PROJETO DE INTERVENÇÃO CÓDIGO:

(DISCIPLINA DE EXTENSÃO - DISCENTE) PEX-MDL-54

APROVADO POR: Francislene Hasmann-Diretor (a) Adjunto de Regulação DATA: 15/09/2022 VERSÃO: 00

Saúde Coletiva – Doenças Zoonoses

LEPTOSPIROSE

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CURSO(S) PROPONENTE(S):
ÁREA TEMÁTICA:
DISCENTES RESPONSÁVEIS:
(nome e matrícula)
QUANTIDADES DE ALUNOS NO PROJETO
DADOS DO PROJETO
Medicina Veterinária
Saúde coletiva – Doenças Zoonoses
Leptospirose
Camila Pantoja Prata – 04105474
Daniele Priscila Faciola Mota - 04105954
Eliz Maria Oliveira de Azevedo - 04106626
Isabela Bezerra Salomão - 04123069
Isabela Dias Bizerra – 04107754
Izabela Maria Chaves Alves - 04105897
Joel Castro Rego - 04104380
Karla Julyana Branches Vidal - 04104269
Maria Cecília Campos Otoni - 04105438
Verônica de Andrade Viana - 04106383
10 Alunos

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REGULAMENTO DE PROJETOS DE EXTENSÃO

1. Introdução:

Levando em conta o precário saneamento básico, o baixo investimento em infraestrutura e

o crescimento aglomerado da população, este projeto se faz como uma medida preventiva para o
controle de surtos da doença ( DA SILVA LIMA; RODRIGUES 2021). Desta maneira, esperamos
contribuir com a sociedade, fazendo o uso de nossos conhecimentos adquiridos através da
nossa vivência acadêmica, e conduzir as pessoas a uma promoção e prevenção da sua saúde
(MEDEIROS,2022).

A leptospirose é uma zoonose, cujo causador é a bactéria Leptospira. São bactérias

móveis de forma espiralar. É uma doença já descrita desde a Grécia Antiga, porém, no século
XIX o patologista Adolf Weil descreveu uma doença parecida caracterizada por: icterícia,
aumento anormal do baco e inflamação nos rins. Aproximadamente estima-se que no mundo
existam 10 milhões de casos por ano. O contágio ocorre por meio do contato com urina de
animais infectados, como roedores, suínos, bovinos, equinos, ovinos e cães, ou pelo contato com
água ou lama contaminadas.

A doença se apresenta clinicamente de duas fases: fase precoce (fase leptospirêmica) e

fase tardia (fase imune). Os principais sintomas são: olhos amarelados, urina escura, febre e
dores musculares principalmente nas panturrilhas e nas pernas, e em casos graves ocorre a
síndrome de Weil, que é caracterizada por icterícia rubínica onde a pele fica com um tom
alaranjado, insuficiência renal, hepática e cardiovascular e hemorragia pulmonar. Os sintomas
demoram em torno de uma a duas semanas para surgirem (MELO; PECONICK, 2019)

O diagnóstico é feito principalmente por exame físico e de sangue, além de outros exames
como radiografia de tórax, gasometria arterial, bioquímica, sorologia para leptospirose e
hemoculturas para leptospira (FERREIRA; Luan Daniel Silva, 2021). Já o tratamento é realizado
com o uso de antibióticos, com grande eficácia na primeira semana, e medidas terapêuticas de

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suporte nos casos moderados e graves, como reposição hidroeletrolítica, assistência

cardiorrespiratórias, transfusões de sangue, entre outros.

Segundo o Ministério da Saúde, 10% dos casos graves evoluem para óbito, sendo assim
uma grande questão de saúde pública do país. Sua incidência é maior na área urbana, visto que
parte da população vive em aglomerações sem uma infraestrutura sanitária adequada e com
altas infestações de roedores. Como vivemos em um país tropical, onde ocorre períodos
chuvosos e inundações, que são fatores que favorecem a disseminação da doença, a ocorrência
de surtos é grande. (MS. 2014)

No Brasil, a leptospirose é uma doença de notificação compulsória, onde a autoridade de

saúde deve ser obrigatoriamente comunicada para assim prever e prevenir possíveis surtos da
doença, portanto a ocorrência de casos suspeitos deve ser notificada. A notificação deve ser
registrada no Sistema de Informação e Agravos de Notificação (SINAN), utilizando a ficha de
investigação da leptospirose (SINAN, 2006).

No município de Santarém foi detectado um caso no dia 19 de abril. Durante todo o ano de
2021, foram notificados 441 casos da doença, neste momento, já ultrapassamos o número em
128%. Sendo que um desses casos é de um jovem que foi a óbito, em abril na Unidade de
Pronto Atendimento (UPA) em Santarém, no oeste do Pará (SESPA, 2022).

Um dos principais modos de prevenção da doença é a melhoria do saneamento básico,

como o abastecimento de água tratada, tratamento de esgoto e recolhimento e descarte
adequados do lixo, além dos cuidados de higiene pessoais, como lavar as mãos frequentemente,
fazer uso de calçados para proteção dos pés e evitar o contato com água e lama que possam
estar supostamente contaminadas (MELO; PECONICK, 2019).

Outra forma de prevenção baseia-se no controle da população de ratos que é a principal

forma de evitar o risco de leptospirose. Para isso, o ambiente deve ser mantido limpo e deve-se
ter outros cuidados como evitar entrar em ambientes lamacentos ou animais de fazenda sem a
devida proteção, como luvas e botas; separar o lixo doméstico corretamente e colocar para fora
de casa; manter o tanque de água limpo e bem coberto para evitar a invasão de roedores; entre
outros (SESA, 2015).

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2. Objetivo: O objetivo neste projeto é conscientizar estudantes do 1º ano em uma escola

localizada no município de Santarém-pá mostrando medidas preventivas a respeito da
doença leptospirose.
3.
4. Caracterização da área: Escola Estadual de ensino fundamental e médio Pedro Álvares
Cabral E.E.E.F.M fica localizado na área urbano, nas margens da rua vinte e quatro de
outubro-laguinho, situada na região oeste do Pará, nas proximidades da escola tem uns
lanches, restaurantes, e casas, e residências, nas proximidades tem o bosque Vera Paz e o
mercadão 200, APAE e a Cargil. No bairro laguinho não tem posto de saúde, o bairro mais
próximo com posto de saúde e o bairro mapiri.

5. Local de execução e público-alvo: O local destinado foi a escola estadual de ensino

fundamental e médio Pedro Álvares Cabral, o público destinado será 1 ano do ensino médio
que contém 60 alunos em duas turmas com a faixa etária de 15 a 16 anos, iremos executar a
apresentação do projeto em auditório

6. Materiais e métodos de abordagem: Daremos início fazendo uma pequena introdução

falando a respeito sobre a doença (leptospirose) onde usaremos um vídeo sobre seu conceito
e sua prevenção, em seguida, iremos dar continuidade com um jogo no “Kahoot” com
perguntas sobre a doença. Com o término da dinâmica iríamos fazer a premiação para os que
mais se destacarem.
7. Perguntas feitas no Khoot:
O que é a leptospirose?
Como se pega a leptospirose?
Quais os sintomas?
O que fazer ao manifestar esses sintomas da leptospirose?
Quanto tempo demora para a doença leptospirose se manifestar?
Como é feito o tratamento da leptospirose?
Como evitar a doença leptospirose?
Por quanto tempo a leptospira sobrevive no meio ambiente?
Qual o principal vetor da leptospirose?
Existe vacina contra a leptospirose?

8. Resultados esperados: Esperamos conscientizar os alunos a respeito dos malefícios da

doença e que eles possam aprender e repassar as informações para seus familiares e amigos
com a finalidade de prevenir essa enfermidade.

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9. Cronograma
2022
ATIVIDADES DO PROJETO
AGO SET OUT NOV DEZ
1- Primeiro encontro com os professores para
19
explicação do projeto para os grupos
2- Segundo encontro para separação dos grupos,
sorteio da doença e discussão sobre o início do 02
trabalho
3- Início da parte escrita do trabalho 14

4- Finalização da parte escrita do trabalho 15

5- Acessoramento com os professores 16

6- Fizemos alterações no trabalho escrito 19

7- Tiramos dúvidas com a professora Brena 23

8- Último assessoramento antes da prova 29

9- Visita na escola escolhida para apresentação
do projeto em busca de uma possível 30
aprovação

10. Referências Bibliográficas

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Leptospirose, diagnóstico e manejo. 2014 Acessado em: 18 de
Setembro de 2022

SOUZA, Izadora Karolina Freitas. Leptospirose: Epidemiologiada enfermidade em humanos

e estudos soroepidemiológicos em equinos no Estado do Amazonas, Brasil. Santarém,
2021. Acessado em: 18 de Setembro de 2022

RODRIGUES, Claúdio Manoel. Entre discurso oficial e a negligência da vigilância de

leptospirose no Brasil. 2018. Acessado em: 21 de Setembro de 2022

GUEDES, Diego; BRAGA, Kassandra; SILVA, Marcelane; MEDEIROS, Renata. Diagnóstico e

tratamento de pacientes com leptospirose no Brasil: Revisão da literatura. Dezembro, 2020.

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Acessado em: 18 de Setembro de 2022

SESA, Secretaria de Estado da Saúde do Estado do Espirito Santo.

https://saude.es.gov.br/cuidados-para-evitar-a-leptospirose-devem-ser 2015 Acessado em: 21 de
Setembro de 2022

MELO, Tuane Ferreira; PECONICK, Ana Paula. As características da Leptospira spp.: uma
revisão de literatura. Scire Salutis, v. 9, n. 3, p. 1-7, 2019. Acessado em: 30 de Setembro de
2022

FERREIRA, Luan Daniel Silva et al. Revisão sobre as principais técnicas de diagnóstico de
leptospirose Review o the main techniques of diagnostic of leptospirosis. Brazilian Journal of
Health Review, v. 4, n. 4, p. 15230-15243, 2021. Acessado em: 02 de Outubro de 2022

DA SILVA LIMA, Marcos Vinícius; RODRIGUES, Gabriela Meira. Urbanização e Leptospirose: o

impacto da doença em regiões periféricas. Revista Liberum accessum, v. 10, n. 2, p. 36-42,
2021. Acessado em: 02 de Outubro de 2022

MEDEIROS, William Leonel. Políticas públicas e doenças no Brasil: abordando a Leptospirose.

2022. Acessado em: 02 de Outubro de 2022

MELO, Tuane Ferreira; PECONICK, Ana Paula. As características da Leptospira spp.: uma
revisão de literatura. Scire Salutis, v. 9, n. 3, p. 1-7, 2019.

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