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VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Vigilância Sanitária em Questões


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VIGILÂNCIA SANITÁRIA EM QUESTÕES

Temas:

Trajetória da Vigilância Sanitária no Brasil:


• Chegada da Família Real (1808);
• Criação da Inspetoria de Saúde Pública do Porto do Rio de Janeiro (1820);
• Promulgação do Código de Posturas (1832);
• Origem do poder de polícia (1842).

Algumas datas históricas da Vigilância Sanitária no Brasil:


1897 – Criada a Diretoria-Geral da Saúde Pública – Decreto n. 2.449;
1920 – Criado o Departamento Nacional de Saúde Pública – Decreto-Lei n. 3.987;
1923 – Regulamento Sanitário Federal – Decreto n. 16.300;
ANOTAÇÕES

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1930 – Criação do Ministério da Educação e Saúde Pública;


1942 – Criado o Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) – Decreto n. 4.275;
1953 – Criação do Ministério da Saúde – Lei n. 1.920;
1954 – Criação do Laboratório Central de Controle de Drogas e Medicamentos;
1961 – Código Nacional de Saúde – separou a Vigilância Sanitária e Vigilância Epidemio-
lógica – Decreto n. 49.974;
1969 – Decreto-lei n. 986/1969 estabeleceu as normas básicas para alimentos;
1976 – Lei da Vigilância Sanitária – Lei n. 6.630 – dispôs sobre a Vigilância Sanitária de
medicamentos, drogas, insumos farmacêuticos, cosméticos, saneantes, entre outros produ-
tos. Criação da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária;
1977 – Lei n. 6.437 – dispôs sobre infrações à legislação sanitária federal;
1981 – Criação do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde;
1988 – Constituição estabelecendo o Sistema Único de Saúde (SUS);
1990 – Lei n. 8.080 do Sistema Único de Saúde;
1999 – Criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Lei n. 9.782/1999;
2000 – Instituída a sigla ANVISA pela MP n. 2.134-29.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. Assinale a alternativa correta.


a. Em 1830, Dom João VI fundou, na Bahia, o Colégio Médico-Cirúrgico no Real Hos-
pitalar Militar da Cidade de Salvador e foi criada, em novembro do mesmo ano, a
Escola de Cirurgia do Rio de Janeiro.
b. Em 1904, foi instituída a vacinação obrigatória contra a varíola, o que foi aceito pela
grande maioria da população.
c. A população brasileira, no início do século XX, aceitou livremente as campanhas de
vacinação, não tendo necessidade da intervenção estatal com medidas impositivas.
d. Na época do Brasil Colônia, havia um grande número de boticários, antigos farma-
cêuticos, que manipulavam as fórmulas prescritas pelos médicos e pelos próprios
boticários.
e. Em 1920, Carlos Chagas reestruturou o Departamento Nacional de Saúde, mas
ainda não havia introduzido a propaganda e a educação sanitária na técnica roti-
neira de ação.
ANOTAÇÕES

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COMENTÁRIO
a) A criação desse colégio foi em 1808 e não em 1830.
b) A vacinação obrigatória não foi aceita de forma espontânea pela população, dando ori-
gem ao que ficou conhecido como Revolta da Vacina.
c) Na realidade, a vacinação precisou de um projeto de lei.
e) Isso ocorreu em 1923, contudo, Carlos Chagas reestruturou o departamento e agregou
a questão da educação e da propaganda sanitária.

Após abrir os portos do Brasil às nações amigas de Portugal, D. João VI assinou, em 18 de


fevereiro de 1808, o documento que mandou criar a Escola de Cirurgia da Bahia, no antigo
Hospital Real Militar da Cidade do Salvador, que ocupava o prédio do Colégio dos Jesuítas,
construído em 1553, no Terreiro de Jesus.
O combate à varíola, por sua vez, dependia da vacinação. Um projeto de lei que tornava a
vacina contra a varíola obrigatória em todo o território nacional foi apresentado no dia 29
junho de 1904.
O projeto gerou um debate exaltado entre os legisladores e a população. Enquanto os
legisladores governistas argumentavam que a vacinação era de inegável e imprescindível
interesse para a saúde pública, os opositores consideravam que os métodos de aplicação
do decreto de vacinação eram truculentos, e que os soros e sobretudo seus aplicadores
eram pouco confiáveis.
5m
O Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP) foi criado pelo Decreto n. 3.987, de 2
de janeiro de 1920, que reorganizou os serviços de saúde e extinguiu a Diretoria-Geral de
Saúde Pública. Em 1923, Carlos Chagas processou a primeira reforma sanitária brasileira,
criando o Departamento Nacional de Saúde, então ligado ao Ministério da Justiça, e a edu-
cação sanitária e a propaganda foram introduzidas na técnica rotineira das ações em saú-
de, inovando o modelo campanhista de Oswaldo Cruz, que era puramente fiscal e policial.
Polignano MV. Histórias das políticas de saúde no Brasil: uma pequena revisão. [site da
Internet] Disponível em: http://internatorural.medicina.ufmg.br/saude_no_brasil.pdf
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VIGILÂNCIA SANITÁRIA NO SUS

Muitos são os avanços alcançados no campo da saúde pública ao longo dos tempos, e a
vigilância sanitária reconhecidamente tem se constituído como um campo interdisciplinar de
saberes e práticas pautadas fundamentalmente na promoção e proteção da saúde da popu-
lação. Dessa forma, frente a complexidade e abrangência das ações sob sua responsabili-
dade, a Vigilância Sanitária é definida atualmente como:
“Um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir, ou prevenir riscos à saúde e de inter-
vir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de
bens e da prestação de serviços de interesse à saúde. (§ 1º, inciso XI, artigo 6º, da Lei n.
8.080/1990, conhecida como a Lei Orgânica da Saúde).”

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

2. No Brasil, a Vigilância Sanitária passou a ter um grau maior de importância


a. A partir das campanhas de erradicação da malária e da varíola.
b. A partir de 1960, com um novo conceito, passando a ser um conjunto de atividades
destinado a reunir informações sobre as doenças para detectar ou prever alterações
e indicar medidas de prevenção e controle.
c. A partir do momento em que foi criada a “polícia sanitária” na Alemanha (séculos
XVII e XVIII).
d. A partir da criação do SUS – Sistema Único de Saúde, em 1990.
e. Com a I Conferência Internacional sobre Cuidados Primários em Saúde, em 1976,
em Alma Ata.

COMENTÁRIO
a) Não foi nesse momento que a Vigilância Sanitária passou a ter um maior grau de impor-
tância, pois, inclusive, ela não era constitucional.
10m
b) Trata-se da Vigilância Epidemiológica.
c) Não foi na Alemanha.
d) A Vigilância Sanitária foi instituída na CF/1988, porém foi tratada na Lei n. 8.080/1990.
e) Essa data está ligada ao aumento da atenção primária.
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No Brasil, as primeiras medidas de vigilância remontam ao período colonial.


Ações sistemáticas de vigilância, prevenção e controle das doenças foram organizadas
apenas no século XX, por meio de programas verticalizados, com a formulação, a coorde-
nação e a execução de ações realizadas diretamente pelo Governo Federal.
Esses programas estabeleceram-se como serviços nacionais para o controle das doenças
mais prevalentes da época.
Sua estrutura dava-se sob a forma de campanhas.
Em meados dos anos de 1980 discutia-se a necessidade de descentralização e de maior
articulação dos serviços de Vigilância Sanitária das três esferas de Governo, explicitada
em 1986 no Relatório da Conferência Nacional de Saúde do Consumidor.

3. O nome do órgão nacional regulamentador do sistema de saúde, criado pela Lei n.


9.782, de 26 de janeiro de 1999, com a finalidade institucional de promover a proteção
da saúde da população por intermédio do controle sanitário da produção e da comercia-
lização de produtos e serviços submetidos à Vigilância Sanitária, inclusive dos ambien-
tes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, é:
a. ANS.
b. ANVISA.
c. OMS.
d. SUS.
e. INSS.

COMENTÁRIO
Trata-se da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, conforme a Lei n.
9.782/1999, que define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, cria a Agência Nacional
de Vigilância Sanitária, e dá outras providências.

4. Acerca da Vigilância Sanitária (VISA), julgue os itens subsequentes.


No histórico da VISA brasileira, sabe-se que, sob a vigência da 1ª Constituição Repu-
blicana, foi estabelecido o Regulamento Sanitário Federal, que regulamentava os mais
distintos objetos de interesse da saúde, e também o termo "Vigilância Sanitária" era
usado tanto para o controle sanitário de pessoas doentes ou suspeitas de doenças
transmissíveis, quanto para estabelecimentos e locais. No caso de alimentos, a falsifi-
cação era enquadrada por lei como crime inafiançável.

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COMENTÁRIO

Disponível em: http://www.ccs.saude.gov.br/visa/publicacoes/arquivos/cad_saude4.pdf

5. Internacionalmente, há semelhança entre as competências do setor saúde e as fun-


ções da VISA, entre as quais estão a normatização e o controle sanitário de bens, de
produção, armazenamento, guarda, circulação, transporte, comercialização e consumo
das substâncias e produtos de interesse da saúde, suas matérias-primas, coadjuvantes
de tecnologias, processos, equipamentos e embalagens.
15m

COMENTÁRIO
No Brasil, há uma diferença quanto a essas competências do setor saúde nas funções da
Vigilância Sanitária e não uma semelhança.

6. A respeito da história das principais doenças transmissíveis e imunopreveníveis no Bra-


sil, julgue os itens.
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Em 1889, a proclamação da República aconteceu embalada por uma ideia principal:


modernizar o Brasil a todo custo. Destituíram-se as juntas e inspetorias de higiene
provinciais, substituídas pelos serviços sanitários estaduais, estes bastante deficientes
inicialmente. A desorganização desses serviços facilitou a ocorrência de novas ondas
epidêmicas no país, logo nos primeiros anos da República. Entre 1890 e 1900, o Rio de
Janeiro e as principais cidades brasileiras continuaram a ser vitimadas por varíola, febre
amarela, peste bubônica, febre tifoide e cólera, que mataram milhares de pessoas.

COMENTÁRIO
Em 1889, a proclamação da República acontecia embalada por uma ideia principal: moder-
nizar o Brasil a todo custo. Destituíram-se as Juntas e Inspetorias de Higiene provinciais,
substituídas pelos Serviços Sanitários Estaduais, estes bastante deficientes inicialmente. A
desorganização desses serviços facilitou a ocorrência de novas ondas epidêmicas no país,
logo nos primeiros anos da República.
Entre 1890 e 1900, o Rio de Janeiro e as principais cidades brasileiras continuaram a ser
vitimadas por varíola, febre amarela, peste bubônica, febre tifoide e cólera, que matavam
milhares de pessoas.
Disponível em:http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Curso_vigilancia_epidemio.pdf

7. Nas primeiras décadas após a proclamação da República, a estratégia adotada para


resolver os problemas relacionados com as doenças pestilenciais e as doenças de
massa obedeceu, principalmente, à necessidade de atrair e reter mão de obra e visou
dar condições mínimas para o combate à febre amarela iniciado por Oswaldo Cruz no
ano de 1903, em nível nacional; além de garantir medidas vacinais obrigatórias contra
a varíola, cuja lei foi promulgada em 1904 e gerou a polêmica Revolta da Vacina.

COMENTÁRIO

Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Curso_vigilancia_epidemio.pdf


20m

8. A respeito da história das principais doenças transmissíveis e imunopreveníveis no Bra-


sil, julgue os itens.
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A Campanha de Erradicação da Varíola, na era Vargas, implantou mecanismos opera-


cionais de grande importância para a expansão das atividades nacionais no campo da
epidemiologia aplicada ao controle das doenças transmissíveis: processos de imigra-
ção, urbanização e industrialização, visando, principalmente, à criação de condições
sanitárias mínimas para as populações urbanas.

COMENTÁRIO
A Campanha de Erradicação da Varíola (CEV) foi instituída no Brasil em 1966, como parte
da Campanha Mundial liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o obje-
tivo de interromper a transmissão da doença no país através da vacinação em massa da
população e implantação de um sistema de vigilância epidemiológica.
A Era Vargas foi o período de quinze anos da história brasileira que se estendeu de 1930
a 1945 e no qual Getúlio Vargas era o presidente do país.

9. Nos dias atuais, a prática de VS difere da que se praticou nos últimos dois séculos,
quando predominava uma prática menos fiscalizadora e mais passiva.

COMENTÁRIO
No passado, as práticas de Vigilância Sanitária eram mais fiscalizadoras e mais ativas.

10. No que se refere a dados para subsidiar as ações da VS, os gestores de saúde ainda
enfrentam dificuldades devido à ausência de um sistema de informação brasileiro que
possibilite acesso a dados de interesse gerencial, como morbidade ou mortalidade e a
bancos de dados de informações municipais.

COMENTÁRIO
Existem dados e informações gerados em diferentes unidades operacionais que interes-
sam não só à própria unidade, mas a todo Sistema de Saúde. São informações considera-
das estratégicas, voltadas para uma avaliação permanente das respostas que estão sendo
produzidas e do impacto obtido sobre a situação de saúde.
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Por exemplo: o Sistema de Informações Ambulatoriais informa sobre a produtividade de


consultas de gineco-obstetrícia e também sobre a cobertura de gestantes alcançada com
as consultas de pré-natal realizadas; o Sistema de Informações Hospitalares informa sobre
a ocorrência de complicações ligadas à gravidez, ao parto e ao puerpério; o Sistema de
Informações sobre Mortalidade informa sobre o índice de mortalidade materna.
Pode-se dizer que a combinação desses sistemas ou subsistemas (como preferem alguns)
pode permitir uma avaliação das respostas (a produtividade de consultas, a cobertura das
consultas de pré-natal, a ocorrência de complicações no parto) e do impacto destas (o ín-
dice de mortalidade materna) sobre uma determinada situação de saúde.
25m

11. Os estados são os responsáveis pelo desenvolvimento de ações de VS e os municípios


devem executar atividades programadas independentes das ações de atendimento in-
dividual ou de vigilância epidemiológica.

COMENTÁRIO
Os estados desenvolvem as ações de Vigilância Sanitária de forma complementar ou su-
plementar e não serão independentes das ações de atendimento ou de vigilância epi-
demiológica.

A VISA atua nos seguintes locais:


1. Nos locais de produção, transporte e comercialização de alimentos – bares, restau-
rantes, mercados, frutarias, açougues, peixarias, frigoríficos, indústrias e rotulagem de ali-
mentos, transportadoras, embaladoras, importadoras, exportadoras e armazenadoras de ali-
mentos etc.;
2. Nos locais de produção, distribuição, comercialização de medicamentos, produtos de
interesse para a saúde – farmácias, drogarias, perfumarias, saneantes, produtos de higiene,
produtos hospitalares (indústria, comércio e rotulagem) importadora, exportadora, distribui-
dora, transportadora, armazenadora de medicamentos, cosméticos e saneantes;
3. Nos locais de serviços de saúde – hospitais, clínicas médicas e odontológicas, labora-
tórios, asilos, presídios, profissionais de saúde etc.;
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4. No meio ambiente – controla a qualidade da água, ar, solo, saneamento básico, cala-
midades públicas, transporte de produtos perigosos, monitora os ambientes que causam
danos à saúde, entre outros;
5. Nos ambientes e processos do trabalho/saúde do trabalhador – identificação e inter-
venção dos locais de trabalho das pessoas, como lojas, fábricas, transportes, escritórios etc.;
6. Na pós-comercialização – investiga situações que envolvem reações adversas a medi-
camentos, sangue e produtos para saúde, intoxicação por produtos químicos etc.;
7. Nos projetos de arquitetura – analisa projetos de construção, reforma, adaptação ou
ampliação no que interfere na saúde das pessoas, em residências, hospitais, clínicas, fábri-
cas, escolas etc.;
8. Em locais públicos – shoppings, cinemas, clubes, óticas, postos de gasolina, estádios,
piscinas, escolas, cemitérios, salões de beleza, portos, aeroportos, áreas de fronteira, entre
outros. O serviço de Vigilância Sanitária está ligado ao serviço de saúde de um país. No caso
do Brasil, é o SUS – Sistema Único de Saúde.
O SUS foi criado pela Lei Federal n. 8.080/1990. No artigo 7º dessa lei estão descritos
os princípios e as diretrizes do SUS, que são os mesmos que regem o trabalho da Vigilância
Sanitária.

Cabe aos municípios a execução de todas as Vigilâncias Sanitárias, desde que assegu-
rados nas leis federais e estaduais. Esse é o processo chamado de municipalização das
ações de VISA. Os estados e a União podem atuar em caráter complementar quando houver
risco epidemiológico, necessidade profissional e tecnológica.
30m

Por meio da Portaria GM/MS n. 3.252/2009, é fortalecido o papel gestor de estados e


municípios e se amplia o escopo das ações de Vigilância em Saúde, compreendendo:

Vigilância epidemiológica: conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a


detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da
saúde individual e coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de preven-
ção e controle das doenças e agravos;
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Vigilância Sanitária: conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos


à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes da produção e circulação de bens
e da prestação de serviços de interesse da saúde. Está incluído nestas ações o controle de
bens de consumo, direta ou indiretamente relacionados com a saúde – bem como todas as
etapas e processos, que vão da produção ao consumo – e o controle da prestação de servi-
ços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde;
Vigilância em saúde do trabalhador: visa a promoção da saúde e redução da morbi-
mortalidade da população trabalhadora, por meio da integração de ações que intervenham
nos agravos e seus determinantes decorrentes dos modelos de desenvolvimento e proces-
sos produtivos;
Vigilância em saúde ambiental: conjunto de ações que propiciam o conhecimento e a
detecção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que
interferem na saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e con-
trole dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou a outros agravos;
Promoção da saúde: conjunto de intervenções individuais, coletivas e ambientais res-
ponsáveis pela atuação sobre os determinantes sociais da saúde; e
Análise da situação de saúde: propicia ações de monitoramento contínuo no país, por
meio de estudos e análises que identifiquem e expliquem problemas de saúde e o comporta-
mento dos principais indicadores de saúde, contribuindo para um planejamento mais abran-
gente na área.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

11. Qual alternativa está incorreta como ação de Vigilância Sanitária?


a. Fiscalização das condições sanitárias dos criadouros de animais da zona urbana e rural.
b. Fiscalização das condições sanitárias de águas e esgoto.
c. Monitoramento de morbidade e mortalidade de agravos na população.
d. Licenciamento e fiscalização de indústrias que produzem medicamentos, drogas e
insumos farmacêuticos.
e. Fiscalização de estabelecimentos que comercializam e distribuem gêneros alimentí-
cios, bem como empresas que manipulam alimentos.
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COMENTÁRIO
O monitoramento de morbidade e mortalidade de agravos na população está ligado à vigi-
lância epidemiológica.

DIRETO DO CONCURSO
12. (CESPE/SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO DO PARÁ – UF-PA/
NUTRICIONISTA/2004) Acerca dos princípios de Vigilância Sanitária, julgue o item
que se segue.
A vigilância sanitária foi impulsionada pelas descobertas nos campos da bacteriologia
e da terapêutica.

COMENTÁRIO
As atividades ligadas à Vigilância Sanitária foram estruturadas, nos séculos XVIII e XIX,
para evitar a propagação de doenças nos agrupamentos urbanos que estavam surgindo.
A execução desta atividade exclusiva do Estado, por meio da polícia sanitária, tinha como
finalidade observar o exercício de certas atividades profissionais, coibir o charlatanismo,
fiscalizar embarcações, cemitérios e áreas de comércio de alimentos.
No final do século XIX houve uma reestruturação da Vigilância Sanitária, impulsionada
pelas descobertas nos campos da bacteriologia e terapêutico nos períodos que incluem a I
e a II Grandes Guerras. Após a II Guerra Mundial, com o crescimento econômico, os movi-
mentos de reorientação administrativa ampliaram as atribuições da Vigilância Sanitária no
mesmo ritmo em que a base produtiva do País foi construída, bem como conferiram desta-
que ao planejamento centralizado e à participação intensiva da Administração Pública no
esforço desenvolvimentista.
A atuação da Vigilância Sanitária parte do modelo de atuação de forma integrada e descen-
tralizada, com responsabilidades compartilhadas entre as três esferas do Governo (União,
estados e municípios) em grande parte das ações.
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No desenvolvimento dessas ações, tem sido percebida a necessidade da definição das re-
lações e responsabilidades sanitárias das três esferas de governo, que ultrapassa o campo
das intenções normativas e incorpora o estabelecimento de metas de cobertura e definição
de indicadores de desempenho.
Também foi identificada a necessidade de estratégias de articulação e execução de ações
de Vigilância Sanitária de forma integrada e consoante com os princípios do SUS a fim de
tornar o sistema mais efetivo e harmonizado, respeitando as características locais.
Disponível em: https://laurafrcarvalho3671.jusbrasil.com.br/artigos/180424539/agencia-na-
cional-de-vigilancia-sanitaria#:~:text=No%20final%20do%20s%C3%A9culo%20XIX,e%20
a%20II%20Grandes%20Guerras

GABARITO
1. d
2. d
3. b
4. C
5. E
6. C
7. C
8. E
9. E
10. E
11. c
12. C

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Fernanda Feitosa Silva de Oliveira.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES

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