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Preventiva – aula 1: Histórico de Saúde no Brasil Características do modelo previdenciário:

• Direito a saúde: população trabalhadora


Período colonial: não tinha modelo de atenção a com vínculo formal de emprego
saúde, sendo feito por curandeiros e boticários. • Medicina curativa
Médicos vieram ao Br com a família real para RJ e
Salvador. Reforma sanitária: movimentou diversos
segmentos da sociedade civil. Levou a uma
Imperial: mínimo controle sanitário nos portos
formulação de uma concepção ampliada de saúde
Período república: varíola, malária, febre e peste (levando em conta questões biopsicossociais),
em expansão. Iniciado pri 22Q’meiro propôs saúde como direito de todos e dever do
movimento sanitarista CAMPANHISTA por estado e proposta do SUS como sistema nacional
Oswaldo Cruz. LEI de vacinação antivariólica de saúde. Teve como um dos seus líderes MARIO
Obrigatória > revolta da vacina. Erradicação da MAGALHÃES DA SILVEIRA, contando com o apoio
febre amarela. Início do registro demográfico. da ABRASCO
Introdução do laboratório para diagnóstico
Transição democrática (1980-1990): criação do
etiológico
CONASP (conselho consultivo de administração de
• Assistência médica: não era individual,
saúde previdenciária) para conter custos e
ocorria em situações de epidemia
combater fraudes. Implementação do AIHs
• Controle de condições de saúde pública
(autorização de internação hospitalar) para
no eixo central da economia
controle de gastos e AIS (ações integradas em
• Assistência hospitalar: sociedades de
saúde) de responsabilidade para estados e
socorro mútuo e entidades beneficentes
municípios.
Carlos chagas: propaganda e educação sanitária,
8ª conferência de saúde – 1986: ápice da reforma
expandindo as atuações de Oswaldo Cruz,
sanitária brasileira que serviu como base para o
iniciando ações contra TUBERCULOSE, SUS e seus princípios.
HANSENÍASE e DSTs
Constituição 1988: art. 196-200 → assegurou a
Lei eloy chaves – 1923:
saúde como direito de todos e dever do estado,
• Organização dos CAPs (Caixas de
aposentadorias e pensões) estabelecendo os princípios do sus
o 1923: CAP dos ferroviários Preventiva – Aula 2: SUS
o 1926: portuários e marítimos
Antes de 1988:
Era vargas: ações mais concentradoras. CAPs • Modelo de saúde previdenciário –
passa a ser controlado pelo estado e se torna IAP INAMPS: particular ou santas
(instituto de aposentadoria e pensão) divido por casas/filantropia
classe, somente pra quem tivesse carteira de • Organização fragmentada e centralizada
trabalho. • Financiamento por produção
Pré-Ditadura militar: Houve a criação do SAMDU • Curativista/hospitalar
em 1949, maior pressão por assistência médica, Princípios do SUS:
crescimento de complexo médico-hospitalar. E em Princípios Princípios organizacionais:
1960 ocorreu uniformização dos benefícios nos doutrinários: • Regionalização e
IAPs • Universalidade hierarquização
• Equidade • Descentralização
Ditadura militar: IAPS se transformou em INPS e
• Integralidade • Participação social
houve expansão da garantia de previdência para
• Resolubilidade
todos os trabalhadores e dependentes. Criação do
• Complementarida
INAMPS. Ampliação da rede provada de hospitais
de do setor
com empréstimo > boom na rede privada com
privado
predomínio da medicina curativa. Com a crise da
ditadura houve aumento da mortalidade infantil e Gestão e financiamento:
precarização da população • Municipal: implantar ações de promoção,
vulnerável/marginalizada. proteção e recuperação da saúde e gerir
os serviços públicos de saúde o Ações de promoção, prevenção e
(laboratórios, hemocentros etc) recuperação da saúde, integrando
• Estadual: consolidar as necessidades ações assistenciais e preventivas
municipais, corrigir distorções existentes e o Define princípios doutrinários e as
executar ações que os municípios não são diretrizes organizacionais
capazes e/ou não lhes cabem
Lei 8.080:
• Federal: liderar o conjunto de ações de
SUS deve realizar ações de:
promoção, proteção e recuperação da
• Vigilância sanitária
saúde, identificando riscos e necessidades • Vigilância epidemiológica
nas diferentes regiões, além de controlar • Saúde do trabalhador
e fiscalizar procedimentos • Assistência terapêutica integral, inclusive
Financiamento: farmacêutica
• Federal – recursos da união – fundo • 1990 – Lei nº 8.142: garante a
nacional de saúde: coletado por meio de participação social na gestão do SUS, além
impostos como pis e confins. Governo de permitir transferências
repassa parte diretamente e outra parte intergovernamentais de recursos
repassa para o estado e o municio aplicar financeiros na saúde
na saúde.
Emenda constitucional de 2000: obriga os 3 níveis Lei 8.142:
a investir em saúde, sendo estados 12% da • Conselhos de saúde – municipais,
arrecadação de impostos e municípios 15% da sua estaduais e federais
receita total • Permanentes e deliberativos
Emenda 2015: definiu percentual mínimo de • Composição paritária – governo (25%),
investimento pela União de 15% saúde (25%) e usuário (50%)
Emenda de 2016 (“congelamento”): limita pelos • Formulação de estratégias e no controle
próximos 20 anos os gastos federais da execução da política de saúde, inclusive
Emenda de 2020: divide em bloco de manutenção nos aspectos econômicos e financeiros.
e de estruturação da rede permitindo ações de • Conferências de saúde a cada 4 anos –
atenção primaria, especializada, assistência formulação de políticas de saúde
farmacêutica, vigilância e gestão • Fundo nacional de saúde – 70% para
municípios
Ações desenvolvidas pelo sus: prevenção
(vigilância epidemiológica/sanitária, vacinações, • 2011 – Decreto nº 7.508
saneamento básico, exames periódicos), o Regiões de saúde: atenção
promoção (educação em saúde, bons padrões de primária, urgência e emergência,
alimentação e nutrição, adoção de estilo de vida atenção psicossocial, atenção
saudável) e recuperação da saúde (atendimento ambulatorial especializada e
médico/odontológico, reabilitação, diagnóstico e hospitalar, vigilância em saúde
tratamento, limitação da invalidez) o Rede de atenção à saúde
o Contrato organizativo da ação
Preventiva – Aula 3: Leis orgânicas da saúde pública da saúde (COAP): recursos
• 1990 – Lei nº 8.080: SUS é definido pela financeiros, metas, papel de cada
conjugação de ações e serviços de gestor
promoção, proteção e recuperação da o Porta de entrada serviços
saúde, organizados de forma especiais de acesso aberto
regionalizada e hierarquizada e o Protocolo clínico e diretrizes
executados pelos entes federativos terapêuticas
(municípios, estados, distrito federal e Decreto nº 7.508: regulamenta a lei 8.080. Dispõe
União), mediante a participação sobre a organização do SUS, planejamento da
complementar da iniciativa privada. saúde e articulação interfederativa
o Saúde como direito fundamental
• Normas operacionais básicas • Programa de agentes comunitários de
o NOB 91: criação da autorização de saúde em 91
internação hospitalar (AIH), do • PSF em 94
sistema de informação hospitalar • Estratégia saúde da família 97/07
(SIH) e do fator de estímulo a
municipalização (FEM) – INAMPS Atributos essenciais da Atributos derivados:
o NOB 92: explicitou princípios da
APS: • Orientação
• Primeiro contato familiar:
descentralização – MS
• Integralidade abordagem
o NOB 93: estabeleceu as instancias
• Logitudinalidade familiar
intergestoras bipartite e tripartite • Orientação
• Coordenação do
como espaços de negociação, comunitária
cuidado
pactuação e integração entre os • Competência
gestores e iniciou a cultural
municipalização da saúde no país
o NOB 96: elaboração da Estratégia saúde da família:
programação pactuada e • Composição mínima:
integrada (PPI), criação do PAB o 1 médico
(piso atenção básica) e ampliação o 1 enfermeiro
da cobertura por PSF e PACS o 1 auxiliar de enfermagem e ACSs
• Norma operacional da Assistência à saúde • Territorialização e administração da
(NOAS) – 2001: define o que compete ao clientela:
gestor estadual e sua confecção e o 3000/4000 habitantes
organizando o papel de cada gestor. o ACSs a cada 400-750 habitantes
• Agente comunitário de saúde:
Pacto pela saúde – 2006: conjunto de reformas
o Cadastramento de famílias
institucionais pactuada entre as 3 esferas de
gestão do SUS com o objetivo de promover o Orientações
inovações nos processos e instrumentos de o Acompanhamento por visitas
gestão. O pacto deve ser revisado anualmente domiciliares
com ênfase nas necessidades de saúde da o Ações de promoção e prevenção
população. Apresenta três componentes: pacto de na saúde
gestão do SUS, pacto pela vida e pacto em defesa
do SUS. Portaria Nacional de Atenção Básica

PNAB 2017:
Preventiva – Aula 4: Atenção primária a saúde e • UBS: 40 horas semanais, 5 dias por
estratégia de saúde da família semana, no mínimo
APS: nível de atenção do sistema de saúde (porta • Horários alternativos podem ser
de entrada, oferecendo serviços que respondam pactuados nas instancias de participação
social, como os conselhos de saúde
as necessidades de saúde envolvendo ações
• Podem ter até 4 equipes de atenção
preventivas, de promoção a saúde, curativas, de
básica ou saúde da família para atingir seu
reabilitação, de redução de danos, cuidados
potencial resolutivo
paliativos e vigilância em saúde). Modelo de • Responsabilidade sanitária por uma
organização de um sistema de saúde. população de 2000 a 3500, conforme o
História: padrão de vulnerabilidade menor da
população
• I conferência internacional sobre cuidados
EQUIPES MULTIPROFISSIONAIS:
primários de saúde – 1978: propôs melhor
• Equipe de saude da família (eSF)
saúde para todos até o ano 2000. Trouxe
• Equipe de atenção básica (eAB): ñ precisa
declaração Alma-Ata com os passos para de ACSs
atingir esse objetivo • Equipe de saúde bucal (eSB)
• Carta de Ottawa – 1986: promoção à • Núcleo ampliado de saude da família e
saúde atenção básica (NASF-AB)
• Constituição de 1988: APS como modelo • Estratégia de agentes comunitários de
saúde (EACS)
Populações especificas: Características:
• Equipe de consultórios de rua • 1º contato com o sistema de saúde
• Equipes de saude para o atendimento da • Utiliza eficientemente os recursos de
população ribeirinha da Amazônia legal e saúde
pantanal sul-mato-grossense • Abordagem centrada na pessoa, família e
• Equipes de saude da família fluviais comunidade
(eSFFs) desempenham suas funções em • Estabelece uma relação ao longo do
unidades básicas de saúde fluviais (UBSFs) tempo
• Lida com problemas de saúde em
APS = AB > ESF
dimensões físicas, psicológica, social,
Núcleo de apoio a saúde da família: criado pelo cultural e existência
ministério da saúde em 2008. Tem como objetivo • Trata afecções que se apresentam
ampliar a abrangência e o escopo das ações de AB indiferenciada, numa forma precoce de
(integralidade e resubilidade). Ajuda as equipes sua evolução
com diferentes tipos de profissionais para dar • Possui processo próprio de tomada de
suporte clínico, pedagógico e sanitários para as decisões, determinado pela prevalência e
eSfs e EABs, atuando em conjunto. O gestor do incidência de doença na comunidade
município que define quais os profissionais que • Coordena problemas de saúde agudos e
vão compor o NASF-AB conforme necessidades da crônicos
área. • Promove a saúde e o bem-estar
• 2017: mudou o nome para NÚCLEO • Possui responsabilidade específica pela
AMPLIADO DE SAUDE DA FAMILIA E saúde da comunidade
ATENÇÃO BÁSICA – NASF-AB • Possui atuação influenciada pela
comunidade, sendo recurso de uma
Financiamento da atenção básica:
• Até dezembro de 2019: PAB (piso da população definida
atenção básica) fixo + PAB variável Medicina centrada na pessoa ou método clínico
o Fundo nacional para fundos centrado na pessoa
municipais
• A partir de janeiro de 2020: captação MCCP:
ponderada + pagamento por desempenho • Explorando a saúde, a doença e a
+ incentivo para ações estratégicas experiencia com a doença
o Doença: parte técnica. Anamnese,
Sistema de informação da Atenção básica – SISAB: exame físico e complementar,
criado exclusivamente para atenção básica. diagnóstico e tratamento
Incorpora conceitos como território, problema e o Moléstia: parte subjetiva.
responsabilidade sanitária, sendo inserido no Sentimentos, Ideias, Função e
contexto de reorganização do SUS no país. É Expectativa
alimentado pelo e-SUS AB (sistema com coleta de • Entendendo a pessoa como um todo
dados simplificados – CDS – e/ou sistema com • Elaborando um projeto comum
prontuário eletrônico do cidadão – PEC). • Intensificando a relação médico-pessoa
Informações desse sistema serão utilizados para o • Incorporar prevenção e promoção a saúde
cálculo do financiamento. • Ser realista

Preventiva – Aula 5: Medicina de Família e Abordagem familiar – ciclo de vida familiar:


Comunidade • Diferentes estágios do ciclo de vida (ou
ciclo vital)
Introdução: origem nos anos 70, era chamada o Adulto jovem independente
medicina geral e comunitária e em 2003 foi o Casamento
reconhecida como especialidade. o Nascimento do primeiro filho
• APS: “lugar”, nível de atenção o Família com filhos pequenos
• MFC: especialidade com foco na APS o Família com adolescentes
• ESF: política de estado
o Saída dos filhos de casa – o Mudanças no ciclo de vida
lançando os filhos e seguindo em • Ser valor é diagnóstico e terapêutico
frente
Abordagem família – Ecomapa: mostra a relação
o Aposentadoria
da pessoa/família com o meio na qual vive
o Família no estágio tardio: velhice
(trabalho/igreja/amigos/etc)
• Transição dos estágios – dificuldades –
tarefas Abordagem familiar – FIRO (Orientações
• Permite identificar se crises são previsíveis fundamentais nas Relações Interpessoais)
ou não e auxiliar a família em um novo • Avalia sentimentos de membros da família
equilíbrio nas relações cotidianas
o Crises normativas • Mudanças de papeis na família
o Crises paranormativas • Inclusão, controle e intimidade
Abordagem família – Genograma: Abordagem familiar – PRACTICE
Genograma: permite identificar de maneira mais • P: problema
rápida a dinâmica familiar e suas possíveis • R: papeis e estrutura – roles and structure
implicações com criação de vínculo entre • A: afeto
profissional e família/indivíduo • C: comunicação
• T: tempo
• I: doenças familiares
• C: lidando com estresse – coping with
stress
• E: ecologia

Atenção domiciliar
• Assistência domiciliar: ocorre na APS.
Pessoas com perdas funcionais e
dependência para atividades de vida
diária
o Vigilância domiciliar: atividade
de promoção, prevenção,
educação e busca ativa
o Atendimento domiciliar:
pessoas com problemas agudos,
com limitação temporária para ir
no serviço de saúde
o Acompanhamento ou
monitorização domiciliar:
cuidados crônicos a pessoas com
limitações de mobilidade
• Internação domiciliar: pessoa
clinicamente estável, mas com
necessidade de maior intensidade de
cuidados
• Quando fazer? Preventiva – Aula 6: Sistema de saúde
o Sintomas inespecíficos suplementar – Agência Nacional de Saúde
o Utilização excessiva dos serviços Suplementar
de saúde
o Doenças crônicas Introdução:
o Isolamento • 1500-1889: Brasil colônia e império
o Problemas emocionais graves o Doenças pestilentas
o Situações de risco familiar o Controle sanitário e dos portos
(violência doméstica, drogadição) • 1889-1930: República velha
o Doenças pestilentas (febre suplementar à saúde. Regula as operadoras (avalia
amarela, varíola e peste) e eficiência, qualidade de assistência, direitos etc.)
doenças de massa (TB, sífilis) • Lei nº 9.961/00: criação da agência
o Modelo campanhista (Oswaldo
Cruz) Modalidade de empresas:
o Caixas de aposentadoria e pensão • Autogestão: planos de saúde
(Lei Eloy Chaves) administrado pelas próprias empresas
• 1930-1945: Era Vargas (exclusivamente jurídica)
o Predomínio de endemias rurais, • Medicina de grupo: empresa faz prestação
tuberculose, sífilis e deficiências de assistência médica por meio de pré-
nutricionais pagamento. Pode ser pessoa física ou
o CLT, IAPS; estatização da jurídica. São a principal modalidade de
previdência social planos privados no país.
• 1945-1964: instabilidade democrática • Médicos cooperados: médicos cooperados
o Urbanização possuem participação nos resultados.
o Emergência de doenças modernas Podem possuir hospitais próprios, porém
▪ Criação do MS o foco não é o lucro pois trata-se de
▪ Expansão da assistência empresa sem fins lucrativos.
médica (SAMDU) • Seguro saúde: livre escolha de médicos,
• 1964-1985: ditadura militar clínicas e hospitais na qual o paciente
o Milagre econômico pode apresentar reembolso variável
o Predomínio de doenças modernas (depende do seguro contratado).
persistência de endemia rurais Apresenta regulamento diferente (SUSEP
com urbanização – superintendência de Seguros Privados)
o INPS/INAMPS Exclusão de coberturas
o Fim do milagre econômico: crise • Transplantes, exceto córnea e de rim
do sistema de saúde
• Tratamento clínico ou cirúrgico
• 1985 em diante: experimental
o Democracia
• Procedimentos clínicos ou cirúrgicos para
o Movimento sanitário → 8ª
fins estéticos
conferência nacional de saúde –
• Fornecimento de órteses, próteses e seus
constituição de 1988
acessórios, não ligados ao ato cirúrgico ou
o SUS: permitiu a participação da
para fins estéticos
iniciativa privada
• Fornecimento de medicamentos
LEIS: importados, não nacionalizados
• Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1988 • Fornecimento de medicamentos para
(modificada pela Medida Provisória nº tratamento domiciliar
2.177-44, de 2001) – Lei dos planos: • Inseminação artificial
definição de cobertura mínima de todas as • Tratamentos ilícitos, antiéticos
doenças do CID-10, carências, reembolsos, • Casos de cataclismos, guerras e comoções
vedação por discriminação de idade ou internas declaradas pela autoridade
patologia, controle dos reajustes de preço competentes
etc. • Tratamento em clínicas de
• Lei nº 9.661, de 28 de janeiro de 2000: emagrecimento
criação da ANS • Tratamentos em clínicas de repouso,
estancias hidrominerais, clínicas para
OBS: Nosso sistema de saúde é HÍBRIDO: privado
acolhimento de idosos
+ público
RESSARCIMENTO AO SUS: SUS ressarcido por
Agência Nacional de Saúde: operadora pelos atendimentos feitos pelo SUS aos
ANS: vinculada ao ministério da saúde, age em usuários dos planos privados (tabela TUNEP). Não
defesa do interesse público na assistência tem envolvimento do usuário. É feito pela ANS
com apoio do DATASUS (compara cadastros)
Preventiva – Aula 7: Programas de provimentos OBJETIVOS:
médico no Brasil • Diminuir a carência de médicos nas
regiões prioritárias para o SUS
Introdução: • Fortalecer a prestação de serviços de AB
• Constituição de 1988 – SUS: Alicerces do em saúde no país
sum com apresentação da atenção básica, • Aprimorar a formação médica no país e
sendo a ESF a estratégia primordial. proporcionar maior experiência no campo
• Desafios de AB: de prática médica durante o processo de
o Financiamento insuficiente formação
o Infraestrutura inadequada UBS • Ampliar a inserção do médico em
o Baixa informatização dos serviços formação nas unidades de atendimento
e pouco uso das informações SUS
disponíveis • Fortalecer a política de educação
o Necessidade de ampliar o acesso, permanente com a integração ensino
serviço
reduzir tempo de espera e
• Promover troca de experiencia e
garantir atenção, especialmente
conhecimentos entre profissionais de
aos grupos mais vulneráveis
saúde brasileiros e médicos formados em
o Necessidade de melhorar instituições estrangeiras
qualidade dos serviços • Aperfeiçoas médicos para atuação nas
(acolhimento, resolubilidade e políticas públicas de saúde do país e na
longitudinalidade) organização e no funcionamento do SUS
o Pouca atuação na promoção da • Estimular a realização de pesquisa
saúde e no desenvolvimento de aplicadas ao SUS
ações intersetoriais
o Desafio de avançar na mudança Eixos constituintes:
do modelo de atenção, qualidade • Provimento emergencial: recrutar e alocar
e gestão profissionais para a AB, disponibilizar aos
o Baixo investimento nos participantes um conjunto de incentivos
profissionais trabalhadores e o educacionais, monetários e formativos
mercado (treinamento em serviço, curso de
o Falta de profissionais preparados especialização e supervisão, pontuação
para AB adicional na nota de exames de residência
• Poucos médicos: principal queixa dos médica, entre outros)
usuários • Infraestrutura: Em 5 anos, dotar as UBS
com qualidade de equipamentos e
Ações implementadas – 2011: infraestrutura, a serem definidas nos
o Lei nº 12.202/2010: abatimento planos plurianuais. Articular ao programa
dívida do FIES em função do de requalificação das UBS
tempo de atuação em ESF • Educação: aumento de vagas de
o Programa de Valorização dos graduação em medicina e universalização
profissionais da atenção básica da residência médica em 2018. Formação
(PROVAB): qualificação na baseada em novas diretrizes,
formação AB, atuação instrumentos e metodologias, de forma a
supervisionada, pontuação diplomar profissionais mais capacitados
adicional em provas de residência para a AB por meio das diretrizes de 2014
médica e bolsa de estudos paga (min 30% do internato tem que ser na AB
pelo GV e em serviços de urgência/emergência do
Programa Mais Médicos: Lei nº 12.871/2013 SUS, expansão de vagas, avaliação de
• Resposta imediata e emergencial todos os alunos do 2º, 4º e 6º ano)
• Medidas estruturadas • Funcionamento: definição das regiões
com maior necessidade e vulnerabilidade
pelo MS. Abertura do edital para
municípios (1º profissionais com registros
no Brasil, 2º brasileiros formados no Preventiva – Aula 8: Medicina do trabalho
exterior sem registro no Br, 3º
Saúde do trabalhador: A medicina do trabalho é
estrangeiros formados no exterior sem
uma especialidade médica que lida com as
registro no Br, 4º médicos cooperados por
relações entre os trabalhadores e seu trabalho
meio de acordo OPAS-Cuba). Duração de 3
visando à prevenção dos acidentes de trabalho,
anos.
prevenção das doenças relacionadas ao trabalho,
o Desfecho: novembro de 2018:
promoção da saúde e da qualidade de vida além
cuba retira-se do programa. Até
da melhoria contínua das condições de trabalho.
março de 2019, brasileiros e
estrangeiros com CRM ocuparam Política nacional de saúde do trabalhador e da
as vagas trabalhadora – PNSTT:
• Diretrizes:
Programa médicos pelo Brasil: Medida provisória
o Universalidade
890/2019, Lei nº 13.958/2019
o Integralidade
• Objetivos: o Participação da comunidade, dos
o I – Promover o acesso universal, trabalhadores e do controle social
igualitário e gratuito da população o Descentralização
as ações e aos serviços do SUS, o Hierarquização
especialmente nos locais de difícil o Equidade
provimento ou de alta o Precaução
vulnerabilidade
• Objetivos e estratégias:
o II – Fortalecer a atenção primária
o Saúde do trabalhador em todos os
à saúde
o III – Valorizar os médicos da níveis do SUS
atenção primária à saúde o Atenção integral a saúde do
o IV – Aumentar a provisão de trabalhador
médicos em locais de difícil o Ênfase em vigilância (VISAT)
provimento ou de alta o Ênfase em promoção e proteção
vulnerabilidade em saúde
o V – Desenvolver e intensificar a o Redução de morbimortalidade
formação de médicos o Atuação multiprofissional e
especialistas em medicina de interdisciplinar
família e comunidade o Promover a saúde e ambientes e
o VI – Estimular a presença de
processos de trabalho saudáveis
médicos no SUS
o Incorporar a categoria trabalho
• Agência para o desenvolvimento da como determinante no processo
atenção à Saúde – ADAPS: criada para saúde-doença
executar o programa médicos pelo Brasil, • Financiamento: recursos dos fundos
sob a orientação técnica e a supervisão do nacionais, estaduais e municipais de saúde
MS. Deve ser uma pessoa jurídica, porém • Facultativo:
sem fins lucrativos e tem como objetivo o Ressarcimento ao SUS, pelos
promover a execução de políticas de planos de saúde privados, pelos
desenvolvimento da atenção primária à gastos destes acidentes e doenças
saúde. relacionadas ao trabalho
o Composto por conselho o Repasses de recursos advindos de
deliberativo, diretoria executiva e contribuições para seguridade
conselho fiscal social
• Contratações:
o Médicos tutores: MFC ou CM
o Médicos: qualquer especialidade.
Devem fazer curso de formação
o Parcerias com organismos precoce de agravos à saúde
nacionais e internacionais para relacionados ao trabalho
financiamento de projetos o Planejamento com base nos riscos
especiais identificados → PCMSO articula
com PPRA
Normas regulamentadoras (NRS):
o Realização obrigatória de exames
• NR 4: serviços especializados em
ocupacionais:
engenharia de segurança e medicina do
▪ Admissional
trabalho (SESMT)
▪ Demissional
o Implantado dentro das empresas
▪ De retorno ao trabalho
o Equipe de profissionais
▪ De mudança de função
especializados em SST: médico,
▪ Periódico
engenheiro, enfermeiro, técnico
o Atestado de saúde ocupacional:
de segurança do trabalho, auxiliar
apto ou inapto
de enfermagem
• NR 9: programa de prevenção de riscos
o Promover a saúde e a integridade
ambientais (PPRA)
do trabalhador no local de
o Antecipar, reconhecer e controlar
trabalho
a ocorrência
o Dimensionamento:
o Riscos físicos, químicos e
▪ Graus de risco da
biológicos
atividade principal (1-4)
o Identificar o agente,
▪ Número de empregados
concentração/intensidade e o
• NR 5: comissão interna de prevenção de
tempo de exposição capaz de
acidentes (CIPA)
causar danos à saúde do
o Representantes do empregador e
trabalhador
dos empregados. Os membros são
• NR 32: segurança e saúde no trabalho em
escolhidos por eleições sendo o
serviço de saúde
mandado de 1 ano e gerando
o Trabalhador do serviço de saúde
estabilidade no emprego.
expostos a risco biológico
o Atribuições:
(microrganismos, cultura de
▪ Realizar verificação nos
células, parasitas, toxinas, príons)
ambientes de trabalho
o Promoção e assistência à saúde
▪ Promover anualmente a
em geral
SIPAT (+ SESMT)
o Identificação dos riscos biológicos:
▪ Colaborar com a
▪ Fontes de exposição e
implantação do PPRA e do
reservatório
PCMSO
▪ Vias de transmissão e
▪ Elaborar o mapa de riscos
entrada
• NR 6: equipamento de proteção individual
▪ Transmissibilidade,
(EPI)
patogenicidade e
o Equipamento de uso individual →
virulência do agente
proteger a saúde e a integridade
▪ Persistência do agente
física do trabalhador
biológico no ambiente
o Cabe ao empregador (empresa)
▪ Estudos epidemiológicos
fornecer os EPIs gratuitamente
ou dados estatísticos
o Preferência pelos equipamentos
de proteção coletiva
(ventiladores, exaustores)
• NR 7: programa de controle médico de
saúde ocupacional (PCMSO)
o Caráter de prevenção,
rastreamento e diagnóstico
▪ Outras informações Acidentes de trabalho:
científicas • Desafio para saúde publica
o Custos socioeconômico:
trabalhador, famílias, empresas,
economia do país
o Dados da previdência social: 79
bilhões em benefícios
o Lei 8.213/91 – artigo 19:
▪ Ocorre pelo exercício do
trabalho a serviço da
empresa
▪ Provoca lesão corporal ou
perturbação funcional
▪ Causa a morte ou a
perda/redução,
permanente/temporária,
da capacidade para o
trabalho
o Tipos:
▪ Doença profissional:
desencadeada pelo
exercício do trabalho
peculiar a determinada
atividade (ex: silicose,
Níveis de prevenção (Modelo de Leavell & Clark): saturnismo)
▪ Doença do trabalho:
desencadeada em função
de condições especiais
em que o trabalho é
realizado (ex: DORT,
PAINPSE)
o Acidentes sofridos pelo segurado
no local e no horário do trabalho:
▪ Agressão, sabotagem,
terrorismo
▪ Ofensa física intencional
▪ Ato de imprudência,
Prevenção primária (período pré-patolgenico): ↓
negligência, imperícia
incidência de doenças
▪ Ato de pessoa privada do
• Promoção de saúde:
uso da razão
o Educação em saúde
o Políticas de emprego e renda ▪ Desabamento, inundação,
o Programas de qualidade de vida incêndio e outros
nas empresas fortuitos
• Proteção específica: ▪ Doença proveniente de
o Vacinação dos funcionários contaminação acidental
o Uso de EPIs ▪ Execução de serviços sob
• Prevenção secundária autoridade da empresa
(rastreamento/diagnóstico precoce) → ▪ Em viagem a serviço da
PCMSO empresa
o Exames ocupacionais periódicos ▪ No percurso casa →
o Exames complementares trabalho ou trabalho →
• Prevenção terciária (reabilitação): casa
o Reabilitação profissional
Comunicação de acidente de trabalho (CAT): • 3: trabalho como provocador de um
documento emitido para comunicar AT (Acidente distúrbio latente ou agravador de doença
de trabalho típico, acidente de trajeto, doença já estabelecida → asma ocupacional,
ocupacional – equiparada ao AT) dermatite de contato alérgica
• Deve ser emitido independente de ser
Classificação legal brasileira:
comprovado ou apenas suspeita e
• Doença profissional: desencadeada pelo
independente do trabalhador ter
exercício do trabalho peculiar a
necessidade de afastamento
determinada atividade → silicose,
• Deve ser feita para a previdência social
saturnismo
para trabalhadores CLT
• Doença do trabalho: desencadeada em
• A empresa é a responsável por fazer a CAT
função de condições especiais em que o
em até 1º dia útil seguinte ao da
trabalho é realizado
ocorrência
o Em caso de morte deve ser em Classificação (schilling e legal brasileira):
menos de 24 horas Doença profissional
o Se a empresa não fizer a • Schilling 1: trabalho como causa
comunicação, deve ser feito pelo: necessária
▪ Próprio acidentado ou Doenças do trabalho:
seus dependentes • Schilling II: trabalho como fator
▪ Entidade sindical contributivo, mas não necessário
competente • Schilling III: trabalho como provocador de
▪ Médico que assistiu o um distúrbio latente ou agravador de
doença já estabelecida
trabalhador
▪ Autoridade publica
Perda auditiva induzida por ruido ocupacional ou
• Deve ser emitida em 4 vias: PAIR (perda auditiva induzida por ruído) ou PAIRO
o Para o INSS (perda auditiva induzida por ruído ocupacional) ou
o Para o segurado ou dependente PAINPSE (perda auditiva induzida por níveis de
o Para o sindicato de classe do pressão elevados
trabalhador
• Som/ruído (onda sonora): agente físico
o Para a empresa
• Risco ruído: risco físico
A emissão da CAT para a previdência social não • Fisiopatologia: A exposição continua a
desobriga a notificação ao SINAN níveis elevados de pressão sonora gera
Lista nacional de notificação compulsória: lesão das células ciliadas do órgão de Corti
• Acidente de trabalho grave, fatal e em dentro da cóclea causando a diminuição
crianças e adolescentes gradual da acuidade auditiva
• Acidentes de trabalho com exposição a o NR-15: limite de tolerância → 85
material biológico dB para 8h de trabalho
• Intoxicação exógena (agrotóxicos, gases
tóxicos e metais pesados) Características PAIR:
Unidades sentinelas: notificação para essas • É sempre neurossensorial
unidades em caso de câncer relacionado ao • É quase sempre bilateral
trabalho, dermatoses ocupacionais, LER/DORT, • É irreversível
PAIR, pneumoconioses, transtornos mentais • Não há progressão se cessar a exposição
relacionados ao trabalho • Progride lentamente (anos)
• Predomina nas frequências 3, 4 e 6 Khz
Patologia ocupacional:
• Pode ser agravada por vibrações e
Classificação (SCHILLLING):
substâncias químicas (fumos metálicos,
• 1: trabalho como causa necessária do
aminoglicosídeos, diuréticos, solventes
adoecimento → silicose, intoxicação por
orgânicos como xileno e tolueno
chumbo
• Exposição a níveis elevados de pressão
• 2: Trabalho como fator contributivo, mas
sonora:
não necessário → LER/DORT, varizes, IAM
o efeitos auditivos: perda auditiva, o Exame de imagem: opacidade
zumbido, dificuldade no micronodular e nodular com
entendimento da fala predomínio em regiões superiores
o efeitos não auditivos: cefaleia, e posteriores do pulmão. Pode
irritabilidade, ansiedade, insônia, ocorrer aumento de linfonodos
fadiga, vertigem, variações na hilares/mediastinais aparecendo
pressão arterial como calcificação em casca de
• Diagnóstico: ovo (Eggshell)
o anamnese: clínica e ocupacional o Diagnóstico:
→ informações como local de ▪ História clínica
trabalho e exposição ao risco ▪ Anamnese ocupacional:
o Exame físico exposição compatível
o Audiometrias ▪ Imagem: RX/TC de tórax
• Prevenção: ▪ Biópsia: se imagens
o Reconhecimento do risco incaracterísticas ou
o Eliminação/neutralização do risco história de exposição
o Equipamento de proteção ausente/não convincente
individual (EPI) o Outras doenças associadas: TB,
o Controle médico de saúde doenças autoimunes (ES, AR),
ocupacional: audiometrias e câncer de pulmão (é
programa de conservação auditiva carcinogênico), doença renal
crônica
Pneumoconioses: doenças pulmonares
• Asbestose: doença pulmonar intersticial
decorrentes da inalação e deposição de poeira nos
com fibrose causa pela inalação de fibras
pulmões e da reação tecidual à sua presença.
de asbestos/amianto
POEIRA → AGENTE QUIMICO. Outros agentes são
o Atividades expositoras:
fumos, fumaças, névoas, neblinas, gases, vapores,
mineração, moagem e
poeira mineral (silicose)
ensacamento de asbestos;
• Silicose: causa fibrose intersticial, nodular fabricação de produtos de
causada pela exposição prolongada a sílica cimento-amianto; materiais de
cristalina. É a mais prevalente das fricção (pastilhas de freio);
pneumoconioses sendo a doença de materiais de isolamento e
maior gravidade. vedação; produtos têxteis
o Atividade com exposição a sílica (mantas/tecidos antichama);
cristalina: jateamento de areia, construção civil (pisos vinílico,
britagem de pedras, perfuração telha, caixas d’água, tubulações)
de poços/escavação de túneis, o Quadro clínico: depende da carga
lapidação de pedras, lixamento de e tempo de exposição, podendo
peças de cerâmica, polimento de se manifestar após cessada a
fachadas, corte e polimento de exposição (>10 anos) levando a
granito, indústria da construção dispneia de esforço, tosse,
(cerâmica e vidro), atividades em baqueteamento e cianose.
pedreiras/marmorarias, o Imagem: predomínio em regiões
beneficiamento de minérios basais e posteriores
o Formas de silicose: ▪ RX: opacidades
▪ Aguda: reticulares, irregular
▪ Acelerada linerares
▪ Crônica: exposição ▪ TC: sinais de fibrose como
prolongada com evolução espessamento de septos
lenta que evolui pra interlobulares,
dispneia, tosse, perda de bronquiectasias de tração
peso e faveolamento
▪ Outros achados: o Cotovelo: epicondilite medial e
espessamento de pleura, lateral, bursite do olecrano
placas pleurais o Ombro: bursite de ombro,
o Doenças associadas: fibrose de síndrome do manguito rotador,
retroperitônio, canceres (pulmão, tendinite bicipital, síndrome do
laringe, ovários, estômago, desfiladeiro torácico
mesotelioma) • Avaliação clínica:
o Diagnóstico: o Anamnese ocupacional: conhecer
▪ Anamnese: evidência de o processo de trabalho e
exposição ao asbesto, conteúdo das tarefas.
tempo de exposição Fatores de risco ergonômicos:
superior a 10 anos • Efeitos biomecânicos:
▪ Imagem: placa pleural o Posto de trabalho/ferramentas
▪ Laboratorial: presença de o Posturas inadequadas
corpos de abesto no LBA, o Peso da carga levantada
escarro induzido ou tecido • Organização do trabalho:
▪ Biopsia: fibrose e corpos o Jornadas prolongadas
de asbesto o Ausências de pausas
o Ausência de revezamentos
• Recomendações:
o Invariabilidade das tarefas
o Afastar exposição o Exigência de produtividade/metas
o Manter monitoramento (mesmo Fatores de risco físicos:
após afastamento de exposição) • Frio
o Atenção para TB nos pacientes • Vibração
com silicose: quimioprofilaxia com
ISONIAZIDA (6 meses) se PPD > 10 • Abordagem: é multiprofissional
mm (afastada TB ativa) o Correções ergonômicas
o Atenção para câncer de pulmão o Medicamentos: analgésicos,
o Atenção para mesotelioma: AINES, relaxantes musculares,
asbesto antidepressivos
o Emissão da CAT o Fisioterapia/Reabilitação
o Notificação ao SINAN (unidade o Órteses
sentinela) o Infiltrações
Distúrbios osteomusculares relacionados ao o Psicoterapia
trabalho (LER/DORT): ocorre devido à sobrecarga o cirurgia
ao sistema musculoesquelético associado a falta Toxicologia ocupacional: metais pesados
de tempo para recuperação da (saturnismo, hidrargismo) e solventes
articulação/musculatura, sendo que apresenta (benzenismo)
etiologia multifatorial. É mais prevalente em • Saturnismo: é causando por intoxicação
mulheres. Entre as manifestações estão dor, por chumbo inorgânico através de
parestesia, sensação de peso, fadiga, surgindo fumos/poeiras de chumbo na fabricação
insidiosamente, geralmente em MMSS. É a causa de baterias, acumuladores elétricos,
mais frequente de afastamento do trabalho. tintas, pigmentos e indústria química em
• Entidades neuro-ortopédicas e geral.
reumatismos de partes moles: tendinites, o Fisiopatologia: afeta a biossíntese
tenossinovites, bursites, epicondilites, do heme causando acumulo de
neuropatias periféricas compressivas ácido delta-aminolevulínico e
• Condições que podem ser relacionadas ao acumulo de zinco-protoporfirina
trabalho que causará danos aos diversos
o Mão: síndrome de túnel do carpo, sistemas
tenossinovite de DeQuervain, o Manifestações clínicas: anemia,
tenossinovite flexores/extensores insuficiência renal, HAS, gota,
do carpo, síndrome do canal de síndrome Fanconi, cefaleia,
Guyan diminuição da concentração,
fadiga, irritabilidade, fraqueza o Comum (ou previdenciário): após
neuromuscular 15 dias de afastamento por
▪ Dor abdominal, náuseas doença comum
vômitos: confundido com o Acidentário: após 15 dias de
abdome agudo afastamento por acidente e/ou
o Tratamento: doença relacionada ao trabalho.
▪ Interrupção da exposição • Salário maternidade: pago quando
▪ Durante crise álgica nascimento de filho ou adoção de criança
abdominal: hidratação • Salário-família: para empregado de baixa
▪ Terapia quelante: casos renda/trabalhador avulso, de acordo com
selecionados o número de filhos
Orla/Linha de Burton: linha azulada/acinzentada • Auxílio-acidente: benefício de natureza
no sulco gengival. indenizatória pago em decorrência de
acidente que reduza permanentemente a
capacidade para o trabalho
• Pensão por morte urbana: para
dependentes do segurado que falecer ou,
em caso de desaparecimento, tiver sua
morte declarada judicialmente
• Pensão por morte rural: para
dependentes do trabalhador rural,
pescador artesanal e índio que produzem
em regime de economia familiar
• Auxílio-reclusão urbano: para
• Hidrargirismo: ocorre pela intoxicação por dependentes do segurado do INSS
mercúrio presente em garimpos, durante o período de reclusão ou
produção de cloro-soda, fabricação de detenção
termômetros, produtos dentários • Aposentadoria por tempo de contribuição
(amálgamas), lâmpadas fluorescentes do professor: homens devem comprovar
o Quadro clínico: é uma intoxicação 30 anos de contribuição e mulheres 25
aguda anos em funções de magistério na
▪ Pulmonar: pneumonite, educação básica
bronquite • Aposentadoria da pessoa com deficiência
▪ Renal: síndrome nefrítica por tempo de contribuição: para cidadão
(proteinúria que comprovar o tempo mínimo de
▪ Nervoso: alterações contribuição, conforme o seu grau de
comportamentais, deficiência. Deste período, no mínimo 180
alucinações, perda de meses devem ter sido trabalhados na
memória, tremores condição de pessoa com deficiência.
▪ Outros: gengivite, • Aposentadoria por invalidez: cidadão
sialorreia, diarreia incapaz de trabalhar e que não pode ser
• Benzenismo: a exposições ocupacionais reabilitado para outra profissão
no setor siderúrgico, refinaria de petróleo • Aposentadoria da pessoa com deficiência
e benzeno como solventes (tintas, verniz, por idade: necessário no mínimo 180
selador) a esse agente mielotóxico que contribuições exclusivamente na condição
pode causar leucemia, doença de de pessoa com deficiência, além de idade
Hodgkin, síndrome mielodisplásica, (60 anos para homens e 55 para
anemia aplásica. mulheres)
Benefícios previdenciários: • Aposentadoria por idade urbana:
• Auxílio-doença: para o segurado que contribuição mínima de 180 e idade de 65
comprove estar temporariamente incapaz para homens e 60 para mulheres
para o trabalho.
• Aposentadoria especial por tempo de CID consiste noma sistematização de doenças,
contribuição: para cidadão que trabalha sinais, sintomas e motivos de consulta,
exposto a agentes nocivos à saúde englobando, inclusive, definições utilizadas em
• Aposentadoria por tempo de estatísticas vitais de saúde.
contribuição: para homens que
Apresentação:
comprovarem 35 anos de contribuição e
• Voluma 1: lista tabular
mulheres 30 anos de contribuição
o Capítulo: agrupamentos de
• Benefício assistencial ao idoso (BPC):
categorias e subcategorias ex:
garantia de um salário mínimo mensal ao
Cap. V → transtornos mentais e
idoso com 65 anos ou mais de baixa renda
comportamentais
• Benefício assistencial à pessoa com
o Categoria: códigos de 3 dígitos (1
deficiência (BPC): garantia de um salário
letra e 2 algarismos) ex: HAS →
mínimo mensal à pessoa com deficiência
i10
de baixa renda
o Subcategorias: código da
• Pensão especial destinada a crianças com
categoria acrescido de 1 ponto e
síndrome congênita do zika vírus
mais 1 algarismo
• Pensão especial da síndrome da
• Volume 2: manual de instruções de
talidomida: para nascidos a partir de
atestado médico da causada de morte,
01/03/1958
descrição da CID, instruções práticas para
• Pensão especial por hanseníase: para
os codificadores de morbidade e
pessoais que tenham sido submetidas a
mortalidade e diretrizes para a
isolamento e internação compulsórias em
apresentação e interpretação dos dados
hospitais-colônias até 31/12/86
• Volume 3: índice alfabético
• Seguro defeso – pescador artesanal: para
o Seção I: doenças e natureza da
pescadores que durante o período em que
lesão
fica impedido de pescar em razão da
o Seção 2: causas externas da lesão
necessidade de preservação das espécies
o Seção 3: drogas e compostos
químicos
Preventiva – Aula 9: Classificação Internacional
de Doenças CID-11:
• Novos conceitos de cuidados primários
Definição: classificação internacional de doenças e
• Registro dos eventos relacionados à
problemas relacionados à saúde (CID). É uma
segurando do paciente
ferramenta diagnóstica padrão para a
• Resistência bacteriana
epidemiologia, a gestão de saúde e a prática
• Atualização sobre itens relacionados ao
clínica. Agrupa doenças análogas, semelhantes ou
HIV
afins. É utilizada para monitorizar a incidência e a
• Incorporação de todas as doenças raras
prevalência de doenças, além de outros
problemas • Inserção de um capítulo pertinente à
medicina tradicional (oriental)
História: em 1893 foi estabelecido um acordo • Introdução de vícios em jogos
internacional para o uso de uma classificação de
doenças que eram causas de morte e uma Preventiva – Aula 10: Medicina legal
recomendação para que esta fosse revista a cada Declaração de óbito: documento-base do SIM do
10 anos (Lista internacional de causas de morte) MS. É composto de três vias autocopiativas,
que foi adotada pelo instituto estatístico prenumeradas sequencialmente, fornecida pelo
internacional. A partir da 6ª revisão em 1948, MS e distribuída pelas secretárias estaduais e
passou a englobar classificações de doenças, municipais de saúde conforme fluxo padronizado
lesões e causas de morte e suas revisões para o país. Os dados servem como base para
tornaram-se responsabilidade da OMS. A CID-10 compilação de dados referente a mortalidade da
foi aprovada em 1989 sendo utilizada partir de população bem como gerar ações visando melhor
1996. Em 2018 foi atualizada a CID-11 que entra qualidade em saúde.
em vigor em 2022.
Quem fornece a declaração de óbito: resolução nº ser comunicado a polícia para
1.779/2005 do CFM encaminhamento do instituto médico
• Morte natural com assistência médica e legal para verificação da causa mortis
causa bem definida: médico assistente, • Mesmo na ausência do óbito, se houver
plantonista ou designado pela instituição qualquer lesão que gere danos
• Morte natural sem assistência médica ou importantes pela prática médica de não-
com causa mal definida: serviço de médicos, o médico assistente deverá
verificação de óbitos (SVO)
comunicar a polícia para que seja feito
• Morte violenta: instituto médico-legal
exame de corpo de delito no instituto
Causas de morte: todas doenças, estados médico legal
mórbidos ou lesões que produzirem a morte, ou Código de ética médica: é vedado ao médico
que contribuiream para ela, e as circustancias do • Art. 83: atestar óbito quando não o tenha
acidente ou da violência que produziu essas verificado pessoalmente ou quando não
lesões. tenha prestado assistência ao paciente,
• Causa básica de morte salvo, no último caso, se o fizer como
• Causa terminal de morte plantonista, médico substituto ou em caso
necropsia e verificação médico-legal
Como preencher declaração de óbito:
• Parte 1: • Art. 84: deixar de atestar óbito de
o Linhas A: causa terminal da morte paciente ao qual vinha prestando
o Linhas B e C: causas assistência, exceto quando houver indícios
intermediárias de morte violenta.
o Linha D: causa básica
Atestado médico: declaração pura e simples, por
o OBS: caso não existam 4 causas,
colocar linha A e causa básica da escrito, de um fato médico e suas possíveis
morte consequências
• Parte 2: outras patologias que a pessoas já Código de ética médica: é vedado ao médico:
possuía e que pioraram suas condições
• Art. 80: expedir documento médico sem
clínicas, contribuindo para a cadeia de
ter praticado ato profissional que o
eventos que levou à morte
justifique, que seja tendencioso ou que
não corresponde à verdade.
Óbito fetal: fornecimento de atestado de óbito • Art. 81: atestar como forma de obter
para óbito fetal → Resolução nº1.779/2005 do vantagem
CFM • Art. 86: deixar de fornecer laudo médico
ao paciente ou a seu representante legal
• Gestação com duração igual ou superior a quando for encaminhado ou transferido
20 semanas, ou para continuação do tratamento ou em
• Feto tiver peso corporal igual ou supeior a caso de solicitação de alto
500g • Art. 91: declarar de atestar atos
• Se estatura igual ou superior a 25 cm executados no exercício profissional,
OBS: Se não atingir estes quesitos, é abortamento. quando solicitado pelo paciente ou por
NÃO fazer AO seu representante legal
OBS: tendo ocorrido qualquer sinal de vida
extrauterina, não se trata de óbito fetal, mas sim OBS: o atestado pode conter o diagnóstico
de óbito de recém-nascido. Nesse caso deverá ser quando autorizado pelo paciente
expedida além do AO, a declaração de nascido
vivo. Prontuário: todo acervo documental padronizado,
organizado e conciso, referente ao registro dos
Resolução nº 1.641/2002 do CFM: cuidados médico prestados, assim como dos
• É vedado ao médico fazer declaração de documentos pertinentes a essa assistência. É um
óbito quando pessoas não-médicas documento essencial quando necessário avaliar
tenham tomado medidas evolução do estado de saúde do periciado.
diagnósticas/terapêuticas que culminaram
no desfecho do óbito. Nesse caso, deve
OBS: o prontuário é o principal instrumento de lo sem a presença de substituto, salvo por
defesa do médico quando precisa provar sua justo impedimento. Parágrafo único, Na
inocência em processos judiciais ou ético- ausência de médico plantonista
profissionais. Por essa razão, deve sempre estar substituto, a direção técnica do
completo e legível. estabelecimento de saúde deve
providenciar a substituição.
OBS: o prontuário deve conter os dados clínicos
• Art. 11: Emitir qualquer documento sem a
necessários para boa condução do caso, sendo
sua identificação do CRM
preenchido em cada avaliação, em ordem
cronológica com data, hora, assinatura e número CAPÍTULO IV – DIREITOS HUMANOS
do CRM. Devendo estar sob guarda do médico ou • Art. 22: Deixar de obter o consentimento
da instituição que assiste o paciente. do paciente ou seu representante legal
após esclarecê-lo sobre o procedimento a
Notificação: comunicação compulsória feita pelos ser realizado, salvo em caso de risco
médicos às autoridades competentes de um fato iminente de morte
profissional, por necessidade social ou sanitária, • Art. 24: Deixar de garantir ao paciente o
como acidentes de trabalho e doenças exercício do direito de decidir livremente
infectocontagiosas sobre sua pessoa ou sem bem-estar, bem
Preventiva – Aula 11: Ética médica como exercer sua autoridade para limitá-
lo
Bioética: • Art. 26: Deixar de respeitar a vontade de
• Autonomia: respeito a individualidade qualquer paciente considerado capaz
(vontade/crença) do médico/paciente física e mentalmente, exceto se risco
• Beneficência: fazer o bem. Ponderar entre iminente de morte.
riscos e benefícios
• Não maleficência: não fazer o mal. Evitar CAPÍTULO V – RELAÇÃO COM PACIENTES E
erros previsíveis FAMILIARES
• Justiça e equidade social: relevância É vedado ao médico:
social. Aplicar adequadamente os recursos • Art. 31: Desrespeitar o direito do paciente
disponíveis. ou de seu representante legal de decidir
livremente sobre a execução de práticas
Código de ética médica diagnósticas ou terapêuticas, salvo em
caso de iminente de risco de morte
CAPÍTULO III – RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL
É vedado ao médico: • Art. 33: Deixar de atender paciente que
• Art. 1º: Causar dano ao paciente, por ação procure seus cuidados profissionais em
ou omissão, caracterizável como casos de urgência ou emergência quando
imperícia, imprudência ou negligência. não houver outro médico ou serviço
Parágrafo único. A responsabilidade médico em condições de fazê-lo
médica é sempre pessoal e não pode der • Art. 34: Deixar de informar o paciente o
presumida diagnóstico, o prognóstico, os riscos e o
• Art. 5º: Assumir responsabilidade por ato objetivo do tratamento, salvo quando a
médico que não participou ou do qual não comunicação direta possa lhe provocar
praticou danos, devendo nesse caso, fazer a
• Art. 7º: Deixar de atender em setores de comunicação a seu representante legal.
urgência e emergência, quando for de sua
• Art. 41: Abreviar a vida do paciente, ainda
obrigação fazê-lo, mesmo respaldado por
que a pedido deste ou de seu
decisão majoritária da categoria
representante legal. Paragrafo único. Nos
• Art. 8º: Afastar-se de suas atividades
profissionais, mesmo temporariamente, casos de doença incurável e terminal,
sem deixar outro encarregado do deve o médico oferecer todos os cuidados
atendimento de seus pacientes internados paliativos sem empreender ações
ou em estado grave. diagnósticas ou terapêuticas inúteis ou
• Art. 9º: Deixar de comparecer a plantão obstinadas.
em horário preestabelecido ou abandoná-
CAPÍTULO VII – RELAÇÃO ENTRE MÉDICOS • Epidemiologia clínica:
É vedado ao médico: o Identificar a causa de doenças
• Art. 50: Acobertar erro ou conduta o Estudar a história natural e
antiética de médico prognóstica da doença
• Art. 51: Praticar concorrência desleal com o Avaliar as medidas terapêuticas
outro médico tanto existentes como em
• Art. 53: Deixar de encaminhar o paciente desenvolvimento
que lhe foi enviado para procedimento
• Epidemiologia descritiva: Estimar a
especializado de volta ao médico
extensão da doença na comunidade
assistentes e, na ocasião, fornecer-lhe as
devidas informações sobre o ocorrido em • Políticas públicas: Construir conhecimento
que por ele se responsabilizou para desenvolver políticas de saúde
• Art. 55: Deixar de informar ao substituto o Marco inicial: Jonh Snow – 1854 → observação
quadro clínico dos pacientes sob sua
dos casos de cólera em volta de uma fonte
responsabilidade ao ser substituído ao fim
do seu turno de trabalho • Consequência: mudança do perfil de
mortalidade de doenças infecciosas para
doenças crônicas

CAPÍTULO IX – SIGILO PROFISSIONAL Pesquisas em epidemiologia:


É vedado ao médico: Tipos de estudos:
• Art. 73: Revelar fato de que tenha • Epidemiologia descritiva: tempo
conhecimento em virtude do exercício de (quando?), pessoa (quem?) e local (onde?)
sua profissão, salvo por motivo justo, → estudos transversais/ de prevalência
dever legal ou consentimento, por escrito,
• Epidemiologia analítica: por quê? → caso-
do paciente. Paragrafo único. Permanece
controle, ensaios clínicos, coortes
essa proibição: A – mesmo que o fato seja
de conhecimento publico ou o paciente
tenha falecido; B – quando de seu Quem: itens relacionados da pessoa
depoimento como testemunha (nessa
• Fatores sociodemográficos: estado civil,
hipótese, o médico comparecerá perante
classe social, sexo, idade, etnia, ocupação
a autoridade e declarará seu
impedimento); C – na investigação de • Variáveis de saúde: medicações,
suspeita de crime, o médico estará alimentação, tabaco, álcool, exame físico,
impedido de revelar segredo que possa comorbidade
expor o paciente a processo penal
Onde: delineamento geográfico → pandemia,
endemia, epidemia, bairro, creche, etc
BLOCO 2
Quando: em que momento do tempo
Preventiva – Aula 1: Conceitos básicos e
Algumas medidas descritivas: tempo de
definições em epidemiologia
incubação, infectividade (capacidade do agente
Definição: é a ciência que estuda o processo saúde infectar uma pessoa), patogenicidade (quanto dos
doença em coletividades humanas, analisando a infectados por um agente ficarão doentes),
distribuição e os fatores determinantes das virulência (gravidade da doença), poder
enfermidades, danos à saúde e eventos imunogênico.
associados a saúde coletiva, propondo medidas
Epidemiologia analítica: por quê?
especificas de prevenção, controle, ou erradicação
• Fator de risco → condição
de doenças, e fornecendo indicadores que sirvam
• Fator etiológico → doença
de suporte ao planejamento, à administração e à
• Tratamento → cura/melhora
avaliação das ações de saúde. É uma interface
entre a medicina preventiva (especialidade Preventiva – Aula 2: Saúde e doença
médica) e a clínica médica (método aplicado)
Definição Saúde: Não apenas ausência de doença,
• Método de investigação.
mas como o completo bem-estar físico, mental e
Objetivos: social – OMS 1948
Definição Doença: teoria “negativa” da saúde Preventiva – Aula 3: Medidas de frequência –
mortalidade e outros indicadores
Modelos explicativos de adoecimento:
• Biomédico: agentes externos atingem a Indicador em saúde: é uma relação entre
fisiologia do ser humano levando a doença números. Comparar os números absolutos de
• História natural da doença: desenvolvida alguma causa por um parâmetro. Podem ser de
por Leavel & Clark natureza: razão, proporção, coeficientes ou
índices
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA: possibilita
pensar em níveis de prevenção Razão: é uma divisão entre dois números que
• Período pré-patogênese: possibilidade de podem ter inclusive unidades diferentes
estímulo a doença. Pessoa ainda não está • Ex: $ gasto com HIV+/ número de pessoas
doente com HIV+
o Prevenção primária
▪ Promoção de saúde Proporções: o numerador é um subconjunto do
▪ Proteção específica → denominador.
vacinação, fluoretação da • NÃO DÃO INDICAÇÃO DE RISCO
água • Varia como consequência da taxa de
• Período de patogênese: alterações de mortalidade de outras doenças
tecidos até horizonte clínico com • Ex: número de mortos por causa/número
manifestações de sintomas
total de mortos
o Prevenção secundária:
▪ Diagnóstico precoce e Coeficientes: é a divisão entre o número de
tratamento → rastreio de pessoas que sofreu o evento dividido pelo número
Ca de colo de útero de pessoas sob risco de sofrer o evento:
▪ Limitação de incapacidade • Incidência/risco: Coorte e ensaio clínico.
→ cirurgias
Número de casos novos/população sob
intervencionistas,
risco
medicações profiláticas
em pessoas já doentes o EX: número de casos novos de
o Prevenção terciária: sarampo no estado de
▪ Reabilitação SP/população do estado de SP
▪ Cirurgias paliativas • Prevalência: Estudos transversais. Número
de casos existentes/população sob risco
Prevenção quarternaria: extensão da história o EX: número de casos HAS no
natural da doença estado de PR/população do
• Não realizar iatrogenias com exames estado de PR
invasivos e excessivos
Índice: é uma aproximação do coeficiente
• Determinantes sociais
• Biopsicossocial INDICADORES EXPRESSOS POR COEFICIENTE:
• Mortalidade geral: nº de óbitos (em
MODELOES DOS DETERMINANTES SOCIAIS:
tempo e local)/população sob risco (em
ruptura no entendimento do adoecimento
tempo e local)
• “Visão macro” → contexto social
o Risco de morrer
influencia a saúde da população
• Mortalidade especifico: nº de óbitos por
determinada causa (em tempo e
local)/população sob risco (em tempo e
local)
o Risco de morrer por causa
• Letalidade: nº de óbitos por determinada
doença (em tempo e local)/nº de doentes
(em tempo e local)
o Risco da doença matar
MORTALIDADE: é um indicador ruim para
populações com diferentes estruturas etárias ou
com condições de saúde diferentes
o Quanto maior a proporção de
morte em idosos, melhor é o
indicador
o Análise:
▪ Primeiro nível: > 75%
▪ Segundo nível: 50 – 74,9%
▪ Terceiro nível: 25 – 49,9%
▪ Quarto nível: < 25%
o O Brasil está no 1º NÍVEL, MAS É
MUITO VARIÁVEL DE REGIÃO
PARA REGIÃO.
Mortalidade em crianças: • Curva de Nelson: É um gráfico que mostra
• Mortalidade infantil: numero de óbitos < 1 a mortalidade proporcional
ano de idade (em tempo e local)/nascidos o < 1 ano → mortalidade infantil
vivos o 1 a 4 anos
o Não considerar natimortos no o 5 a 19 anos
denominador o 20 a 49 anos
o > 50 anos → ISU
o Mortalidade Neonatal: óbitos até
o Interpretação:
28 dias
▪ Formato de N: muito
▪ Precoce: até 6 dias baixa qualidade da saúde
• Culpa geralmente ▪ Formato de L: baixa
é do pré-natal qualidade de saúde
e/ou do parto ▪ Formato de U: regular
▪ Tardia: de 7 a 27 dias qualidade de saúde
• Culpa geralmente ▪ Formato de J: boa
é do pediatra qualidade de saúde
o Mortalidade pós-neonatal: óbitos
de 28 dias a 1 ano Preventiva – Aula 4: Medidas de frequência –
▪ Culpa geralmente é do morbidade
ambiente. É o que mais
tem impacto na Os principais indicadores são incidência e
mortalidade infantil. prevalência.
▪ A queda indica melhora
INCIDÊNCIA: número de casos novos que correm
nas condições
durante um período específico e um determinado
socioeconômicas de um local dividido pela população sob risco de adoecer
país no mesmo período de tempo e local. Usado
Mortalidade em mães: número de óbitos por principalmente em doenças agudas na população
causas maternas/nascidos vivos
Tipos de incidência:
• A morte é durante a gestação ou 42 dias
• Cumulativa: tempo definido previamente
após o parto
o Quantos casos novos dessa
• É considerado um índice. Se aproxima do
doença surgiu em uma
coeficiente pois não é possível ter o
população?
número exato de mulheres gestante,
o Mais útil para descrição
então utilizada o número de nascidos
• Densidade: tempo de cada pessoa
vivos
o Denominador = soma de unidade
• Principais causas de mortalidade em mãe:
de tempo de cada individuo
HAS, hemorragia e infecção
o Mais útil para avaliação de risco
INDICADORES EXPRESSOS POR PROPORÇÕES: Taxa de ataque = incidência → relacionada mais a
• Índice de Swaroop-Upemura (ISU): razão
fatores de risco comum.
de mortalidade proporcional
• Ex: intoxicação alimentar em um mesmo
o Número de óbitos ≧ 50
lugar
anos/número de óbitos total
Prevalência: é o número de casos existentes que • Causas externas: não é muito importante
ocorrem em um ponto ou período específico em em epidemiologia
um determinado local dividido pela população sob
Variações cíclicas e tendencia secular: variação
risco de adoecer neste mesmo período e local.
regular e períodicadoença pode aumentar e
Usado principalmente em doenças crônicas e
diminuir a sua incidência ao longo do tempo,
estáveis na população.
porém ao longo de vários anos ocorre uma
• Prevalência no ponto: utilizado mais em
mudança no padrão de prevalência e incidência.
eleições, pois ocorre em uma data/ponto
• Gráfico de frequência da doença x tempo
único.
o Ex: TB: variação cíclica, porém
• Prevalência no período: permite ver um
com tendência ao declínio/
período maior
Acidentes com animais
Comparativo entre incidência e prevalência: peçonhentos: variação conforme
• Incidência, imigração e tratamentos que época do ano
aumentam sobrevida sem curar,
Variação irregular: é um número de casos muito
aumentam o número de casos existentes
maior do que esperado para aquele tempo e local
da doença (prevalência).
Diagrama de controle: ferramenta em formato de
• Mortes, curar e emigrações diminuem o
gráfico utilizado para caracterizar epidemia
número de casos existentes da doença
• 1º identifica a média de sarampo ao longo
(prevalência)
dos anos
Preventiva – Aula 5: Dinâmica de transmissão e • 2º estabelecer desvio padrão de +/-2
distribuição de doenças pontos → faixa endêmica

Tríade epidemiológica das doenças:

OBS: surto = limitado a um local específico (lugar


Tipos de doenças: geográfico bem menor)
• Infectocontagiosas: estão em declínio Preventiva – Aula 6: Vigilância em saúde com
o Infecciosas x contagiosas: ênfase em vigilância epidemiológica
infecciosas são causadas por
organismos que infectam o Vigilância em saúde: processo contínuo e
hospedeiro. São necessários sistemático de coleta, consolidação, análise de
contágio direto de pessoa para dados e disseminação de informações sobre
pessoa após a infecção inicial eventos relacionados a saúde, visando o
o Transmissão direta ou indireta: planejamento e a implementação de medidas de
direta é pelo contato com saúde pública, incluindo a regulação, intervenção
pessoas, indireta ocorre através e atuação em condicionantes e determinantes da
do contato de fômites saúde da população, prevenção e controle de
• Crônicas não transmissíveis: riscos, agravos e doenças.
o 7 das 10 principais causas de • Observação e análise permanente da
morte no Brasil são DCNT situação de saúde da população
o Sobrepeso é o fator de risco com • SUS: assistência = tratamento + prevenção
maior prevalência no Br o Cuidado integral com a saúde
• Áreas:
o Vigilância epidemiológica • Avaliação
(doenças transmissíveis e agravos de eficácia
não transmissíveis) e
o Vigilância da situação de saúde efetividade
o Vigilância em saúde ambiental das
o Vigilância em saúde do medidas
trabalhador adotadas
o Vigilância sanitária • Divulgação
de
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA: conjunto de ações
que proporciona o conhecimento, a detecção ou a
informações pertinentes
prevenção de qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes da saúde Doenças de notificação compulsória
individual ou coletiva, com finalidade de
recomendar e adotar as medidas de prevenção e • Obrigatória para todos os profissionais de
controle das doenças ou agravos saúde
• Vinculado ao SINAN
Funções da vigilância epidemiológica: • 2 fichas: ficha de investigação
• Coleta de dados epidemiológica e ficha de notificação – vai
o Gera informação tudo para o SINAN web
o Ocorre em todos os níveis do
sistema de saúde CRITÉRIOS PARA ESTAR NA LISTA DE NOTIFICAÇÃO
o Qualidade COMPULSÓRIA :
o Disponibilidade dos dados • Magnitude – incidência, prevalência,
o Origem: mortalidade, anos potenciais de vida
perdido
▪ Notificação compulsória
• Potencial de disseminação
▪ Prontuário médico
• Transcendência – severidade, relevância
▪ Atestado de óbito
social, relevância econômica
▪ Exames laboratoriais e
• Vulnerabilidade – existência de
banco de sangue instrumentos específicos de controle de
▪ Investigação de casos e prevenção da doença
epidemias • Compromisso internacional
▪ Inquéritos comunitários • Epidemias, surtos e agravos inusitados –
▪ Imprensa e população emergências
▪ Sistema sentinela • Tipos:
▪ Busca ativa o NCI: imediata – até 24 horas
o Tipos: o NCS: semanal – até 7 dias
▪ Dados demográficos, o Notificação negativa: notificas
ambientais e ausência de casos
socioeconômicos o Suspeita-confirmação
▪ Morbidade
▪ Mortalidade NOTIFICAÇÃO IMEDIATA (ATÉ 24 HORAS)
▪ Notificação precoce de • Acidente de trabalho: grave, fatal e em
crianças e adolescentes
emergências de saúde
• Acidente por animal peçonhento
pública, surtos e
• Acidente por animal potencialmente
epidemias
transmissor da raiva
• Processamento de dados coletados
• Botulismo
• Análise e interpretação dos dados • Cólera – coqueluche – dengue (óbitos) –
processados difteria
• Recomendação das medidas de prevenção • Doença aguda pelo vírus zika em
e controle apropriadas gestantes
• Promoção das ações de prevenção e • Óbito com suspeita de doença pelo vírus
controle indicadas zika
• Doença de Chagas aguda
• Doença invasiva por Haemophilus • Doença de Chagas – crônica
influenzae • Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ)
• Doenças meningocócica e outras • Esquistossomose
meningites • Hanseníase
• Doenças com suspeita de disseminação • Hepatites virais
intencional:
• HIV/AIDS – infecção pelo vírus da
o antraz pneumônico
imunodeficiência humana ou síndrome da
o tularemia
o varíola imunodeficiência adquirida
• Doenças exantemáticas: • Infecção pelo HIV em gestante,
o Sarampo parturiente ou puérpera e criança exposta
o Rubéola ao risco de transmissão vertical do HIV
• Doenças febris hemorrágicas • Intoxicação exógena (por substâncias
emergentes/reemergentes: químicas, incluindo agrotóxicos, gases
o Arenavírus tóxicos e metais pesados)
o Ebola • Leishmaniose tegumentar americana
o Marbug • Leishmaniose visceral
• Eventos adversos graves ou óbitos pós-
• Malária na região amazônica
vacinação
o Óbito
• Evento de saúde pública (ESP) que se
o Infantil
constitua ameaça à saúde pública
• Febre amarela o Materno
• Febre de Chikungunya em áreas sem • Sífilis
transmissão – óbito com suspeita de febre o Adquirida
de Chikungunya o Congênita
• Febre do Nilo Ocidental e outras o Em gestante
arboviroses de importância em saúde • Toxoplasmose gestacional e congênita
pública – febre maculosa e outras • Tuberculose
riquetsioses • Violência doméstica e/ou outras violências
• Febre tifoide
• Hantavirose Subnotificação:
• Influenza humana produzida por novo
• Casos assintomáticos
subtipo viral
• Leptospirose • Sintomáticos que não procuraram o
• Malária na região extra-amazônica serviço de saúde
• Poliomielite por poliovírus selvagem • Casos que procuraram o serviço de saúde,
• Peste mas não são diagnosticados
• Raiva humana • Casos diagnosticados, mas não registrados
• Síndrome da rubéola congênita e/ou informados
• Síndrome da paralisia flácida aguda
Preventiva – Aula 7: Transição epidemiológica,
• Síndrome respiratória aguda grave
demográfica e nutricional
associada a coronavírus
o SARS-CoV Tipos de transições:
o MERS-COV • Demográfica: perfil etário
• Tétano: o Mudança no perfil etário da
o Acidental
população
o Neonatal
▪ Aumento: nascimento de
• Varicela – caso grave internado ou óbito
pessoas → natalidade e
• violência sexual e tentativa de suicídio
fecundidade
Notificação semanal: ▪ Diminuição: morrendo
• Acidente de trabalho com exposição a pessoas → mortalidade (e
material biológico seus componentes)
• Dengue – casos, doença aguda pelo vírus
zika, febre de Chikungunya
o Etapas de transição: desnutrição e problemas de saúde
▪ Pré-industrial: reprodutiva;
mortalidade e natalidade • O desafio das doenças crônicas e deu seus
eram equivalentes fatores de risco, como tabagismo,
• População sobrepeso, obesidade, inatividade física,
permanece estresse e alimentação inadequada
constante • Forte crescimento das causas externas
▪ Intermediaria: queda da
• Nutricional: alimentação:
mortalidade, natalidade
o Obesidade: estilo de vida
começa a mudar
sedentário e consumo de dieta
• Aumento da
inadequada
população
▪ Era moderna e pós- Preventiva – Aula 8: Bioestatística aplicada à
moderna: em alguns análise de estudos epidemiológicos
locais cai natalidade e
O que buscam os estudos epidemiológicos?
aumenta mortalidade
• Uma estimativa acurada
• População tende
o Precisão: capacidade de medir o
a diminuir
mesmo fenômeno
o No Brasil: a transição está sendo
▪ Oposto: erro aleatório →
mais rápida
medir pela bioestatística
▪ Aumento da esperança de
o Validade: capacidade de a medida
vida
representar o objetivo
▪ Diminuição da
▪ Oposto: viés → análise
fecundidade e natalidade
crítica do estudo
▪ Diminuição das taxas de
mortalidade Bioestatística:
▪ Aumento da gravidez na • Problema da amostragem:
adolescência o Conseguir definir uma amostra
• Epidemiológica: doenças → Como que represente toda população
morreram? o Saber se o resultado foi por acaso
o Estágios: • Solução: valor p (significância)
▪ 1º: Pragas e fome o Baixo < 0,05 ou 5%
▪ 2º: Diminuição das ▪ Probabilidade de acaso é
pandemias → morrem baixa
menos de fome/infecções ▪ Posso confiar nos
▪ 3º: Doenças crônico- resultados
degenerativas e o Alto > 0,05 ou 5%
provocadas pelo homem ▪ Probabilidade de acaso é
▪ 4º: Declínio das doenças alta
cardiovasculares e ▪ Não posso confiar nos
ressurgimento de doenças resultados
▪ 5º: Longevidade • Variáveis:
paradoxal o Classificação: conforme natureza
o Mudanças importantes: matemática
▪ Transmissíveis → não ▪ Quantitativas ou
transmissíveis e causas numéricas: tendencia
externas central (média, mediana,
▪ Jovens → idosos moda) e dispersão (desvio
▪ Mortalidade → padrão)
morbidade • Contínuas:
NO BRASIL: TRIPLA CARGA DE DOENÇAS Aceitam números
• Uma agenda não concluída de infecções, fracionários →
temperatura,
altura, idade
• Testes estatísticos:
• Discretas: não
o Comparar grupos
aceitam números
▪ Desfecho contínuo: quem
fracionários → nº
usou, melhorou?
de filhos
• Distribuição
▪ Qualitativas: porcentagem
normal: segue a
• Ordinais: Existe
curva de gauss
ordenação entre
o 2 grupos
as categorias →
→ teste t
classe social,
o 3 ou mais
estadiamento do
grupos →
câncer
ANOVA
• Nominais: não
o Antes-
existe ordenação
depois →
→ sexo, cor dos
teste
olhos
pareado
• Análise descritiva:
• Distribuição não
o Variável qualitativa → proporção
normal →
o Variável continua → depende da
equivalente não-
distribuição das variáveis
paramétrico
▪ Tendencia central:
▪ Desfecho categórico →
• Média:
proporções/porcentagem.
o Utilizar
“teve mais ou menos
quando
infartos?”
distribuiçã
• teste Qui-
o é
quadrado
normal
• teste de Fischer:
• Mediana: ordenar
se amostra < 5
em ordem
o Correlacionar uma variável a um
crescente e ver
desfecho:
número do meio
▪ Desfecho contínuo:
o Utilizar
• Distribuição
quando a
normal: quem
distribuiçã
tem HAS maior
o não é
tem maior IMC?
normal
o Correlaçã
• Moda: nº que
o de
mais aparece
Pearson

o Regressão
linear
• Distribuição não
normal
o Correlaçã
o de
Spearman
→ 1 desvio padrão =
▪ Desfecho categórico
~70% da população
normal

→ 2 desvios padrões = ~95% da população normal


Preventiva – Aula 9: Análise de métodos • Cálculo: todos os doentes com teste + (VP)
diagnósticos / Todos com teste positivo (VP+FP)
• Também chamado de probabilidade pós-
Introdução: medicina tbm é uma ciência das
teste
probabilidades.
• Prevalência influencia no VPP
• Teste diagnóstico: substituem exames
o No cálculo, colocar o total de
elaborados e apresentam chance de erro
doente o valor da prevalência
aceitável e que não apresenta malefício

Possibilidades diagnósticas:
• Verdadeiro positivo
• Verdadeiro negativo
• Falso positivo
• Falso negativo

DOENÇA SEM DOENÇA


TESTE POSITIVO VP FP
TESTE NEGATIVO FN VN

Parâmetros:
• Sensibilidade: capacidade que o teste tem PROBABILIDADE PRÉ-TESTE: é a prevalência da
de detectar os verdadeiros positivos doença naquela população
o Cálculo: Verdadeiro positivo/total
doentes Valor preditivo negativo: chance de o exame
o Teste alto sensível: tem menos negativo ser realmente negativo
falso negativos • Cálculo: todos os testes verdadeiro
negativos (VN) / todos os testes negativos
SENSIBILIDADE: PARA QUE É ÚTIL?
(VN+FN)
• Quando o resultado é negativo
• Objetivo: fazer rastreamento Curva ROC: quanto mais sensível, maior o número
o Ex: mamografia, VDRL, sangue de falsos positivos. Serve pra identificar um ponto
oculto, D-dímeros, CP de colo de corte para realizar o diagnóstico (é o ombro da
uterino curva ou canto superior esquerdo do gráfico).
• Especificidade: capacidade que o teste • Quanto mais estiver no canto superior
tem de detectar os verdadeiros negativos esquerdo, maior é a acurácia
o Cálculo: verdadeiro negativo/total
não doente
o Teste altamente específico: tem
poucos falsos positivos

ESPECIFICIDADE: PARA QUE É ÚTIL?


• Quando o resultado é positivo
• Objetivo: confirmação do diagnóstico
o Ex: anatomopatológico (biópsia),
FTA-Abs (Ca de Prostata)
Rastreamento:
• Acurácia: capacidade de o teste dar o • Maior número de pessoas com menor
resultado certo custo
o (Verdadeiro positivo + verdadeiro • Realização simples
negativo) / total
• Maior sensibilidade no teste
o Quanto maior a sensibilidade e
• Doença problema saúde publica
especificidade, maior a acurácia
• Estágio pré-clínico
Valor preditivo positivo: frente a um teste • Ex:
positivo, chance de o teste realmente ser positivo o Triagem neonatal
o Colo uterino • > 1: fator de risco
o Mama ▪ Risco atribuível: risco
o Cólon adicional → incidência
exposto – incidência não
Preventiva – Aula 10: Estudos epidemiológicos
exposto
Introdução: antigamente a medicina era baseada o Vantagens: cálculo de incidências
em experiencia, ninguém questionava as ações e e RR, bom para história natural da
resultados. Hoje estudos comprovam doença e possibilidade de mais de
numericamente os resultados um desfecho
o Desvantagens: alto custo, longa
Classificação e delineamento:
duração, mudança de grupos de
• Observacionais/longitudinais: não existe exposição, ruim para doenças
nenhum tipo de intervenção. Observação raras, perdas (óbito, saída do
do desfecho estudo etc.)
• Experimentais: existe uma intervenção • Coorte histórica: coorte com estudo
médica para mudar o desfecho retrospectivo através de análise de
• Estudo transversal/seccional: é o mais prontuários
utilizado. Observado a prevalência da o Vantagem: doenças raras e de
doença na população estudada e depois a longa duração
prevalência nos expostos dentro e fora do • Caso-controle: utiliza-se pessoas com o
grupo estudado. desfecho para ver se existe ou não
o Estudo de uma população em um exposição. O desenho é exatamente o
local e tempo contrário da coorte, pois já sabemos o
desfecho.
RAZÃO DE PREVALÊNCIAS: o É um estudo retrospectivo
• Cálculo: Prevalência dos Expostos (PE) / o Cálculo: chance de exposição /
Prevalência dos não expostos (PNE) chance de não exposição
• O resultado mostra quantas vezes o
desfecho com exposição é maior que MEDIDA DE ASSOCIAÇÃO → RAZÃO DE CHANCES
quando não há exposição OU ODDS RATIO:
• Chance de exposição dos casos / chance
o Vantagens: é rápido, com baixo de exposição controle
custo e é possível ver mais de uma • É uma estimativa do risco relativo.
exposição e mais de um desfecho • Significa que pessoas que tem o desfecho
o Desvantagem: relação causal e tem mais chance de ter tido o fator de
baixa confiabilidade dos risco
resultados (é o pior dos tipos de
estudo) o Vantagens: menor custo e mais
• Estudo de coorte: observação de um rápido, bom para doenças raras,
desfecho (incidência) em pacientes ao mais de uma exposição
longo de um período. Não utiliza pessoas o Desvantagens: dificuldade na
que já tem o desfecho, todas devem ser seleção dos controles, não define
saudáveis. incidência, ruim para exposições
o São prospectivos: observação a raras
partir da montagem do estudo • Ensaios clínicos: são prospectivos,
o Medida de associação: analíticos e testam uma intervenção
▪ Risco relativo: incidência o Tipos:
exposto / incidência do ▪ Aberto
não exposto ▪ Simples cego: médico
• Valor 1: não sabe quem está
interfere recebendo a droga e o
placebo
• < 1: fator de
▪ Duplo cego: médico e
proteção
paciente não sabem quem
está recebendo a droga e o Associação causal
o placebo • Estudos observacionais:
▪ Randomização: os grupos o Avaliação indireta
são sorteados o Critérios de Bradforrd-Hill
o Medida de associação é o risco
relativo CRITÉRIOS DE BRADFORD HILL (1897-1991)
• Temporalidade → exposição antes do
o Vantagens: incidência e RR,
desfecho
facilidade de seleção do grupo
o Único critério obrigatório
controle
• Força de associação → quanto a variável
o Desvantagens: questões éticas, impacta no desfecho
custo elevado e longa duração o Utilizado as medidas de
• Outros estudos: associação
o Relato de caso/ série de casos • Consistência → replicabilidade
o Ecológicos: áreas geográficas • Especificidade → não é tão importante
definidas. Não há individualização. • Gradiente biológico → associação de
Análise da população do local dosagem a gravidade do desfecho
• Plausibilidade biológica
Preventiva – Aula 11: Causalidade em • Coerência
epidemiologia • Evidência experimental
Causalidade: • Analogia
Causa é um objeto
Amostragem
precedente e
POPULAÇÃO X AMOSTRA
contiguo a outro,
• População:
e de tal forma
o conjunto completo de pessoas
unido a ele que a
que apresentam características
ideia de um em comum
determina na o Demonstrar o que em quais
mente a formação da ideia de outro, e a pessoas?
impressão de um determina a formação de uma • Amostra:
ideia mais nítida do outro. o Representativa das populações
• O melhor método para controle é a alvo
randomização o Subconjunto da população
o Limitações de orçamento e de
Postulado de Henle Kock: tempo
• 1: a presença do agente deve ser sempre
comprovada em todos os indivíduos que Tipos de amostragem:
sofram da doença em questão e, a partir • Amostragem não probabilística:
de então, isolada em cultura pura amostragem por conveniência
• 2: o agente não poderá ser encontrado o É a mais usada
em casos de outras doenças • Amostragem probabilística: amostragem
• 3: uma vez isolado, o a gente deve ser aleatória
capaz de reproduzir a doença em questão, o Padrão ouro
após a sua inoculação em animais
Preventiva – Aula 12: Medicina baseada em
experimentais
evidência, revisão sistemática e meta-análise
• 3: o mesmo agente deve poder ser
recuperado desses animais experimentais MBE: quanto melhor a capacidade de avaliação
infectados e isolados em cultura causal, melhor é a força da evidência. É
dependente dos elementos de pesquisa
Avaliação de causalidade:
• Passos para aplicação:
• Ensaio clínico:
o 1: converter a informação
o Randomizado
necessária sobre o paciente em
o Duplo-cego
uma pergunta
o N amostral grande
o 2: Buscar as melhores evidencias • B coortes ou
para responder essa pergunta coorte grande
o 3: analisar criticamente a ▪ Nível 3: caso-controle
evidência em relação a validade, • A: revisão
impacto e aplicabilidade sistemática
o 4: integrar o conhecimento • B: caso-controle
adquirido com a experiencia individual
clínica e com os aspectos do ▪ Nível 4: série de casos
paciente ▪ Nível 5: opinião de
o 5: avaliar a efetividade e a eficácia especialistas
na execução dos passos 1 4
MA: análise estatística que combina os resultados
RV: busca sistemática de estudos na literatura → de vários estudos considerados semelhantes o
rastreamento abrangente para localizar TODOS os bastante
estudos. Métodos devem estar EXPLICITAMENTE
descritos. Pode ou não incluir uma meta-análise • Média pondera:
o Desfecho dicotômicos: RR, OR,
• Passo 1: fazer uma pergunta que possa ser RAR
respondida. Sistema PICOT o Desfechos contínuos: diferença de
o P: paciente média
o I: intervenção • Peso de cada estudo = N total e N de
o C: controle eventos
o O: out come (desfecho) • Resultado principal = dependerá do teste
o T: tipo de estudo de inconsistência → porcentagem de 0-
• Passo 2: fazer busca estruturada com 100 que vai mostrar a probabilidade de
palavras-chaves que façam sentido erro de heterogeneidade
o Bases: PubMed, EMBASE, scielo, • Gráfico de Forest Plot: inclui resultado de
Cochrane library, etc vários estudos
• Passo 3: avaliação da qualidade dos o Tamanho do quadrado = peso
artigos achados relativo (~ n eventos e n amostra)
• Características da revisão: o Posição do quadrado = estimativa
o Gráfico PRISMA: reporte do central do tamanho do efeito ou
processo de revisão RR
o Gráfico de funil: erro padrão x o Linha horizontal = intervalo de
risco relativo. Espera-se que o confiança. Tamanho do efeito
formato seja uma pirâmide o Losango = estimativa do efeito
• Avaliação da qualidade da evidência: combinado → meta-análise
o Oxford: classifica os níveis de • Vantagem: aumentar o poder estatístico
estudo para responder a pergunta. Estimativa de
▪ Nível 1: ensaio clinico efeito mais precisa
randomizado
• A: revisão
sistemática e
ensaios clínicos
randomizados
• B: ECR único com
pequeno intervalo
de confiança
• C: tudo ou nada
▪ Nível 2: coorte
• A: revisão
sistemática

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