no que se refere a
ingestão ideal de proteína para maximizar a estimulação da síntese
proteica miofibrilar pós prandial em condições de repouso.

Jovens Idosos

A recomendação, neste estudo, foi direcionada para a quantidade


de proteína ideal para uma refeição. Assim, em jovens os valores ficam
em uma média de 0,24g /kg/refeição (0,18-0,30) e em idosos
0,40g/kg/refeição (0,21-0,59). Esses valores variam de acordo com o
número de refeições, logo, quanto menos fracionada for a
alimentação, maior a quantidade de proteína ofertada por refeição.
PROTEÍNAS ALÉM DA RDA PARA OTIMIZAR A SAÚDE:

PARA CONTROLE DO APETITE:


Em média 30 g de proteína

ATLETAS:
Utilizar, em média, 0,4 g/kg/refeição

DOSES PRÉ-SONO:
0,55 g/kg, sendo proteínas de lenta absorção para
manter o pool de aminoácidos circulantes

EMAGRECIMENTO

O objetivo do estudo foi identificar a quantidade de proteína


recomendada para atletas que estão em perda de peso, mas querem
reduzir o risco de perder massa magra.

% Déficit de energia (da necessidade energética)

Jovens Idosos
Consumo de proteína (g/kg/d)

As recomendações atuais
para ingestão de proteína
durante a perda de peso em
atletas são fixadas em 1.6-
2.4 proteína kg/d
Neste trabalho, realizado em 2016, os pesquisadores tinham como
objetivo analisar as mudanças de composição corporal frente a uma
manipulação da ingestão de proteínas, com treinamento físico e um
déficit energético acentuado.

ESTUDO REALIZADO COM 40 HOMENS


Contou com 4 semanas de intervenção, onde os
participantes (que tinham um IMC >25 kg/m²) foram
submetidos a um déficit energético de 40% e a um
treinamento resistido 6x na semana.

GRUPO ALTA PROTEÍNA: GRUPO CONTROLE:


N= 20 N= 20
Proteína = 2,4 g/kg Proteína = 1,2 g/kg

O resultado observado foi que, como esperado, ambos os grupos


obtiveram uma perda considerável de peso. Entretanto, ao analisa a
composição corporal, foi visto que o grupo proteína perdeu mais
gordura e ganhou massa magra. Ao contrário do grupo controle, que
não ganhou massa magra e perdeu menos gordura.

Proteína

Controle

BM = Peso corporal
LBM = Massa livre de gordura
FM = Massa gorda
Isso aconteceu porque no grupo proteína, o balanço nitrogenado
(que antes da intervenção era na média de 5,6) estava em 9,9 (valor
médio) após o final das 4 semanas.

HIPERTROFIA
O primeiro ponto a ser compreendido é a ampla gama de fatores
que estão por trás do aumento da área de secção transversa.
Especificamente, falando de proteínas e hipertrofia, os conceitos já
mencionados anteriormente (de quantidade e qualidade) são
extremamente aplicáveis neste contexto.

Hipertrofia e terceira idade


Essa faixa etária é caracteriza principalmente pelo processo de
sarcopenia, isto é, a perda de massa magra decorrente de uma série
de ajustes que acontecem com o processo de envelhecimento, como a
diminuição de hormônios sexuais DHEA e testosterona, além da
redução também do hormônio do crescimento (GH) e do fator de
crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF-1). As alterações
neuromusculares e o sedentarismo também são pontos
característicos do processo de envelhecimento. As consequências da
sarcopenia incluem a redução do gasto energético de repouso, da
sensibilidade à insulina e da força muscular, relacionada com a
capacidade funcional. Além disso, aumenta a incidência de quedas,
fraturas e mortalidade.

↓Digestão e absorção Refeição proteica

↓Sinalização ↑Sequestro
anabólica esplânico de AA
RESISTÊNCIA ANABÓLICA
COM O ENVELHECIMENTO
↓Captação de ↓Entrega de AA
AA pelo músculo pós prandial
↓Disponibilidade pós
prandial de aminoácidos
Indivíduos jovens e idosos respondem de maneira diferente a um
mesmo estímulo anabólico, como por exemplo, em uma dose igual de
whey protein para ambos os grupos.

MPS em jovens
MPB em jovens e idosos
MPS em idosos

Jovens

Idosos
MPS e MPB

Estímulo Estímulo Estímulo


anabólico anabólico anabólico

A ingestão proteica em idoso deve ser mais elevada devido ao


processo de resistência anabólica. Assim, sabendo que a o estímulo
da síntese de proteína muscular é dependente de robustas fontes
proteicas (qualidade e quantidade), o consumo médio de 0,4 g/kg por
refeição é algo extremamente válido.
Sedentários x treinados
Quando se fala em ingestão de proteínas e acréscimo proteico no
músculo, é observado que, em indivíduos sedentários, esse consumo
não gera maior síntese proteica. Em indivíduos atletas, por outro lado,
o estímulo do treinamento combinado com o consumo de proteínas
gera um ganho na sintese proteica miofibrilar.

Esse estudo tinha como objetivo avaliar a taxa de síntese proteica


dos indivíduos treinados e destreinados. Assim, foi observado que os
indivíduos treinados tinham, em relação a síntese proteica, um pico
seguido de uma queda. Individuos destreinados tinham um tempo
maior de síntese proteica, para somente depois, reduzirem.
Mudança na MPS (%)

Tempo (h) após o treinamento resistido

Neste trabalho de 10 semanas foi observado alterações no que se


refere a contração voluntaria maxima, dor muscular tardia e atividade
da creatina quinase (CK) em indivíduos destreinados.
Somente no T3 (décima semana) foi observado um aumento da
área de secção transversal do músculo. Isso significa que, em
individuos destreinados, a síntese proteica prologada se correlaciona
com o reparo da fibra. Ao passar de semanas, com o ajuste no
maquinário celular ao estimulo, a síntese proteica vai proporcionar,
além do reparo, o aumento da área de secção transversal do músculo.

T1 = Primeira semana
T2 = Terceira semana
T3 = Décima semana
Reparo Maior
hipertrofia
Refin
amen
to da s
íntese

T1 T2 T3
T1 T2 T3

Taxas de síntese proteica Taxas de síntese corigidas e


relacionada ao dano muscular relacionada a hipertrofia

De acordo com os resultados apresentados, a síntese só se


correlaciona com a hipertrofia muscular após a atenuação do dano
imposta a musculatura.

SUPLEMENTAÇÃO PROTEICA

Essa meta-análise tinha como objetivo definir a eficácia da


suplementação de proteína para aumentar a resposta adaptativa do
músculo esquelético ao treinamento de exercícios de resistência
prolongada, em indivíduos jovens e idosos.
Essa meta-análise tinha como objetivo definir a eficácia da
suplementação de proteína para aumentar a resposta adaptativa do
músculo esquelético ao treinamento de exercícios de resistência
prolongada, em indivíduos jovens e idosos.

FORAM 22 ESTUDOS COM 680 INDIVÍDUOS


Combinação de treino prolongado (6-24 semanas) com
proteína (>1,2 g/kg).

FORAM AVALIADOS

FORÇA TAMANHO DA FIBRA MASSA GORDA MASSA LIVRE DE GORDURA

No que se refere a composição corporal, foram observados efeitos


positivos da suplementação proteica em indivíduos treinados e não
treinados, jovens e idosos. Além disso, houve melhora na força para
ambas as faixas etárias e aumento na área de secção transversa em
fibras do tipo I e II, de forma mais pronunciada, para indivíduos jovens.

Na prática clínica, o contexto de suplementação vai muito além do


consumo no pós-treino. Em geral, se o paciente consegue consumir
toda a quantidade proteica prescrita, e originada diretamente da
alimentação, sem sentir desconforto, não é necessário o uso de
proteína em pó. Por outro lado, se existe desconforto ou
uma ocasião de necessidade de alimentação fora (no trabalho ou em
outros locais), o uso de proteínas em pó é algo extremamente prático
e interessante de ser adicionado no cardápio.
O objetivo deste trabalho era comparar os efeitos de uma dieta
rica em proteínas (consistindo também com a suplementação de
whey) ou uma dieta rica em proteínas consistindo somente em
alimentos, combinadas com o treinamento, sobre a composição
corporal.

ESTUDO COM 16 SEMANAS DE DURAÇÃO

O protocolo consistia em 5-6 refeições por dia em


conjunto com treinamento resistido.

15 INDIVÍDUOS 15 INDIVÍDUOS
Whey proteín (20-25g) Somente alimentação proteca

Houve melhora significativa em força, flexibilidade e resistência


muscular em ambos os grupos. Esses resultados demonstram que a
quantidade ideal de proteína, seja ela proveniente de fontes
alimentares ou da suplementação, é o fator mais determinante para
alcançar os resultados esperados.

Este trabalho conduzido por Brad Jon Schoenfeld, um dos maiores


pesquisadores na área da nutrição esportiva, tinha como objetivo
investigar a força muscular, hipertrofia e alterações na composição
corporal em resposta a uma dose igual de proteína consumida antes
ou depois dos treinos.
Um ponto a ser comentado sobre esse trabalho é no que se
refere a metodologia, onde a dose de proteína foi ofertada em um
período de 3 horas antes ou após o exercício. Talvez em um contexto
mais próximo da prática clínica, seria interessante observar o
resultados sobre um consumo imediatamente antes ou
imediatamente após o exercício.

ESTUDO COM 21 HOMENS TREINADOS


O protocolo seguia com um treinamento
supervisionado para hipertrofia, 3x na semana,
durante 10 semanas.

Proteína (25g) +
CHO (1g)

3 HORAS ANTES DO 3 HORAS DEPOIS DO


TREINO
OU TREINO

Como resultado, houve aumentos, em relação ao início do estudo,


na espessura do bíceps e do quadríceps medial, mas sem diferenças
significativas entre os grupo de consumo antes do treino ou após o
treino.

Esse trabalho trouxe pontuações interessantes sobre como


minimizar o efeito do músculo cheio. Os autores demonstram que o
"set point", induzido pela duração finita da MPS elevada, pode ser
atrasado pelo exercício de resistência em conjunto com a alimentação,
totalizando um efeito mais anabólico, quando comparado a somente a
alta ingestão proteica.
O posicionamento de 2017 da Sociedade internacional de nutrição
esportiva (ISSN) trás a recomendação geral de 0,25 g de proteína de
alta qualidade por kg de peso, distribuídos uniformemente, a cada 3-4
horas, ao longo do dia. A recomendação é que o indivíduo se alimente
o mais rápido possível após um treino, pois não comer não oferece
nenhum benefício quanto à hipertrofia muscular e recuperação. Além
disso, podem ser necessárias ingestões de 2,3-3,1 g/kg/dia para
maximizar a retenção de massa magra durante períodos
hipocalóricos.

PROTEÍNA E SACIEDADE

Neste artigo, os autores comentam pontos interessantes sobre o


efeito de saciedade induzido pelo consumo de whey protein.

Dentro deste contexto, uma estratégia interessante na prática


clínica é a inclusão de uma dose de 30 gramas de proteína do whey
em um período de tempo de 45 minutos antes de uma refeição
grande, como o jantar. Assim, é observado uma redução natural da
ingestão calórica, implicando também em melhora da sensibilidade
insulínica e regulação do clico circadiano.
PROTEÍNA E SONO

O sono noturno é o período pós-absorvente mais longo do dia.


Neste sentido, a ingestão de proteínas pré-sono estimula as taxas
de síntese proteica muscular durante a noite, melhorando assim o
recondionamento muscular durante o sono noturno.
Ausência de proteína pré-sono, aumentando
o período de quebra proteica

Dose de proteína pré-sono estimulando


a síntese proteica noturna
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