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PROGRAMA DE RESIDÊNCIA
MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE
Goiânia
2022
AMANDA LOPES RODRIGUES
Goiânia
2022
Programa de Residência Multiprofissional em Saúde, do Hospital das
Clínicas, da Universidade Federal de Goiás
BANCA EXAMINADORA
Membros:
1. Ma. Fga. Yleris de Cássia de Arruda Mourão
Data: 08/02/2022
Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor, através do Programa de Geração
Automática do Sistema de Bibliotecas da UFG.
CDU 616.89-008.434
RESUMO
Introduction: The speech therapist is part of the multiprofessional team on the front line
against COVID-19. Speech therapy can contribute to rehabilitation, restoring the coordination
of swallowing and breathing functions; preventing vocal or temporomandibular joint disorders;
the olfactory function and communication of patients in the clinical recovery phase. Objective:
To investigate the available therapies and speech therapy performance for the rehabilitation of
people with smell and taste disorders after COVID-19 infection. Method: This is an integrative
literature review, carried out in the following databases: ScieLo (Scientific Electronic Library
Online), PubMed (United States National Library of Medicine), Virtual Health Library (BVS),
Capes Periodical, CAPES Periodicals and by manual searches on Google Scholar. Results: 470
studies were found and 80 were selected for abstract reading. Total of 55 studies were excluded
and 25 journals were eligible for full reading. Finally, 13 works were selected, summarized in
tables, described, and discussed in the study. Conclusion: Medicines were restricted by the
inconsistency of the studies and little evidence on efficacy and safety and should be considered
individually. Olfactory training with essential oils was a safe therapeutic measure with benefits
for olfactory dysfunction after COVID-19 infection and, associated with multimodal sensory
integration of visual, auditory, tactile, and gustatory pathways, it can also be beneficial in the
rehabilitation of smell and taste. taste. It is believed that this review can help and guide speech
therapists in their clinical practices.
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 10
2. OBJETIVOS ....................................................................................................................... 13
2.1 OBJETIVO GERAL ....................................................................................................... 13
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ......................................................................................... 13
2. MÉTODO ............................................................................................................................ 14
3. RESULTADOS ................................................................................................................... 15
4. DISCUSSÃO ....................................................................................................................... 31
5. CONCLUSÃO..................................................................................................................... 35
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 36
10
1. INTRODUÇÃO
1
Secundária a obstrução nasal.
2
Por alteração da via olfatória.
11
percebidos por vias ortonasal3 e retronasal4. As pistas gustativas são combinadas com as
sensações fornecidas pelo olfato retronasal para dar origem aos sabores. A disfunção
quimiossensorial causada pela COVID-19 pode ocorrer nos neurônios sensoriais olfatórios e
nas papilas gustativas. Por isso, em muitos casos, a disfunção do olfato causa a sensação de ter
perdido o sentido do paladar. (MASTRANGELO; BONATO; CINQUE, 2021; MATHIS et al.,
2021)
As alterações no paladar são classificadas quanto aos distúrbios de detecção: a
hipogeusia se refere à função gustativa reduzida e a ageusia à ausência de sensações gustativas
e aos distúrbios de identificação: a parageusia, relacionada à percepção de sabor alterado ou
desagradável e a fantogeusia, à percepção de gosto metálico ou salgado, sem estímulo externo.
(CÉSAR & LIMA, 2021; KANJANAUMPORN et al., 2020).
A estimulação do olfato e do paladar promove a preparação do sistema motor oral e
gastrointestinal para a recepção do alimento, que envolvem: o aumento da secreção salivar, do
suco gástrico e da resposta motora, o favorecimento do posicionamento adequado das estruturas
orofaríngeas para a deglutição e a geração da excitabilidade nervosa e muscular para a passagem
do alimento ao estômago. (STEELE & MILLER, 2010). As disfunções olfatória e gustativa
têm implicações diretas na funcionalidade da alimentação (NASCIMENTO, 2020).
Indivíduos com disfunção olfatória encontram dificuldades nas atividades cotidianas,
tais como: problemas ao cozinhar, na higiene pessoal e nos relacionamentos sociais; diminuição
do apetite; redução na percepção de sinais de perigo tais como o cheiro de gás, fumaça de
combustão, produtos químicos e diminuição do prazer alimentar. Estas disfunções podem
impactar na qualidade de vida, ocasionando problemas emocionais, sensação de insegurança e
solidão. (WHITCROFT & HUMMEL, 2019; O'BYRNE et al., 2021).
O fonoaudiólogo integra a equipe multiprofissional na linha de frente contra a COVID-
19, com o objetivo de realizar a intervenção na motricidade orofacial, deglutição, respiração,
cognição, respiração e tratamento pós intubação orotraqueal (CRF a, 2020).
A fonoterapia pode contribuir para a reabilitação dos indivíduos acometidos pela
COVID-19 (IBEKWE; FASUNLA; ORIMADEGUN, 2020) restaurando a coordenação das
funções de deglutição e respiração; prevenindo alterações vocais ou da articulação
temporomandibular; avaliando e reabilitando a função olfativa e a comunicação dos pacientes
na fase de recuperação clínica. (CRF a, 2020).
Diante da importância das funções do olfato e do paladar, que são relacionadas a outras
3
Seguido pela percepção da gustação.
4
Referido à cavidade oral e não ao epitélio olfatório.
12
2. OBJETIVOS
2. MÉTODO
3. RESULTADOS
Na busca pelos descritores, 470 estudos foram encontrados em três bases de dados e 31
foram selecionados na literatura cinzenta. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão,
foram selecionados 80 estudos para leitura dos resumos, após a qual foram excluídos 55,
restando 25 para leitura na íntegra. Finalmente, 12 estudos foram elegíveis para a pesquisa: 2
estudos de revisão, 2 de revisão sistemática, 2 prospectivos, 3 coortes, 1 revisão clínica a
experimental, 1 revisão integrativa, 1 relatos de série de casos. Em relação à função sensorial,
nenhuma pesquisa abordou o sentido do paladar isoladamente.
Entre os estudos selecionados para esta pesquisa, quatro artigos foram publicados na
área de otorrinolaringologia e o restante em parceria com outros departamentos como: cirurgia
de cabeça e pescoço, enfermagem, biomedicina entre outros.
Os resultados foram resumidos no quadro 1 e descritos no corpo do texto. O quadro 1
contêm informações sobre autores, título, revista e ano de publicação; área da saúde em que foi
publicado o estudo; objetivos; método; função estudada (olfato ou paladar); principais
resultados e conclusão. O quadro 2 foi construído para detalhar as informações sobre os treinos
olfatórios realizados, descrevendo o tempo e frequência de inalação, a duração do tratamento e
os odorantes utilizados, de modo a oferecer suporte à prática clínica.
Kanjanaumporn et al. (2020) ponderaram que, embora seja ainda precoce afirmar sobre
a eficácia do treinamento olfatório (TO) em pacientes acometidos pela COVID-19, com perda
olfativa persistente, esta terapia consiste em uma abordagem de baixo custo e sem efeitos
colaterais e deve ser a primeira modalidade a ser considerada para a reabilitação, uma vez que
o tratamento médico ainda não tem comprovação em termos de eficácia e segurança. O TO
pode ser eficaz na recuperação do olfato e do paladar no SARS-CoV-2.
Le Bon et al. (2020) realizaram um estudo piloto prospectivo com pacientes com a
disfunção do olfato como único sintoma no período de cinco semanas após a infecção da
COVID-19. Os participantes foram divididos em dois grupos: um, com nove participantes,
recebeu tratamento com corticosteroides orais e TO; outro, com dezoito, recebeu apenas o TO.
Os autores concluíram que há segurança e eficácia na combinação de corticosteroides orais
como o TO no manejo da disfunção olfatória resultante da infecção por COVID-19.
Whitcroft & Hummel (2020) ressaltaram que a disfunção olfativa é comum e pode
impactar negativamente na qualidade de vida das pessoas. Sugeriram testes psicofísicos, além
da avaliação subjetiva. Em sua revisão, recomendaram o TO como terapia para as disfunções
16
meio de um aplicativo da web para estímulos visuais que foram associados ao TO por meio de
óleos essenciais de alta concentração. O tempo para melhora da função olfatória foi maior em
pacientes com anosmia do que em pacientes com hiposmia e não houve diferenças significativas
na duração do treinamento entre os pacientes com hiposmia grave, moderada e leve. O TO e a
estimulação visual assistida por meio do aplicativo da web foram associados a melhora do
olfato, principalmente após 28 dias.
Neta et al., 2021 relataram a ausência de tratamento específico para ageusia e que,
embora, alguns tratamentos tenham mostrado resultados promissores nas disfunções olfatórias:
TO, aplicação intranasal de citrato de sódio e vitamina A, os estudos carecem de evidências
mais robustas e as propostas não são aplicáveis para a prática clínica no momento.
O’Byrne et al. (2021), em uma revisão sistemática viva, relataram evidências muito
limitadas sobre a eficácia e os riscos relacionados aos tratamentos da disfunção olfatória pela
COVID-19.
Saussez et al. (2021) realizaram um estudo prospectivo, observacional e multicêntrico
que incluiu 152 pacientes com disfunção olfatória, separados em três grupos: o primeiro foi
constituído por 59 participantes, que receberam dez dias de corticosteroides orais e TO. O
segundo incluiu 71 pacientes, que receberam um mês de corticosteroides nasais e TO. O terceiro
grupo foi composto por 22 participantes, que receberam apenas o TO. Os autores concluíram
que, apesar do tratamento com os corticosteroides proporcionar recuperação mais rápida da
disfunção olfatória, não houve diferença entre o uso de corticosteroides orais e nasais e no TO
sozinho, após o período de dois meses.
O TO foi eficaz para o tratamento da DOPI relacionada à COVID-19 na pesquisa de
Seo; Choi; Lee (2021). Eles realizaram uma coorte prospectiva com 53 pacientes adultos
diagnosticados com a doença. Os participantes não tomaram nenhum esteroide oral ou tópico
antes e durante o período da pesquisa e foram convidados a cheirar odorantes. Entre os
participantes, somente dez voltaram ao ambulatório após dois meses de terapia e cerca de sete
pacientes recuperaram a função olfatória. Devido a limitação em relação à quantidade de
pacientes que concluíram o treino, os resultados objetivos e subjetivos da avaliação olfativa
ficaram prejudicados. O estudo não foi realizado com grupo controle, além de ter sido
reconhecido pelos autores uma série de outros vieses que prejudicaram os resultados. No
entanto, os autores concluíram que o TO de maneira precoce pode oferecer bons resultados em
pessoas com DOPI associada à infecção por COVID-19.
Soares et al. (2021) realizaram um estudo multicêntrico com 14 participantes que
receberam sessões de fotobiomodulação com LASER (Light Amplification by Stimulated
18
Emission of Radiation) para DOPI, após a infecção com o SARS-CoV-2. O grupo 1 recebeu 10
sessões de LASER intranasal, duas vezes por semana e com intervalo de 48 horas. O grupo 2
recebeu 5 sessões, duas vezes por semana e com intervalo de 48 horas e o grupo 3, 10 sessões,
com intervalo de 24 horas. Os participantes obtiveram redução dos distúrbios olfatórios,
independente do fato de ter recebido cinco ou dez sessões, com frequência de duas vezes por
semana. Os autores sugeriram que a terapia com o LASER intranasal pode ser uma modalidade
terapêutica promissora, embora tenham reconhecido a necessidade de estudos para adequação
de protocolos.
Hopkins et al. (2021) relataram, por meio das Diretrizes de Consenso da Sociedade
Britânica de Rinologia, que entre as diferentes opções de tratamentos, o TO com óleos
essenciais deve ser recomendado para pacientes com disfunção olfatória por mais de duas
semanas após a recuperação da COVID-19. Os autores indicaram os sites
http://www.fifthsense.org.uk/smell-training e o abscent.org como um guia de orientação com
recomendações e manejo de pessoas com disfunção olfatória pós-COVID-19. As
recomendações incluem a visita ao otorrinolaringologista em casos de pessoas com alterações
em funções olfatórias para descartar outras doenças e indicar exames de imagens, caso
necessário. O consenso recomenda à comunidade médica o TO para pacientes com perda
olfatória por mais de duas semanas, entre outras recomendações médicas.
Em resumo, as terapias propostas com resultados positivos para a DOPI relacionada a
COVID-19 nos estudos encontrados até o momento, envolvem principalmente: indicações
médicas de corticosteroides orais e/ou nasais, com TO associados (LE BON et al., 2021;
SAUSSEZ et al., 2021), e não médicas de inalação de café turco (BULBULOGLU & ALTUN,
2021), TO isolado com odorantes de óleos essenciais (KANJANAUMPORN et al., 2020;
WHITCROFT & HUMMEL, 2020; ADDISON et al., 2021; SAUSSEZ et al, 2021; HOPKINS
et al., 2021), ou combinado com imagens (treino bimodal) ( DENIS et al., 2021), além da
fotobiomodulação intranasal com LASER (SOARES et al., 2021).
19
Quadro 1. Descrição de artigos que pesquisaram sobre reabilitação de olfato e/ou paladar em
decorrência da doença do COVID-19.
Autores/título/revista/ano Área Objetivo Método Função Principais
de publicação da Resultados/Conclusão
Saúde
KANJANAUMPORN et al. ORL Fornecer Revisão Olfato e Resultados: As opções de
informações integrativa paladar tratamento para perda
Smell and taste dysfunction conforme olfatória foram o CO e o
in patients with SARS- evidências CN, que ainda não foram
COV-2 infection: a review científicas recomendados pelo fato de
of epidemiology, recentes haver poucas publicações,
pathogenesis, prognosis, sobre a bem como também os
and treatment options. epidemiologi demais fármacos: vitamina
a e patologias A, zinco, caroverine, ácido
APAJAI-Asian Pacific envolvidas alfa-lipóico, teofilina,
Journal of Allergy e com o olfato minociclina e ginkgo
Immunology, 2020. e o paladar biloba. O TO é a opção
em pacientes mais segura de tratamento
com a pelo seu efeito na
COVID-19, e regeneração dos
os neurônicos olfativos.
tratamentos. Conclusão: A recuperação
do olfato e paladar na
COVID-19 é melhor do
que em outras infecções
pós virais. O TO pode ser
uma boa opção para o
tratamento da perda
olfatória.
LE BON et al. Eq. Investigar a Estudo Olfato Resultados: Foram
Multi eficácia e a prospectivo recrutados 72 indivíduos
Efficacy and safety of oral segurança com pacientes positivados e recuperados
corticosteroids and dos CO e do não pela COVID-19 e que
olfactory training in the TO como hospitalizados, perderam o olfato há 5
management of COVID- reabilitação com perda semanas.
19-related olfactory loss. em pacientes súbita do olfato 27 pacientes apresentaram
com ocasionados disosmia persistente e
20
em pacientes decorrentes
da COVID-19.
BULBULOGLU & Eq. Investigar o Coorte Olfato Resultados: Antes da
YASAR. Multi efeito da experimental inalação do café turco 25%
inalação do controlada apresentavam hiposmia
The effect of turkish coffee café turco em com 120 moderada, 58, 3% anosmia
fragance on olfactory pacientes pacientes com grave, sendo que após a
disorders in patients with com a a COVID-19 inalação, cerca de 13%
covid-19. An experimental COVID-19. internados no recuperaram o olfato.
clinical study. Hospital de Conclusão: Houve
Treinamento e recuperação parcial do
Neurology, 2021. Pesquisa olfato nos participantes que
Adiyaman, na inalaram café turco por
Turquia, com uma hora. Não houve
idade acima de resultado em pacientes
18 anos. neurológicos. O estudo
Distribuídos recomendou o uso do café
60 pacientes turco como treinamento
em cada grupo. olfatório em pacientes com
Um grupo alterações do olfato e
inalou café paladar em pacientes
turco por 2 decorrentes da COVID-19.
minutos com
pausas de 10
minutos até
completar 1
hora. O grupo
controle,
nenhuma
aplicação
olfativa foi
oferecida.
DENIS et al. ORL Quantificar o Coorte com Olfato Resultados: O TO foi
benefício do 548 pacientes melhor para os pacientes
Olfactory Training and TO e que tinham que treinaram por mais de
Visual Stimulation Assisted estimulação pelo menos um 28 dias. A melhora
23
SEO; CHOI; LEE, 2021. Eq. Avaliar a Coorte Olfato Resultados: A função
Multi função prospectiva olfatória subjetiva foi
Clinical Features of olfatória de realizada com significativamente
Olfactory Dysfunction in forma 53 pacientes prejudicada em pacientes
COVID-19 Patients. subjetiva e recuperados da que apresentaram a DO
objetiva em COVID-19 e após 3 meses de início dos
JKMS. J Korean Med Sci, pacientes que visitaram o sintomas. O mesmo
2021. com a hospital resultado foi para função
COVID-19, posteriormente objetiva. Pacientes com
bem como os . O grupo com hiposmia foram
efeitos do DO foi de 38 recuperados após 2 meses
TO. pacientes. A de TO mesmo os que
função tinham mais de 3 meses de
olfatória comprometimento
subjetiva foi olfatório.
avaliada por Conclusão: Embora a
meio de um função olfatória subjetiva
questionário e esteja significativamente
a objetiva por diminuída nos pacientes
meio do teste com DO, a função olfatória
psicofísico nos objetiva não foi
grupos com e significativamente
sem DO. diferente. Os autores
Ambas as ressaltaram que o TO é
avaliações eficaz em pacientes com
foram COVID-19 com DO.
comparadas
entre os
grupos. Os
27
pacientes
foram
acompanhados
após 2 meses
de TO.
SOARES et al. Eq. Relatar os Relato de caso Olfato Resultados: Os pacientes
Multi efeitos da com 12 foram organizados em 3
Intranasal terapia de pacientes do grupos contendo o tempo, a
photobiomodulation fotobiomodul sexo feminino duração e a intensidade das
therapy for COVID-19- ação (de 20 a 59 sessões. Notou-se melhora
related olfactory intranasal anos) e dois do na perda do olfato em todos
dysfunction: A Brazilian (PBMT) sexo os pacientes, independente
multicenter case series. utilizados masculino (de do protocolo de LASER
para 25 a 37 anos) utilizado.
Photodiagnosis and disfunção com perda do Conclusão: A
Photodynamic Therapy, olfatória olfato (parcial fotobiomodulação
2021. relacionada a ou total) após intranasal parece ser uma
COVID-19 infecção por modalidade terapêutica
por meio de COVID-19. promissora para o
uma série de Foram tratamento da DO em
casos. aplicados 3 pacientes acometidos pela
protocolos de COVID-19. É necessário
para a maiores esclarecimentos
utilização do referente a escolha do
LASER. protocolo de LASER e
maiores publicações sobre
o assunto.
HOPKINS et al. Eq. Fornecer Revisão da Olfato Resultados: O TO foi
Multi recomendaçõ literatura recomendado para todos os
Management of new onset es para a pacientes com perda
loss of sense of smell during investigação persistente do olfato por
the COVID-19 pandemic - e tratamento mais de 2 semanas. Há
BRS Consensus Guideline. de pacientes recomendações sobre a
com a perda necessidade de
Clin Otolaryngol, 2021. do olfato encaminhamentos médicos
para o tratamento devido.
28
Legenda: ORL = otorrinolaringologia; Eq. Multi: Equipe Multidisciplinar; DOPI: Perda olfatória pós-infecciosa;
DO: Disfunção olfatória; CN= corticosteroide nasal; CO: corticosteroide oral; TO = Treinamento olfatório.
etapas de 12 (HUMMEL et
semanas com al., 2009)
odorantes não
clássicos. Técnica
modificada:
mentol, tomilho,
tangerina e
jasmim e após
mais 12 semanas,
os odorantes: chá
verde,
bergamota,
alecrim e
gardênia
(ALTUNDAG et
al., 2015).
BULBULOGLU & Cheirar sem tocar - Cheirar no total Café
ALTUN, 2021. no nariz por 2 de 1 hora.
minutos a cada 10
minutos.
DENIS et al., 2021. Cheirar 4 óleos de 4 semanas 2 vezes ao dia Óleos essenciais:
alta concentração + com período (manhã e noite). álcool etílico
estimulação visual máximo de 16 Total de 4 fenil (odor de
com aplicativo da semanas exposições ao rosa de geranium
web e 15 segundos odor por dia. rosa), eucaliptol
com olhos vendados (odor de
+ 30 segundos com o eucalipto),
nome a imagem do citronelal (odor
óleo essencial no de limão) e
aplicativo para ser eugenol (odor de
visualizada. cravo).
(HUMMEL et
al., 2009)
SEO; CHOI; LEE, Cheirar por 10 2 meses 2 vezes ao dia Eucalipto, cravo,
2021. segundos, com 30 (manhã e noite) limão e rosa.
30
segundos de (HUMMEL et
descanso. al., 2009)
Pinho, canela,
limão e hortelã-
pimenta. (KIM et
al., 2018)
SOARES et al., 2021. Sessões de 5 a 10 sessões 2 vezes por -
fotobiomodulação semana ou 48 ou
aplicado via 24 h.
intranasal, com 660
nm, no modo de
contato, 100 mW de
potência e 18 J de
energia na mucosa
nasal,
correspondendo a 3
min de irradiação
por narina.
31
4. DISCUSSÃO
5. CONCLUSÃO
O TO foi uma medida terapêutica considerada segura e com benefícios para a disfunção
olfatória persistente do olfato por mais de duas semanas em pacientes decorrentes da COVID-
19. O uso dos esteroides, da vitamina A e ômega 3 sistêmico foram estudados, embora com
restrições pela inconsistência e pouca evidência em relação à eficácia e segurança e deve ser
considerado individualmente pelo médico.
Os óleos essenciais foram preconizados pelos estudos para o TO com os odorantes:
cravo, limão, rosa e eucalipto, além do mentol, tomilho, tangerina, jasmim, chá verde,
bergamota, alecrim, gardênia. O TO associado à integração sensorial multimodal das vias
visuais, auditivas, táteis e gustativas, prática já preconizada pela fonoaudiologia, também pode
ser benéfico na reabilitação do olfato e do paladar. Pesquisas com amostras maiores, grupos
controles e randomizados podem generalizar os achados desta revisão.
Há recomendações sobre a necessidade de encaminhamentos e investigação médica pelo
médico otorrinolaringologista nos casos de pessoas com queixas em disfunções olfatórias.
Tendo em vista o papel do fonoaudiólogo na reabilitação das funções do aparelho
estomatognático, especialmente na reabilitação das funções do olfato e paladar e promoção da
qualidade de vida das pessoas, acredita-se que esta revisão possa auxiliar e nortear os
profissionais fonoaudiólogos em suas práticas clínicas, uma vez que as evidências atuais
apontam para terapias não medicamentosas e voltadas para o TO como promissoras para a
DOPI em pessoas acometidas pela COVID-19.
Existem ainda grandes desafios no enfrentamento da reabilitação fonoaudiológica nas
sequelas do COVID-19. É crescente a necessidade de mais publicações da fonoaudiologia que
levantem evidências para a reabilitação pós-infecciosa do olfato e do paladar.
36
REFERÊNCIAS
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