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LINHA DO TEMPO

SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

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Parte 1
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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
REPÚBLICA VELHA
No final do século XIX, foi criado a diretoria geral de saúde e
nomeado Oswaldo Cruz.

REVOLTA DA VACINA
Ocorreu em 1904 contra a obrigatoriedade de vacinação devido
ao surto de varíola, até que em 1908 com novo surto a
população aceita vacinação. Tal cenário acabou levando uma
perspectiva mais higienista de saúde, com prevalência do
modelo campanhista.

LEI ELOY CHAVES


Essa lei de 1923 previa “socorro médico em casos de doença” e
o direito a “medicamentos obtidos por preço especial” aos
ferroviários que contribuíssem mensalmente com os fundos
das caixas. O atendimento era estendido aos familiares. Esse
modelo marcaria a assistência médica até o surgimento do SUS.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
Em 25 de julho de 1953, o governo Vargas desmembrou em dois
o então unificado Ministério da Educação e Saúde. A criação da
pasta já vinha sendo debatida ao menos desde 1910 pelo
Congresso Nacional, defendida por médicos e sanitaristas.
INPS
Em 1966 é criado o INPS (Instituto de Previdência Social) e ocorre
um forte investimento na saúde, esse modelo perdurou por toda a
ditadura militar, pesquisadores apontam que a criação do INPS
deu início a um modelo “médico-assistencial privatista”.

MEDICINA SOCIAL
Nos anos 1960 começou a ser difundido um modelo de prevenção
à saúde, que dá origem ao Movimento de Reforma Sanitária,
com bases nas teses (1975) de "o dilema preventiva" de Sérgio
Arouca e “Medicina e sociedade”, de Cecília Donnangelo.
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1976 É criado o CEBES (Centro Brasileiro de Estudos em


Saúde) com o propósito de difundir pensamento crítico
sobre a saúde por profissionais que se opunham à
ditadura militar.

1977 É criado o INAMPS (Instituto Nacional de Assistência


Médica da Previdência Social), tornando-se o grande
fornecedor da assistência médica aos segurados. Isso
continua ocorrendo a partir da compra de serviços
médicos-hospitalares e especializados do setor privado.

1979 É criada a ABRASCO (Associação Brasileira de Pós-


Graduação em Saúde Coletiva), que tem fundamental
protagonismo na luta pela reforma sanitária.
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1986 É organizada a 8ª Conferência Nacional de Saúde, em


Brasília, e conta com mais de 4000 pessoas. É
considerada o principal marco do processo de formulação
de um novo modelo de saúde pública no Brasil, foi
presidida pelo médico sanitarista Sergio Arouca.
O relatório final defendia uma reformulação profunda, que
fosse além de uma reforma administrativa e financeira, no
sistema de saúde. Ele deveria ser separado da
Previdência, e coordenado, em nível federal, por um único
ministério. Seria financiado por impostos gerais e
incidentes sobre produtos e atividades nocivas à saúde.
Suas principais resoluções foram incorporadas à
Constituição de 1988.
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1987 Foi instituído o Suds (Sistemas Unificados e


Descentralizados de Saúde) e pela primeira vez o
governo federal passa a repassar recursos para os
estados e municípios.

1988 É promulgada a Constituição Federal, que traz a


saúde como direito de todos e dever do Estado, assim,
é colocada as bases para um sistema universal e e
público. A saúde é pensada juntamente com oferta de
políticas sociais e econômicas e compõe o tripé da
seguridade social junto com previdência e assistência
social.
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1990 O SUS só é instituído e formulado em 1990, com a Lei


Orgânica da Saúde (LOS) a Lei nº 8.080, que traz
sobre a organização, objetivos e atribuições do SUS.
A lei também traz sobre a participação do sistema
privado na saúde.

O então presidente Fernando Collor vetou alguns


pontos do texto, como a instituição dos conselhos e
das conferências de saúde. Devido à reação da
sociedade civil à iniciativa, outra lei, a nº 8.142, foi
assinada no mesmo ano, para regular a participação
da comunidade, instituindo os Conselhos de Saúde e
as Conferências de Saúde.
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1991 É criado o PACS (Programa de Agentes Comunitários


de Saúde), baseada em experiências realizadas no
Nordeste, nos anos 1980, a iniciativa foi precursora do
Programa Saúde da Família.
A proposta é atuar junto, com e para a comunidade, com
o papel de planejar ações de promoção à saúde e
prevenção de doenças, além de monitorar situações de
risco.

Nesse mesmo ano é criada também a CIT (Comissão de


Intergestores Tripartite), responsável por possibilitar e
estimular as negociações entre as esferas do governo,
proporcionando planejamento integrado.
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1994 É criado o PSF (Programa de Saúde da Família), devido


ao sucesso do PACS. A priori, pretendia atender áreas de
risco conforme Mapa da Fome.
As primeiras equipes foram formadas
multidisciplinarmente (médico generalista, um enfermeiro,
um auxiliar ou técnico de enfermagem e agentes
comunitários de saúde).

A partir de 1996, passa a ser visto como uma estratégia


de mudança do modelo assistencial a partir da
atenção básica.
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1996 Uma NOB (Norma Operacional Básica) foi editada para


consolidar a política de municipalização. A norma
acelerou a descentralização dos recursos federais em
direção aos estados e municípios e rompeu com o
pagamento por produção de serviços, usado pelo Inamps
para comprar serviços do setor privado. A medida criava
incentivos ao PACS e ao PSF.

2000 A aprovação da Emenda Constitucional nº 29,


determinou uma nova forma de financiamento e
estabeleceu as regras para a progressiva provisão de
recursos às ações e serviços públicos.
Os municípios deveriam assegurar para a saúde um
mínimo de 15% de suas receitas próprias, e os estados,
12%. Em relação à União, o valor de 2000 teria como
base o montante empenhado em 1999 acrescido de 5%.
Depois, passaria a ser a quantia do ano anterior corrigida
pela variação nominal do PIB (Produto Interno Bruto).
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2001 É sancionada a Lei de Reforma Psiquiátrica (10.216),


visando a extinção progressiva de manicômios e o
fortalecimento dos CAPS.

2003 Antes de ser regulamentado, o atendimento móvel era


realizado por bombeiros e de forma muito precária na
maioria dos municípios. Assim, é criada a Política
Nacional de Atenção às Urgências e que impulsiona a
nível nacional a existência do SAMU (Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência)

2004 É criado o Programa Farmácia Popular Brasil com o


objetivo de universalizar a assistência farmacêutica
com medicamentos de baixo custo.

2007 É criado a Política Nacional sobre Álcool, visando a


prevenção da ingestão de bebidas alcoólicas no país.
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2007 Incia-se o processo de implantação das UPAS -


Unidades de Pronto Atendimento, que compõem a
média complexidade da tenção à saúde.

2008 Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF)


foram criados pelo Ministério da Saúde, em 2008, com o
objetivo de apoiar a consolidação da Atenção Primária
no Brasil, ampliando as ofertas de saúde na rede de
serviços, assim como a resolutividade, a abrangência e
o alvo das ações. Os núcleos são compostos por
equipes multiprofissionais que atuam de forma integrada
com as equipes de Saúde da Família (eSF)

2010 É criado a Secretaria Especial de Saúde Indígena, que


passou a gerenciar diretamente a atenção à saúde dos
225 povos indígenas que vivem no Brasil, respeitando
seus aspectos culturais, étnicos e epidemiológicos.
Nesse ano também é criado o modelo da RAS (Rede de
Atenção à Saúde)
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2011 Surge a Rede Cegonha, para proporcionar às mulheres


saúde, qualidade de vida e bem estar durante a
gestação, parto, pós-parto e o desenvolvimento da
criança até os dois primeiros anos de vida.

Também em 2011 é criada a EBSERH (Empresa


Brasileira de Serviços Hospitalares), uma empresa
pública de direito privado com a finalidade de prestar
serviços gratuitos de assistência médico-hospitalar,
ambulatorial e de apoio diagnóstico e terapêutico à
comunidade, assim como prestar às instituições públicas
federais de ensino ou instituições congêneres
(Hospitais Universitários), serviços de apoio ao ensino, à
pesquisa e à extensão, ao ensino-aprendizagem e à
formação de pessoas no campo da saúde pública.
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2012 Depois de 12 anos de espera, a EC nº 29 é


regulamentada com a criação da Lei Complementar
141. A lei define que a União tem que destinar à área o
mesmo valor aplicado no ano anterior acrescido de, no
mínimo, a variação nominal do PIB ocorrida no ano
anterior ao da Lei Orçamentária Anual.

2013 Cria-se o programa Mais Médicos para suprir a


deficiência de mais de 15 mil médicos que se tinha na
atenção básica. Apenas 1.846 eram brasileiros. A
maioria era de profissionais cubanos, que vieram ao
Brasil por meio de um acordo com a Opas (Organização
Pan-Americana da Saúde).
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2015 Até 2015, o mercado da saúde estava preservado do


capital externo, com exceção de alguns seguros de
saúde com ações negociadas em outros países. Em 19
de janeiro de 2015, a lei nº 13.097/2015 alterou parte da
Lei Orgânica da Saúde, de 1990, abrindo o mercado
brasileiro à participação do capital estrangeiro, sem
que a iniciativa tenha sido negociada nas instâncias de
controle social.
Nesse ano também temos o surto do Zika Vírus,
transmito pelo Aedes aegypti. Depois foi descoberto que
ele estava relacionado ao surto de microcefalia.

2016 É aprovada a Emenda Constitucional nº 95, que coloca


um teto nos gastos por vinte anos. Na prática, significou
que, a partir de 2018, os gastos federais só poderiam
aumentar de acordo com a inflação acumulada conforme o
IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
E afetou áreas como educação e saúde.
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2018 Ameaça ao programa Mais Médicos, principalmente por


problemas políticos, e Cuba (pátria da maioria dos
médicos inseridos no programa), solicitou o retorno de
seus médicos. Com a retirada, cerca de 8 556 médicos
cubanos deixaram o programa.

O governo substituiu o programa Mais Médicos pelo


Mais Médicos Brasil. Uma medida provisória do
governo em novembro de 2019, prometeu 18 mil vagas
para médicos, sendo cerca de 13 mil em municípios
pequenos e de difícil acesso ao atendimento.

Apesar das críticas aos médicos cubanos, o programa


sancionado pelo presidente Bolsonaro permite o retorno
dos médicos cubanos que atuaram no programa Mais
Médicos por até dois anos
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2019 A Lei nº 13.958 que cria o programa Mais Médicos Brail,


também cria a Agência para o Desenvolvimento da
Atenção Primária à Saúde (Adaps), entidade de
serviço social autônomo.

O ônus da contratação fica sob a responsabilidade dos


municípios.Pela falta de flexibilidade, planejamento e
previsão de pandemias do Médicos pelo Brasil, o
governo foi forçado a reativar os Mais Médicos.

Nesse ano também foi colocado um novo modelo de


financiamento federal para a atenção básica, que
substitui o repasse por habitante por uma fórmula que
leva em conta apenas o usuário cadastrado na equipe
de saúde.

No ano de 2019 também ocorreu um novo surto de


Sarampo, obrigando o governo a adquirir 60,2 milhões
de dose da vacina tríplice viral.
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2019 Nesse ano o governo de Bolsonaro editou Medida


Provisória acabando com o DPVAT, seguro obrigatório
para indenizar acidentes de trânsito, cujo parte do valor
arrecadado é destinado ao SUS.

Em dezembro de 2019, o Supremo Tribunal Federal


suspendeu os efeitos da medida provisória que
extinguia o DPVAT. O governo federal decidiu, então,
reduzir o valor cobrado

2020 Com a pandemia do novo coronavírus (que causa a


COVID-19), os Estados foram obrigados a adotar medidas
para atuação na calamidade pública. Primeiro caso no
Brasil é datado de 25 de fevereiro, em São Paulo. Em um
primeiro momento, o presidente Bolsonaro foi contra
medidas de isolamento, menosprezando a vírus.
Os estados e municípios tiveram independência para
determinar distanciamento/isolamento social e
quarentena.
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O novo coronavírus se destaca pelo alto índice de


2020 transmissão, e pode levar muitas pessoas a necessidade
de suporte respiratório, o que obrigou os governos a
adquirirem respiradores e ampliares a quantidade de
leitos de UTI para conseguir atender a demanda.

Dos 32 mil leitos de UTI de adultos existentes no Brasil,


apenas 17,9 mil estavam na rede pública, responsável
por atender três quartos da população, justamente os que
não possuem planos de saúde.

O Governo do Brasil destinou mais R$ 9,4 bilhões para


fortalecer a rede pública de saúde no enfrentamento ao
coronavírus (Covid-19). A situação de saúde fez com que
muitos estados e cidades chegassem ao limite da
capacidade de atendimento, com muitas cidades
chegando a capacidade máxima de 90% ou 100% de
leitos de UTI ocupados.
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Por causa da quarentena, muitas pessoas perderam o


2020 emprego, o que obrigou o governo a oferecer um
auxílio emergencial como parte da política de combate
ao novo coronavírus.

Até a elaboração desse material (03/05/2020),


6.329 mortes foram registradas no Brasil em 45 dias
(desde a primeira morte). O total de casos
confirmados é de 91.598. Vários setores e
pesquisadores apontam ainda um problema de
subnotificação.

Também em 2020, a maioria dos ministros do STF vota


contra restrições à doação de sangue por gays. Até
agora, seis dos onze ministros votaram no julgamento
sobre a constitucionalidade de normas do Ministério da
Saúde e da Anvisa, que limitam a doação de sangue
por homens gays. A votação encerrará dia 08 de maio
de 2020.

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