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Em 1839, o químico sueco Jacob Berzelius atribuiu o termo proteína (do

grego, proteios, primário) para essa classe de compostos. Os fisiologistas daquela


época não perceberam que as proteínas eram, na realidade, compostos de
componentes menores, aminoácidos, embora os primeiros aminoácidos tenham sido
isolados em 1830.Dos mais de 300 aminoácidos que ocorrem naturalmente, 20
constituem as unidades monoméricas das proteínas. Os estudos modernos sobre
proteínas e aminoácidos devem muito aos experimentos do século XIX e do início do
século XX. Agora entende-se que os aminoácidos, por conterem nitrogênio, são
essenciais à vida e são as unidades estruturais que compõem as proteínas. As
proteínas (e polipeptídios) sofrem reabsorção por endocitose e, subsequentemente,
são degradadas por lisossomos celulares a seus aminoácidos constituintes. Os
aminoácidos movem-se presumivelmente do interior da célula para o espaço
peritubular por difusão facilitada. Os aminoácidos comuns são conhecidos como a-
aminoácidos porque têm um grupo amino primário (¬NH2) ligado ao carbono a, que
é o carbono próximo ao grupo carboxílico (¬COOH. A única exceção é a prolina, que
tem um grupo amino secundário (¬NH¬); todavia, por questão de uniformidade, ela
será chamada de a-aminoácido. Os 20 aminoácidos-padrão diferem nas estruturas
de suas cadeias laterais (grupos R).(Devlin,2011)

Figura 1 : estrutura do aminoacido

Os grupos amino e carboxílico dos aminoácidos ionizam-se prontamente. Os


valores de pK dos grupos carboxílicos situam -se em uma pequena faixa em torno
de 2,2, ao passo que os valores de pK dos grupos a-amino (pK2) estão todos
próximos de 9,4. Em pH fisiológico (,7,4), os grupos amino são protonados, e os
grupos carboxílicos assumem sua forma de base conjugada (carboxilato) . Um
aminoácido pode, portanto, agir como ácido e como base. Os aminoácidos, assim
como outros compostos iônicos, são mais solúveis em solventes polares do que em
apolares. Como será visto, as propriedades iônicas das cadeias laterais influenciam
as propriedades físicas e químicas dos aminoácidos livres e dos aminoácidos nas
proteínas.As proteínas são moléculas que contêm uma ou mais cadeias
polipeptídicas. As variações no comprimento e na sequência de aminoácidos de
polipeptídeos são os maiores contribuintes para a diversidade nas formas e nas
funções biológicas das proteínas.As proteínas plasmáticas, os aminoácidos e as
proteínas teciduais encontram-se em um estado de equilíbrio. Quando a
concentração de aminoácidos nas células teciduais diminui abaixo daquela do
plasma, os aminoácidos entram nas células e são usados na síntese de proteínas
plasmáticas e teciduais essenciais.(Devlin,2011)
Os aminoácidos podem ser polimerizados para formar cadeias. Esse
processo pode ser representado como reação de condensação (formação de uma
ligação com a eliminação de uma molécula de água). A ligação CO¬NH resultante,
uma ligação amida, é conhecida como ligação peptídica.Os grandes aminoácidos
neutros (p. ex., fenilalanina, leucina, tirosina, isoleucina, valina, triptofano, metionina,
histidina e L-DOPA) são transportados por difusão facilitada em ambos os lados
luminal e abluminal das células endoteliais. Os aminoácidos neutros menores, como
glicina, alanina, serina, cisteína, prolina e ácido γ-aminobutírico (GABA), são
sintetizados no SNC. Esses aminoácidos também são transportados principalmente
do cérebro para a circulação. (Stryer,2011)
A forma mais útil de classificar os 20 aminoácidos padrão é pela polaridade
de suas cadeias laterais. De acordo com o esquema mais comum de classificação,
há três tipos principais de aminoácidos: (1) os com grupos R apolares, (2) os com
grupos R polares não carregados ou (3) os com grupos R polares carregados. As
cadeias laterais apolares dos aminoácidos têm uma variedade de formas e
tamanhos. Nove aminoácidos são classificados como aminoácidos com cadeias
laterais apolares. A glicina tem o menor tamanho possível de cadeia: um átomo de
hidrogênio H. A alanina, a valina, a leucina e a isoleucina têm cadeias laterais
alifáticas, com tamanhos que variam de um grupo metila para a alanina aos grupos
butil isoméricos para a leucina e a isoleucina. A metionina tem um tioéter na cadeia
lateral que se assemelha a um grupo n-butil em muitas de suas propriedades físicas
(C e S apresentam eletronegatividades quase iguais, e S tem aproximadamente o
mesmo tamanho de um grupo metileno). A prolina tem um grupo pirrolidina cíclico na
cadeia lateral. A fenilalanina (com sua porção fenil) e o triptofano (com seu grupo
indol) contêm grupos aromáticos laterais, caracterizados pelo seu grande tamanho e
por sua apolaridade.As cadeias laterais polares são carregadas positivamente ou
negativamente. Cinco aminoácidos apresentam cadeias laterais carregadas . As
cadeias laterais dos aminoácidos básicos são carregadas positivamente em valores
de pH fisiológicos; ou seja, a lisina, que tem uma cadeia lateral butilamônio, e a
arginina, que tem um grupo guanidina. A histidina, com pKR de 6,04, ioniza
prontamente na faixa de pH fisiológico. Consequentemente, as formas neutra e
catiônica ocorrem nas proteínas. De fato, a protonação-desprotonação da cadeia
lateral da histidina é uma característica de muitos mecanismos de reação
enzimática. As cadeias laterais dos aminoácidos ácidos – o ácido aspártico e o ácido
glutâmico – ficam carregadas negativamente acima de pH 3; em seu estado
ionizado, eles geralmente são chamados aspartato e glutamato. A asparagina e a
glutamina são, respectivamente, as amidas do ácido aspártico e do ácido glutâmico.
(Reece,2006)
As aminotransferases diferem entre si na sua especificidade por substratos
aminoácidos no primeiro estágio da reação de transaminação, produzindo os
diferentes acetoácidos correspondentes. A maioria das aminotransferases,
entretanto, aceita somente a-cetoglutarato ou (em menor grau) oxaloacetato como o
substrato do a-cetoácido no segundo estágio da reação, produzindo glutamato ou
aspartato como seu único aminoácido resultante. Os grupos amino da maioria dos
aminoácidos são, consequentemente, direcionados para a formação de glutamato e
de aspartato. A reação da transaminase é livremente reversível, e assim essas
enzimas participam em vias de síntese e de degradação de aminoácidos. A lisina é o
único aminoácido não transaminado. A presença de transaminases nas células
musculares e hepáticas as torna marcadores úteis de danos teciduais. Os testes das
atividades enzimáticas no sangue são a base das medidas clínicas comumente
usadas conhecidas como TGO (transaminase glutâmica oxalacética, também
conhecida como transaminase aspártica – AST) e TGP (transaminase glutâmica
piruvato, ou transaminase de alanina – ALT). As concentrações dessas enzimas
aumentam no sangue após um ataque cardíaco, quando o músculo cardíaco lesado
extravasa seu conteúdo intracelular. Danos hepáticos também são monitorados
pelos níveis de TGO e TGP.(Lehninger,2011)
O fosfato de piridoxal (vitamina B6) é uma enzima das transformações
metabólicas dos aminoácidos, incluindo reações de descarboxilação e
transaminação. A piridoxina é necessária para a conversão do triptofano em 5-
hidroxitriptamina. O piridoxal fosfato (PLP), derivado da vitamina B6, faz uma ligação
covalente ao aminoácido substrato da reação em que está envolvido e age como um
aceptor de elétrons, facilitando um grande número de reações.As reações de
transaminação envolvendo a vitamina B6 incluem aquelas relacionadas com a
síntese de aminoácidos não essenciais, e também aquelas relacionadas com a
primeira etapa do catabolismo de aminoácidos.
O catabolismo dos aminoácidos ocorre intracelularmente e inclui um passo no
qual o grupo a-amino é removido. Em muitos casos, o grupo amino é convertido em
amônia, que é, então, incorporada em ureia para excreção.remanescente (a-
cetoácido) pode ser quebrada em até CO2 e H2O ou convertida em glicose, em
acetil-CoA ou em corpos cetônicos.Os aminoácidos, na sua maioria, são
desaminados por transaminação, que é a transferência do seu grupo amino a um a-
cetoácido para produzir o a-cetoácido do aminoácido original e um novo aminoácido.
As aminotransferases diferem entre si na sua especificidade por substratos
aminoácidos no primeiro estágio da reação de transaminação, produzindo os
diferentes acetoácidos correspondentes. A maioria das aminotransferases,
entretanto, aceita somente a-cetoglutarato ou (em menor grau) oxaloacetato como o
substrato do a-cetoácido no segundo estágio da reação, produzindo glutamato ou
aspartato como seu único aminoácido resultante. Os grupos amino da maioria dos
aminoácidos são, consequentemente, direcionados para a formação de glutamato e
de aspartato. A reação da transaminase é livremente reversível, e assim essas
enzimas participam em vias de síntese e de degradação de aminoácidos. A lisina é o
único aminoácido não transaminado. A presença de transaminases nas células
musculares e hepáticas as torna marcadores úteis de danos teciduais.O grupo
aceptor predominante é o a-cetoglutarato, produzindo glutamato e o novo a-
cetoácido.As enzimas que catalisam a transaminação, designadas
aminotransferases ou transaminases, necessitam da coenzima piridoxal-59-fosfato
(PLP). Para completar o ciclo catalítico das transaminases, a coenzima deve ser
convertida do PMP novamente na base de Schiff da enzima-PLP. Isso envolve os
mesmos três passos, porém, em ordem inversa.
A transação, certamente, não resulta em uma desaminação líquida qualquer.
O glutamato, no entanto, pode ser desaminado oxidativamente pela glutamato- -
desidrogenase (GDH), produzindo amônia e regenerando o a-cetoglutarato para uso
em reações de transaminação adicionais. A glutamato-desidrogenase, enzima
mitocondrial, é a única enzima conhecida que pode aceitar NAD1 ou NADP1 como
sua coenzima redox. Supõe-se que a oxidação ocorra com a transferência de um íon
hidrito a partir do Ca do glutamato para o NAD(P)1, formando, assim, a-
iminoglutarato, que, por sua vez, é hidrolisado a a-cetoglutarato.A enzima é inibida
alostericamente por GTP e NADH (os quais sinalizam energia metabólica
abundante) e ativada por ADP e NAD1 (os quais indicam a necessidade de gerar
ATP). Como o produto da reação, a-cetoglutarato, é um intermediário do ciclo do
acido cítrico, a ativação da glutamato-desidrogenase pode estimular o fluxo pelo
ciclo, causando um aumento na produção de ATP pela fosforilação oxidativa.
Os aminoácidos são degradados a compostos que podem ser metabolizados
até CO2 e H2O ou usados na gliconeogênese. De fato, a degradação oxidativa de
aminoácidos é, em geral, responsável por 10 a 15% da energia metabólica gerada
pelos animais. Esta seção aborda o modo pelo qual os esqueletos carbonados dos
20 aminoácidos-padrão são catabolizados. Não serão descritas em detalhes todas
as reações envolvidas, que são bastante numerosas. Em vez disso, será focalizada
a maneira como essas vias são organizadas, com ênfase em certas reações de
interesse químico e/ou médico. Os aminoácidos-padrão são catabolizados até um
dos seguintes intermediários metabólicos: piruvato, a-cetoglutarato, succinil-CoA,
fumarato, oxaloacetato, acetil-CoA ou acetoacetato(Lehninger,2011)
O ciclo do ácido cítrico oxida a acetil- -CoA em CO2 e H2O com a produção
simultânea de coenzimas reduzidas, cuja reoxidação aciona a síntese de ATP.
Muitos aminoácidos glicogênicos podem ser oxidados por meio do ciclo do ácido
cítrico após terem sido quebrados em alguns dos seus intermediários , os quais, por
sua vez, são degradados a piruvato e, em seguida, a acetil-CoA, único substrato do
ciclo.A acetil-CoA é o produto comum da degradação da glicose, dos ácidos graxos
e dos aminoácidos cetogênicos. Seu grupo acetila pode ser oxidado a CO2 e H2O
pelo ciclo do ácido cítrico e pela fosforilação oxidativa ou usado para sintetizar
corpos cetônicos ou ácidos graxos. O piruvato é o produto da glicólise e da
degradação de aminoácidos glicogênicos. Ele pode ser descarboxilado
oxidativamente para produzir acetil-CoA, comprometendo assim seus átomos com a
oxidação ou com a biossíntese de ácidos graxos. O piruvato pode, alternativamente,
ser carboxilado pela reação da piruvato-carboxilase para formar oxaloacetato, o qual
pode tanto reabastecer o ciclo do ácido cítrico com intermediários como originar
glicose ou certos aminoácidos. Para tanto, Conjunto de oito reações enzimáticas,
dispostas em um ciclo, no qual a energia livre, na forma de ATP, NADH e FADH2, é
recuperada pela oxidação de grupos acetila do acetil-CoA a CO2. Também
denominado ciclo de Krebs e ciclo dos ácidos tricarboxílicos (TCA).(Stryer,2011)
Em suma, as reação do ciclo do ácido cítrico inicia uma rodada do ciclo, a
acetil-CoA doa seu grupo acetil ao composto de quatro carbonos oxaloacetato,
formando o composto de seis carbonos citrato. O citrato é, em seguida,
transformado a isocitrato, também uma molécula com seis carbonos, o qual é
desidrogenado com a perda de CO2 para produzir o composto de cinco carbonos a-
cetoglutarato (também chamado de oxoglutarato). O a-cetoglutarato perde uma
segunda molécula de CO2, originando ao final o composto de quatro carbonos
succinato. O succcinato é, então, convertido por quatro etapas enzimáticas ao
composto de quatro carbonos oxaloacetato.uma molécula de oxaloacetato pode
participar da oxidação de um número infinito de grupos acetil, e, na verdade, o
oxaloacetato está presente nas células em concentrações muito baixas. Quatro das
oito etapas deste processo são oxidações, nas quais a energia da oxidação é
conservada de maneira muito eficiente na forma das coenzimas reduzidas NADH e
FADH2. São oito etapas do á´cdio citrico: Formação do citrato,Formação de
isocitrato via cis-aconitato,Oxidação do isocitrato a a-cetoglutarato e CO,Oxidação
do a-cetoglutarato a succinil-CoA e CO,Conversão de succinil-CoA a succinato,
Oxidação do succinato a fumarato,Hidratação do fumarato a malato E xidação do
malato a oxaloacetato.
Figura 2: produtos ácido cítrico

Como os átomos de carbono das moléculas de acetato que entram no ciclo


do ácido cítrico aparecem oito etapas depois no oxaloacetato, pode parecer que esta
via pode produzir oxaloacetato a partir de acetato e, assim, originar fosfoenolpiruvato
para a gliconeogênese.O succinato pode ser convertido via fumarato e malato a
oxaloacetato, o qual pode, então, ser convertido a fosfoenolpiruvato pela PEP- -
carboxicinase, e, assim, a glicose pela gliconeogênese.
Quando a glicose é abundante, como imediatamente após uma refeição, a
síntese de glicogênio é acelerada. Mesmo assim, a capacidade do fígado de estocar
glicogênio é apenas suficiente para suprir o cérebro com glicose por um período de
aproximadamente meio dia. Em condições de jejum, a maior parte das necessidades
de glicose do organismo é suprida por meio da gliconeogênese.A gliconeogênese é
especialmente importante durante um período maior de jejum e o principal local da
gliconeogênese é o fígado, com um pequeno percentual também ocorrendo nos rins.
Sendo que a gliconeogênese converte piruvato em glicose. Em condição de
saciedade leva à secreção de insulina que, em cooperação com o glucagon,
mantém a homeostasia da glicose. Em essência, a insulina sinaliza o estado de
saciedade; o hormônio estimula o armazenamento de substratos energéticos e a
síntese de proteínas de vários modos. A insulina estimula a síntese de glicogênio
tanto no músculo quanto no fígado e suprime a gliconeogênese pelo fígado. Ela
também acelera a glicólise no fígado, o que, por sua vez, aumenta a síntese de
ácidos graxos.
Em casos de inanição, a gliconeogênese esgota o suprimento de
oxaloacetato, que é essencial para a entrada de acetil-CoA no ciclo do ácido cítrico.
Como consequência, o fígado produz grandes quantidades de corpos cetônicos, que
são liberados no sangue. Nesse estágio, o cérebro começa a consumir quantidades
significativas de acetoacetato em lugar de glicose. Depois de 3 dias de inanição,
cerca de 25% das necessidades energéticas do cérebro são supridos pelos corpos
cetônicos (Lehninger,2011).
As etapas são:
1. Fosfoenolpiruvato é formado a partir do piruvato via oxaloacetato pela ação da
piruvato carboxilase e da fosfoenolpiruvato carboxiquinase.Em que é a carboxilação
do piruvato para formar oxaloacetato à custa de uma molécula de ATP.A
carboxilação do piruvato funciona de forma que O grupo carboxila ativado é, a
seguir, transferido da carboxibiotina para o piruvato, para formar
oxaloacetato.Oxaloacetato, o produto da reação da piruvato carboxilase, precisa,
portanto, ser transportado para o citoplasma para completar a via. Ele é transportado
da mitocôndria na forma de malato: oxaloacetato é reduzido a malato dentro da
mitocôndria por uma malato desidrogenase ligada a NAD-H. Depois que o malato é
transportado atravessando a membrana mitocondrial ele é reoxidado a oxalacetato
por uma malato desidrogenase ligada a NAD+ no citoplasma.O oxaloacetato é
simultaneamente descarboxilado e fosforilado pela fosfoenolpiruvato carboxiquinase
para produzir fosfoenolpiruvato. O doador de fosforila é GTP. O CO2 que foi
adicionado ao piruvato pela piruvato carboxilase sai nesta etapa. (Stryer,2011)
O oxaloacetato citosólico é convertido pela gliconeogênese em frutose-6-
fosfato, o precursor da sacarose. Assim, faz-se necessária a integração de
sequências de reações em três compartimentos celulares para a produção de
frutose-6-fosfato ou sacarose a partir dos lipídeos armazenados. Como apenas três
dos quatro carbonos em cada molécula de oxaloacetato são convertidos em hexose
no citosol, cerca de 75% do carbono nos ácidos graxos armazenados como lipídeos
nas sementes são convertidos em carboidratos

2. A frutose 6-fosfato é formada a partir da frutose 1,6-bisfosfato pela hidrólise do


éster de fosfato do carbono 1. A frutose 1,6-bisfosfatase catalisa esta hidrólise
exergônica.

Frutose 1,6-bisfosfato + H2O → frutose 6-fosfato + Pi

3. A glicose é formada pela hidrólise da glicose 6-fosfato em uma reação catalisada


pela glicose 6- fosfatase.

Glicose 6-fosfato + H2O → glicose + Pi


Além disso, Na primeira etapa da gliconeogênese, a conversão de piruvato a
fosfoenolpiruvato (PEP), o piruvato é carboxilado pela piruvato-carboxilase a
oxaloacetato, depois descarboxilado a PEP pela PEP-carboxicinase . Como a adição
de CO2 é seguida pela perda de CO2, você poderia esperar que, em experimentos
com marcadores, o 14C do 14CO2 não fosse incorporado ao PEP, glicose ou
qualquer outro intermediário da gliconeogênese. Entretanto, pesquisadores
observaram que, quando uma preparação de fígado de rato sintetiza glicose na
presença de 14CO2, o 14C lentamente aparece no PEP e, no devido tempo,
aparece no C-3 e no C-4 da glicose. (Stryer,2011)
Muitas plantas armazenam lipídeos e proteínas em suas sementes, para
serem usados como fontes de energia e como precursores biossintéticos durante a
germinação, antes do desenvolvimento do mecanismo fotossintético. A
gliconeogênese ativa em sementes em germinação fornece glicose para a síntese
de sacarose, polissacarídeos e muitos outros metabólitos derivados de hexoses.
(Lehninger,2011).
A Figura 3 demonstra o metabolismo ga glicose , com ligação ao ciclio do
acido citrico e gliconeogenese.A glicose-6-fosfato (G6P) é produzida pela
fosforilação da glicose livre, pela degradação do glicogênio e pela gliconeogênese.
Também é um precursor para a síntese de glicogênio e para a via das pentoses-
fosfato. O fígado pode hidrolisar G6P a glicose. A glicose é metabolizada pela
glicólise a piruvato, o qual poderá ser desdobrado em acetil-CoA para a oxidação no
ciclo do ácido cítrico. O lactato e os aminoácidos, reversivelmente convertidos em
piruvato, são precursores para a gliconeogênese.(Stryer,2011)

Figura 3 : Visão geral do metabolismo da glicose.

Os aminoácidos são os blocos de construção (monômeros) das proteínas. 20


aminoácidos diferentes são usados para sintetizar proteínas. A forma e outras
propriedades de cada proteína são ditadas pela sequência precisa de aminoácidos.
O catabolismo de aminoácidos é catalisada por aminotransferases. A quebra da
glutamina , um aminoácido , pela glutaminase é uma fonte de íon amônio na célula
forma o produto glutamato. O glutamato pode ser convertido por uma reação de
transaminação em alfa-cetoglutarato, que pode ser oxidado no ciclo do ácido
cítrico .Assim como a conversão de piruvato em acetil-CoA, o ciclo do ácido cítrico
ocorre na matriz da mitocôndria. Quase todas as enzimas do ciclo do ácido cítrico
são solúveis, com exceção da enzima succinato desidrogenase, que está embutida
na membrana interna da mitocôndria. Ao contrário da glicólise, o ciclo do ácido
cítrico é um ciclo fechado: a última parte da via regenera o composto usado na
primeira etapa. As oito etapas do ciclo são uma série de reações redox,
desidratação, hidratação e descarboxilação que produzem duas moléculas de
dióxido de carbono, uma GTP/ATP e formas reduzidas de NADH e FADH2. Esta é
considerada uma via aeróbica porque o NADH e o FADH2 produzidos devem
transferir seus elétrons para a próxima via do sistema, que utilizará oxigênio. A
gliconeogênese uma via metabólica que regenera a forma de glicose que regenera a
glicose a partir de não carboidratos como aminoácido, glicerol e piruvato.

Referências bibliográficas :

Devlin, T.M. Manual de bioquímica com correlações clínicas. Blucher, São Paulo,
2011
Reece, W.O. Dukes Fisiologia dos animais domésticos. Editora Guanabara Koogan
S.A., Rio de Janeiro, 2006.

Nelson, D.L.; Cox, M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. Artmed, Porto


Alegre , 2011.

Tymoczko, J. L.; Berg, J.; STRYER, L. Bioquímica fundamental. Editora Guanabara


Koogan S.A., Rio de Janeiro, 2011.

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