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PROJETO DE INTERVENÇÃO CÓDIGO:

(DISCIPLINA DE EXTENSÃO - DISCENTE) PEX-MDL-54


APROVADO POR: Francislene Hasmann-Diretor (a) Adjunto de Regulação DATA: 27/07/2022 VERSÃO: 00

DENGUE: HISTÓRIA, PROLIFERAÇÃO DO MOSQUITO, CASOS


GRAVES E MEDIDAS DE PREVENÇÃO.

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DADOS DO PROJETO
CURSO(S) PROPONENTE(S): Farmácia
ÁREA TEMÁTICA: Saúde Coletiva
DISCENTES RESPONSÁVEIS:
(nome e matrícula) Ana Aline Mota Morais - 01711148
QUANTIDADES DE ALUNOS NO PROJETO 1

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INTRODUÇÃO

As primeiras referencias sintomáticas à Dengue datam do século III a.c na China,


de acordo com o Instituto Fiocruz, "o mosquito transmissor é originário do Egito, na África, e vem se
espalhando pelas regiões tropicais e subtropicais do planeta desde o século 16, período das Grandes
Navegações." Devido a urbanização a doença se espalhou com mais intensidade e as primeiras
epidemias ocorreram no Caribe, América do Sul.
David Bylon e Benjamin Rush mencionaram casos graves entre 1779 e 1780,
respectivamente em Java e Filadélfia, onde foi caracterizada como febre hemorrágica. Albert Sabin
foi o pioneiro no isolamento e análise do vírus dos tipos 1 e 2, durante a segunda guerra mundial. No
Brasil, conforme saude.sp.gov.br "os casos clínicos documentados laboratorialmente ocorreram em
Boa Vista, Roraima, em 1982" e foi o Departamento de Virologia da Fiocruz, responsável por isolar
os tipos 2 e 3 respectivamente em 1990 e 2001.
Em geral, trata-se de uma doença infecciosa febril aguda, podendo ser benigna
ou grave, em associação a comorbidades pré-existentes e ao tipo do vírus. O site
mosquito.saude.es.gov.br explica que "a origem da palavra Dengue é espanhola e significa "manha",
"melindre", estado em que se encontra a pessoa doente". Em resumo, a fêmea do mosquito deposita
seus ovos nas bordas dos recipientes com água, em média são 3 dias, para que em contato com o
líquido, os ovos eclodam virando larvas e sem seguida chegam na fase da pupa. Esse ciclo dura
cerca de 48 horas e, ao término, se transformam em mosquitos adultos. Vale destacar que somente
os machos são vetores de transmissão.
O Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem cor café ou preta e listras
brancas no corpo e nas pernas. O mosquito costuma atacar nas primeiras horas da manhã e nas
últimas da tarde, evitando o sol forte, mas mesmo nas horas quentes, pode atacar à sombra. Não
há estudos que precisem até qual altura o mesmo pode voar, em geral ele costuma picar partes
mais baixas do corpo, como as pernas e semelhante aos outros mosquitos existe a sensação de
coceira. Após a picada, os primeiros sintomas começam em cinco dias, esse período é chamado de
incubação. São eles: febre alta, dor de cabeça e atrás dos olhos, náusea e vômitos, manchas
vermelhas na pele e se realizado o exame de sorologia, é detectado a presença de anticorpos

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produzidos pelo sistema imunológico em resposta à infecção viral. No exame de sangue, a baixa
contagem de plaquetas é um dos sinais de alarme para os casos mais graves que devido ao
vazamento de plasma, acúmulo de líquidos, dificuldade respiratória, hemorragia grave ou
insuficiência de órgãos, pode levar o paciente a óbito. O tratamento exige repouso, ingestão de
líquidos e evitar antitérmicos e analgésicos que contêm em sua fórmula ácido acetilsalicílico. Uma
pessoa só pode ser infectada por um tipo patológico uma única vez e fica imune a esse vírus pelo
resto da vida, porém, pode contrair os demais. Apesar de apresentar uma eficácia de 80% na
redução dos casos após 12 meses e diminuição de 90% nas hospitalizações após 18 meses, a
melhor forma de combate à Dengue ainda é a prevenção, principalmente porque a Dengvaxia e a
QDenga, imunizantes em uso atualmente, possuem particularidades tais como faixa etária para
aplicação, exposição anterior à doença e a própria disposição das vacinas para o atendimento de
toda a população.
Erradicar os criadouros do mosquito é o mais adequado para a Dengue e
demais arboviroses transmitidas pelo mosquito, como Zika e Chikungunya. Locais que permitem o
acúmulo de água como caixas-
outras é a ação mais importante principalmente nas estações chuvosas em que aumentam as
precipitações e não somente os ambientes residenciais, mas espaços públicos e abandonados
ficam mais suscetíveis a infestação.
É importante lembrar que a participação da população é fundamental e os
cuidados devem ser realizados ao longo de todo o ano com uso de repelentes, mosquiteiros e de
roupas que protegem as pernas e os braços. Também fazem parte das orientações de proteção
contra a Dengue usar peixe betta (que se alimenta das larvar) e água sanitária para conter os
nascimentos dos ovos. Cooperar com o trabalho dos agentes Comunitários de Saúde e de Controle
de Endemias que atuam em sua cidade como fiscais dos ambientes e orientando a população
também é fundamental. Por isso faça a sua parte, sozinhos somos maiores que o mosquito e juntos
somos maiores que a Dengue.

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OBJETIVO

O projeto de saúde coletiva tem como objetivo: expor dados, casos


e medidas práticas diárias; conscientizar o maior número de pessoas quanto aos
riscos que a epidemia de dengue (que já supera 2 milhões de casos com 642
mortes registradas no Brasil, segundo informou o portal de notícias R7 no último dia
21 de Março) tem principalmente nas estações chuvosas. A atividade em questão
quer descrever um breve histórico, com sintomas, quadros clínicos graves e
ressaltar as principais formas de combate a proliferação e contaminação do agente
transmissor Aedes Aegypti.

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CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

O local onde está situada a escola é um bairro na periferia da


capital, é conhecido por sua extensão territorial e sua população expressiva,
sendo o maior do estado também possui muitas áreas de risco. O Conjunto Ceará
foi criado enquanto o Brasil passava por um crescimento vertiginoso da
desigualdade social e durante a década de 70. Em meio ao golpe de estado, os
militares começaram a criar órgãos especializados em habitação, estimulando a
construção de casas para financiamento contemplando as classes da população
de menor renda. O Conjunto Ceará foi um projeto da COHAB do Ceará utilizando
o conceito urbanístico de unidade de vizinhança e inaugurado em 1978.

O bairro possui em torno de 1.294 estabelecimentos comerciais,


como lanchonetes, bancos, oficinas, escolas, padarias, supermercados, postos de
combustíveis, etc. e oferece aos seus quase 90mil habitantes uma enorme
variedade de serviços. O bairro também comporta diversas escolas públicas
estaduais e municipais, Delegacia de Polícia Civil, Quartel da Polícia Militar,
Quartel dos Bombeiros, Hospital Distrital, Posto de Saúde, Terminal de
Transporte Urbano, Vila Olímpica, Projeto ABC, UPAS, Praças arborizadas,
Areninhas de esporte e lazer, Academias ao ar livre dentre outros equipamentos.
Porém mesmo com o planejamento das áreas principais, o local contempla muitas
outras sem nenhuma infraestrutura e fiscalização dos órgãos responsáveis.
Devido a estação de tratamento da CAGECE (Companhia de Água e Esgoto do
Ceará), o canal que se estende em quase toda a localidade e a proximidade com
o rio Maranguapinho; a grande problemática enfrentada pela população local,
principalmente as famílias carentes que erguem suas moradias em áreas
proibidas, é o acúmulo de lixo e consequentemente os alagamentos constantes.
Nas estações chuvosas, entre Dezembro e Junho, o aumento dos casos de
Dengue mantém a população refém do Aedes aegypti, o mosquito transmissor.

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Existem muitos projetos dentre eles a limpeza das encostas,


saneamento básico e coleta de lixo regular, o trabalho dos agentes comunitários
de endemias que percorrem as casas verificando os focos de proliferação e
orientando os moradores. As ações contam com a parceria das secretarias
municipais de Educação (SME), de Conservação e Serviços Públicos (SCSP), de
Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), com a Agência de Fiscalização de
Fortaleza (Agefis) e entidades não governamentais.
Este trabalho tem como finalidade expor de maneira fácil e prática
os riscos que não apenas a Dengue, mas todas as doenças que o mosquito pode
transmitir tais como Zika e Chikungunya, que também possuem sintomas
semelhantes, podendo inclusive deixar sequelas nos pacientes mais graves. O
intuito é estimular a prevenção, pois fazendo com que a população compreenda
que o melhor remédio é a erradicação do agente contaminador, é fundamental
eliminar todos os possíveis criadouros com água parada e adotar medidas como
a limpeza regular de recipientes, vedação adequada de caixas d'água e descarte
adequado de resíduos domésticos.

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LOCAL DE EXECUÇÃO E PÚBLICO-ALVO

A escola José Leopoldino da Silva Filho localizada na cidade Fortaleza/Ceará, possui um


amplo espaço com quadra coberta, estacionamento para professores, 4 sanitários para alunos, 1 biblioteca, 1
sala de multimídias, 15 salas de aula climatizadas, 3 salas administrativas dividias entre secretaria, direção e
coordenação, 1 quadra, 1 pátio coberto, 1 refeitório para 300 alunos. As atividades ocorrem em dois turnos,
manhã e tarde para alunos do ensino médio e no turno da noite para alunos do EJA. Para a ação foi
selecionada a turma de educação para jovens e adultos, para ministrar uma palestra sobre cuidados com a
Dengue (sintomas, proliferação do mosquito e casos graves e medidas práticas).

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MATERIAIS E MÉTODOS DE ABORDAGEM

A escolha do tema foi uma medida colaborativa frente o problema


da população durante a quadra chuvosa, período em que se deu a maior parte da
pesquisa e entrevistas com moradores. A escolha do público alvo para ministrar a
palestra e o local onde a mesma ocorreria, foram estratégicos, pois trata-se
daqueles que são mais afetados com a multiplicação do mosquito, já que moram
em áreas com grande incidência de focos e consequentemente são os alvos mais
fáceis. Devido a pouca instrução e falta de recursos, os mesmo estão a mercê de
um sofrimento maior podendo chegarem ao óbito se forem picados pelo Aedes
Aegypti. Após a elaboração do trabalho escrito, houve a mediação com a escola,
preparação do material de exposição (panfletos) e um pequeno jogo de perguntas
e respostas a fim de tornar o evento mais dinâmico e oferecer um momento de
descontração com uma breve confraternização onde desfrutaremos de um lanche.

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RESULTADOS ESPERADOS

Tendo como base os objetivos traçados para o projeto, o público


alvo terá ao final da palestra mais conhecimento adquirido através de um conteúdo
de fácil compreensão com discussão informal e com a participação de todos os
envolvidos, que poderão opinar e ajudar a construir um entendimento coletivo
quanto a problemática atual de saúde coletiva que todos temos o interesse em
resolver, a erradicação do mosquito da dengue e consequentemente a redução
dos casos de propagação da doença que tem feito cada vez mais vítimas fatais.

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CRONOGRAMA

ATIVIDADES DO PROJETO 2024


JAN FEV MAR ABR MAI
21/03-30/03
1- Levantamento dos dados / pesquisa
01/04
2- Visita ao local da ação
05/04
3- Compra do Material
07/04-10/04
4- Preparação da apresentação
12/04
5- Realização da atividade na escola 01
--------------- -------------- ---------------- ------------------ -------
6- Realização da atividade na escola 02
--------------- -------------- ---------------- ----------------- -------
7- Reunião de feedback do grupo
13/04-15/04
8- Escrita do relatório de extensão
17/04
9- Envio do relatório de extensão

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAÚJO, Amanda; LIMA, Paula; NOSSOS BAIRROS, NOSSA FORTALEZA, FDR

e Câmara Municipal, 2022.

GUEDES, Maria Izabel; MARTINS, Victor Emanuel; MAGALHÃES, Rafaela; MENDES,


Francisca Noélia; Vieira, Ícaro; A DENGUE E SEUS DESAFIOS, 2018.

SILVA, Luis Jacinto; ANGERAMI, Rodrigo; VIROSES EMERGENTES NO BRASIL;

Editora da Fundação Oswaldo Cruz, 2008.

SOUSA, Evelize Teixeira de Oliveira; POLÍTICA HABITACIONAL BRASILEIRA E


CONSTRUÇÃO DO LUGAR: O CASO DO CONJUNTO CEARÁ, FORTALEZA/CE;
Revista GeoUECE, programa de pós-graduação, 2014.

VALLE, Denise; PIMENTA, Nacif; CUNHA, Rivaldo Venâncio; DENGUE: TEORIAS


E PRÁTICAS, FioCruz, 2016.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Conjunto_Cear%C3%A1 - Acesso em 22/03/2024.

https://noticias.r7.com/cidades/casos-graves-de-dengue - Acesso em 22/03/2024.

https://noticias.r7.com/saude/surto-de-dengue - Acesso em 23/03/2024.

https://www.vs.saude.ms.gov.br/boletim-epidemiologico - Acesso em 24/03/2024.

http://www.ccms.saude.gov.br/- Acesso em 24/03/2024.

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https://mosquito.saude.es.gov.br/ - Acesso em 24/03/2024.

https://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/

- Acesso em 25/03/2024.

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-com-ciencia/noticias - Acesso em
25/03/2024.

https://fortaleza2040.fortaleza.ce.gov.br/forunsterritoriais/forum/38/Geniba%C3%BA -
Acesso em 25/03/2024.

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