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SUMÁRIO
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ..................................................................................... 2
UNIDADE 2 – OS PRIMÓRDIOS DA PREOCUPAÇÃO COM A SAÚDE PÚBLICA . 4
2.1 A campanha de vacinação de crianças com varíola – 1837 – um bom começo
de conversa ............................................................................................................. 4
2.2 Representações no campo da saúde ................................................................ 7
UNIDADE 3 – A ESTRUTURA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL ........................ 21
3.1 O Ministério da Saúde ..................................................................................... 23
3.2 O nascimento da saúde pública e do Sistema Único de Saúde ...................... 27
3.3 As Secretarias que compõem o Ministério da Saúde ...................................... 33
UNIDADE 4 – VIGILÂNCIA SANITÁRIA: DO SÉCULO XVIII AO SÉCULO XXI ..... 38
4.1 A vigilância sanitária de alimentos ................................................................... 39
UNIDADE 5 – O CODEX ALIMENTARIUS............................................................... 43
UNIDADE 6 – INFORMES TÉCNICOS DA ANVISA ................................................ 46
UNIDADE 7 – LEGISLAÇÃO PARA ADITIVOS ALIMENTARES E
COADJUVANTES DE TECNOLOGIA ...................................................................... 51
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 56
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO
a) de vigilância sanitária;
b) de vigilância epidemiológica;
c) de saúde do trabalhador; e,
Schatzmayr (2001) citando McNeill (1976) nos conta que a varíola teria
surgido na Índia, sendo descrita na Ásia e na África desde antes da era cristã. Sua
presença constante e o medo que levava às populações geraram inúmeras lendas e
cultos. Exemplos disso, são as divindades representando a doença, tanto na Índia
como na África, esta última trazida para o Brasil e que se apresenta sempre com o
rosto coberto, devido às cicatrizes causadas pela doença em seu rosto. Introduzida
na Europa já na era cristã, a exemplo de outras doenças como a sífilis e a peste, a
varíola atingia segmentos amplos da população, deixando um rastro de mortes,
cegueira e cicatrizes irreversíveis.
Nos anos 1920 e 1930, a febre amarela ocupou o lugar de destaque. A partir
de fins da década de 1940, a prioridade foi o controle, e depois, a erradicação da
malária em consonância com a agenda da saúde internacional nos anos de 1950. O
predomínio de sua forma benigna (minor) a partir dos anos 30 produziu uma
“convivência social” com a varíola e dificuldades no diagnóstico específico
(HOCHMAN, 2011).
Em 1904, a capital federal registrara quase sete mil casos de varíola. Dado
que o combate à varíola dependia da vacina, Oswaldo Cruz apresentou ao
Congresso Nacional um projeto de lei reinstaurando a obrigatoriedade da vacinação
e a revacinação em todo o país – até então nunca cumpridas. A nova lei continha
cláusulas rigorosas que incluíam multas aos refratários e a exigência de atestado de
vacinação para matrículas nas escolas, acesso a empregos públicos, casamentos e
viagens, além de possibilitar os serviços sanitários adentrar residências para vacinar
seus moradores (BENCHIMOL, 2003).
Esses conceitos nos levam a entender todo o caminho percorrido pela área
das ciências sociais e da saúde para a promoção da mesma.
A virtude capital ligada à ‘saúde’ seria a prudência, que não era certamente,
como na cultura contemporânea, um vigilante cuidado ligado ao medo de adoecer,
mas um agir equilibrado, como um ‘caminho do meio’, que evitaria os extremos,
nocivos ao equilíbrio e, consequentemente, ao estado de ‘saúde’ do indivíduo, dos
grupos e da sociedade, entre os quais não havia a separação característica da
sociedade moderna.
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Neste link você consegue três maneiras de consultar a CID:
http://www.datasus.gov.br/cid10/V2008/cid10.htm
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eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
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reação alérgica grave, pois não são comuns em alergias alimentares, e demandam
uma ação imediata” (VIDALE, 2015).
Outro exemplo seria a Psoríase, a qual não conhecemos sua exata causa,
mas sabemos da sua apresentação clínica sobre a pele, causando eritemas.
Sabemos que aparecem com mais frequência em estados de estresse, que parecem
evoluir quando expostas à radiação ultravioleta (Sol) e alguns poucos casos
evoluem para a artrite psoriática. Ainda mais longe, sabemos que as pesquisas
científicas em reumatologia e imunologia desvendaram um fenômeno imunológico
denominado: Reação Autoimune (o próprio sistema imunológico reagindo contra
células do corpo, realizando uma reação inflamatória).
Conforme Dias (2008), sabemos via estudos da Ecologia e áreas afins que a
devastação ambiental implica em sérios danos à saúde humana, indo desde o
aumento da exposição às radiações ultravioleta, aumentando a incidência de câncer
de pele, a disponibilidade de água potável e a disponibilidade de nutrientes para a
manutenção da saúde. Sem esquecer que o uso de agrotóxicos de forma
indiscriminada afeta, além do meio ambiente, os alimentos que consumimos e a nós
mesmos.
Em linhas gerais, para quem não pode assistir ao filme, Erin (Julia Roberts)
é a mãe de três filhos que trabalha num pequeno escritório de advocacia. Quando
descobre que a água de uma cidade no deserto está sendo contaminada e
espalhando doenças entre seus habitantes, convence seu chefe a deixá-la investigar
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Outro filme que sugerimos é “Ilha das flores”, roteiro original de Jorge
Furtado, 1988.
Com foco na saúde, nutrição, boas relações com o meio ambiente, seguem
outras sugestões de filmes que discutem seja saúde pública, seja saúde coletiva,
seja diretamente, seja nas entrelinhas: A comilança; A festa de Babete; Anjos do
Sol; Em um Mundo Melhor; Invasões Bárbaras; Janela da Alma; Juno; O Informante;
O Jardineiro Fiel; O Mundo Global Visto do lado de cá; O Óleo de Lorenzo; O
Tempero da Vida; Patch Adams – O amor é contagioso; Pelos Meus Olhos; Sicko;
‘Super size me’ - A dieta do palhaço; Tomates Verdes Fritos; Veneno nosso de cada
dia.
Profilaxia são medidas importantes que podem e devem ser utilizadas com a
finalidade de impedir ou diminuir o risco de transmissão de uma doença. Consistem,
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Guarde...
No início dos anos 60, a desigualdade social, marcada pela baixa renda per
capita e a alta concentração de riquezas, ganha dimensão no discurso dos
sanitaristas em torno das relações entre saúde e desenvolvimento. O planejamento
de metas de crescimento e de melhorias conduzira o que alguns pesquisadores
intitularam como a grande panaceia dos anos 60 – o planejamento global e o
planejamento em saúde. As propostas para adequar os serviços de saúde pública à
realidade diagnosticada pelos sanitaristas desenvolvimentistas tiveram marcos
importantes, como a formulação da Política Nacional de Saúde na gestão do então
ministro, Estácio Souto-Maior, em 1961, com o objetivo de redefinir a identidade do
Ministério da Saúde e colocá-lo em sintonia com os avanços verificados na esfera
econômico-social.
informações de saúde;
Existem ainda algumas unidades vinculadas, são alguns órgãos que não
fazem parte da estrutura central do Ministério da Saúde, mas funcionam de forma
vinculada ao mesmo. São as fundações públicas, as autarquias, as empresas
públicas e as sociedades de economia mista. Essas unidades têm funções
específicas e atividades complementares que devem estar alinhadas com as
principais questões da Saúde e com as prioridades do governo.
O grande marco histórico nesse processo foi, sem dúvida alguma, a VIII
Conferência Nacional de Saúde, ocorrida em março de 1986, que contou com a
participação de diversos setores organizados da sociedade.
Dentro do universo das experiências que foram surgindo, seja em nível local
ou regional, a Saúde da Família distinguiu-se como uma estratégia de real
implantação do Sistema Único de Saúde e de seus princípios doutrinários e
organizacionais.
Emenda Constitucional nº 29, de 13/9/2000: altera os arts. 34, 35, 156, 160,
167 e 198 da Constituição Federal e acrescenta artigo ao Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias, para assegurar os recursos mínimos
para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde;
c) Secretaria Executiva – SE
A contaminação dos alimentos por microrganismos não pode ser evitada por
completo, mas com boas práticas pode ser reduzida, em toda a cadeia produtiva.
Durante a manipulação pode haver contaminação por condições precárias de
higiene de manipuladores, equipamentos, utensílios, ambiente; por más condições
das matérias-primas e ingredientes, ou mesmo más práticas de armazenamento dos
produtos acabados (ZANDONADI et al., 2007).
Informe Assunto
Técnico
o
Assunto: classificação dos corantes caramelos II, III e IV e dos demais corantes
IT n 68
autorizados para uso em alimentos.
Assunto: estabelece metas nacionais para reduzir o teor de sódio nos alimentos
IT nº 61
processados.
Assunto: limites dos aditivos alimentares dióxido de enxofre e sulfitos (INS 220 a 225,
IT nº 58
227 e 228) em suco de caju reconstituído.
IT n°53 Assunto: esclarecimentos sobre os riscos à saúde das substâncias ureia e formol e
sua adição ao leite.
IT Nº44 Assunto: esclarecimentos das medidas adotadas sobre os produtos de marca “Divine
Shen” e o insumo “Caralluma fimbriata”.
IT Nº42 Assunto: ações de controle sanitário adotadas em razão do recall efetuado pelo FDA
em proteína vegetal hidrolizada fabricada pela empresa americana Basic Food Flavors
Inc.
IT Nº38 Assunto: contaminação de fórmulas infantis, leite e derivados com melamina na China.
IT Nº34 Assunto: Risco à saúde? Uma análise dos achados laboratoriais sobre ocorrências de
fraudes em leite UHT (UAT) – Polícia Federal, operação “Ouro Branco”.
IT Nº32 Assunto: ações fiscais adotadas face à adulteração de alimentos para praticantes de
atividade física com sibutramina.
conjugado (CLA).
IT Nº22 Assunto: ações de controle sanitário adotadas em razão do recall de produtos da linha
Toddynho T-Nutre.
IT Nº18 Assunto: vírus da influenza aviária de alta patogenicidade associado aos alimentos.
IT Nº16 Assunto: resolução RDC 201, de 5 de julho de 2005, publicada no Diário Oficial da
União de 6 de julho de 2005.
IT Nº14 Assunto: procedimentos para enquadramento dos alimentos para dietas com restrição
de fenilalanina e alimentos com baixo teor de fenilalanina.
IT Nº12 Assunto: relatório final dos cursos de “Interpretação e Aplicação da Resolução – RDC
– nº 175/03 – Regulamento Técnico de Matérias Macroscópicas e Microscópicas
Prejudiciais à Saúde Humana em Alimentos Embalados”, ocorrido em agosto de 2004
em Porto Alegre e Fortaleza.
IT Nº10 ---
IT Nº05 ---
IT Nº03 Assunto: notificação sobre a segurança de uso das Gomas Acácia, Guar e Konjac.
Geral
Aditivos Alimentares
Açúcares
Adoçantes e edulcorantes
Aditivos BPF
Aromas
Caldos e sopas
Corantes
Fermentos
Frutas e hortaliças
Gelados comestíveis
Geleias
Goma konjak
Leite e derivados
Molhos e condimentos
Óleos e Gorduras
Resolução RDC nº 23, de 15 de fevereiro de 2005.
Resolução CNS/MS nº 4, de 24 de novembro de 1988.
Ovos e Derivados
Realçadores de Sabor
Snacks (petiscos)
Sobremesas
Suplementos
Coadjuvantes de Tecnologia
Açúcar
Bebidas alcoólicas
Enzimas
Óleos e Gorduras
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS BÁSICAS
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
BADARÓ, Andréa Cátia Leal; AZEREDO, Raquel Monteiro Cordeiro de; ALMEIDA,
Martha Elisa Ferreira de. Vigilância sanitária de alimentos: uma revisão. Revista
Digital de Nutrição. NUTRIR GERAIS – Revista Digital de Nutrição – Ipatinga:
Unileste-MG, V. 1 – N. 1 – Ago./Dez. 2007.
MUNIZ, Érico Silva. Memórias da erradicação da varíola. Ciênc. saúde coletiva, Rio
de Janeiro, v. 16, n. 2, p. 699-701, Feb. 2011. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/csc/v16n2/v16n2a34.pdf
SCHATZMAYR, Hermann G. A varíola, uma antiga inimiga. Cad. Saúde Pública, Rio
de Janeiro, v. 17, n. 6, p. 1525-1530, Dec. 2001. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/csp/v17n6/6979.pdf
VIDALE, Giulia. Os alimentos que mais causam alergia (2015). Disponível em:
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/os-alimentos-que-mais-causam-alergia