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SÍNTESE PROTEICA

Ácidos nucleicos e síntese proteica


Expressão da informação genética
 
Genes: segmento de DNA capaz de codificar a síntese de um péptido.

Genoma: conjunto de toda a informação genética (genes) presente num individuo (ou numa espécie).

• Mas, como é que a informação genética dá origem às características?

  Os genes são responsáveis pelas características, através da síntese de


enzimas que controlavam as reações químicas que ocorrem nas células.
Ácidos nucleicos e síntese proteica
Experiência de Adrian Srb e Norman Horowitz
 

• Estirpe mutante 1: apenas crescem no meio que já continha arginina. A transformação de citrulina em arginina, não ocorreu.
• Estirpe mutante 2: crescem no meio que já continha arginina e citrulina. A transformação de ornitina em citrulina não ocorreu.
• Estirpe mutante 3: Apenas não cresceram no meio mínimo. A formação de ornitina não ocorreu .

Cada mutante apresentava alterações apenas num gene. Cada gene é responsável pela produção de uma enzima.
Ácidos nucleicos e síntese proteica
Expressão da informação genética
  Genes: segmento de DNA capaz de codificar a síntese de um péptido.

Genoma: conjunto de toda a informação genética (genes) presente num individuo (ou numa espécie).

• Como é que a informação genética dá origem às características?

Os genes são responsáveis pelas características, através da síntese de enzimas que controlavam as reações químicas que
ocorrem nas células.
  … mas através de que mecanismos ?

TRANSCRIÇÃO TRADUÇÃO
Ácidos nucleicos e síntese proteica
Expressão da informação genética – Procariontes vs Eucariontes
  Para que os genes se expressem é necessário que a informação seja transcrita para moléculas de mRNA que serão posteriormente
traduzidas para a forma de péptidos. A expressão génica nos eucariontes apresenta diferenças relativamente aos procariontes.

Etapas da síntese proteica


  dos procariontes:
• transcrição
• tradução

Síntese proteica nos procariontes.


Ácidos nucleicos e síntese proteica
Expressão da informação genética – Procariontes vs Eucariontes
  Para que os genes se expressem é necessário que a informação seja transcrita para moléculas de mRNA que serão posteriormente
traduzidas para a forma de péptidos. A expressão génica nos eucariontes apresenta diferenças relativamente aos procariontes.

Etapas da síntese proteica dos

Síntese proteica nos eucariontes


  eucariontes:
• transcrição
• processamento de mRNA
• tradução
Ácidos nucleicos e síntese proteica
Código genético
  As moléculas de DNA e as proteínas são constituídas por monómeros ou unidades básicas. Os monómeros dos ácidos nucleicos são os
nucleótidos, enquanto que os monómeros das proteínas são os aminoácidos.

No caso dos ácidos nucleicos, existem quatro monómeros diferentes, enquanto que nas proteínas existem cerca de vinte unidades
básicas diferentes.

 
Como é que, existindo quatro nucleótidos diferentes, era
possível que estes codificassem cerca de vinte aminoácidos
distintos?

• O código genético assenta numa sequência de três


nucleótidos consecutivos, os quais formam um tripleto.
Ácidos nucleicos e síntese proteica
Código genético
  Codão: tripleto de nucleótidos do mRNA que codifica um aminoácido na • Cada aminoácido é codificado por um tripleto designado codão.
síntese de um péptido. Pode também codificar o início ou a finalização • O tripleto AUG tem uma dupla função: codificar o aminoácido
dessa síntese.
metionina e constituir o codão de iniciação para a síntese proteica.
• Os tripletos UAA, UGA e UAG são codões de finalização, isto é,
quando surgem, termina a síntese do péptido.
• O código genético é redundante, isto é, existe mais do que um

  codão para codificar um aminoácido. Este fenómeno é, também,


conhecido por degenerescência do código genético.
• O terceiro nucleótido de cada codão é menos específico que os
dois primeiros. Por exemplo, a prolina pode ser codificada por
qualquer um dos seguintes codões: CCU, CCC, CCA ou CCG.
• O código genético não é ambíguo, isto é, um determinado codão
não codifica dois aminoácidos diferentes.
• Regra geral, o código genético é universal, isto é, um determinado
codão tem o mesmo significado para a maioria dos organismos.
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Transcrição
 

A transcrição é o processo que permite formar


moléculas de RNA a partir de uma das cadeias
de DNA que serve de molde. A transcrição tem
início numa região do DNA designada promotor.

 
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Transcrição
A transcrição termina quando a RNA polimerase encontra a região de finalização. Nessa altura, a RNA polimerase e a cadeia de RNA
sintetizada desprendem-se da molécula de DNA, que volta a emparelhar com a sua cadeia complementar.

Nos procariontes a molécula de RNA transcrita é a Nos eucariontes, o RNA sintetizado é editado antes de abandonar o
molécula de RNA que é traduzida. núcleo, fenómeno designado processamento (ou maturação).

Durante este processo, secções do


RNA, inicialmente transcritas, são
removidas - intrões. As porções não
removidas - exões, ligam-se entre si,
formando o mRNA maturado.
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Tradução
 

A tradução é o processo que ocorre nos Anticodão: sequência de três


ribossomas e que permite a descodificação da nucleótidos, presentes no tRNA,
mensagem contida no mRNA de forma a sintetizar complementar do codão do mRNA.
um péptido.

 
Esta última etapa, para além do mRNA, envolve
outras moléculas de RNA:
- RNA de transferência (tRNA)
- RNA ribossómico (rRNA)

Cada molécula de tRNA apresenta: tRNA - Modelo bidimensional

• região de fixação do aminoácido específico – anticodão;


• locais de ligação ao ribossoma;
• locais de ligação às enzimas intervenientes na formação dos péptidos. tRNA - Modelo tridimensional
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Tradução
 

• O rRNA associa-se a proteínas para formar os • O tRNA transporta os aminoácidos até aos ribossomas. Cada
ribossomas. Cada ribossoma apresenta duas molécula de tRNA apresenta um anticodão que estabelece uma
subunidades (uma subunidade maior e uma ligação de complementaridade com o codão do mRNA. Existe uma
subunidade menor). molécula de tRNA para cada um dos vários codões existentes.
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Tradução
 
A tradução pode ser dividida em três etapas: iniciação, alongamento e finalização.

Iniciação

 
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Tradução
 
Alongamento

 
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Tradução
 
Finalização

1. Quando o ribossoma atinge um 2. O fator de libertação quebra a 3. As duas subunidades dissociam-se libertando
codão de finalização, uma proteína ligação entre o tRNA e o péptido, as moléculas que ainda se encontravam a ele
designada fator de terminação, liga- conduzindo à sua libertação. ligadas.
se ao ribossoma.
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Modificações pós-tradução
 

Após a tradução, grande


parte das proteínas não
apresenta ainda atividade
biológica. Têm de sofrer
algumas alterações, para
 
que se tornem ativas.

Destacam-se:
• Fosforilação
• Glicosilação
• Proteólise
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Alterações do material genético


O material genético pode sofrer alterações, chamadas mutações. Quando estas alterações afetam um determinado gene,
diz-se que ocorreu uma mutação génica. As mutações são a alteração da sequência nucleotídica de um gene.

• Anemia falciforme
Uma simples substituição de um
aminoácido de uma das quatro
cadeias que constituem a
hemoglobina, era responsável
pela anomalia.
Os indivíduos que sofrem desta
alteração, possuem hemácias
com formas irregulares, fazendo
lembrar uma foice.
Ácidos nucleicos e síntese proteica

Alterações do material genético


O material genético pode sofrer alterações, chamadas mutações. Quando estas alterações afetam um determinado gene,
diz-se que ocorreu uma mutação génica. As mutações são a alteração da sequência nucleotídica de um gene.

• Fenilcetonúria

Anomalia na produção de uma enzima (fenilalanina hidroxilase), que


transforma a fenilalanina em tirosina.
Na ausência desta enzima, a fenilalanina acumula-se, originando ácido
fenilpirúvico que afeta o desenvolvimento do sistema nervoso central,
conduzindo ao aparecimento de atraso mental e problemas psicomotores.
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Alterações do material genético


Nem sempre a substituição de um nucleótido num determinado
tripleto reflete-se em anomalia das proteínas resultantes – perda de
função. Por vezes, tendo em conta a redundância do código genético,
a substituição de um nucleótido pode continuar a codificar o mesmo
aminoácido - mutação silenciosa. Noutras situações, as mutações
conduzem à síntese de proteínas capazes de desempenhar novas
funções – ganho de função.

Espontâneas Induzidas

Agentes mutagénicos
(ex: radiações, substâncias químicas, etc.)
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Verificação das aprendizagens
Nas questões que se seguem, selecione as opções corretas.

1. Uma sequência de DNA representada por 3’-GTTTAG-5’ será transcrita para


(A) 3’-CAAAUC-5’.
(B) 5’-CAAAUC-3’.
(C) 3’-CAAATC-5’.
(D) 5’-CAAATC-3’.

2. Observe, atentamente, a figura. Selecione o aminoácido codificado pelo codão UAU

(A) Tirosina
(B) Arginina
(C) Glicina
(D) Valina
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Verificação das aprendizagens

3. Observe, atentamente, a figura. Selecione o anticodão que transporta a arginina.


(A) GCA
(B) GCT
(C) CGU
(D) CGA

4. Identifique a única opção correta.


(A) É necessária uma sequência de quatro bases nitrogenadas para codificar um aminoácido.
(B) Durante a síntese proteica, o tRNA tem por função levar os aminoácidos às mitocôndrias.
(C) Todas as células sintetizam sempre os mesmos tipos de proteínas, nas mesmas proporções.
(D) A troca de uma única base na molécula de DNA pode não levar à substituição de um aminoácido na cadeia polipeptídica correspondente.
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